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Direito Alternativo
Trata-se de uma corrente de pensamento jurídico que procura, por meio da hermenêutica, a aplicação da lei de forma menos técnica e mais racional, buscando pelo mais justo, a fim de atender às expectativas e exigências da sociedade.
No ano de 1964 criou-se na Itália um movimento da magistratura democrática, em virtude da derrubada do fascismo italiano. O movimento tinha ideologia marxista e grande preocupação social.
Sua chegada ao Brasil ocorreu em meados dos anos 80, com o intuito de fomentação de ideias para contestação da repressão da ditadura militar; sua aplicação se deu por volta dos anos 90, embasada no pensamento de Karl Marx, ou seja, buscava a execução da lei a partir de uma ótica social e justa.
Em 25 de Outubro de 1990, uma manchete, publicada no JORNAL DA TARDE, tentou desmoralizar os juízes do Rio Grande do Sul adeptos a aplicação do alternativismo, a manchete tinha como título “Juízes Gaúchos colocam o Direito acima da lei”, porém, a reportagem não atingiu seu intuito, pelo contrário, tornou o movimento ainda mais popular e fortalecido.
Os principais pontos do movimento alternativista são a análise e interpretação da lei de modo crítico, reflexivo, axiológico e transformador de modo a ampliar possibilidades e reduzir desigualdades.
O direito alternativo atua basicamente como pluralismo jurídico (decorrente da existência de dois ou mais sistemas jurídicos), onde o direito alternativo reconhece o ordenamento jurídico vigente no país.
O direito alternativo não possui ideologias, mas sim pontos teóricos em comum entre seus membros:
 • Não aceitação do sistema capitalista como modelo econômico. 
• Combate ao liberalismo burguês como sistema sociopolítico. 
• Combate amplo à miséria da grande parte da população brasileira e luta por democracia.
Por fim, podemos afirmar que o direito alternativo não vem para extinguir as normas existentes no ordenamento jurídico, mas sim para auxiliar o direito positivo a alcançar soluções mais justas.
Positivismo
O positivismo surgiu em meados do século XIX, com o pai da Sociologia, Augusto Comte. Após a Revolução Francesa (1789), tiveram a necessidade em buscar soluções para crises e desordens, e com isso fez surgir o positivismo, a primeira forma de pensamento social
O positivismo jurídico, ou juspositivismo, é considerado como a corrente do pensamento jurídico para a qual não existe outro direito senão aquele posto (escrito) na lei.
Relacionado ao conceito de direito positivo contrário ao de direito natural, onde o termo positivo refere-se à justiça, enquanto a ideia de direito natural se relaciona com poderes divinos, diferente das leis reguladoras da vida social. 
O direito positivo é aquele que estabelece ações que, antes de serem reguladas podem ser cumpridas indiferentemente de um modo ou de outro, que devem ser previstas em lei. O direito natural permanece imutável ao longo do tempo, enquanto o direito positivo muda de acordo com os costumes, ou pela entrada em vigor de uma nova lei.
Hans Kelsen
Para Kelsen, o direito deveria ser entendido como norma, estando livre de qualquer concepção social ou valorativa.
Na Teoria Pura do Direito, Kelsen pretendeu desprender totalmente o direito das outras formas de conhecimento, declarando-o uma ciência em si mesma que estuda as normas resultantes de convicções lógicas. Kelsen rejeitando a inspiração kantiana da doutrina do direito natural, afirmou que a Teoria Pura do Direito refere-se ao direito positivo, vendo no “dever”, de Solen, uma categoria lógica das ciências normativas
A grande crítica que se possa fazer ao Direito Natural foi sua inabilidade de sustentar um valor de justiça universal. Ao contrário, o que se apresenta em relação ao jusnaturalismo é justamente o desenvolvimento de normas de justiça diferente e contraditórias.
Para Kelsen, o Direito Natural é uma teoria do direito que jamais apresentou um juízo de valor absoluto, sendo assim, uma doutrina idealista ao máximo é capaz de criar uma justiça de cunho escrito subjetivo.
Hans Kelsen define a validade como o atributo formal de uma norma que retira sua legitimidade de outra norma hierarquicamente superior. Nesse sentido, a validade da norma positiva funda-se na validade de outra norma superior, até que se encontre a norma mais elevada, pertencente ao ordenamento jurídico.
Auguste Comte
Comte elaborou a lei dos três estados. A primeira lei fala do Estado Teológico – no qual o homem explica as coisas, atribuindo-as a seres, forças sobrenaturais. A segunda lei é o Estado Metafísico – caracterizado pelo recurso a entidades abstratas, a ideias às quais se acredita poder explicar a natureza das coisas e a causa dos acontecimentos. E por fim, a terceira lei que nos leva ao Estado Positivo – no qual o homem procura, através da observação e do raciocínio, aprender as relações necessárias entre as coisas e entre os acontecimentos e explica-las pela formulação das leis. Aos olhos do Comte, o estado positivo é o estado superior a que cada homem, cada ciência e a humanidade inteira acabarão por atingir.
Montesquieu
Montesquieu com a influência dos filósofos anteriores criou o que conhecemos como Teoria da Tripartição. Sendo assim, o poder acabou sendo dividido em três, sendo eles, Executivo, Legislativo e Judiciário. Essa divisão criada foi feita para que um só poder não tenha como intervir na sociedade e nem impor poder sobre o outro a não ser que haja necessidade de intervenção.
JUSNATURALISMO
A corrente do jusnaturalismo defende que o direito é independente da vontade humana, ele existe antes mesmo do homem e acima das leis do homem, para os jusnaturalistas o direito é algo natural e tem como pressupostos os valores do ser humano, e busca sempre um ideal de justiça.
O direito natural é universal, imutável e inviolável, é a lei imposta pela natureza a todos aqueles que se encontram em um estado de natureza.
Jusnaturalismo Cosmológico:
O jusnaturalismo cosmológico foi a doutrina do direito natural que caracterizou a antiguidade greco-latina, fundado na ideia de que os direitos naturais corresponderiam à dinâmica do próprio universo, refletindo as leis eternas e imutáveis que regem o funcionamento do cosmos. 
Jusnaturalismo Teológico:
O jusnaturalismo teológico se consolida do direito filosófico na Idade Média, sob a decisiva influência do cristianismo Fundada por Tomás de Aquino buscava o conceito de justiça usando por método um racionalismo teológico, ecleticamente influenciado pela teologia cristã. Para o cristianismo, não é nela que reside necessariamente a verdade, mas na lei de Deus, que age de modo absoluto, eterno e imutável.
Jusnaturalismo Racionalista:
O juspositivismo racionalista tem como fundamento a razão humana universal. Consolida-se com o advento da ilustração, disputando a razão humana como um código de ética universal, e pressupondo um ser humano único em todo o tempo espaço. Os iluministas acreditavam, assim, que a racionalidade humana, diferentemente da providência divina, poderia ordenar a natureza e vida social. Este movimento jusnaturalista, de base antropocêntrica, utilizou a ideia de uma razão humana universal para afirmar direitos naturais ou inatos, titularizados por todo e qualquer indivíduo, cuja observância obrigatória poderia ser imposta até mesmo ao Estado, sob pena do direito positivo corporificar a injustiça.
Jusnaturalismo Contemporâneo: 
O século XX é dominado pelo positivismo científico, ao priorizar um tratamento empírico dos fenômenos estudados, não havendo espaço para as especulações abstratas e metafísicas do direito natural. Se a ciência positivista é convertida na única via válida para a obtenção da verdade, o debate acerca do sentido de um direito justo se torna acessório e irrelevante. O jusnaturalismo contemporâneo enraíza a justiça no plano histórico e social, atentando para as diversas acepções culturais acerca do direito justo. Do ponto de vista Jurisfilosófico, a doutrina jusnaturalista desempenhou a função relevante de sinalizar a necessidadede um tratamento axiológico para o direito. Isto porque o jusnaturalismo permite uma tematização dos valores jurídicos, abrindo espaço para a discussão sobre a justiça e sobre os critérios de edificação de um direito justo.
Principais diferenças:
Jusnaturalismo: 				Juspositivismo:
Leis superiores; 				Leis impostas;
Direito como produto de ideias (Metafísico); 	Lei como produto da ação humana;
Pressuposto: Valores; 				Pressuposto: próprio ordenamento positivo;
Existência de leis naturais.			Existência de leis formais.
Antígona
Nesse período os primeiros a abordar o assunto do Direito Natural foram os poetas dramáticos, em especial Sófocles (406 a.c), com sua célebre obra Antígona. Em que contesta a validade das leis impostas pelos reis da época ao povo, desqualificando-as em face da supremacia das leis dos Deuses, ou seja, as leis naturais.
“A história tem início com a morte dos dois filhos de Édipo, Etéocles e Polinices, que se mataram mutuamente na luta pelo trono de Tebas. Com isso sobe ao poder Creonte, parente próximo da linhagem de Jocasta. Seu primeiro édito dizia respeito ao sepultamento dos irmãos Labdácidas. Ficou estipulado que o corpo de Etéocles receberia todo cerimonial devido aos mortos e aos deuses. Já Polinices teria seu corpo largado a esmo, sem o direito de ser sepultado e deixado para que as aves de rapina e os cães o dilacerassem. Creonte entendia que isso serviria de exemplo para todos os que pretendessem intentar contra o governo de Tebas. 
Ao saber do édito, Antígona deixa claro que não deixará o corpo do irmão sem os ritos sagrados, mesmo que tenha que pagar com a própria vida por tal ação. Mostra-se insubmissa às leis humanas por estarem indo de encontro às leis divinas. O guarda descobre que o rebelde tratava-se de Antígona e a leva até Creontes.
Trava-se então um duelo de idéias e ideais: de uma lado a fé, tendo como sua defesa o cumprimento às leis dos deuses, as quais são mais antigas e, segundo ela, superiores às terrenas, e de outro lado o inquisidor, que tenta mostrar que ela agiu errado, explica seus motivos e razões, mas cada um continua impávido em suas crenças.”
Jonh Locke (1632) 
O jusnaturalista mais combativo, ele entendia que as leis naturais não são inatas, não se encontram impressas na mente humana, elas estão na natureza e podem ser facilmente reconhecidas pelo uso da razão. Um jusnaturalista que valoriza principalmente a razão e a natureza, para ele a sociedade tem o papel de assegurar que os Direitos Naturalistas sejam respeitados. [ Resistência, insubordinação].
Immanuel Kant (1724)
Para Kant o jusnaturalismo não é aquele que se baseia na natureza, mais sim aquele que se fundamenta na metafísica dos costumes, na razão pura. De modo geral, o Jusnaturalismo Subjetivo trouxe duas concepções importantes: Método Sistemático conforme o rigor lógico da dedução e sentido crítico-avaliativo do direito posto em nome de padrões éticos contidos nos primeiros reconhecidos pela razão. 
Santo Agostinho (354 d.c) e Tomás de Aquino (1225)
Marcando por uma nova forma de ver o Jusnaturalismo e o Direito Natural, essa por sua vez consiste na eleição das leis de Deus, agora Deus Cristão, como leis perfeitas e imutáveis. Também inovaram no sentido de reconhecer a razão humana como parte do Direito Natural, embora inferior e falha assim a submetendo a razão em relação a fé, as leis divinas iniciando um processo de racionalização do cristianismo.

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