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Aula 05 - IIA

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Direito Constitucional I
Aula 05 – Interpretação, integração e aplicação
FADI – Faculdade de Direito de Sorocaba
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Interpretação, integração e aplicação
1) Lei Fundamental do Estado;
2) Linguagem da Constituição:
- A Constituição, por ser a manifestação da sociedade juridicamente organizada, inauguradora de um Estado, não permite falar de legisladores em sentido estrito ou, muito menos em técnicos do Direito a elaborar um texto.
- As normas constitucionais são sintéticas e revelam coloquialidade não tolerada nas leis em sentido estrito. A Constituição deliberadamente adota uma linguagem lacônica, justamente porque é instituidora de grandes princípios, do grande norte do Estado inaugurado. 
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Interpretação, integração e aplicação
- Ela jamais poderia contemplar todos as situações da vida de um povo.
- Constituição é dirigida ao próprio povo, devendo por esse motivo, utilizar linguagem comum, com expressões conhecidas e compreendidas pelo chamado homem médio.
- A Constituição usa termos coloquiais como jurisdição (próprio do Poder Judiciário), em relação ao Tribunal de Contas – Art. 73 da Constituição Federal.
- Ou ainda: pessoa humana (Art. 1º, inc. III da Constituição Federal), e sabemos que não outra pessoa que não humana (fora pessoa física e jurídica, ditado pelo IR);
- Ou ainda: casa ao invés de domicílio ou residência (Art. 5º, inc. XI). 
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Interpretação, integração e aplicação
3) Postulados de interpretação constitucional: são aqueles comandos que nunca poderão ser desprezados pelo intérprete, precedendo a atividade e condicionando-a. São descritos por Celso Bastos como: 
a) supremacia da Constituição: como já foi dito, a supremacia da Carta Política impõe que essa norma seja superior em qualquer circunstância. Nenhuma lei poderá prevalecer contra a Constituição. Assim, a interpretação constitucional há de espancar eventual tentativa de orientar a atividade de baixo para cima, da lei para a norma suprema. Pela importância da lição, repetimos Canotilho: “Esta leitura da constituição de baixo para cima, justificadora de uma nova compreensão da constituição a partir das leis infraconstitucionais, pode conduzir à derrocada interna da constituição por obra do legislador e de outros órgãos concretizadores, e à formação de uma constituição paralela, pretensamente mais próxima dos momentos <<metajurídicos>> (sociológicos e políticos).*”
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Interpretação, integração e aplicação
b) unidade da Constituição: a unidade da Constituição, por sua vez, impõe que a interpretação se faça de tal modo a evitar contradições entre as normas existentes na Constituição. Em sua atividade deve o intérprete enxergar o todo, tendo em conta normas e princípios integrados num único sistema. 
“Como <<ponto de orientação>>, <<guia de discussão>> e << factor hermenêutico de decisão>>, o princípio da unidade obriga o intérprete a considerar a constituição na sua globalidade e a procurar harmonizar os espaços de tensão existentes entre as normas constitucionais a concretizar (ex.: princípio do Estado de Direito e princípio democrático, princípio unitário e princípio da autonomia regional e local.”
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Interpretação, integração e aplicação
c) maior efetividade possível;
Quanto à maior efetividade possível, pode-se dizer que obriga o intérprete a, na medida do possível, realizar sua tarefa atribuindo um sentido que maior eficácia lhe dê. Isso quer dizer que a Constituição não pode ser amesquinhada, empobrecida no dizer de Celso Bastos*, pois nenhuma disposição pode ser considerada inútil ou sem sentido. Se a lei não contém palavras inúteis, muito menos ainda a Carta Política, a diretriz maior de uma Nação. Todas as palavras e preceitos existentes na Constituição possuem um determinado valor, a ser criteriosamente apurado pelo intérprete. Canotilho denomina de princípio da eficiência ou princípio da interpretação efectiva.**
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Interpretação, integração e aplicação
d) postulado decorrente: harmonização. 
Finalmente, o postulado decorrente dos demais é chamado de harmonização. Em obediência a ele, se deve sempre buscar harmonizar as normas ou valores que se interpreta, de modo que não se exclua, tanto quanto possível, nenhuma delas. 
“(...) o postulado da harmonização impõe que a um princípio ou regra constitucional não se deva atribuir um significado tal que resulte ser contraditório com outros princípios ou regras pertencentes à Constituição. Também não se lhe deve atribuir um significado tal que reste incoerente com os demais princípios ou regras.*” 
- Se dois princípios apresentarem-se antagônicos em determinado caso, deverão harmonizar-se, evitando-se a aplicação absoluta de qualquer deles.
- A coerência deve ser buscada sempre, mesmo que seja uma norma de caráter geral em contraposição a uma norma de caráter especial, sem predominância de uma sobre a outra, como ocorre na interpretação jurídica geral.
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Interpretação, integração e aplicação
Métodos de Interpretação Constitucional*
Os métodos ou critérios de interpretação constitucional são vários, podendo ainda ser combinados entre si.
Fala-se em:
a) método gramatical ou literal ou semântico, baseado no texto ou do conteúdo semântico dos vocábulos;
b) a interpretação histórica leva o intérprete aos precedentes legislativos e aos trabalhos e discussões nas comissões ou no Plenário, procurando buscar a vontade do legislador quando da edição da norma;
c) segundo o processo teleológico, qualquer norma deve ser aplicada para atender seu espírito e à sua finalidade.
d) são citados ainda o processo lógico de interpretação e o sistemático, dentre outros. Esses métodos clássicos têm grande importância e seu uso ainda é corrente.
- Método de J.J.Gomes Canotilho e Konrad Hesse, permitindo com isso interpretar atribuindo um significado à norma.
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Análise do sentido das palavras: CF é instrumento de cidadania, dirigido ao povo, enquanto titular do Poder Constituinte – os termos devem ser entendidos no seu sentido coloquial e não técnico;
Presunção de constitucionalidade: advém da força normativa dos atos do Estado;
 Princípio da razoabilidade: interpretação não pode levar a uma posição absurda, mas sim razoável, supondo equilíbrio, moderação e harmonia, que não seja arbitrário ou caprichoso, que corresponda ao senso comum;
 
Princípio da proporcionalidade: a interpretação deve levar ao menor sacrifício do indivíduo.
Métodos de Interpretação Constitucional
(continuação)
* Canotilho, J.J.C. Direito constitucional, p. 232.
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* Canotilho, J.J.G., op. cit., p. 226
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* Bastos, C. Hermenêutica e interpretação constitucional, p. 105.
** Canotilho, J.J.G., op. cit., p. 227.
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* Bastos, C., op. cit., p. 106.
*
* Conforme Luís Roberto Barroso, Interpretação e aplicação da constituição, p. 124 e seguintes; Paulo Bonavides, Curso de direito constitucional, p. 405 e seguintes; Carlos Maximiliano, Hermenêutica e aplicação do direito, p. 118 e seguintes, dentre muitos outros. Alberto Ramón Real, Los métodos de interpretación constitucional, Revista de Direito Público nº 53-54, p. 52/53
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