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Aula 10 - Legislativo

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Direito Constitucional I
Aula 10 – Poder Legislativo – Estatuto dos Congressistas
FADI – Faculdade de Direito de Sorocaba
Prof. Dr. Eduardo Martines Júnior
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Poder Legislativo – Estatuto dos Congressistas
Conjunto de garantias do Poder Legislativo como um todo, e dos parlamentares individualmente:
Confere-se aos parlamentares (deputados e senadores) prerrogativas (não privilégios), bem como se lhes impõe vedações, ambas em face do direito comum, com o objetivo de lhes permitir a independência do Poder e o desempenho livre. O parlamentar não pode recear nada e nem a ninguém.
São prerrogativas e vedações, conferidas ou impostas aos parlamentares exclusivamente em função das relevantes funções que desempenham.
Também chamadas de inviolabilidades (irresponsabilidade da conduta) ou imunidades (impedimento ao processo).
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Poder Legislativo – Estatuto dos Congressistas
Finalidade, portanto, é a garantia da democracia e da separação de poderes, livrando o Poder Legislativo em geral, e o parlamentar em particular, de quaisquer pressões.
Há desrespeito ao princípio da igualdade? A resposta é negativa. Obra do constituinte originário, justificando-se convenientemente pelas suas finalidades.
Origens: Roma antiga (para os tribunos e edis) 
 Direito inglês: liberdade da palavra e imunidade à pressão arbitrária
 Direito francês: 1789
 Direito norte-americano: Constituição (1787) art. 1º, seção 6
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Poder Legislativo – Estatuto dos Congressistas
Origens:
 No Brasil: Constituição Imperial – 1824 – inviolabilidades aos membros do parlamento. Imunidade material e imunidades formais, próximas às que vigoraram até a CF/88, antes da EC 35, de 20/12/2001
CF/88  Artigos 53, 54, 55 e 56
Aplicação aos Deputados Estaduais: Artigo 27, parágrafo 1º da CF/88: (...) aplicando-se-lhes as regras desta Constituição sobre sistema eleitoral, inviolabilidade, imunidades, remuneração, perda de mandato, licença, impedimentos e incorporação às Forças Armadas.
Aplicação aos Vereadores: Artigo 29, incs. VIII e IX (na circunscrição do Município)
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Poder Legislativo – Estatuto dos Congressistas
Imunidade material: Artigo 53, caput: Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos.
Redação dada pela EC 35 – redação original: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituiçao.htm
Natureza jurídica: excludente de antijuridicidade, ou seja, não há crime.
Abrangência: civil (indenizações por perdas e danos) e penal (crime), desde que em razão do mandato, ainda que fora do Parlamento.
STF: http://www.stf.jus.br/portal/constituicao/
 
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Poder Legislativo – Estatuto dos Congressistas
Imunidade formal: Artigo 53, parágrafos 1º a 5º: Redação dada pela EC 35 – 
Foro por prerrogativa de função (chamado foro privilegiado) parágrafo 1º: desde a expedição do diploma, julgamento perante o Supremo Tribunal Federal (também art. 102, inc. I, alínea “b”)
Prisão do parlamentar – parágrafo 2º: após a diplomação, não podem ser presos, salvo em flagrante delito de crime inafiançáveis. Autos remetidos dentro de 24 horas à Casa respectiva, que resolverá sobre a prisão por maioria de votos.
Ação penal contra parlamentar – parágrafo 3º: em caso de crimes praticados após a diplomação, se o STF receber a denúncia, dará ciência à Casa respectiva, que por iniciativa de partido político nela representado e pelo voto da maioria de seus membros, poderá, até decisão final, sustar o andamento da ação.
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Poder Legislativo – Estatuto dos Congressistas
Ação penal contra parlamentar – parágrafo 3º: em caso de crimes praticados após a diplomação, se o STF receber a denúncia, dará ciência à Casa respectiva, que por iniciativa de partido político nela representado e pelo voto da maioria de seus membros, poderá, até decisão final, sustar o andamento da ação.
Requisitos:
a) crimes praticados após a diplomação; 
b) recebimento da denúncia pelo STF;
c) pedido de partido político com representação na própria Casa;
d) decisão da maioria de seus membros (maioria absoluta).
Prazo de apreciação do eventual pedido de sustação – parágrafo 4º: até 45 dias contados do recebimento pela Mesa Diretora.
Prescrição – parágrafo 5º: fica suspensa enquanto durar o mandato.
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Poder Legislativo – Estatuto dos Congressistas
Sistemática anterior à EC 35, de 20 de dezembro de 2001: 
A Casa respectiva (Câmara dos Deputados se Deputado, ou Senado se Senador o autor do delito) tinha de conceder prévia licença ao STF, para que fosse instaurada ação penal contra o parlamentar, e por qualquer crime, mesmo se praticado antes do mandato. Essa sistemática se aplica a partir da diplomação. Por isso se dizia que o eleito adquiria “imunidade parlamentar”.
Agora: a) Supremo é o foro competente;
b) se crime praticado antes da diplomação, STF processa e não cabe falar em imunidade formal, ou seja, não existe a possibilidade de sustação do andamento da ação;
c) No caso de crime praticado após a diplomação, o STF instaura a ação (recebe a denúncia) e dá mera ciência à Casa respectiva;
d) Pode algum partido político, desde que representado na Casa, pedir a sustação da ação penal, decido por maioria de seus membros (maioria absoluta), em prazo de 45 dias após a entrega à Mesa. Nessa hipótese suspende-se o curso da prescrição, enquanto durar o mandato do parlamentar.
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Poder Legislativo – Estatuto dos Congressistas
Com as alterações constitucionais, o STF passou a “poder” processar os parlamentares, existindo notícia de condenações.
http://www.stf.jus.br
Resultado:
http://www.stf.jus.br/portal/cms/verTexto.asp?servico=estatistica&pagina=pesquisaClasse
Obrigação de testemunhar – parágrafo 6º - O parlamentar está desobrigado de testemunhar em razão de informações prestadas ou recebidas, desde que em razão do exercício do mandato, inclusive sobre as pessoas que lhes confiaram ou deles receberam as informações.
Incorporação às Forças Armadas – parágrafo 7º - ainda que em tempo de guerra, exigem prévia licença da Casa respectiva.
Subsistência das imunidades (todas) durante o estado de sítio – parágrafo 8º - em princípio subsistem. Admite-se a suspensão se aprovada pelo voto de 2/3 dos membros da Casa respectiva, desde que por atos praticados fora do recinto do Congresso Nacional e que sejam incompatíveis com a execução da medida (é exceção).
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Poder Legislativo – Estatuto dos Congressistas
Incompatibilidades (classificação de José Afonso da Silva): funcionais, negociais, políticas e profissionais.
Vedações (art. 54): dois grandes grupos de proibições:
I) desde a expedição do diploma e desde a posse.
a) firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa pública, sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviço público, salvo quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes (contratos “padrão”; contratos cujo objeto não leva em consideração o contratado; contrato não específico).
b) aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, inclusive os de que sejam demissíveis "ad nutum", nas entidades constantes da alínea anterior;
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Poder Legislativo – Estatuto dos Congressistas
No segundo grupo:
II - desde a posse:
a) ser proprietários, controladores ou diretores de empresa que goze de favor decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer função remunerada;
b) ocupar cargo ou função de que sejam demissíveis "ad nutum", nas entidades referidas no inciso I, "a“, exceto art. 56, inc I)
c) patrocinar causa em que seja interessada qualquer das entidades a que se refere o inciso I, "a"; (vedação somente a advogado)
d) ser titulares de mais de um cargo ou mandato público eletivo.
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Poder Legislativo – Estatuto dos Congressistas
Perda do mandato:
I) aquele que infringir qualquer das proibições do art. 54;
II) Cujo procedimento for declarado incompatível como decoro parlamentar
 Decoro parlamentar: conceito ético-moral – parágrafo 1º do art. 55 e definidos no regimento interno da Casa.
Em sede constitucional: abuso das prerrogativas asseguradas ao Membro do Congresso Nacional e percepção de vantagens indevidas.
III – parlamentar ausente: deixar de comparecer, em cada sessão legislativa (art. 57 e parágrafo 2º), à terça parte das sessões, salvo licença ou missão autorizada pela Casa;
IV, V e VI – que perder ou tiver suspensos os direitos políticos (art. 37, parágrafo 4º); quando decretar a Justiça Eleitoral e que sofrer condenação criminal com trânsito em julgado.
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 
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Poder Legislativo – Estatuto dos Congressistas
Procedimento da perda do mandato - dois grupos a saber:
1) Procedimento previsto no parágrafo 2º: para os casos dos incisos I, II e VI (infringir as proibições, decoro parlamentar e sofrer condenação criminal com trânsito em julgado): 
a) decidida pela Casa respectiva, pelo voto secreto da maioria absoluta;
b) mediante provocação da Mesa ou de partido político, desde que representado no Congresso Nacional (não precisa ser na Casa respectiva do parlamentar);
c) assegurada a ampla defesa.
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Poder Legislativo – Estatuto dos Congressistas
2) Procedimento previsto no parágrafo 3º: para os casos dos incisos III, IV e V (ausências, perda ou suspensão dos direitos políticos e decretação pela Justiça Eleitoral): 
a) declarada pela Mesa da Casa respectiva;
b) de ofício ou mediante provocação de qualquer de seus Membros ou de partido político, desde que representado no Congresso Nacional (não precisa ser na Casa respectiva do parlamentar);
c) assegurada a ampla defesa.
Renúncia do Parlamentar submetido ao processo
 Parágrafo 4º: tem seus efeitos suspensos até as deliberações finais relativas ao processo
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/ECR/ecr6.htm
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Poder Legislativo – Estatuto dos Congressistas
Não perde o mandato o parlamentar – art. 56 (ou seja, permite-se ao parlamentar):
I - investido no cargo de Ministro de Estado, Governador de Território, Secretário de Estado, do Distrito Federal, de Território, de Prefeitura de Capital ou chefe de missão diplomática temporária; (ver abaixo*)
II - licenciado pela respectiva Casa por motivo de doença, ou para tratar, sem remuneração, de interesse particular, desde que, neste caso, o afastamento não ultrapasse cento e vinte dias por sessão legislativa.
* § 3º - Na hipótese do inciso I, o Deputado ou Senador poderá optar pela remuneração do mandato.
 
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Poder Legislativo – Estatuto dos Congressistas
Suplentes no caso de cassação:
§ 1º - O suplente será convocado nos casos de vaga, de investidura em funções previstas neste artigo ou de licença superior a cento e vinte dias.
§ 2º - Ocorrendo vaga e não havendo suplente, far-se-á eleição para preenchê-la se faltarem mais de quinze meses para o término do mandato.

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