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Abdome Agudo - Resumo

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ABDOME AGUDO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Hipocôndrio direito 
Colecistite, Colangite 
Coledocolitíase 
Hepatite aguda 
Colangite 
Abcesso hepático 
Pneumonia 
Pancreatite aguda 
Herpes zoster 
Hepatopatia com ICC 
 
Flanco direito 
Diverticulite 
Doença de Crohn 
Ileíte 
Coledocolitíase 
Pielonefrite 
Litíase renal 
Apendicite retrocecal 
 
Fossa ilíaca direita 
Apendicite 
Cisto do ovário 
Gravidez ectópica 
Hérnia inguinal 
Abcesso ovariano 
DIP 
Torção ovariana 
 
 
Epigástrio 
Dispepsia 
Ulcera péptica 
Esofagite 
IAM/pericardite/angina 
Colecistite 
Coledocolitíase 
Pancreatite 
 
 
Mesogástrio 
Aneurisma da aorta 
Isquemia ou trombose 
mesentérica 
Apendicite (início) 
Gastroenterite 
Obstrução de intestino delgado 
 
 
Hipogástrio 
Cistite 
Gravidez ectópica 
Dismenorreia 
Diverticulite 
DIP 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Hipocôndrio esquerdo 
Dispepsia/gastrite 
Ulcera péptica 
Infarto esplênico 
Pneumonia 
TEP 
IAM 
 
 
Flanco esquerdo 
Infarto esplênico 
Hematoma esplênico 
Diverticulite 
D. Infla. Intestinal 
Litíase renal 
Pielonefrite 
 
 
Fossa ilíaca esquerda 
Diverticulite 
Cisto ovariano 
Gravidez ectópica 
Hérnia inguinal 
Abcesso ovariano 
DIP 
Torção ovariana 
 
 
CAUSAS ABDOMINAIS 
 Gastrointestinais: apendicite, obstrução intestinal, perfuração intestinal, isquemia mesentérica, ulcera perfurada, 
divertículo de Meckel, Diverticulite do colón, DIP 
 Pâncreas, veias biliares, fígado e baço: pancreatite, colecistite, Colangite, hepatite, abcesso hepático, ruptura 
esplênica, tumores hepáticos hemorrágicos, Coledocolitíase 
 Peritoneal: PBE, peritonites secundárias a doenças agudas dos órgãos abdominais e/ou pélvicos. 
 Urológicos: calculo ureteral, cistite, pielonefrite 
 Retroperitoneal: aneurisma de aorta, hemorragias 
 Ginecológicos: cisto ovariano roto, gravidez ectópica, endometriose, torção ovariana, salpingite, rotura uterina 
 Parede abdominal: hematoma do músculo reto abdominal 
 
 
 
CAUSAS EXTRA-ABDOMINAIS 
 Torácicas: IAM, pneumonia, infarto pulmonar, TEP, pneumotórax, pericardite, derrame pleural 
 Hematológicos: crise falciforme, leucemia aguda 
 Neurológicos: herpes zoster, tabes dorsal, compressão de raiz nervosa 
 Metabólica: cetoacidose diabética, porfiria, hiperlipoproteinemia, crise addisoniana, uremia 
 Relacionado à intoxicação: abstinência de narcóticos, intoxicação por chumbo, picada de animais peçonhentos 
 Etiologia desconhecida: fibromialgia 
 
FISIOPATOLOGIA 
Dor somática ou parietal: origem no peritônio parietal, constante, fixa, e se acentua com movimentos, o paciente fica 
imóvel (peritonite) 
Dor visceral: distensão ou concentração de vísceras ocas, de localização imprecisa, que faz se movimentar 
constantemente (cólica) 
Dor referida ou irradiada: origem intra-abdominal que se manifesta em área anatomicamente distante, por 
compartilhar os mesmos circuitos neurais centrais (dor no ombro direito por irritação do diafragma) 
 
SINDROMES CLÍNICAS 
 Inflamatório: apendicite, colecistite aguda, pancreatite aguda, Diverticulite, DIP, abcessos intra-abdominais, 
peritonites primárias e secundárias 
Caráter: Dor insidiosa e com piora progressiva, febre, peritonite localizada ou difusa 
 
 Perfurativo: ulcera péptica, neoplasia gastrointestinal profunda, amebíase, febre tifoide, divertículos do cólon, 
perfuração iatrogênica de alças intestinais ou útero 
Caráter: Dor com piora súbita, intensa, aguda e persistente, peritonite, palidez, sudorese, evoluindo para choque 
séptico se não tratado. 
 
 Obstrutivo: aderências intestinais, hérnias estranguladas, fecaloma, obstrução pilórica, volvo, interssuscepção, 
cálculo biliar, corpo estranho, bolo de áscaris 
Caráter: Distensão, parada de eliminação de flatus e fezes, náuseas e vômitos 
 
 Vascular/isquêmico: isquemia intestinal, trombose mesentérica, torção de omento, torção de pedículo de cisto 
ovariano, infarto esplênico 
Caráter: Dor intensa e súbita, tipo cólica, desproporcional ao exame físico (toca a pessoa levemente e a pessoa 
tem uma hiperresposta ou toca a pessoa fortemente e ela tem uma hiporresposta), podendo evoluir para 
peritonite 
 
 Hemorrágico: gravidez ectópica rota (ruptura de trompa), ruptura de baço, ruptura de aneurisma de aorta 
abdominal, cisto ovariano hemorrágico, necrose tumoral, endometriose... 
Caráter: Dor súbita, sinais de choque hipovolêmico (pulso rápido e fraco, hiperventilação, PA baixa, palidez, 
cianose, pupilas dilatadas, taquicardia, sudorese, sede excessiva, visão nublada, ansiedade/confusão, perda total 
ou parcial da consciência) 
 
ANAMNESE 
 Dados gerais: idade, sexo, cor, profissão... 
 Avaliação da dor e sintomas associados (qual é a intensidade? Caráter (pontada, cólica...)? Frequência? Duração? 
Onde é? Irradia? Tem fator de melhora? Fator de piora?) 
 História de crises semelhantes 
 Hábitos: etilismo, tabagismo, drogas ilícitas 
 Antecedentes cirúrgicos 
 Comorbidades 
 Medicações: opióides, AINEs, anticoagulantes, imunossupressores, ACOH 
 Última menstruação, ciclo, antecedentes ginecológicos, corrimento vaginal, uso de DIU 
 
DOR – Classificação 
 Tipo (súbita, localizada, cólica, variável) 
 Duração 
 Evolução, localização, intensidade, irradiação 
 Relação com funções orgânicas 
 Fatores desencadeantes/agravantes 
 Fatores de melhora 
 Manifestações associadas e cronológicas 
 Náuseas/vômitos (relação com o início da dor, frequência e volume) 
 Constipação 
 Diarreia, febre 
 Melena (sinal de hemorragia digestiva alta), hematoquesia (hemorragia digestiva baixa), hematêmese 
 Hematúria, disúria, colúria, polaciúria 
 Tontura, sudorese, anorexia, acolia fecal, icterícia 
 
EXAME FÍSICO 
 Geral: estado geral, icterícia, febre, palidez cutânea-mucosa, desidratação, PA, pulso, padrão respiratório, nível de 
consciência 
 Sinais de comprometimento sistêmico/instabilidade hemodinâmica/sepse: taquicardia, taquipneia, hipotensão, 
sonolência 
 Exame cardiopulmonar 
 Exame de abdome: 
1. Inspeção: distensão, abaulamentos, cicatrizes, hérnias, equimoses) 
2. Ausculta: RHA ausentes, aumentados, metálicos? 
 
Obs.: ruídos hidroaéreos diminuídos ou ausentes, tradicionalmente relacionados à peritonite, podem não ser de 
grande importância clínica, já que pacientes com inflamação peritoneal podem ter ruídos normais ou até aumentados. 
Por outro lado, ruídos hidroaéreos aumentados e com timbre metálico representam sinais de luta e são úteis no 
diagnóstico de obstrução do intestino delgado. O silêncio abdominal, em casos de abdome agudo, ocorre em casos 
mais graves da afecção. 
 
3. Percussão: distensão gasosa (percussão hipertimpânica) Ascite? (Percussão maciça) 
4. Palpação: localização da dor, massas, visceromegalias, massa pulsátil, descompressão brusca, manobras) 
 
APENDICITE AGUDA 
 Mais comum entre jovens de 10 a 30 anos, mas pode ocorrer em qualquer idade. 
 Quadro clínico clássico (50% dos casos): dor inespecífica periumbilical que migra para fossa ilíaca direita + náuseas 
+ anorexia 
 85% possuem dor abdominal 
 Vômito é incomum 
 Febre aparece tardiamente 
 Diagnóstico é eminentemente clínico 
 
Exame físico: 
 Sinal de Blumberg (manobra de descompressão brusca) – 
apertar Ponto de McBurney – imagem ao lado 
 Sinal do Psoas: É indicativo de irritação do músculo psoas, sendo um sinal de apendicite aguda. 
Como fazer: Posiciona-se o paciente em decúbito lateral esquerdo, e o examinador deve realizar a hiperextensão 
passiva de membro inferior direito (ou flexão ativa contra resistência). Em caso de dor a hiperextensão passiva ou a 
flexão ativa, o sinal é positivo. 
 
 
 Sinal do obturador: indicador de irritação do músculo obturador interno. 
Como fazer: com o paciente em decúbito dorsal,faz-se a flexão passiva da perna sobre a coxa e da coxa sobre a 
pelve, então procede-se com uma rotação interna da coxa. Dá-se positivo quando se refere dor no hipogástrio. 
 
 Sinal de Rosving: Se a palpação do quadrante inferior esquerdo do abdome do paciente resultar em dor no 
quadrante inferior direito, diz-se que o paciente é positivo para o sinal de Rovsing. 
 
 
Em crianças menores de 2 anos, mulher em idade fértil e idosos (acamados), o 
diagnóstico é mais difícil, necessitando de exames de imagem. 
o USG de abdome tem sensibilidade de até 85% (imagem à direita) 
o TC de abdome tem sensibilidade de 90 a 100% 
 
 
Outros exames: 
 Raio X: sugere o diagnóstico através da 
identificação do apendicolito (7 a 14% dos casos) – 
imagem à esquerda 
 
TRATAMENTO 
 Cirúrgico: LAPAROSCOPIA (exame endoscópico da cavidade abdominal e de seu 
conteúdo, realizado sob anestesia geral e após insuflação do abdome com um gás inerte) 
é padrão ouro. 
 Antibióticos EV em caso de apendicite perfurada com abcesso ou peritonite 
purulenta: 
- Ciprofloxacina 400mg, 12/12h + Metronidazol 500 mg, 8/8h por 7 dias 
 
PANCREATITE AGUDA 
Processo inflamatório pancreático por ativação indevida das enzimas digestivas provocando EDEMA, HEMORRAGIA e 
até NECROSE pancreática e ativação da resposta inflamatória sistêmica (SIRS) 
Caracterizada por episódios de dor abdominal e elevação dos níveis séricos de amilase e lipase. 
 
Etiologia 
 Cálculos biliares (PRINCIPAL CAUSA) 
 Os cálculos ao saírem espontaneamente da vesícula podem ficar encravados nas vias biliares produzindo 
alterações de pressão nos canais pancreáticos o quem leva a lesão do tecido pancreático. 
 Alcoólica → álcool em excesso tem efeito tóxico nas células pancreáticas 
 Pós-traumática e iatrogênica 
 Metabólicos (hipertrigliceridemia, hipercalcemia) 
 Medicamentos e toxinas (imunossupressores, inseticidas, metanol, organofosforados, ciclosporinas, tacrolimus) 
 Obstrução pancreática (disfunção do esfíncter de Oddi) 
 Genético 
 
Fisiopatologia: Ativação intracelular de enzimas digestivas e autodigestão. 
Clínica: dor em abdome superior de início súbito, intensa, em barra (em cinturão/em faixa), com irradiação para dorso 
+ náuseas e vômitos. Prolonga-se por horas ou dias, não sendo aliviada pelo vômito. 
 
EXAME DO ABDOME 
 Pode ser uma sensibilidade localizada mínima até uma sensibilidade generalizada e significativa à descompressão 
brusca + proteção local e distensão abdominal. 
 Os ruídos hidroaéreos estão diminuídos (íleo paralítico) 
 Pode ter icterícia (cálculo ou devido a um pâncreas edemaciado). 
 Pode ter hipotensão, taquipneia, taquicardia e febre (<38,5°C) 
 
 É raro, mas pode ter: 
Sinal de Greyturner: equimoses nos flancos → Pancreatite aguda 
 
Sinal de Cullen: equimoses em região periumbilical → Hemorragia retroperitoneal, associada principalmente à ruptura 
de gravidez ectópica, mas também eventualmente presente na pancreatite aguda. 
 
 
 Posição antálgica → como a dor é intensa e não cede facilmente aos analgésicos, o doente adopta uma posição 
antálgica típica dobrando-se sobre si mesmo e encostando os joelhos ao tórax em posição de prece maometana 
(atitude genupeitoral) 
 
DIAGNÓSTICO 
 Aumento da amilase sérica 2x acima do normal, após 6 horas do início da dor (70-80% de sensibilidade) 
 Aumento da lipase sérica (85 a 100% de sensibilidade), permanece elevada durante mais tempo que a amilase 
 Hemograma: mostra leucocitose, hiperglicemia leve e temporária, hipocalcemia (níveis inf. a 7,0 mg/dl → 
prognóstico grave) 
 Pode ter hiperbilirrubinemia, aumento de aminotransferases e de fosfatase alcalina (50%) 
 Imagem: TC de abdome 
 
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: víscera perfurada, obstrução intestinal, isquemia mesentérica e colecistite → podem 
apresentar níveis séricos aumentados de amilase e lipase 
Na pancreatite aguda: 
 Aumento superior ao dobro de amilase 
 TC → mostra inflamação pancreática e a presença e a extensão de necrose pancreática 
 Os raios X de tórax podem demonstrar um derrame pleural. Nos raios X de abdômen, teremos um íleo 
segmentar (alça sentinela), em 41% dos casos, sinal da amputação do cólon transverso (interrupção abrupta 
do colón descendente a seguir ao angulo esplénico), em cerca de 50% dos casos), apagamento da sombra do 
músculo psoas, em 19% dos casos. 
 
 
 
 
 
PROGNÓSTICO 
Falência de múltiplos órgãos persistente ou progressiva são mais estreitamente preditivos de mortalidade e são os 
mais confiáveis marcadores de doença grave 
 
 Fatores de risco para doença grave 
 Idade>55 anos 
 Obesidade (IMC>30) 
 Derrame pleural 
 Hematócrito ≥44 na admissão ou aumento do hematócrito nas primeiras 24hs (melhor preditor de necrose 
pancreática) 
 Complicações locais (pseudocisto pancreático, necrose, abscesso). 
 
1. Critérios de Ranson (valor preditivo negativo de 93% nas primeiras 48 hs) → utilizando um corte de 3. 
 Idade >55 
 Leucócitos > 16.000 cel/ml 
 DHL >350U/l 
 Glicose >200mg/dl 
 TgO >250 U/l 
 
Figura 1 A seta mostra sinal de "Cólon 
Cut-Off" 
Figura 2 As setas indicam sinal de "Cólon 
Cut-Off". As letras C evidenciam sinal de 
"Alça Sentinela" e a letra S refere-se à 
sombra gástrica. 
Figura 3 TC com contraste VOVO e IVIV. Pâncreas com 
dimensões aumentadas apresentando necrose (setas). 
Área de parênquima pancreático normal (asterisco) 
Forma Leve: Ranson < 3 ou Apache II < 8 
Forma Grave: Ranson ≥ 3 ou apache ≥ 8 ou presença de complicações orgânicas sistêmicas 
 
2. Glasgow 
3. Apache II: é preferível para avaliar prognóstico (valor preditivo negativo de 86% na primeiras 24 hs e aumenta 
com 48 hs), utilizando um corte de 8. 
 
 
4. Critérios de Balthazar 
 
Índices: 
0-3 → 3% mortalidade 
4-6 → 6% mortalidade 
7-10 → 17% mortalidade 
 
Aqueles com critérios de mau prognóstico ou que apresentam comorbidades deve ser triado para uma unidade de 
terapia intensiva. 
TC com contraste endovenoso deve ser realizada após 48-72 horas de doença a fim de avaliar o grau de necrose 
pancreática em pacientes com doença grave (APACHE II ≥8) e também naquelas com falência de órgãos 
 
TRATAMENTO 
Clínico → jejum, hidratação, sintomático 
Casos graves → Antibiótico EV (imipenem 500mg, 6/6h) e TC abd em 48h 
 
COLESTASE 
Retenção sistêmica dos constituintes da bile como resultado da falha 
na produção e excreção da bile. O acometimento do sistema biliar 
pode ocorrer de forma anatômica ou funcional. 
Aumento da bilirrubina por defeitos da excreção 
 
 Síndrome hepatocelular: defeito do hepatócito, que lesado, não 
consegue fazer a passagem da bilirrubina para os ductos 
hepáticos. 
 Síndrome colestáticas: obstrução da árvore biliar intra ou extra-
hepática. 
 
COLESTASE INTRA-HEPÁTICA 
Hepatites, drogas, doenças hepáticas de depósito, doenças que acometem os ductos intra-hepáticos (cirrose biliar 
primária, Colangite esclerosante), infecções sistêmicas, nutrição parenteral total, defeitos metabólicos hereditários, 
idiopáticos, pós-operatório da gravidez; 
 
COLESTASE EXTRA-HEPÁTICA 
Litíase, colangite, carcinoma do ducto biliar, CA de vesícula, CA de ampola de Vater, colangite esclerosante primária, 
CA de cabeça de pâncreas, pancreatite, pós-operatório 
 
Síndrome colestática 
Icterícia + colúria + hipocolia 
Pode ter: astenia, náusea/vômito, febre, dor 
 
Exames laboratoriais 
 Dosagem de BT, BD e BI 
 Dosagem de TGO/AST, TGP/ALT (perfil hepático) 
10x acima do valor normal → Síndrome hepatocelular. Se menor que 1000, sugere hepatite viral aguda. 
 FA/GGT (gama T) → enzimas canaliculares → lesão extra-hepática 
FA e GGT > 4x do normal → Síndrome colestática 
 
 Sorologias: hepatites B e C 
 Função hepática: Abb/TP (protombina) /Bilirrubinas/Fosfatasealcalina 
 
Obs.: Aumento de FA, GGT, amilase e lipase são indicadores de tumor de pâncreas. 
 
 
COLELITÍASE 
Caracterizada por cálculos na vesícula biliar 
Fatores de risco: 
 Idade 
 Sexo feminino 
 Hormônios 
 Gestação 
 Obesidade 
 Hemólise crônica 
 Paridade 
 Rápida perda de peso 
 Genética 
 Medicações 
 Hipertrigliceridemia 
 
COLECISTITE CRÔNICA 
Inflamação da vesícula biliar durante um longo período, caracterizada por ataques repetidos de dor abdominal grave 
e aguda → Cólica biliar 
Dor típica: constante, no hipocôndrio direito e/ou epigástrio, irradiação para região dorsal superior direita, escapula 
direita ou entre escapulas. 
Desencadeada por refeição gordurosa. Dura 1 a 6 horas, pode apresentar vômitos, náuseas, distensão e eructações 
associados. Discreta dor à palpação em HD. 
 
COLECISTITE AGUDA 
Causada por obstrução do ducto cístico com elevação da pressão intraluminal, que pode levar ao comprometimento 
vascular da vesícula. A vesícula produz muco, há produção de liquido, distensão da parede → Inflamação (calculo, 
impactando no infundíbulo) 
Dor tipo cólica em HD + náuseas/vômitos + febre 
Leucocitose > 11000 
 
4F – fatores de risco para desenvolvimento de cálculos: 
Fat (obesidade) 
Female (mulher) 
Fertile (em idade fértil) 
Fourty (ao redor de 40 anos) 
 
 
SINAL DE MURPHY: É indicativo de colecistite. Quando o paciente suspende a inspiração por sentir dor à 
compressão do rebordo costal direito (local onde se encontra a vesícula biliar) → ponto cístico. 
 
 
 
Se a obstrução continua, a vesícula se distende e suas paredes tornam-se edematosas. O processo inflamatório inicia-
se com espessamento da parede, eritema e hemorragia subserosa. Surgem hiperemia e áreas focais de necrose. Na 
maioria dos casos, o cálculo se desloca e o processo inflamatório regride. 
 
DIAGNÓSTICO: 
 USG de abdome (padrão ouro) → alta sensibilidade para a detecção de cálculos e o espessamento da parede que 
é considerado anormal quando maior que 4 mm 
 Hemograma: leucocitose com desvio para esquerda. 
 Hepatograma: elevação das transaminases, da fosfatase 
alcalina, bilirrubinas e amilase. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 1 Colecistite aguda. USG evidencia vesícula biliar 
com paredes espessadas e edemaciadas (setas pequenas) e 
com grande cálculo em seu interior (seta longa). 
COLEDOCOLITIASE 
Presença de cálculo obstruindo o ducto colédoco. 
Há aumento de enzimas hepáticas. 
Síndrome colestática: Icterícia, colúria, acolia fecal 
Nesse caso, a icterícia pode aparecer subitamente e de curso flutuante, também sendo um sinal de tumor de papila. 
 
Quadro: cólica em hipocôndrio direito + náuseas/vômitos + icterícia, colúria e acolia fecal (síndrome colestática) 
Pode apresentar colangite (bile está infectada e parada → Infecção por E. coli, bacterioides, Klebsiella sp, clostridium 
sp) 
 
TRÍADE DE CHARCOT (sinal de colangite): Dor em HD + icterícia + febre 
PENTADE DE REYNOLDS (colangite tóxica): Dor em HD + icterícia + febre com calafrios + hipotensão (choque 
séptico) + alteração do SNC (confusão mental) → Sinal de grau muito avançado de infecção 
 
DIAGNÓSTICO: aumento de aminotransferases, bilirrubina e FA 
TRATAMENTO: Antibiótico EV (Ciprofloxacina/Metronidazol), hidratação, sintomático, 
Cirurgia: dor até 72 horas 
 
COLECISTITE ALITIÁSICA 
A colecistite aguda também pode ocorrer sem a presença de cálculos em cerca de 5% dos casos. Tem uma evolução 
mais rápida e frequentemente evolui para gangrena, empiema ou perfuração. Ocorre em pessoas idosas ou em estado 
crítico após trauma, queimaduras, nutrição parenteral de longa data, cirurgias extensas, sepses, ventilação com 
pressão positiva e a terapia com opióides também parece estar envolvida 
 
A etiologia da CAA é multifatorial e sua patofisiologia ainda permanece pouco compreendida. Os principais 
mecanismos de doença propostos incluem lesão por isquemia-reperfusão, resposta inflamatória sistêmica e estase 
biliar 
 
Pessoas em risco: Paciente politraumatizado, pós-operatório de grandes cirurgias, internados em UTI. 
Fatores de risco: 
 Choque 
 IRA 
 Uso de nutrição parenteral 
 Febre 
 Jejum prolongado 
 Restrição hídrica 
 Desidratação 
 Uso de opióceos 
 
FISIOPATOLOGIA 
Maior viscosidade da bile e hipoperfusão da vesícula biliar – estase funcional 
 
Clínica: dor, febre, leucocitose, enzimas hepáticas anormais, distensão abdominal. 
 
DIAGNÓSTICO: 
 Os achados de imagem na 
ultrassonografia (USG) e 
tomografia computadorizada 
(TC) incluem aumento da 
espessura da parede e do 
volume da vesícula biliar, 
barro biliar, fluido 
pericolecístico e presença de 
gás intramural. 
 O diagnóstico é confirmado 
pelo achado de granulomas 
epitelioide na biópsia hepática que deve ser realizada em casos com febre prolongada e alteração do 
hepatograma. 
 Hemograma: leucocitose com desvio para esquerda. 
 Hepatograma: elevação das transaminases, da fosfatase alcalina, bilirrubinas e amilase. 
 
TRATAMENTO: cirúrgico 
 
DIVERTICULITE 
É uma inflamação e infecção dos divertículos (bolsas) presentes no intestino grosso. Cerca de 95% dos divertículos 
encontram-se no cólon sigmoide. 
Predominante em populações industrializadas ou ocidentais (baixa ingestão de fibras) 
 
Fatores de risco: 
Maiores de 40 anos 
Obesidade → fator de risco para jovens 
 
Clínica: semelhante à apendicite, porem em Fossa Inguinal Esquerda. 
Sintomas: anorexia, dor em FIE que pode irradiar para flanco, dorso ou região suprapúbica, febre. 
Em idosos, pode ter evolução arrastada, sem febre, sem sinais de irritação peritoneal 
 
Exame físico: sensibilidade local, defesa localizada, massa sensível e dolorida. Sinais peritoneais sugerem perfuração 
livre. 
 
DIAGNÓSTICO: 
Hemograma: leucocitose 
TC de abdome → padrão ouro 
 
TRATAMENTO: 
Não complicada → antibióticos 
(cipro/Metronidazol), dieta pobre em 
resíduos (liquida), sintomáticos 
 
Complicada → intervencionista ou cirúrgico 
 
 
 
 
 
ABDOME AGUDO VASCULAR 
50% a 70% de mortalidade 
Sintomas inespecíficos no início 
Diagnóstico e tratamento precoce (até 6 horas do início da dor) aumenta a sobrevida 
Pode ser confundido com obstrução intestinal 
 
Etiologia: isquemia arterial oclusiva (embolia – 50% ou trombose – 20%), isquemia arterial não oclusiva (25%) ou 
trombose venosa (5%) 
 
Clínica: dor severa, persistente e pouco localizada. É desproporcional aos achados clínicos de palpação. Pode ter febre, 
estado mental alterado, distensão abdominal, dificuldade de alimentação, náuseas, vômitos e diarreia. 
 
Exame físico: hipotensão, taquicardia, distensão abdominal, RHA inicialmente aumentados e posteriormente 
reduzidos, dor difusa e inespecífica. 
 
DIAGNÓSTICO: 
 Raio X 
 Angio-TC 
 Angiografia 
Figura 2 divertículo na borda mesentérica de alça jejunal (seta larga) e extensa 
densificação da gordura adjacente (seta estreita), sinais de diverticulite aguda. B: 
Divertículo no jejuno proximal, com sinais de diverticulite aguda. Imagem sacular com 
conteúdo gasoso na alça jejunal (seta larga) associado a extensa densificação da gordura 
adjacente (seta estreita) 
 Hemograma com dosagem de colesterol: leucocitose, aumento de LDH, aumento de lactato arterial 
 
DOENÇA INFLAMATÓRIA PÉLVICA 
 Inflamação nas trombas e ovários que cursa com dor abdominal 
 Acomete mulheres em vida sexual ativa 
 Ascensão de microrganismos do trato genital inferior – polimicrobiana (gonococo e clamídia), secundária a DST 
 Eleva o risco de gravidez ectópica e infertilidade 
 
CLÍNICA: Dor à palpação em região do abdome inferior, febre, hipertermia vaginal, dor à palpação em região anexiais, 
dor à imobilização do colo uterino, corrimento vaginal (importante!),massa pélvica, sinais de irritação peritoneal, 
abaulamento do fundo de saco 
 
TRATAMENTO 
Ambulatorial → Ceftriaxone e doxiciclina 
Hospitalar (sepse, abcesso tubo-ovariano, peritonite, gestantes, imunodeficientes, sem resposta ao tratamento 
clínico) → Gentamicina + penicilina G ou clindomicina ou Metronidazol 
Cirurgia em caso de peritonite difusa ou falha de tratamento clínico 
 
TRATAR PARCEIRO: Azitromicina ou ofoxacina

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