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Benefícios Previdenciários Módulo 7

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BENEFÍCIOSPREVIDENCIÁRIOS
7.1
ACIDENTEDO
TRABALHO
MÓDULO
7
SUMÁRIO
ASSUNTO PÁGINA
7.1. ACIDENTEDOTRABALHO.......................................................................................................... 3
7.1.1. INTRODUÇÃO................................................................................................................ 3
7.1.2. ACIDENTEDOTRABALHO .......................................................................................... 3
7.1.3. EQUIPARAÇÃOAOACIDENTE ................................................................................... 3
7.1.3.1. ATIVIDADESESPORTIVAS ....................................................................... 4
7.1.4. PERÍODODESTINADOAREFEIÇÃOOUDESCANSO .............................................. 4
7.1.5. ENFERMIDADESEXCLUÍDASDOACIDENTE............................................................ 4
7.1.6. BENEFICIÁRIOS ............................................................................................................ 4
7.1.6.1. EXCLUÍDOS ................................................................................................ 4
7.1.7. DIADOACIDENTE ........................................................................................................ 4
7.1.8. REMUNERAÇÃOPAGAPELAEMPRESA................................................................... 5
7.1.9. SITUAÇÃODOCONTRATODETRABALHO .............................................................. 5
7.1.9.1. DIREITOSASSEGURADOS....................................................................... 5
7.1.9.2. FÉRIAS........................................................................................................ 5
7.1.9.3. DÉCIMOTERCEIROSALÁRIO.................................................................. 5
7.1.9.4. CONTRATODEEXPERIÊNCIA ................................................................. 5
7.1.10. SALÁRIO-FAMÍLIA ........................................................................................................ 5
7.1.11. ESTABILIDADE.............................................................................................................. 6
7.1.12. FUNDODEGARANTIADOTEMPODESERVIÇO ...................................................... 6
7.1.12.1. CONTRIBUIÇÃOSOCIAL .......................................................................... 6
7.1.13. CUSTEIODASPRESTAÇÕESDOACIDENTE ............................................................ 6
7.1.14. CONCESSÃODOBENEFÍCIO ...................................................................................... 6
7.1.14.1. CARÊNCIA .................................................................................................. 6
7.1.14.2. SALÁRIODEBENEFÍCIO .......................................................................... 6
7.1.14.3. ABONOANUAL .......................................................................................... 7
7.1.15. BENEFÍCIOS .................................................................................................................. 7
7.1.15.1. HABILITAÇÃO ............................................................................................ 7
7.1.16. COMUNICAÇÃODOACIDENTE................................................................................... 7
7.1.16.1. PRAZOPARACOMUNICAÇÃO ................................................................ 8
7.1.16.2. PRESTADORESDESERVIÇOS ................................................................ 8
7.1.16.3. TRABALHADORAVULSO ......................................................................... 8
7.1.16.4. SEGURADOESPECIAL ............................................................................. 8
7.1.16.5. APOSENTADO............................................................................................ 8
7.1.16.6. FALTADECOMUNICAÇÃO ...................................................................... 8
7.1.16.7. DOENÇAPROFISSIONAL ......................................................................... 8
7.1.16.8. OCORRÊNCIAS .......................................................................................... 8
7.1.16.9. CATDEREINÍCIODEBENEFÍCIO ............................................................ 8
7.1.16.10. CATDEÓBITO ........................................................................................... 9
7.1.16.11. PENALIDADES ........................................................................................... 9
7.1.17. PREENCHIMENTODOFORMULÁRIO......................................................................... 9
7.1.17.1. NÚMERODEVIAS...................................................................................... 9
7.1.17.2. COMUNICAÇÃOPELAINTERNET............................................................ 9
7.1.17.3. EXEMPLOPRÁTICO .................................................................................. 9
2 FASCÍCULO 7.1
DEPARTAMENTO DE PESSOAL MANUAL DE PROCEDIMENTOS
7.1. ACIDENTEDOTRABALHO
7.1.1. INTRODUÇÃO
Evitar acidentes do trabalho é dever de todas as empresas. As empresas são, ainda, responsáveis pela adoção e uso de
medidas coletivas e individuais de proteção e segurança da saúde do trabalhador, constituindo contravenção penal,
punívelcommulta,onãocumprimentodasnormasdesegurançaehigienedotrabalho.
Nos casos de negligência na aplicação das normas-padrão de segurança e higiene do trabalho, indicadas para a proteção
individualecoletiva,aPrevidênciaSocialproporáaçãoregressivacontraosresponsáveis.
7.1.2. ACIDENTE DO TRABALHO
Acidente do trabalho é aquele que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa, com o segurado empregado,
trabalhador avulso, médico residente, e com o segurado especial, no exercício de suas atividades, provocando lesão
corporal ou perturbação funcional que cause a morte, a perda ou a redução, temporária ou permanente, da capacidade
paraotrabalho.
Sãocaracterizadasaindacomoacidentedotrabalhoasseguintesenfermidades:
a) doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exercício de trabalho peculiar à determinada
atividade e constante do Regulamento dos Benefícios da Previdência Social;
b) doença do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em função de condições especiais em que o
trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente, desde que constante da relação do Anexo mencionado na
letra “a” anterior.
A Lei 11.430/2006 determinou que a perícia médica do INSS irá considerar doença ocupacional quando constatar
ocorrência de Nexo Técnico Epidemiológico entre o trabalho e o agravo, decorrente da relação entre atividade da
empresaeaentidademórbidamotivadoradaincapacidadelistadanaCID–ClassificaçãoInternacionaldeDoenças.
NTEP – Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário
É a relação estatístico-epidemiológica que se estabelece entre o CID e o setor de atividade (CNAE – Classificação
NacionaldeAtividadesEconômicas).
O NTEP, que passou a vigorar a partir de 1-4-2007, permite o reconhecimento automático da relação entre a doença ou
acidente e a atividade profissional desenvolvida pelo trabalhador, possibilitando ao perito do INSS constatar, de imediato,
se a moléstia ou lesão apresentadas pelo trabalhador são decorrentes de doença profissional ou acidente de trabalho.
Essa identificação é possível graças ao Sistema de Administração de Benefícios por Incapacidade (Sabi), que passou a
ter em sua memória a lista com as doenças e acidentes relacionados a determinada atividade, além do nome das
empresas em que eles são registrados com maior frequência. Assim, quando o perito médico digita o número da CID, o
sistema informa se a empregadora do segurado está cadastrada com o nexo presumido, ou seja, com os possíveis riscos
aotrabalhador.
Reconhecidos pela perícia médica do INSS a incapacidade para o trabalho e o nexo entre o trabalho e o agravo serão
devidasasprestaçõesacidentáriasaqueobeneficiáriotenhadireito.
Contudo,em caso de não aplicação do NTEP pela perícia médica, o segurado poderá requerer cópia da conclusão
pericialedesuajustificativa,apósrecebimentodoresultadodadecisão.
Da mesma forma, a empresa também poderá requerer ao INSS, até 15 dias após a data para a entrega da GFIP, a não
aplicação do NTEP ao caso concreto, quando dispuser de dados e informações que demonstrem que os agravos não
possuemnexocausalcomotrabalhoexercidopelotrabalhador.
NTP–NexoTécnicoPrevidenciário
O INSS unificou o reconhecimento dos nexos epidemiológicos, de acidentes e de doenças do trabalho, passando a
denominar-seNexoTécnicoPrevidenciário.
O NTP poderá ser de natureza causal ou não, havendo três espécies: nexo técnico profissional ou do trabalho; nexo
técnico por doença equiparada a acidente de trabalho ou nexo técnico individual e nexo técnico epidemiológico
previdenciário.
Considera-se epidemiologicamente estabelecido o nexo técnico entre o trabalho e o agravo sempre que se verificar a
existência de associação entre a atividade econômica da empresa, expressa pela CNAE, e a entidade mórbida
motivadoradaincapacidade,relacionadanaCID.
A inexistência de nexo técnico epidemiológico não elide o nexo entre o trabalho e o agravo, cabendo à perícia médica a
caracterização técnica do acidente do trabalho, fundamentadamente, sendo obrigatório o registro e a análise do relatório
domédicoassistente,alémdosexamescomplementaresqueeventualmenteoacompanhem.
Cabe ressaltar que a empresa poderá interpor recurso ao CRPS – Conselho de Recursos da Previdência Social até 30
dias após a data em que tomar conhecimento da concessão do benefício em espécie acidentária por nexo técnico
profissional ou do trabalho, quando dispuser de dados e informações que demonstrem que os agravos não possuem
nexotécnicocomotrabalhoexercidopelotrabalhador.
7.1.3. EQUIPARAÇÃO AO ACIDENTE
Tambémsãoequiparadasaoacidentedotrabalhoasseguintessituações:
a) o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja contribuído diretamente para a morte do
segurado, para a perda ou redução da sua capacidade para o trabalho, ou que tenha produzido lesão que exija atenção
médica para a sua recuperação;
b) o acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho, em consequência de:
FASCÍCULO 7.1 3
MANUAL DE PROCEDIMENTOS DEPARTAMENTO DE PESSOAL
– ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou companheiro de trabalho;
– ofensa física intencional, inclusive de terceiros, por motivo de disputa relacionada com o trabalho;
– ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiros, ou de companheiro de trabalho;
– ato de pessoa privada do uso da razão;
– desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos decorrentes de força maior.
c) a doença proveniente de contaminação acidental do empregado no exercício de sua atividade;
d) o acidente sofrido ainda que fora do local e horário de trabalho:
– na execução de ordem ou na realização de serviços sob a autoridade da empresa;
– na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar prejuízo ou proporcionar proveito;
– em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo, quando financiada por esta, dentro de seus planos para
melhor capacitação da mão de obra, independentemente do meio de locomoção utilizado, inclusive veículo de
propriedade do segurado;
– no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o meio de locomoção,
inclusive veículo de propriedade do segurado. Isto não se aplica ao acidente sofrido pelo segurado que, por interesse
pessoal, tiver interrompido ou alterado o percurso;
– no percurso da residência para o Órgão Gestor de Mão de Obra ou Sindicato de classe e destes para aquela,
tratando-se de trabalhador avulso.
Entende-se como percurso o trajeto usual da residência ou do local de refeição para o trabalho ou deste para aquele.
A legislação não especifica qual o tempo que deve durar o transporte para que seja caracterizado o acidente, pois isto
depende da distância percorrida e das condições do trânsito na localidade. O tempo deve ser sempre o necessário
para as condições normais do transporte.
Nãoseráconsideradoacidentedotrabalhooatodeagressãorelacionadoamotivospessoais.
7.1.3.1. ATIVIDADES ESPORTIVAS
Quando expressamente constar do contrato de trabalho que o empregado deverá participar de atividade esportiva no
curso da jornada de trabalho, o acidente ocorrido durante esse período será considerado como acidente do trabalho.
7.1.4. PERÍODO DESTINADO A REFEIÇÃO OU DESCANSO
Para fins de caracterização do acidente do trabalho, o empregado é considerado no exercício do trabalho nos períodos
destinados a refeição ou descanso, ou por ocasião da satisfação de outras necessidades fisiológicas, no local do trabalho
ouduranteeste.
7.1.5. ENFERMIDADES EXCLUÍDAS DO ACIDENTE
Nãoseconsideracomodoençadotrabalho:
– a doença degenerativa;
– a inerente a grupo etário;
– a que não produz incapacidade laborativa;
– a doença endêmica adquirida por segurados habitantes de região em que ela se desenvolva, salvo comprovação de
que resultou de exposição ou contato direto determinado pela natureza do trabalho.
7.1.6. BENEFICIÁRIOS
Nem todos os segurados da Previdência Social têm direito aos benefícios decorrentes de acidente do trabalho, pois o
custeionãoatingeatodos.
As prestações relativas ao acidente do trabalho são devidas:
a) ao empregado;
b) ao trabalhador avulso;
c) ao médico-residente;
c) ao segurado especial.
7.1.6.1. EXCLUÍDOS
São excluídos das prestações relativas ao acidente do trabalho:
a) o empregado doméstico;
b) o empresário: titular de firma individual urbana ou rural, diretor não empregado, membro de conselho de administração
de sociedade anônima, sócios que não tenham, na empresa, a condição de empregado;
c) o autônomo e outros equiparados;
d) o facultativo;
e) o aposentado que retorna ao trabalho.
7.1.7. DIA DO ACIDENTE
Considera-se como dia do acidente, no caso de doença profissional ou do trabalho, a data do início da incapacidade
laborativa para o exercício da atividade habitual, ou o dia da segregação compulsória, ou o dia em que for realizado o
diagnóstico,valendoparaesseefeitooqueocorrerprimeiro.
4 FASCÍCULO 7.1
DEPARTAMENTO DE PESSOAL MANUAL DE PROCEDIMENTOS
7.1.8. REMUNERAÇÃO PAGA PELA EMPRESA
Cabe à empresa pagar a remuneração integral do dia do acidente e dos 15 dias seguintes. Quando o acidentado não se
afastar do trabalho no dia do acidente, os 15 dias de responsabilidade da empresa pela remuneração integral são
contadosapartirdadatadoafastamento.
Assim, exemplificando, se o empregado se acidentou no dia 14-11-2014, a empresa pagará os primeiros 13 dias de
trabalho (saldo de salário), mais o 14º dia em que ocorreu o acidente, mais os 15 primeiros dias de afastamento,
resultando no total de 29 dias de salário no mês de novembro/2014, ficando a cargo da Previdência Social pagar o
benefícioapartirdodia30-11-2014.
7.1.9. SITUAÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO
A legislação determina que o empregado em benefício por acidente do trabalho é considerado em licença não
remunerada pelo prazo em que perdurar o benefício. O benefício por acidente do trabalho é concedido a partir do décimo
sexto dia de afastamento do trabalho; portanto, a partir desta data, o empregado é considerado em licença não
remunerada,ficandooseucontratosuspensopeloprazoemqueperdurarobenefício.
7.1.9.1. DIREITOS ASSEGURADOS
Ao empregado que teve seu contrato suspenso em decorrência de benefício previdenciário serão asseguradas, por
ocasião de sua volta ao trabalho, todas as vantagens que, em sua ausência, tenham sido atribuídas à categoria a que
pertencia na empresa. Assim, se durante o período de afastamento foi concedido aumento de salário à categoria, este
deverá ser estendido ao empregado.
O TST – Tribunal Superior do Trabalho, através da Súmula 440, editada em setembro/2012, passoua garantir o direito à
manutenção de plano de saúde ou de assistência médica oferecido pela empresa ao empregado, que possua o contrato
de trabalho suspenso em virtude de auxílio-doença acidentário.
7.1.9.2. FÉRIAS
Após cada período de 12 meses de vigência do contrato de trabalho (período aquisitivo), o empregado tem direito a um
descanso, que é o período de férias.
A duração das férias será determinada pela proporção de faltas não justificadas ocorridas no período aquisitivo.
O empregado poderá perder o direito às férias se no curso do período aquisitivo tiver percebido da Previdência Social
prestações por acidente do trabalho por mais de 6 meses, mesmo descontínuos.
Assim, o empregado que tenha seu período aquisitivo contado de 1-1-2014 a 31-12-2014, e fique afastado percebendo
benefício por acidente de trabalho, no período de 1-4-2014 a 31-10-2014, ele perderá o direito às férias do período
aquisitivo 2014. Neste caso, a partir do retorno do empregado ao serviço, em 1-11-2014, iniciará a contagem do novo
período aquisitivo, sendo as férias devidas somente a partir de 1-11-2015.
7.1.9.3. DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO
A Gratificação de Natal ou 13º Salário é devida a todos os empregados regidos pela CLT – Consolidação das Leis do
Trabalho, aos trabalhadores rurais, trabalhadores avulsos e aos empregados domésticos.
O 13º Salário corresponde a 1/12 da remuneração integral devida ao empregado em dezembro, por mês de serviço do
ano correspondente, sendo a fração igual ou superior a 15 dias de trabalho considerada como mês integral.
Apesar de a CLT estabelecer que o empregado em gozo de benefício por acidente do trabalho é considerado em licença
não remunerada, o TST, através do Súmula 46, decidiu que as faltas ou ausências decorrentes de acidente do trabalho
não são consideradas para os efeitos de cálculo do 13º Salário. Assim, para o cálculo do 13º Salário, no caso de
benefício por acidente do trabalho, todo o período de afastamento do empregado não será considerado como falta,
sendo, portanto, devido o 13º Salário em relação ao período de afastamento.
7.1.9.4. CONTRATO DE EXPERIÊNCIA
Contrato de Prazo Determinado é o contrato de trabalho cuja vigência depende de termo prefixado ou de execução
de serviços especificados, ou, ainda, da realização de certo acontecimento suscetível de previsão aproximada.
O contrato de experiência é uma modalidade de contrato por prazo determinado.
Se no curso do contrato de experiência o empregado se afastar por motivo de acidente do trabalho, os 15 primeiros dias
do afastamento serão normalmente computados na fluência do contrato, ficando suspensa a contagem do mesmo a
partir do 16º dia do afastamento, já que a partir desta data o contrato fica suspenso. A partir do retorno do empregado ao
serviço, este trabalhará o período restante que falta para completar o prazo do contrato de experiência.
Há correntes doutrinárias que entendem que, no caso de acidente do trabalho, o contrato fica interrompido e não
suspenso, e que neste caso não haveria interrupção do contrato de experiência enquanto perdurasse o afastamento, ou
seja, o contrato fluiria normalmente, podendo se extinguir durante o período do benefício previdenciário. Esta corrente
não é majoritária, devendo ser observada com cautela.
7.1.10. SALÁRIO-FAMÍLIA
As quotas de Salário-Família dos segurados empregados e trabalhadores avulsos, em gozo de auxílio-doença por
acidentedotrabalho,serãopagaspeloSetordeAcidentesdoTrabalhodoINSS.
O empregado não está obrigado a apresentar a certidão de nascimento dos filhos quando o Salário-Família for pago pelo
INSS. Essa informação é de responsabilidade da empresa. Entretanto, cabe a ele a apresentação do atestado de
vacinaçãoedocomprovantedefrequênciaàescola.
O Salário-Família referente ao mês do afastamento deve ser pago integralmente pela empresa e o do mês da cessação do
benefíciopelaPrevidênciaSocial.
FASCÍCULO 7.1 5
MANUAL DE PROCEDIMENTOS DEPARTAMENTO DE PESSOAL
7.1.11. ESTABILIDADE
O empregado que sofrer acidente do trabalho tem garantida a manutenção do seu contrato na empresa, pelo prazo de até
12 meses, após a cessação do auxílio-doença acidentário. Assim, ao retornar do benefício previdenciário, o empregado
nãopoderáserdespedidosemjustacausa.
A estabilidade não alcança os empregados que se acidentaram, mas não entraram em gozo de benefício, vindo a se
recuperarnoperíodoemqueperceberamremuneraçãodaempresa(os15primeirosdiasdeafastamento).
Em setembro/2012 , por meio da alteração da Súmula 378 do TST, o empregado submetido a contrato de trabalho por
tempo determinado passa a gozar da garantia provisória de emprego, pelo prazo mínimo de 12 meses após a cessação
doauxílio-doençaacidentário.
7.1.12. FUNDO DE GARANTIA DO TEMPO DE SERVIÇO
O empregador, conforme definido na CLT, é obrigado a depositar em conta bancária vinculada a importância
correspondentea8%daremuneraçãopagaoudevidaaoempregado.
Apesar de o FGTS não ser devido durante o período de suspensão do contrato de trabalho, a legislação assegura os
depósitos em relação ao empregado acidentado durante todo o curso do afastamento. Portanto, no caso de acidente do
trabalho, não haverá interrupção dos depósitos durante o tempo em que o empregado estiver em benefício previdenciário,
devendo a empresa tomar como base para cálculo o salário que o empregado deveria estar recebendo se estivesse
trabalhando.
A base de cálculo será atualizada sempre que ocorrer aumento geral na empresa ou para a categoria a que pertencer o
empregado.
7.1.12.1. CONTRIBUIÇÃO SOCIAL
Considerando que a parcela de 0,5%, prevista na Lei Complementar 110/2001, foi considerada inconstitucional no
período de outubro/2001 a dezembro/2001, o depósito mensal do FGTS das empresas não isentas desta contribuição
passou a ser devido a partir da competência janeiro/2002 tendo como termo final a competência dezembro/2006.
Assim, o último recolhimento do FGTS com a alíquota de 8,5% ou 2,5%, conforme o caso, vigorou até o mês de
competência dezembro/2006, com recolhimento até 5-1-2007, deixando de ser incluída a parcela de 0,5% a partir da
competência janeiro/2007.
A Contribuição Social de 0,5% também era recolhida junto com os depósitos do FGTS, no período de auxílio-doença
decorrente de acidente do trabalho.
Esse recohimento era efetuado na Guia de Recolhimento, em meio eletrônico, no prazo de até o dia 7 do mês
subsequente ao mês de competência. Não havendo expediente bancário no dia 7, o recolhimento deve ser antecipado.
No Fascículo 5.4, podem ser encontradas as normas a serem observadas no recolhimento da Contribuição Social.
7.1.13. CUSTEIO DAS PRESTAÇÕES DO ACIDENTE
O benefício concedido ao empregado em razão do acidente do trabalho é custeado pela empresa através das
contribuições recolhidas na GPS. A contribuição incidirá sobre o total da remuneração paga ou creditada a qualquer título,
no decorrer do mês, aos empregados, com base em alíquotas diferenciadas de acordo com o grau de risco a que eles
estejamexpostos.
As alíquotas são de 1% para o risco leve (Grau 1), 2% para o risco médio (Grau 2) e 3% para o risco grave (Grau 3).
O grau de risco será definido em função da atividade econômica preponderante, que é aquela que ocupa na empresa o
maiornúmerodeseguradosempregados.
A empresa com trabalhador exposto a agentes nocivos químicos, físicos e biológicos ou associação de agentes, que
comprovadamente sejam prejudiciais à saúde ou à integridade física, e que propiciem a concessão de aposentadoria
especial, está sujeita ao recolhimento de alíquota adicional, conforme o tempo de aposentadoria. As normas sobre a
contribuição para o acidente do trabalho, inclusive a relação das atividades para seu enquadramento, foram analisadas
noFascículo5.5.
7.1.14. CONCESSÃO DO BENEFÍCIO
Em caso de acidente do trabalho, será devido ao acidentado, independentemente de carência, o benefício do
auxílio-doençaacidentário(espécie91).
O benefício do auxílio-doença consistenuma renda mensal correspondente a 91% do salário de benefício, sendo pago ao
empregadoqueficarincapacitadoparaotrabalhopormaisde15diasconsecutivos.
O auxílio-doença será devido a contar do 16º dia seguinte ao do afastamento do trabalho em consequência do acidente.
7.1.14.1. CARÊNCIA
Período de carência é o tempo correspondente ao número mínimo de contribuições mensais indispensáveis para que o
segurado faça jus ao benefício, consideradas a partir do transcurso do primeiro dia dos meses de suas competências.
Para a concessão do auxílio-doença acidentário, a legislação não exige qualquer período de carência, ou seja, o
benefício será concedido independentemente do número de contribuições que o empregado tenha feito à Previdência
Social.
7.1.14.2. SALÁRIO DE BENEFÍCIO
O salário de benefício é o valor básico utilizado para cálculo da renda mensal dos benefícios de prestação continuada,
inclusive os regidos por normas especiais.
6 FASCÍCULO 7.1
DEPARTAMENTO DE PESSOAL MANUAL DE PROCEDIMENTOS
O salário de benefício dos trabalhadores inscritos até 28-11-99 corresponderá à média aritmética simples dos maiores
salários de contribuição, corrigidos monetariamente, correspondentes a 80% do período contributivo, desde julho/94.
Para os inscritos a partir de 29-11-99, o salário de benefício será a média aritmética simples dos maiores salários de
contribuição correspondentes a 80% de todo o período contributivo, corrigidos mês a mês.
7.1.14.3. ABONO ANUAL
O segurado em gozo de auxílio-doença acidentário fará jus a receber o abono anual que é pago pela Previdência Social
a título de 13º Salário.
O abono anual é pago pela Previdência Social da mesma forma que as empresas pagam o 13º Salário a seus
empregados, tendo por base o valor da renda mensal do benefício do mês de dezembro de cada ano.
7.1.15. BENEFÍCIOS
O acidente do trabalho, dependendo da forma como ocorra, e das sequelas que resulte para o segurado, pode originar
outrotipodebenefícioquenãooauxílio-doençaanalisadonoitemanterior.
Noquadroabaixo,podemserobservadososbenefíciosgeradospeloacidentedotrabalhooupordoença:
BENEFÍCIOS BENEFICIÁRIOS CONDIÇÕES P/CONCESSÃO DATA DE INÍCIO
DATA DA
CESSAÇÃO VALOR
Auxílio-doença Acidentado do
trabalho
– afastamento do
trabalho por incapaci-
dade laborativa
temporária por
acidente do trabalho
– 16º dia de afasta-
mento consecutivo
para empregado
– data do afastamento
demais segurados
– morte
– concessão de auxí-
lio-acidente ou
aposentadoria
– cessação da incapa-
cidade
– alta médica
– volta ao trabalho
91% do salário de
benefício
Aposentadoria por
invalidez
Acidentado do
trabalho
– afastamento do
trabalho por invalidez
acidentária
– no dia em que o
auxílio-doença teria
início ou
– no dia seguinte à
cessação do auxí-
lio-doença
– morte
– cessação da inva-
lidez
– volta ao trabalho
100% do salário de
benefício
Auxílio-acidente Acidentado do
trabalho
– redução da capaci-
dade laborativa por
lesão acidentária
– dia seguinte à
cessação do auxí-
lio-doença
– concessão de
aposentadoria
– óbito
50% do salário de
benefício
Pensão Dependentes do
acidentado do
trabalho
– morte por acidente
do trabalho
– data do óbito ou
– data da entrada do
requerimento quando
requerida após 30
dias do óbito
– morte do depen-
dente
– cessação da quali-
dade de dependente
100% do salário de
benefício
7.1.15.1. HABILITAÇÃO
Para se habilitar ao benefício decorrente do acidente do trabalho, o segurado ou dependente deverá comparecer ao
INSS, munido dos seguintes documentos:
– atestado médico e/ou exames de laboratório (se houver);
– atestado de afastamento do trabalho preenchido pela empresa com as informações referentes ao afastamento – se for
segurado empregado;
– documento de identificação (Carteira de Identidade ou Carteira de Trabalho e Previdência Social);
– CPF (não obrigatório);
– PIS/Pasep;
– certidão de nascimento dos filhos menores de 14 anos;
Exigências cumulativas para recebimento do benefício:
a) parecer da Perícia Médica atestando a incapacidade física e/ou mental para o trabalho ou para atividades pessoais;
b) comprovação da qualidade de segurado.
7.1.16. COMUNICAÇÃO DO ACIDENTE
Sempre que ocorrer acidente do trabalho ou doença ocupacional, havendo ou não afastamento do empregado, a empresa é
obrigada a comunicá-lo à Previdência Social, emitindo a CAT – Comunicação do Acidente do Trabalho. A comunicação
poderá ser realizada pelo próprio acidentado, inclusive seus dependentes, ou ainda pela entidade sindical competente, ou o
médico de atendimento ou qualquer autoridade pública, quando a empresa não tomar as providências necessárias.
AinstituiçãodoNTEPnãodesobrigaaempresadaemissãodaCAT.
São autoridades públicas reconhecidas para esta finalidade: os magistrados em geral, os membros do Ministério Público
e dos Serviços Jurídicos da União e dos Estados, os comandantes de unidades militares do Exército, Marinha,
Aeronáutica e Forças Auxiliares (Corpo de Bombeiros e Polícia Militar), prefeitos, delegados de polícia, diretores de
FASCÍCULO 7.1 7
MANUAL DE PROCEDIMENTOS DEPARTAMENTO DE PESSOAL
hospitais e de asilos oficiais e servidores da administração direta e indireta federal, estadual, do Distrito Federal, ou
municipal,quandoinvestidosdefunção.
Quando se tratar de marítimo, aeroviário, ferroviário, motorista ou outro trabalhador acidentado fora da sede da empresa,
caberáaorepresentantedestacomunicaroacidente.
A CAT poderá ser apresentada na Agência da Previdência Social mais conveniente ao segurado, o que jurisdiciona a
sededaempresa,dolocaldoacidente,doatendimentomédicooudaresidênciadoacidentado.
Deve ser considerada como sede da empresa a dependência, tanto a matriz quanto a filial, que possua matrícula no CNPJ –
Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica, bem como a obra de construção civil registrada por pessoa física.
EmpregadocomAtividadesConcomitantes
Será obrigatória a emissão da CAT pelas duas empresas quando o segurado empregado e trabalhador avulso exercerem
atividadessimultâneaseocorreracidentedetrajetoentreumaeoutraempresanaqualtrabalhem.
7.1.16.1. PRAZO PARA COMUNICAÇÃO
O acidente do trabalho deve ser comunicado à Previdência Social pela empresa até o 1º dia útil seguinte ao da
ocorrência e, em caso de morte, de imediato, à autoridade competente.
A entrega da CAT fora do prazo caracteriza-se como denúncia espontânea quando ocorrer antes do início de qualquer
procedimento fiscal. Entretanto, tal fato não exime a empresa da penalidade prevista no item 7.1.16.11.
7.1.16.2. PRESTADORES DE SERVIÇOS
Quando o acidente envolver trabalhador a serviço de empresa prestadora de serviços, a CAT deverá ser emitida pela
empresa empregadora, informando, no campo próprio, o nome e o CNPJ da empresa onde ocorreu o acidente.
Tratando-se de trabalhador temporário, a comunicação será feita pela empresa de trabalho temporário.
7.1.16.3. TRABALHADOR AVULSO
No caso do trabalhador avulso, a responsabilidade pelo preenchimento e encaminhamento da CAT é do Órgão Gestor
de Mão de Obra e, na falta deste, do sindicato da categoria.
7.1.16.4. SEGURADO ESPECIAL
No caso de segurado especial, a CAT poderá ser formalizada pelo próprio acidentado ou dependente, pelo médico
responsável pelo atendimento, pelo sindicato da categoria ou autoridade pública.
7.1.16.5. APOSENTADO
Embora o aposentado não tenha direito de benefícios em razão do acidente, salvo reabilitação profissional, é obrigatória
a emissão da CAT no caso de acidente ou doença profissional ou do trabalho.
A CAT deverá ser registrada e encerrada. O encerramento da CAT deve ser comunicado ao aposentado que deve ser
orientado quanto ao direito da reabilitação profissional.
7.1.16.6. FALTA DE COMUNICAÇÃO
A empresa não se eximirá da responsabilidade pela falta de emissão da CAT.
Tal procedimento não caracteriza a denúncia espontânea mencionada no item 7.1.16.1.
7.1.16.7.DOENÇA PROFISSIONAL
Todos os casos com diagnóstico de doença profissional ou do trabalho devem ser objeto de emissão de CAT pelo
empregador. Neste caso, a CAT deverá ser emitida após a conclusão do diagnóstico.
Quando a doença profissional ou do trabalho se manifestar após a desvinculação do acidentado da empresa onde foi
adquirida, deverá ser emitida CAT por aquela empresa, e na falta desta poderá ser feita pelo serviço médico de
atendimento, beneficiário ou sindicato da classe ou autoridade pública.
7.1.16.8. OCORRÊNCIAS
O formulário da “Comunicação de Acidente do Trabalho (CAT)” deverá ser utilizado nas seguintes ocorrências:
Ocorrências: Tipos de CAT:
a) acidente do trabalho típico, de trajeto, doença profissional, do trabalho ou óbito imediato; CAT inicial;
b) reinício de tratamento ou afastamento por agravamento de lesão de acidente do trabalho ou doença
profissional ou do trabalho, já comunicado anteriormente ao INSS; CAT reabertura;
c) falecimento decorrente de acidente ou doença profissional ou do trabalho, ocorrido após a emissão
da CAT inicial. CAT comunicação de óbito.
7.1.16.9. CAT DE REINÍCIO DE BENEFÍCIO
As reaberturas deverão ser comunicadas ao INSS pela empresa ou beneficiário, quando houver reinício de tratamento ou
afastamento por agravamento de lesão de acidente do trabalho ou doença ocupacional comunicado anteriormente ao
INSS.
8 FASCÍCULO 7.1
DEPARTAMENTO DE PESSOAL MANUAL DE PROCEDIMENTOS
Na CAT de reabertura, deverão constar as mesmas informações da época do acidente, exceto quanto ao afastamento,
último dia trabalhado, atestado médico e data da emissão, que serão relativos à data da reabertura.
Não serão consideradas CAT de reabertura para as situações de simples assistência médica ou de afastamento com
menos de 15 dias consecutivos.
7.1.16.10. CAT DE ÓBITO
O óbito decorrente de acidente ou doença ocupacional, ocorrido após a emissão da CAT inicial ou da CAT reabertura,
será comunicado ao INSS através da CAT comunicação de óbito, constando a data do óbito e os dados relativos ao
acidente inicial. Anexar a certidão de óbito e, quando houver, o laudo de necropsia.
Através da Portaria 589/2014, o MTE determina que todo acidente fatal relacionado ao trabalho, inclusive as doenças do
trabalho que resultem morte, deve ser comunicado à unidade do referido órgão mais próxima da ocorrência no prazo de
até 24 horas após a constatação do óbito e informados por e-mail, no mesmo prazo, ao Departamento de Segurança e
Saúde no Trabalho, no endereço: dsst.sit@mte.gov.br, contendo as seguintes informações: nome do empregador;
CNPJ, CEI ou CPF; endereço e telefone da empresa; número da CAT registrada; data do óbito; nome do acidentado;
endereço do acidente e situação geradora do acidente.
A referida comunicação não desobriga o empregador de noticiar os acidentes ou doenças do trabalho, com ou sem o
afastamento, por meio da emissão da CAT.
7.1.16.11. PENALIDADES
No caso de a empresa deixar de comunicar o acidente no prazo previsto, será penalizada com multa variável entre o
limite mínimo e o teto máximo do salário de contribuição, aumentada sucessivamente no caso de reincidência.
A CAT preenchida pela empresa e entregue ao serviço médico da rede pública conveniado, contratado ou particular,
será considerada como comunicação feita ao INSS.
Não caberá aplicação de multa, por não emissão de CAT, na hipótese de a perícia médica do INSS considerar
caracterizada a natureza acidentária da incapacidade quando constatar ocorrência de NTEP entre o trabalho e o
agravo, decorrente da relação entre a atividade da empresa e a entidade mórbida motivadora da incapacidade.
7.1.17. PREENCHIMENTO DO FORMULÁRIO
O Formulário CAT é importante não só pela comunicação do acidente ou da doença profissional, mas também pelas
informaçõesreferentesaosaspectosprevidenciário,estatístico,epidemiológico,trabalhistaesocial.
O formulário da CAT poderá ser substituído por impresso da própria empresa, desde que esta possua sistema de
informação de pessoal mediante processamento eletrônico, cabendo observar que o formulário substituído deverá ser
emitidoporcomputadorecontertodasasinformaçõesexigidaspeloINSS.
NopreenchimentodaCAT,devemserobservadososseguintesaspectos:
a) a CAT não deve ser assinada em branco;
b) ao assinar a CAT, verificar se todos os itens de identificação foram devida e corretamente preenchidos;
c) o atestado médico da CAT é de competência única e exclusiva do médico;
d) o preenchimento deverá ser feito à máquina ou em letra de forma, de preferência com caneta esferográfica;
e) não conter emendas ou rasuras;
f) evitar deixar campos em branco;
g) apresentar a CAT, impressa em papel, em quatro vias, ao INSS, que reterá a primeira via, devolvendo a quarta à
empresa.
7.1.17.1. NÚMERO DE VIAS
A CAT será preenchida, com todos os dados nos seus devidos campos, em 4 vias, com a seguinte destinação:
– 1ª via ao INSS;
– 2ª via ao segurado ou dependente;
– 3ª via ao sindicato de classe do trabalhador;
– 4ª via à empresa.
O emitente da CAT é o responsável pelo envio da comunicação aos destinatários.
7.1.17.2. COMUNICAÇÃO PELA INTERNET
As empresas que desejarem poderão fazer a CAT, pela Internet. Para tanto, a empresa deverá acessar a página do
Ministério da Previdência Social e fazer download da aplicação CAT. Após o download, executar o programa
“catsetup.exe” para instalar a aplicação em seu equipamento. Para iniciar o Sistema da CAT, clicar no ícone que será
criado na área de trabalho do Windows. A aplicação instalada não serve para simulação, devendo ser utilizada somente
para cadastramento.
No ato do cadastramento da CAT via internet, o emissor deve transcrever as informações constantes no atestado
médico para o respectivo campo da CAT, sendo obrigatória apresentação do atestado médico original por ocasião do
requerimento do benefício.
A CAT registrada por meio da internet deverá ser impressa, ter assinatura e carimbo de identificação do emitente e médico
assistente e será apresentada pelo segurado ao médico perito do INSS por ocasião da avaliação médico-pericial.
A CAT registrada pela internet é válida para todos os fins perante o INSS.
7.1.17.3. EXEMPLO PRÁTICO
A seguir, demonstramos de forma prática o preenchimento do formulário da CAT, descrevendo, também, as instruções
de preenchimento de seus campos:
FASCÍCULO 7.1 9
MANUAL DE PROCEDIMENTOS DEPARTAMENTO DE PESSOAL
10 FASCÍCULO 7.1
DEPARTAMENTO DE PESSOAL MANUAL DE PROCEDIMENTOS
FASCÍCULO 7.1 11
MANUAL DE PROCEDIMENTOS DEPARTAMENTO DE PESSOAL
ORIENTAÇÕES DE PREENCHIMENTO DO FORMULÁRIO CAT
Quadro I – EMITENTE
I.1 – Informações relativas ao EMITENTE
Campo 1. Emitente – informar no campo demarcado o dígito que especifica o responsável pela emissão da CAT, sendo:
1. empregador;
2. sindicato;
3. médico;
4. segurado ou seus dependentes;
5. autoridade pública (subitem 1.6.1 da Parte III).
Campo 2. Tipo de CAT – informar no campo demarcado o dígito que especifica o tipo de CAT, sendo:
1. inicial – refere-se à primeira comunicação do acidente ou doença do trabalho;
2. reabertura – quando houver reinício de tratamento ou afastamento por agravamento da lesão (acidente ou doença comunicados
anteriormente ao INSS);
3. comunicação de óbito – refere-se à comunicação do óbito, em decorrência de acidente do trabalho, ocorrido após a emissão da
CAT inicial. Deverá ser anexada a cópia da Certidão de Óbito e, quando houver, do laudo de necropsia.
Obs.: Os acidentes com morte imediata deverão ser comunicados por CAT inicial.
1. Campo 3. Razão Social/Nome – informar a denominação da empresa empregadora.
Obs.: Informar o nome do acidentado, quando este for segurado especial.
Campo 4. Tipo e número do documento – informar o código que especifica o tipo de documento, sendo:
1. CGC/CNPJ – informar o número ou matrícula no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica – CNPJ da empresa empregadora;
2. CEI – informar o número de inscriçãono Cadastro Específico do INSS – CEI, quando o empregador for pessoa jurídica
desobrigada de inscrição no CGC/CNPJ;
3. CPF – informar o número de inscrição no Cadastro de Pessoa Física – CPF, quando o empregador for pessoa física;
4. NIT – informar o Número de Identificação do Trabalhador no INSS – NIT, quando for segurado especial.
Campo 5. CNAE – informar o código relativo à atividade principal do estabelecimento, em conformidade com aquela que determina
o Grau de Risco para fins de contribuição para os benefícios concedidos em razão do grau de incidência da incapacidade laborativa
decorrente dos riscos ambientais do trabalho. O código CNAE (Classificação Nacional de Atividade Econômica) encontra-se no
documento/cartão do CNPJ da empresa.
Obs.: No caso de segurado especial, o campo poderá ficar em branco.
Campo 6. Endereço – informar o endereço completo da empresa empregadora. Informar o endereço do acidentado, quando
tratar-se de segurado especial. O número do telefone, quando houver, deverá ser precedido de código de área e do DDD do
município.
Campo 7. Município – informar o município de localização da empresa empregadora. Informar o município de residência do
acidentado, quando segurado especial.
Campo 8. UF – informar a Unidade da Federação de localização da empresa empregadora. Informar a Unidade da Federação de
residência do acidentado, quando este for segurado especial.
Campo 9. Telefone – informar o telefone da empresa empregadora. Informar o telefone do acidentado, quando segurado especial.
O número do telefone, quando houver, deverá ser precedido de código da área e do DDD do município.
I.2 – Informações relativas ao ACIDENTADO
Campo 10. Nome – informar o nome completo do acidentado, sem abreviaturas.
Campo 11. Nome da mãe – informar o nome completo da mãe do acidentado, sem abreviaturas.
Campo 12. Data de nascimento – informar a data completa de nascimento do acidentado, utilizando a forma (DD/MM/AAAA).
Campo 13. Sexo – informar o sexo do acidentado usando 1 para sexo masculino e 3 para o sexo feminino.
Campo 14. Estado civil – Informar o código que especifica o estado civil do acidentado, sendo:
1. Solteiro;
2. Casado;
3. Viúvo;
4. Separado judicialmente;
5. Outros;
6. Ignorado (quando o estado civil for desconhecido).
Campo 15. CTPS – informar o número, a série e a data de emissão da Carteira Profissional – CP ou da Carteira de Trabalho e
Previdência Social – CTPS.
Obs.: No caso de segurado empregado, é obrigatória a especificação do número da CP ou da CTPS.
Campo 16. UF – informar a Unidade da Federação de emissão da CP ou da CTPS.
Campo 17. Remuneração mensal – informar a remuneração mensal do acidentado em moeda corrente na data do acidente.
Campo 18. Carteira de identidade – informar o número do documento, a data de emissão e o órgão expedidor
Campo 19. UF – informar a Unidade da Federação de emissão da Carteira de Identidade.
Campo 20. PIS/Pasep – informar o número de inscrição no Programa de Integração Social – PIS ou no Programa de Formação do
Patrimônio do Servidor Público – Pasep, conforme o caso.
Obs.: No caso de segurado especial e de médico residente, o campo poderá ficar em branco.
Campo 21. Endereço do acidentado – informar o endereço completo do acidentado.
Campo 22. Município – informar o município de residência do acidentado.
Campo 23. UF – informar a Unidade da Federação de residência do acidentado.
Campo 24. Telefone – informar o telefone do acidentado. O número do telefone, quando houver, deverá ser precedido de código de
área e do DDD do município.
12 FASCÍCULO 7.1
DEPARTAMENTO DE PESSOAL MANUAL DE PROCEDIMENTOS
Campo 25. Nome da ocupação – informar o nome da ocupação exercida pelo acidentado à época do acidente ou da doença.
Campo 26. CBO – informar o código da ocupação do Campo 25 do Código Brasileiro de Ocupação – CBO. Consulte o código CBO.
Campo 27. Filiação à Previdência Social – informar o tipo de filiação do segurado, sendo:
1. Empregado;
2. Trabalhador Avulso;
7. Segurado Especial;
8. Médico Residente (conforme a Lei nº 8.138/90).
Campo 28. Aposentado? – informar “sim” exclusivamente quando tratar-se de aposentado pelo Regime-Geral de Previdência
Social – RGPS.
Campo 29. Área – informar a natureza da prestação de serviço, se urbana ou rural.
I.3 – Informações relativas ao ACIDENTE OU DOENÇA
Campo 30. Data do acidente – informar a data em que o acidente ocorreu. No caso de doença, informar como data do acidente
a da conclusão do diagnóstico ou a do início da incapacidade laborativa, devendo ser consignada aquela que ocorrer
primeiro. A data deverá ser completa, utilizando quatro dígitos para o ano. Exemplo: 23/11/1998.
Campo 31. Hora do acidente – informar a hora da ocorrência do acidente, utilizando quatro dígitos (Exemplo: 10:45). No caso de
doença, o campo deverá ficar em branco.
Campo 32. Após quantas horas de trabalho? – informar o número de horas decorridas desde o início da jornada de trabalho até o
momento do acidente. No caso de doença, o campo deverá ficar em branco.
Campo 33. Tipo – informar tipo de acidente, 1 para típico, 2 para doença e 3 para trajeto.
Campo 34. Houve afastamento? – informar se houve ou não afastamento do trabalho.
Obs.: É importante ressaltar que a CAT deverá ser emitida para todo acidente ou doença relacionados ao trabalho, ainda
que não haja afastamento ou incapacidade.
Campo 35. Último dia trabalhado – informar a data do último dia em que efetivamente houve trabalho do acidentado, ainda que a
jornada não tenha sido completa. Exemplo: 23/11/98.
Obs.: Só preencher no caso de constar 1 (sim) no Campo 33.
Campo 36. Local do acidente – informar o local onde ocorreu o acidente, sendo:
1. em estabelecimento da empregadora;
2. em empresa onde a empregadora presta serviço;
3. em via pública;
4. em área rural;
5. outros.
Obs.: No caso 2, informar o nome e o CGC ou CNPJ da empresa onde ocorreu o acidente ou doença.
Campo 37. Especificação do local do acidente – informar de maneira clara e precisa o local onde ocorreu o acidente (Exemplo:
pátio, rampa de acesso, posto de trabalho, nome da rua, etc.).
Campo 38. CGC – este campo deverá ser preenchido quando o acidente, ou doença ocupacional, ocorrer em empresa onde a
empregadora presta serviço, devendo ser informado o CGC ou CNPJ da empresa onde ocorreu o acidente ou doença (no caso de
constar no Campo 35 a opção 2).
Campo 39. UF – informar a Unidade da Federação onde ocorreu o acidente ou a doença ocupacional.
Campo 40. Município do local do acidente – informar o nome do município onde ocorreu o acidente ou a doença ocupacional.
Campo 41. Parte(s) do corpo atingida(s)
• para acidente do trabalho: deverá ser informada a parte do corpo diretamente atingida pelo agente causador, seja externa ou
internamente (vide Tabela 1);
• para doenças profissionais, do trabalho, ou equiparadas informar o órgão ou sistema lesionado (vide Tabela 1).
Obs.: Deverá ser especificado o lado atingido (direito ou esquerdo), quando se tratar de parte do corpo que seja bilateral.
Campo 42. Agente causador – informar o agente diretamente relacionado ao acidente, podendo ser máquina, equipamento ou
ferramenta, como uma prensa ou uma injetora de plásticos; ou produtos químicos, agentes físicos ou biológicos como benzeno,
sílica, ruído ou salmonela. Pode ainda ser consignada uma situação específica como queda, choque elétrico, atropelamento
(Tratando-se de acidente do trabalho – vide Tabela 2, de doenças profissionais ou do trabalho – vide Tabela 3).
Campo 43. Descrição da situação geradora do acidente ou doença – descrever a situação ou a atividade de trabalho
desenvolvida pelo acidentado e por outros diretamente relacionados ao acidente. Tratando-se de acidente de trajeto, especificar o
deslocamento e informar se o percurso foi ou não alterado ou interrompido por motivos alheios ao trabalho (vide Tabela 4). No caso
de doença (vide Tabela 3), descrever a atividade de trabalho, o ambiente ou as condiçõesem que o trabalho era realizado.
Obs.: Evitar consignar neste campo o diagnóstico da doença ou lesão (Exemplo: indicar a exposição continuada a níveis
acentuados de benzeno em função da atividade de pintar motores com tintas contendo solventes orgânicos, e não
benzenismo).
Campo 44. Houve registro policial? – informar se houve ou não registro policial. No caso de constar 1 (SIM), deverá ser
encaminhada cópia do documento ao INSS, oportunamente.
Campo 45. Houve morte? – o campo deverá constar SIM sempre que tenha havido morte em tempo anterior ao do preenchimento
da CAT, independentemente de ter ocorrido na hora ou após o acidente.
Obs.: Quando houver morte decorrente do acidente ou doença, após a emissão da CAT inicial, a empresa deverá emitir
CAT para a comunicação de óbito. Neste caso, deverá ser anexada cópia da certidão de óbito.
I.4 – Informações relativas às TESTEMUNHAS
Campo 46. Nome – informar o nome completo da testemunha que tenha presenciado o acidente ou daquela que primeiro tenha
tomado ciência do fato, sem abreviaturas.
Campo 47. Endereço – informar o endereço completo da testemunha que tenha presenciado o acidente ou daquela que primeiro
tenha tomado ciência do fato.
FASCÍCULO 7.1 13
MANUAL DE PROCEDIMENTOS DEPARTAMENTO DE PESSOAL
Campo 48. Município – informar o município de residência da testemunha que tenha presenciado o acidente ou daquela que
primeiro tenha tomado ciência do fato.
Campo 49. UF – informar a Unidade da Federação de residência da testemunha que tenha presenciado o acidente ou daquela que
primeiro tenha tomado ciência do fato.
Obs.: Telefone – informar o telefone da testemunha que tenha presenciado o acidente ou daquela que primeiro tenha
tomado ciência do fato. O número do telefone, quando houver, deverá ser precedido do código DDD do município.
Campo 50. Nome – informar o nome completo da testemunha que tenha presenciado o acidente ou daquela que primeiro tenha
tomado ciência do fato, sem abreviaturas.
Campo 51. Endereço – informar o endereço completo da testemunha que tenha presenciado o acidente ou daquela que primeiro
tenha tomado ciência do fato.
Campo 52. Município – informar o município de residência da testemunha que tenha presenciado o acidente ou daquela que
primeiro tenha tomado ciência do fato.
Campo 53. UF – informar a Unidade da Federação de residência da testemunha que tenha presenciado o acidente ou daquela que
primeiro tenha tomado ciência do fato.
Obs.: Telefone – informar o telefone da testemunha que tenha presenciado o acidente ou daquela que primeiro tenha
tomado ciência do fato. O número do telefone, quando houver, deverá ser precedido do código DDD do município.
Fechamento do Quadro I:
Local e data – informar o local e a data da emissão da CAT.
Assinatura e carimbo do emitente – no caso da emissão pelo próprio segurado ou por seus dependentes, fica dispensado o
carimbo, devendo ser consignado o nome legível do emitente ao lado ou abaixo de sua assinatura.
Quadro II – ATESTADO MÉDICO
Deverá ser preenchido por profissional médico. No caso de acidente com morte, o preenchimento é dispensável, devendo ser
apresentada a certidão de óbito e, quando houver, o laudo de necropsia.
Campo 54. Unidade de atendimento médico – informar o nome do local onde foi prestado o atendimento médico.
Campo 55. Data – informar a data do atendimento. A data deverá ser completa, utilizando-se quatro dígitos para o ano. Exemplo:
23/11/1998.
Campo 56. Hora – Informar a hora do atendimento utilizando quatro dígitos. Exemplo: 15:10.
Campo 57. Houve internação? – informar se ocorreu internação do acidentado, devendo preencher a quadrícula no campo com
dígito 1 para “sim” ou dígito 2 para “não”.
Campo 58. Duração provável do tratamento – informar o período provável do tratamento, mesmo que superior a quinze dias.
Campo 59. Deverá o acidentado afastar-se do trabalho durante o tratamento? – informar a necessidade do afastamento do
acidentado de suas atividades laborais, durante o tratamento, devendo preencher a quadrícula no campo com dígito 1 para “sim” ou
dígito 2 para “não”.
Campo 60. Descrição e natureza da lesão – fazer relato claro e sucinto, informando a natureza, tipo da lesão e/ou quadro clínico
da doença, citando a parte do corpo atingida, sistemas ou aparelhos (vide Tabela 5).
Exemplos: a) edema, equimose e limitação dos movimentos na articulação tíbio-társica direita;
b) sinais flogísticos, edema no antebraço esquerdo e dor à movimentação da flexão do punho esquerdo.
Campo 61. Diagnóstico provável – informar, objetivamente, o diagnóstico.
Exemplos: a) entorse tornozelo direito;
b) tendinite dos flexores do carpo.
Campo 62. CID-10 – Classificar conforme a Classificação Internacional de Doenças – CID-10.
Exemplos: a) S93.4 – entorse e distensão do tornozelo;
b) M65.9 – sinovite ou tendinite não especificada.
Campo 63. Observações – citar qualquer tipo de informação médica adicional, como condições patológicas pré-existentes,
concausas, se há compatibilidade entre o estágio evolutivo das lesões e a data do acidente declarada, se há recomendação
especial para permanência no trabalho, etc.
Obs.: Havendo recomendação especial para a permanência no trabalho, justificar.
Fechamento do Quadro II
Local e data – informar o local e a data do atendimento médico.
Assinatura e carimbo do médico com CRM – deverá ser consignada a assinatura do médico atendente e aposto o seu carimbo
com o número de registro junto ao Conselho Regional de Medicina – CRM.
Quadro III – INSS
Campos de uso exclusivo do Instituto Nacional do Seguro Social – INSS.
FUNDAMENTAÇÃO LEGAL: Constituição Federal, de 5-10-88 (Portal COAD); Lei Complementar 110, de 29-6-2001 (Portal
COAD); Lei 4.090, de 13-7-62 (Portal COAD); Lei 8.036, de 11-5-90 (Portal COAD); Lei 8.213, de 24-7-91 – artigos 19 a 23, e 118
(Portal COAD); Lei 11.430, de 26-12-2006 (Informativo 52/2006); Decreto-Lei 5.452, de 1-5-43 – CLT – Consolidação das Leis do
Trabalho – artigos 133, 443, 471 e 476 (Portal COAD); Decreto 3.048, de 6-5-99 – RPS – Regulamento da Previdência Social (Portal
COAD); Decreto 57.155, de 3-11-65 (Portal COAD); Portaria 589 MTE, de 28-4-2014 (Fascículo 18/2014); Portaria 5.817 MPAS, de
6-10-99 (Informativo 40/99); Instrução Normativa 31 INSS, de 10-9-2008 (Fascículos 37 e 38/2008); Instrução Normativa 45 INSS,
de 6-8-2010 (Portal COAD); Resolução 129 TST, de 5-4-2005 – Súmula 378 (Informativo 17/2005); Resolução 185 TST, de
14-9-2012 – Súmula 440 (Fascículo 39/2012); Circular 548 Caixa, de 19-4-2011 (Fascículo 17/2011); Ordem de Serviço 621
INSS-DSS, de 5-5-99 (Informativos 18 e 21/99).
14 FASCÍCULO 7.1
DEPARTAMENTO DE PESSOAL MANUAL DE PROCEDIMENTOS
ANOTAÇÕES
FASCÍCULO 7.1 15
MANUAL DE PROCEDIMENTOS DEPARTAMENTO DE PESSOAL
ANOTAÇÕES
16 FASCÍCULO 7.1
DEPARTAMENTO DE PESSOAL MANUAL DE PROCEDIMENTOS
BENEFÍCIOSPREVIDENCIÁRIOS
7.2 SALÁRIO-MATERNIDADE
MÓDULO
7
SUMÁRIO
ASSUNTO PÁGINA
7.2. SALÁRIO-MATERNIDADE............................................................................................................ 4
7.2.1. INTRODUÇÃO................................................................................................................ 4
7.2.2. DIREITOAOBENEFÍCIO............................................................................................... 4
7.2.2.1. CARÊNCIA .................................................................................................. 4
7.2.2.2. SEGURADAESPECIAL ............................................................................. 4
7.2.2.3. CONTRIBUINTEINDIVIDUAL .................................................................... 4
7.2.2.4. FACULTATIVA............................................................................................ 4
7.2.2.5. ADOÇÃO/GUARDAJUDICIAL................................................................... 4
7.2.2.6. SEGURADADESEMPREGADA.................................................................5
7.2.3. ACUMULAÇÃODEBENEFÍCIOS ................................................................................. 5
7.2.3.1. SEGURADAAPOSENTADA ...................................................................... 5
7.2.4. EMPREGADACOMMAISDEUMEMPREGO ............................................................. 5
7.2.5. PERÍODODEAFASTAMENTO ..................................................................................... 6
7.2.5.1. PRORROGAÇÃODALICENÇA................................................................. 6
7.2.5.2. PROGRAMA EMPRESACIDADÃ.............................................................. 6
7.2.5.3. ABORTONÃOCRIMINOSO....................................................................... 6
7.2.5.4. PARTOANTECIPADO................................................................................ 6
7.2.5.5. NATIMORTO ............................................................................................... 6
7.2.5.6. MORTEDOBENEFICIÁRIO ...................................................................... 7
7.2.6. HABILITAÇÃOPARAOPAGAMENTO ........................................................................ 7
7.2.7. CÔMPUTODOPERÍODOCOMOTEMPODESERVIÇO............................................. 7
7.2.8. VALORDOBENEFÍCIO................................................................................................. 7
7.2.8.1. TRABALHADORAAVULSA....................................................................... 7
7.2.8.2. EMPREGADADOMÉSTICA ....................................................................... 8
7.2.8.2.1. ContribuiçãodoEmpregadorDoméstico............................ 8
7.2.8.3. CONTRIBUINTEINDIVIDUALEFACULTATIVA....................................... 8
7.2.8.3.1. Apuração ................................................................................ 8
7.2.8.4. SEGURADAESPECIAL ............................................................................. 8
7.2.8.5. SEGURADADESEMPREGADA................................................................. 8
7.2.8.6. EMPREGADADOMEI................................................................................ 8
7.2.8.7. ADOÇÃOOUGUARDAJUDICIAL ............................................................ 9
7.2.8.8. SEGURADAEMGOZODEAUXÍLIO-DOENÇAQUE
REQUEREROSALÁRIO-MATERNIDADE................................................ 9
7.2.9. PAGAMENTOPELAEMPRESA ................................................................................... 9
7.2.9.1. QUITAÇÃO.................................................................................................. 9
7.2.9.2. CONTROLEEREGISTRO.......................................................................... 9
7.2.9.3. CONTABILIZAÇÃO..................................................................................... 9
7.2.9.4. REEMBOLSODOVALORPAGO .............................................................. 9
7.2.9.4.1. DécimoTerceiroSalário........................................................ 10
7.2.9.4.1.1. Exemplos.......................................................... 10
7.2.9.4.2. GuardadeDocumento .......................................................... 10
7.2.9.4.3. ExemploPrático..................................................................... 10
7.2.9.4.3.1. Remuneração Variável .................................... 11
7.2.9.4.4. FichadeSalário-Maternidade ............................................... 11
7.2.9.4.5. Fiscalização............................................................................ 11
2 FASCÍCULO 7.2
DEPARTAMENTO DE PESSOAL MANUAL DE PROCEDIMENTOS
ASSUNTO PÁGINA
7.2.10. ENCARGOSSOCIAIS.................................................................................................... 11
7.2.10.1. SEFIP........................................................................................................... 11
7.2.10.2. RETENÇÃODOIMPOSTODERENDA ..................................................... 12
7.2.11. PAGAMENTOPELOINSS............................................................................................. 12
7.2.11.1. REQUERIMENTODOBENEFÍCIO............................................................. 13
7.2.12. EXAMEMÉDICODERETORNOAOTRABALHO ....................................................... 13
7.2.13. ESTABILIDADEPROVISÓRIA ...................................................................................... 13
7.2.14. RESCISÃODOCONTRATODETRABALHODAGESTANTE.................................... 13
7.2.14.1. PEDIDODEDEMISSÃO ............................................................................. 13
7.2.14.2. DISPENSAPORJUSTACAUSA ............................................................... 14
7.2.14.3. CONTRATODEEXPERIÊNCIA ................................................................. 14
7.2.14.4. ENCERRAMENTODAEMPRESA ............................................................. 14
7.2.15. GARANTIAS................................................................................................................... 14
7.2.15.1. AMAMENTAÇÃO ........................................................................................ 14
7.2.15.2. REINTEGRAÇÃO........................................................................................ 15
7.2.16. PENALIDADES .............................................................................................................. 15
FASCÍCULO 7.2 3
MANUAL DE PROCEDIMENTOS DEPARTAMENTO DE PESSOAL
7.2. SALÁRIO-MATERNIDADE
7.2.1. INTRODUÇÃO
O salário-maternidade é um benefício devido à empregada gestante, sendo pago diretamente pela Empresa. No caso de
mãe-adotiva e de segurada desempregada, que esteja no período de graça, dentre outras, o benefício será pago pelo
INSS.
Consoante o disposto na CLT – Consolidação das Leis do Trabalho, a licença-maternidade é de 120 dias, sem prejuízo do
empregoedosalário.
Com a promulgação da Constituição Federal em 5-10-88, o período da licença à gestante passou a ter duração de 120
dias. O início do afastamento da empregada de seu trabalho deve ser determinado por atestado médico. Em casos
excepcionais, mediante atestado médico, é permitido à mulher grávida mudar de função, sendo-lhe, ainda, facultado
romperocompromissoresultantedequalquercontratodetrabalho,desdequeestesejaprejudicialàgestação.
Para amamentar o próprio filho, até que este complete 6 meses de idade, a mulher tem direito, durante a jornada de
trabalho,adoisdescansosespeciais,demeiahoracadaum.
7.2.2. DIREITO AO BENEFÍCIO
O salário-maternidade é devido à segurada da Previdência Social, durante 120 dias, com início no período entre 28 dias
antes e término 91 dias depois do parto, considerando, inclusive, o dia do parto. Assim, o salário-maternidade será pago:
a) a empregada, inclusive do MEI – Microempreendedor Individual;
b) a empregada doméstica;
c) a contribuinte individual;
d) a contribuinte facultativa;
e) a contribuinte especial;
f) a trabalhadora avulsa;
g) a que tiver em prazo de manutenção da qualidade de segurada;
h) a desempregada;
i) a aposentada que permanecer ou retomar a atividade;
j) ao segurado e a segurada que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção de criança.
O referido benefício será pago por ocasião do parto, inclusive o natimorto e aborto não criminoso, adoção ou guarda,
judicialparafinsdeadoção.
7.2.2.1. CARÊNCIA
Período de carência é o tempo correspondente ao número mínimo de contribuições mensais indispensáveis para que o
segurado faça jus ao benefício, consideradas a partir do transcurso do primeiro dia dos meses de suas competências.
O salário-maternidade não depende de carência para ser concedido às seguradas empregada, empregada doméstica e
trabalhadora avulsa.
7.2.2.2. SEGURADA ESPECIAL
A segurada especial, que é a produtora, a parceira, a meeira, a comodatária e a arrendatária rural, a pescadora artesanal
e suas assemelhadas, exercendo suas atividades,individualmente ou em regime de economia familiar, desde que
trabalhem comprovadamente com o grupo familiar respectivo, fará jus ao benefício do salário-maternidade.
Para segurada especial, a carência para recebimento do benefício é a comprovação do exercício de atividade rural, nos
10 meses imediatamente anteriores à data do parto ou do requerimento do benefício, quando requerido antes do parto,
mesmo que de forma descontínua.
7.2.2.3. CONTRIBUINTE INDIVIDUAL
Com a mudança ocorrida na legislação previdenciária, a segurada autônoma, a titular de firma individual, sócia-gerente,
sócia quotista que recebe pro labore, diretora, dentre outras, têm direito ao benefício do salário-maternidade.
Para as seguradas contribuintes individuais a carência é de 10 contribuições mensais.
Em caso de parto antecipado, o período de carência será reduzido em número de contribuições equivalente ao número
de meses em que o parto foi antecipado
7.2.2.4. FACULTATIVA
Segurada facultativa é a maior de 16 anos que se filia ao Regime da Previdência Social, mediante contribuição, e não
está exercendo atividade remunerada que a enquadre como segurada obrigatória da Previdência Social.
Já para as seguradas facultativas a carência é de 10 contribuições mensais.
Em caso de parto antecipado, o período de carência será reduzido em número de contribuições equivalente ao número
de meses em que o parto foi antecipado.
7.2.2.5. ADOÇÃO/GUARDA JUDICIAL
Ao segurado ou segurada da Previdência Social que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção de criança é
devido salário-maternidade pelo período de 120 dias, independente da idade do adotado como ocorria anteriormente.
4 FASCÍCULO 7.2
DEPARTAMENTO DE PESSOAL MANUAL DE PROCEDIMENTOS
Cabe ressaltar que, desde 25-10-2013, por meio da Lei 12.873/2013, passou a ser devido o pagamento do
salário-maternidade, pelo período de 120 dias, ao homem que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção de
criança.
No caso de adoção ou guarda judicial para fins de adoção, o salário-maternidade será pago diretamente pela
Previdência Social.
A partir de 23-1-2014, para os casos de adoção ou guarda judicial, inclusive falecimento da segurada ou segurado que
fizer jus ao benefício, o recebimento do salário-maternidade estará condicionado ao afastamento do trabalho ou da
atividade desempenhada, sob pena de suspensão do benefício.
O salário-maternidade é devido à segurada independentemente de a mãe biológica ter recebido o mesmo benefício
quando do nascimento da criança.
Contudo, não poderá ser concedido o benefício a mais de um segurado, decorrente do mesmo processo de adoção ou
guarda, ainda que os cônjuges ou companheiros estejam submetidos a RPPS – Regime Próprio de Previdência Social.
Para a concessão deste benefício é indispensável que conste da nova certidão de nascimento da criança, ou do termo
de guarda, o nome da segurada ou segurado adotante ou guardiã(ão).
O salário-maternidade não é devido quando o termo de guarda não contiver a observação de que é para fins de adoção
ou só contiver apenas o nome do cônjuge ou companheiro.
Quando houver adoção ou guarda judicial para adoção de mais de uma criança, é devido um único salário-maternidade
relativo à criança de menor idade, observando que no caso de empregos concomitantes, a segurada fará jus ao
salário-maternidade relativo a cada emprego.
7.2.2.6. SEGURADA DESEMPREGADA
O Decreto 6.122/2007 concedeu o benefício do salário-maternidade às seguradas desempregadas (empregada,
trabalhadora avulsa e doméstica) nos casos de demissão antes da gravidez ou que forem demitidas, a pedido ou por
justa causa.
Nesta hipótese, a requerente deverá assinar declaração específica com a finalidade de identificar a causa da extinção
do contrato.
Cabe ressaltar, porém, que não caberá ao INSS a responsabilidade pelo pagamento de salário-maternidade para a
segurada desempregada, nos casos de dispensa sem justa causa, quando esta se der durante a gestação.
O benefício também será devido às seguradas contribuinte individual ou facultativa que cessaram as suas contribuições
e para a segurada especial.
As referidas seguradas desempregadas terão direito ao salário-maternidade se o nascimento ou adoção do filho ocorrer
no período de graça, também conhecido como o de manutenção da qualidade de segurada.
O período de graça garante o recebimento do benefício, mesmo que as seguradas não estejam contribuindo, e pode
variar de 12 a 36 meses, de acordo com a quantidade de contribuição previdenciária que já efetuaram.
7.2.3. ACUMULAÇÃO DE BENEFÍCIOS
Osalário-maternidadenãopodeseracumuladocombenefícioporincapacidade.
Salvo no caso de direito adquirido, não é permitido o recebimento conjunto de salário-maternidade com auxílio-doença.
Ressaltamos que se tratando de segurada gestante em gozo de auxílio-doença, inclusive o decorrente de acidente de
trabalho,deveráserobservadooseguinte:
I–ConcessãodoAuxílio-DoençaporCausasAssociadasàGravidez
A perícia médica poderá, se for o caso, fixar a DCB – Data de Concessão do Benefício de 28 dias a 1 dia antes da data
provável do parto, sendo que em caso de parto antecipado, será necessária a realização de revisão médica para a fixação
da cessação do auxílio-doença na véspera da data do parto mediante apresentação da certidão de nascimento da
criança;e
II–ConcessãodoAuxílio-DoençaporCausasNãoAssociadasàGravidez:
a) o benefício por incapacidade deverá ser suspenso administrativamente enquanto perdurar o salário-maternidade,
devendo ser restabelecido a contar do 1º dia seguinte ao término do período de 128 dias, caso a DCB por incapacidade
tenha sido fixada em data posterior a este período, sem necessidade de nova habilitação;
b) se fixada a DCB por incapacidade durante a vigência do salário-maternidade e ficar constatado, mediante avaliação da
perícia médica do INSS, a pedido da segurada, que esta permanece incapacitada para o trabalho pela mesma doença
que originou o auxílio-doença cessado, este será restabelecido, fixando-se novo limite; ou
c) se na avaliação da perícia médica do INSS, conforme letra “b” anterior, ficar constatada a incapacidade da segurada
para o trabalho em razão de moléstia diversa do benefício de auxílio-doença cessado, deverá ser concedido novo
benefício.
7.2.3.1. SEGURADA APOSENTADA
A segurada aposentada que permanecer ou retomar à atividade faz jus ao pagamento do salário-maternidade, conforme
mencionado no item 7.2.2.
7.2.4. EMPREGADA COM MAIS DE UM EMPREGO
Quando a empregada encontrar-se vinculada a mais de um empregador, fará jus ao salário-maternidade relativo a cada
emprego.
Neste caso, também não haverá limite para o pagamento do salário-maternidade, sendo mantido em cada emprego o
saláriointegraldaempregada.
FASCÍCULO 7.2 5
MANUAL DE PROCEDIMENTOS DEPARTAMENTO DE PESSOAL
7.2.5. PERÍODO DE AFASTAMENTO
Durante o período de afastamento de suas atividades, a segurada gestante fará jus ao salário-maternidade,
correspondentea28diasantese91diasapósoparto,considerando,inclusiveodiadoparto,numtotalde120dias.
Para fins de concessão do salário-maternidade, considera- se parto o evento que gerou a certidão de nascimento ou
certidãodeóbitodacriança.
7.2.5.1. PRORROGAÇÃO DA LICENÇA
Em casos excepcionais, o período de repouso antes e depois do parto pode ser aumentado de mais duas semanas (14
dias), mediante atestado médico específico.
A prorrogação dos períodos de repouso anteriores e posteriores ao parto consiste em excepcionalidade,
compreendendo as situações em que exista algum risco para a vida do feto ou da criança ou da mãe, devendo o
atestado médico ser apreciado pela perícia médica do INSS, exceto nos casos de segurada empregada, que é pago
diretamente pela empresa.
Para a segurada em prazo de manutenção da qualidade de segurado, fica assegurado o direito à prorrogação somente
para repouso posterior ao parto.
Licença Amamentação
É muito comum os médicos concederem prorrogaçãoda licença-maternidade, lançando incorretamente no atestado
médico a expressão “licença amamentação”.
No entanto, para a mãe amamentar o seu filho até que este complete 6 meses de idade, a mulher tem direito, durante a
jornada de trabalho, a 2 descansos especiais, de meia hora cada um.
Esse período de 6 meses para amamentação poderá ser dilatado, a critério do médico, quando a saúde do filho o exigir.
Sendo assim, a “licença amamentação” ocorre na realidade quando a mãe já retornou da licença-maternidade, ou seja,
já voltou a trabalhar, e não quando ela ainda está de licença-maternidade.
No caso de erro no preenchimento do atestado que tenha a finalidade de prorrogação da licença-maternidade e,
consequentemente, do salário-maternidade, o empregador deve solicitar a sua troca a fim de evitar problema com a
fiscalização.
7.2.5.2. PROGRAMA EMPRESA CIDADÃ
O Governo Federal, através da Lei 11.770/2008, instituiu o Programa Empresa Cidadã, destinado a aumentar a
licença-maternidade de 120 para 180 dias mediante concessão de incentivo fiscal.
A garantia da prorrogação da licença-maternidade à empregada se dará com a adesão da empresa ao Programa.
A empregada deverá requerer a prorrogação até o final do primeiro mês após o parto.
A prorrogação será garantida, na mesma proporção, também à empregada que adotar ou obtiver guarda judicial para
fins de adoção de criança.
A prorrogação do salário-maternidade iniciará no dia subsequente ao término da licença-maternidade e também será
devida, no caso de parto antecipado.
Durante o período de prorrogação da licença-maternidade, a empregada terá direito à sua remuneração integral, não
poderá exercer qualquer atividade remunerada e será vedada a manutenção da criança em creche ou organização
similar.
A empresa poderá aderir ao Programa Empresa Cidadã, mediante “Requerimento de Adesão”, formulado em nome do
estabelecimento matriz, pelo responsável perante o CNPJ – Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica.
O “Requerimento de Adesão” deverá ser formulado exclusivamente no site da RFB – Secretaria da Receita Federal do
Brasil, na Internet, no endereço http://www.receita.fazenda.gov.br.
O acesso ao endereço eletrônico será feito por meio de código de acesso, a ser obtido no site da RFB, ou mediante
certificado digital válido.
EstadodoRiodeJaneiro
O Governo do Estado do Rio de Janeiro, através da Lei 5.160-RJ/2007, ampliou o período da licença-maternidade, por
meio do Programa Maternidade Cidadã, que visa incentivar a pessoa jurídica a prorrogar, voluntariamente, por 60 dias,
a duração da licença-maternidade, totalizando 180 dias. A prorrogação da licença-maternidade deverá ser requerida até
o final do primeiro mês após o parto e, neste período, a funcionária terá direito à sua remuneração integral, não poderá
exercer qualquer atividade remunerada e será vedada a manutenção da criança em creche ou organização similar.
7.2.5.3. ABORTO NÃO CRIMINOSO
Em caso de aborto não criminoso, comprovado mediante atestado médico, a segurada tem direito ao
salário-maternidade correspondente a duas semanas.
O atestado médico deverá informar o CID – Código Internacional de Doenças específico.
7.2.5.4. PARTO ANTECIPADO
Na ocorrência de parto antecipado ou não, ainda que ocorra parto de natimorto, este último comprovado mediante
certidão de óbito, será devido à empregada gestante o salário-maternidade de 120 dias, sem necessidade de avaliação
médico-pericial pelo INSS.
7.2.5.5. NATIMORTO
Natimorto é a denominação dada ao feto que morreu dentro do útero ou durante o parto.
A ocorrência de natimorto não afasta o direito da segurada à percepção do salário-maternidade, uma vez que a
legislação de regência não condiciona a concessão do benefício ao nascimento do filho com vida.
6 FASCÍCULO 7.2
DEPARTAMENTO DE PESSOAL MANUAL DE PROCEDIMENTOS
7.2.5.6. MORTE DO BENEFICIÁRIO
A partir de 23-1-2014, no caso de falecimento da segurada ou segurado que fizer jus ao recebimento do
salário-maternidade, o benefício será pago, por todo o período ou pelo tempo restante a que teria direito, ao cônjuge ou
companheiro sobrevivente que tenha a qualidade de segurado, exceto no caso do falecimento do filho ou de seu
abandono, observadas as normas aplicáveis ao salário-maternidade.
O benefício será pago diretamente pela Previdência Social durante o período entre a data do óbito e o último dia do
término do salário-maternidade originário e será calculado sobre:
a) a remuneração integral, para o empregado e trabalhador avulso;
b) o último salário de contribuição, para o empregado doméstico;
c) à média aritmética dos 12 últimos salários de contribuição, apurados em período não superior a 15 meses, sujeito aos
limites mínimo e máximo do salário de contribuição, para o contribuinte individual, facultativo e desempregado; e
d) o valor do salário-mínimo, para o segurado especial.
Prazo para Requerimento
O pagamento do salário-maternidade, no caso de morte do beneficiário, deverá ser requerido pelo beneficiário
sobrevivente, até o último dia do prazo previsto para o término do salário-maternidade originário.
O segurado sobrevivente pode receber de forma concomitante o salário maternidade complementar e a pensão por
morte como dependente do titular originário, não se configurando a hipótese em acumulação indevida de benefícios.
7.2.6. HABILITAÇÃO PARA O PAGAMENTO
Os períodos de repouso a que a empregada tem direito, assim como a data do início do seu afastamento, são
determinadoscombaseematestadomédicooucertidãodenascimento.
O atestado somente será exigido quando o pedido do benefício ocorrer durante os 28 dias que antecederem o parto.
Depois desse período, a certidão de nascimento valerá como documento necessário para a concessão do benefício, junto
aospostosdoINSS.Emcasodedúvida,aseguradaserásubmetidaàavaliaçãopericialjuntoaoINSS.
No caso de adoção ou guarda judicial para fins de adoção, a data do deferimento da medida liminar nos autos de adoção
ouadatadalavraturadacertidãodeterminaráadatadeiníciodobenefício.
7.2.7. CÔMPUTO DO PERÍODO COMO TEMPO DE SERVIÇO
O período de duração do salário-maternidade é computado, para todos os efeitos, como tempo de serviço da empregada.
Assim, durante o período de licença, o contrato de trabalho fica interrompido, e não suspenso, não havendo prejuízo do
direitoàsfériaseao13ºSalário,sendoambospagosintegralmentenaépocaprópria.
Com relação às férias, não haverá qualquer mudança na contagem do período aquisitivo, pois a licença-maternidade não
suspendeocontratodetrabalhodaempregada.
Neste caso, considerando que a licença-maternidade é uma situação previsível, ou seja, o empregador sabe qual será a
data provável do nascimento da criança, caso as férias da empregada esteja para dobrar no período do afastamento da
licença maternidade, o empregador deverá conceder as férias da empregada, antes do início da licença-maternidade,
evitandoassim,oseupagamentoemdobro.
7.2.8. VALOR DO BENEFÍCIO
O valor do benefício do salário-maternidade para a segurada empregada consiste numa renda mensal igual à sua
remuneraçãointegraleserápagopelaempresa.
Quando a empregada perceber salário variável, o valor do salário-maternidade será apurado através da média dos 6
últimosmesesdetrabalho.
Assegurado o valor de um salário-mínimo, o salário-maternidade para as demais seguradas será pago diretamente pela
PrevidênciaSocial.
Cabe à empresa pagar o salário-maternidade devido à respectiva empregada gestante, efetivando-se a compensação na
GPS – Guia da Previdência Social, observando que o valor a ser compensado não poderá ser superior ao subsídio
mensal,emespécie,dosMinistrosdoSTF–SupremoTribunalFederal.
DeacordocomaLei12.771/2012ealteraçõesposteriores,ossubsídiosdosMinistrosdoSTFsãoosseguintes:
PERÍODO VALOR(R$)
De 1-1 a 31-12-2013 28.059,29
A partir de 1-1-2014 29.462,25
A CF – Constituição Federal de 1988, no seu inciso XVIII do artigo 7º, determina que são direitos das trabalhadoras
urbanaserurais,dentreoutros,alicençagestante,semprejuízodoempregoesalário,comduraçãode120dias.

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