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180 Dicas Tributario

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REVISÃO FINAL - FECHANDO TRIBUTÁRIO 
COMEÇANDO!!!! 
 
BLOCO I - DICAS 1 a 180 
 
I – ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS, COMPETÊNCIA E IMUNIDADES 
 
DICA 1: CIP – A Contribuição de Iluminação Pública é um tributo admitido na Constituição, 
desde a EC 39/02, que criou o art.149-A. A CIP tem por natureza jurídica ser uma contribuição 
especial; se agregou às três espécies de Contribuições Especiais previstas desde 1988 no 
art.149 (Contribuições Profissionais, Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico – 
CIDE) e passou a ser a quarta espécie de “contribuição especial” prevista na Constituição. Sua 
finalidade é gerar recursos para custear a rede de iluminação pública das cidades (ou do DF), 
sendo sua receita arrecadada totalmente afetada para esse fim. A CIP incide sobre o consumo 
de energia elétrica, sendo esse seu fato gerador, sendo normal inclusive que a cobrança do 
tributo seja feita junto com a fatura de consumo de energia elétrica; nessas situações, os 
Municípios (ou DF) fazem um simples convênio com a concessionária de energia elétrica e essa 
cobra a CIP junto com a “conta de luz”, repassando a arrecadação do tributo ao Município. 
 
DICA 2: CIP – A CIP é tributo de competência dos Municípios e do Distrito Federal. Cuidado na 
prova para não confundir e incluir os Estados; não! Somente os Municípios e o DF. A CIP 
quebra, portanto, a regra que apenas a União tem competência para instituir contribuições 
especiais. Tal regra só tinha uma exceção (os Municípios, o DF e os Estados que possuem 
regime próprio de previdência social para seus servidores públicos efetivos instituem a 
contribuição previdenciária a ser cobrada dos referidos servidores efetivos), ganhando a 
segunda por força da CIP. Na prova, lembre-se: somente os Municípios e o DF podem instituir 
Contribuição para o custeio da rede de iluminação pública (CIP). 
 
DICA 3: CIP - A CIP não se confunde com a velha (e inconstitucional!) TIP – Taxa de 
Iluminação Pública. Cuidado na prova: iluminação pública é serviço indivisível, não permite 
taxação. Exatamente por isso se fez uma emenda constitucional para permitir a cobrança de 
uma contribuição especial. Só se pode cobrar uma taxa de serviço quando o serviço público 
prestado, além de específico, é também, “divisível”, o que não ocorre na iluminação pública, 
que é flagrantemente serviço indivisível. Logo, é inconstitucional a cobrança de Taxa de 
Iluminação Pública – TIP (Súmula 670, STF), não obstante seja plenamente constitucional a 
cobrança da Contribuição de Iluminação Pública. 
 
DICA 4: CIP - A CIP é tributo criado por lei ordinária (regra geral!), que é cobrado mediante a 
técnica do lançamento de ofício (assim como ocorre nas taxas, contribuições de melhoria, IPTU 
e IPVA), tem como fato gerador o consumo de energia elétrica e para sua cobrança se utiliza 
como base de cálculo o valor do consumo da energia, de modo a que quanto mais se consome, 
mais se paga Contribuição para custear a iluminação das ruas. Por fim, é tributo regido pelo 
princípio da capacidade contributiva. 
 
DICA 5: TAXAS E CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA – As taxas e contribuições de melhoria são 
tributos que guardam muitos traços comuns, a listar: ambos são tributos que podem ser criados 
pelos quatro entes federativos, razão pela qual são chamados de tributos de “competência 
comum”; ambos são criáveis por mera lei ordinária (regra geral!), não sendo necessário lei 
complementar para sua criação; ambas para serem cobradas se submetem, em regra, ao 
procedimento chamado lançamento “direto” ou “de ofício”, assim como a CIP, o IPTU e o IPVA; 
por fim, ambos são tributos vinculados, já que para cobrá-los o ente federativo se vincula ao 
dever de fornecer uma contraprestação específica ao sujeito passivo que será tributado. 
 
DICA 6: CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA – A contribuição de melhoria é tributo que só pode ser 
cobrado em uma única hipótese: quando ocorre valorização em imóveis, decorrente de obras 
realizadas pelo poder público, sendo exatamente esse o seu fato gerador. Cuidado na prova: o 
fato gerador não é o simples feito de uma obra pública mas sim a valorização imobiliária 
decorrente da obra; se não houver valorização, não pode incidir o tributo, não há fato típico. 
Prestem atenção com uma habitual pegadinha: não incide contribuição de melhoria sobre obras 
de RECAPEAMENTO ASFÁLTICO (famosas obras de “tapa buraco”), pois não se gera qualquer 
melhoria aos imóveis com tais obras; não há valorização e sim mera reposição do prejuízo; os 
imóveis apenas voltam ao seu real patamar de valoração, que estava depreciado. Em tais obras 
não cabe cobrar o tributo!!! 
 
DICA 7: CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA: A base de cálculo para a cobrança da contribuição de 
melhoria é o quantum de valorização imobiliária se aufere; nesse viés, quem se valorizou mais, 
paga mais, e vice e versa. O sujeito passivo é o proprietário do imóvel valorizado. Existem três 
limites importantes a serem respeitados: o limite geral, pelo qual o ente que fez a obra não 
pode arrecadar, na soma de todas as contribuições de melhoria cobradas, um valor superior ao 
que gastou com a obra; o segundo limite é o limite individual pelo qual nenhum sujeito passivo 
vai pagar, individualmente, um valor superior ao benefício que auferiu; por fim, o último, o 
limite do pagamento anual, pelo qual ninguém será obrigado a pagar dentro do mesmo ano um 
valor superior a 3% do maior valor fiscal do seu imóvel. 
 
DICA 8: CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA: Registre-se que a contribuição de melhoria até pode 
ser cobrada antes de concluída a obra, sem problemas, desde que em áreas nas quais se possa 
comprovar que já houve valorização nos imóveis por força da obra ainda não conclusa. Frise-se 
que o poder público é obrigado a publicar um edital prévio, antes do fim da obra, informando 
todos os detalhes sobre a mesma, sendo essa publicação requisito de validade para o 
cabimento da cobrança do tributo. 
 
DICA 9: TAXAS – As taxas só podem ser cobradas em duas hipóteses: de um lado, em razão do 
exercício do poder de polícia (quando almejam recuperar para os cofres públicos o valor gasto 
com o exercício do poder de polícia), quando são chamadas de taxas de polícia, e, do outro, 
quando são efetivamente prestados, colocados a disposição de um grupo de administrados, um 
serviço público específico e divisível (nessas situações, tem-se a chamada taxa de serviço). 
 
DICA 10: TAXAS – As taxas de polícia podem ser cobradas desde que a Administração 
realmente exerça poder de polícia. Importante lembrar que para caber a cobrança da Taxa de 
Polícia não precisa que haja uma diligência fiscalizadora guiada presencialmente por um agente 
público dentro do estabelecimento do administrado fiscalizado; não. O STF aceita que o poder 
de polícia se exerce à distância, bastando à Administração provar que o órgão / autarquia 
fiscalizadores estão em regular funcionamento. Se estão funcionando, a presunção é que estão 
fiscalizando. Logo, cabe a Taxa de Polícia mesmo que sem ter ocorrido uma fiscalização 
presencial. O exemplo típico é o da Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental – TCFA que a 
União cobra para recuperar os custos da fiscalização que o IBAMA exerce sobre as indústrias 
potencialmente poluidoras do meio ambiente. 
 
DICA 11: TAXAS – As taxas de serviço tem como fato gerador a conduta do estado de colocar à 
disposição de um grupo de particulares um serviço público específico e divisível. Observe-se 
que os requisitos são cumulativos, tendo o serviço que ser, ao mesmo tempo, específico E 
divisível. O fato gerador é a disponibilização desse serviço, independente de o particular a quem 
o serviço é oferecido vir a usar efetivamente ou não (sendo mero usuário potencial). Por isso 
que alguns doutrinadores afirmam que o fato gerador é o uso efetivo ou potencial do serviço 
público específico e divisível efetivamente prestado ou colocado à disposição. Lembrem-seque 
alguns serviços públicos do dia a dia são flagrantemente indivisíveis, pelo que não se pode, em 
hipótese alguma, cobrar uma Taxa para recuperar o custo despendido na prestação desses 
serviços; é o caso clássico dos serviços de iluminação pública, o serviço de policiamento de ruas 
a, também o serviço de limpeza pública das ruas e praças. Em todos esses casos, caso seja 
instituída uma Taxa de Serviço, a mesma é inconstitucional. 
 
DICA 12: TAXAS – Cuidado para não confundir o serviço de limpeza pública (varredura de ruas 
e praças; conservação genérica dos logradouros públicos) com o serviço de coleta de lixo 
domiciliar. Esse último, pode gerar o ato de taxação, sem problemas, pois é específico e 
divisível. É constitucional a Taxa de Coleta de Lixo Domiciliar, a qual não pode ser confundida 
com a ilícita Taxa de Limpeza Pública (também chamada de Taxa de Conservação de 
logradouros públicos). Muitas vezes o Município tenta fazer uma “cobrança casada” e exige 
numa única taxa a cobrança pelos custos com os dois serviços ao mesmo tempo, instituindo a 
chamada “Taxa de Coleta de Lixo e Limpeza Pública – TCLLP’, a qual é, inconfundivelmente, 
inconstitucional. Só é constitucional a taxa cobrada exclusivamente em razão do serviço de 
coleta de lixo domiciliar. 
 
DICA 13: TAXAS – Quando se calcula o valor que cada sujeito passivo vai pagar na taxa que lhe 
é cobrada, é proibido que se utilize como base de cálculo de taxa uma que seja prórpia de 
imposto. Isso mesmo! Fiquem atentos com essa verdade na hora da prova: taxa não pode ter 
base de cálculo própria de imposto. Os tributos em comento tem finalidades diferentes, sendo 
que seria irrazoável utilizar as mesmas bases para calcular o modo de pagamento dessas duas 
exações fiscais. Logo, sem medo na prova: taxa não pode ter base de cálculo própria de 
imposto. Registre-se que essa verdade em nada afeta o uso (lícito!) da ‘metragem do imóvel” 
como base de cálculo de algumas taxas; nenhum problema. A “metragem’ (tamanho!) do 
imóvel não é sinônimo de “valor”; o STF entendeu que a “metragem” não é por si só, base 
própria de imposto. A guisa de exemplo, a base de cálculo do IPTU é o ‘valor venal do imóvel”; 
o valor não se confunde com o tamanho. Logo, na prova, sem problemas, é possível utilizar 
como base de cálculo de uma taxa o tamanho do imóvel do sujeito passivo, e isso não fere a 
regra que veda a identidade entre a base de taxa e a de imposto. 
 
DICA 14: O STF entende que a Taxa Judiciária até pode ter como base cálculo o “valor da 
causa”, mas deve haver um teto, um limite, não pode ser qualquer valor, ilimitadamente, sob 
pena de se gerar, de um lado, um óbice ao acesso ao Judiciário, e, do outro, uma super 
arrecadação que configure enriquecimento ilícito do Poder Público. Logo, na cobrança da Taxa 
Judiciária, quando se adotar o valor da causa como base de cálculo, esse não pode ser 
ilimitado. 
 
DICA 15: EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS – Os Empréstimos Compulsórios são tributos de 
competência exclusiva da União, que só pode os instituir mediante lei complementar (vedado, a 
qualquer título, uso de medidas provisórias), e só podem ser instituídos em três hipóteses: a) 
para custear despesas com eventual guerra externa na qual o Brasil se envolva; b) para custear 
a recuperação de calamidades públicas; c) para custear a realização de investimentos públicos 
urgentes e que atendam a um relevante interesse nacional. Nesses três casos, a União pode, 
desde que se valendo de lei complementar, obrigar o povo a emprestar dinheiro para o custeio 
desses fins. 
 
DICA 16: EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS – Caso instituídos, podem incidir imediatamente, 
salvo nos casos de custeio de investimentos públicos urgentes e de relevante interesse 
nacional, situação em que ficam sujeitos às duas cláusulas temporais do princípio da 
anterioridade, só podendo ser exigidos no exercício financeiro seguinte e desde que já passados 
noventa dias a contar da publicação da lei. Logo, se for nos casos de guerra externa ou 
calamidade, INCIDÊNCIA IMEDIATA. 
 
DICA 17: CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS / CIDE – As CIDES se afeiçoam como espécie do gênero 
“Contribuição Especial”. Se destinam a custear atividades que a União desenvolve e que se 
enquadram na noção de “intervenção no domínio econômico”. São tributos que podem ser 
criados por mera lei ordinária (seguem a regra geral), de competência exclusiva da União 
(regra geral das contribuições especiais – salvo a CIP e a contribuição previdenciária dos 
servidores efetivos quando o DF, Estados e Municípios possuem regime próprio de previdência 
social para esses servidores). Para serem cobradas, se utiliza em regra o lançamento por 
homologação (regra no sistema arrecadatório brasileiro – o sujeito passivo é obrigado a fazer o 
pagamento antes mesmo de ser notificado, no prazo fixado pela legislação, cabendo ao fisco, 
em momento posterior, homologar o pagamento que foi feito). 
 
DICA 18: CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS / CIDE – A lei que vier a instituir a CIDE pode fixar tanto 
alíquotas ad valorem como específicas, não havendo qualquer restrição a uma ou outra 
modalidades. Registre-se ainda que as CIDES PODEM INCIDIR NA IMPORTAÇÃO, MAS NÃO 
INCIDEM SOBRE RECEITAS DECORRENTES DE EXPORTAÇÃO. Aplica-se, aqui, o mesmo rol de 
regras das Contribuições Sociais, que incidem na importação mas não incidem sobre receitas 
decorrentes da exportação. 
 
DICA 19: CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS / CIDE – Existe uma CIDE que é perigosa, merece 
atenção: é a CIDE DOS COMBUSTÍVEIS, que incide sobre a comercialização de tais bens. Nessa 
CIDE: o fato gerador é a circulação de combustíveis, produzidos no Brasil ou vindos de fora; o 
sujeito passivo é quem comercializa; a receita é destinada a três fins (compreendidos na noção 
de “intervenção no domínio econômico”), quais sejam, a política nacional de transportes, os 
transportes de combustíveis (e especial os gasodutos e oleodutos) e os projetos de recuperação 
do meio ambiente (especialmente quanto aos danos decorrentes da atividade de exploração de 
petróleo e gás). 
 
DICA 20: CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS / CIDE – A CIDE/COMBUSTÍVEIS apresenta uma 
exceção ao princípio da legalidade, no que tange à cláusula da “reserva legal”; as alíquotas da 
CIDE/COMBUSTÍVEIS podem ser REDUZIDAS e RESTABALECIDAS por mero ato do Poder 
Executivo, não precisando de lei. Observe-se que não é permitido MAJORAR por ato executivo, 
e sim, apenas, reduzir, e, após, restabelecer (voltar a alíquota para o patamar que se 
encontrava antes da redução). Ocorrendo o ato de restabelecimento da alíquota, SÓ SE 
RESPEITA O PRAZO DA ‘NOVENTENA”, não sendo necessário aguardar o exercício financeiro 
seguinte. 
DICA 21: CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS / CIDE – A CIDE/COMBUSTÍVIS tem uma regra especial 
de repartição de receita tributária, de sorte a que a União só fica com 71% da arrecadação, 
REPASSANDO 29% AOS ESTADOS / DF. Quando cada Estado Membro recebe sua parcela do 
repasse, fica obrigado a repassar um quatro do montante que recebeu aos seus Municípios 
(25% da parcela que cada Estado recebe será entregue aos seus Municípios). Observe-se que 
são regras de repartição da receita tributária arrecadada, não tendo nada a ver com delegação 
de competência (o que não existe no nosso Dir. tributário brasileiro); a CIDE, qualquer que seja 
o caso (inclusive no caso dos Combustíveis) é SEMPRE tributo de COMPETÊNCIA EXCLUSIVA DA 
UNIÃO. 
 
DICA 22: CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS / CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS – as Contribuições Sociais 
de Seguridade Social (são as que destinam recursos para SAÚDE, ASSISTÊNCIA SOCIAL e 
PREVIDÊNCIA SOCIAL), caso criadas ou majoradas, só respeitam a “noventena”, não 
precisando aguardar o exercício financeiro seguinte para que possam ser cobradas. Assim como 
nas majorações do IPI e nos casos de restabelecimento de alíquotas reduzidas da CIDE dos 
Combustíveis, caso se crie ou majore uma Contribuição de SeguridadeSocial, não se aplica a 
regra temporal do “exercício financeiro seguinte” emanada do Princípio da Anterioridade. Só é 
necessário obedecer o prazo de 90 dias. 
 
DICA 23: CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS / CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS – A Constituição autoriza 
cobrar contribuições para o custeio da seguridade social sobre quatro perfis de sujeitos 
passivos, razão pela qual se fala que existem quatro espécies de Contribuições “ordinárias” para 
a Seguridade Social (as que já estão previstas “ordinariamente” na Carta, de modo expresso), 
e, são elas: a) contribuições sobre os empregadores; b) contribuições sobre os trabalhadores e 
demais segurados da previdência social; c) contribuições sobre as receitas dos concursos de 
prognósticos (jogos!); d) contribuições sobre os importadores. 
 
DICA 24: CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS / CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS – No que tange à incidência 
das Contribuições de Seguridade Social sobre os empregadores, elas incidem tanto sobre o 
empregador, sobre a empresa e sobre entidade a ela equiparada na forma da lei. 
 
DICA 25: CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS / CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS – No que tange à incidência 
das Contribuições de Seguridade Social sobre os empregadores, sobre a empresa e sobre 
entidade a ela equiparada na forma da lei, fundamental se lembrar que tais contribuições 
podem incidir tanto sobre a receita ou faturamento, como também sobre o lucro líquido e, 
ainda, sobre a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a 
qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício. 
 
DICA 26: CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS / CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS – Ainda sobre o custeio da 
Seguridade Social, quero chamar a atenção para duas imunidades tributárias: primeiro, frisar 
que não incidem contribuições previdenciárias sobre contribuição sobre aposentadoria e pensão 
concedidas pelo regime geral de previdência social. Ou seja, os aposentados e pensionistas do 
RGPS são IMUNES à incidência de Contribuição Previdenciária. A segunda imunidade é: as 
entidades beneficentes de assistência social também são imunes à incidência de contribuições 
para o custeio da seguridade social. 
 
DICA 27: CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS / CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS – Fundamental lembrar que 
além das quatro modalidades de contribuições ‘ordinárias” de seguridade social já previstas na 
Carta, o constituinte expressamente autoriza que OUTRAS FONTES DE CUSTEIO PARA A 
SEGURIDADE SOCIAL POSSAM SER INSTITUÍDAS. Fiquem atentos, pois é o que se chama de 
COMPETÊNCIA RESIDUAL DA UNIÃO PARA INSTITUIR NOVAS CONTRIBUIÇÕES DE 
SEGURIDADE SOCIAL. Ou seja, a União pode instituir uma quinta, sexta, sétima, quantas 
queira, novas contribuições para custear a seguridade social. Todavia, fiquem atentos pois para 
criar Contribuições RESIDUAIS de Seguridade Social, SOMENTE POR LEI COMPLEMENTAR. 
Nesse caso, é terminantemente vedado uso de medidas provisórias. 
 
DICA 28: IMPOSTOS / ITR & IPTU – Se cair na prova uma questão referente ao ITR, 
lembremo-nos do seguinte: o ITR incide, como regra, sobre imóveis da zona rural; todavia, 
excepcionalmente, incide sobre imóveis “rurais” da zona urbana. Ou seja, se a área urbana um 
proprietário explora seu imóvel com atividade agrária (plantio, pecuária, extrativismo ou 
agroindústria) o imposto a incidir é o ITR. Logo, fixem bem: o ITR incide sobre os imóveis de 
zona rural e sobre os ‘imóveis rurais” de zona urbana. Cuidado para não confundir “imóvel 
rural” com “sítios de recreio”; esses últimos, nãos são empresas rurais, nada tem a ver com 
atividade agrária, sendo alcançados pelo IPTU. 
 
DICA 29: IMPOSTOS / ITR & IPTU – Nas zonas rurais,o imposto que incide é o ITR. Todavia, 
cuidado com a seguinte situação: nas zonas rurais já declaradas por lei municipal como ZONAS 
DE EXPANSÃO URBANA, O IMPOSTO QUE INCIDE É O IPTU. É o único caso que o IPTU pode 
incidir na zona rural, situação em que o ITR não incide; é quando se tem a chamada “zona rural 
declarada legalmente como em fase de expansão urbana”. 
 
DICA 30: IMPOSTOS / ITR & IPTU – O ITR só índice sobre a propriedade TERRITORIAL; ou 
seja, somente sobre o valor do solo, da terra nua, a terra pura; quer dizer, o ITR só incide 
sobre o imóvel por natureza, não levando em consideração a edificação. É o oposto do IPTU 
que incide tanto sobre o valor do solo como das construções sobre ele. O IPTU incide sobre o 
imóvel por natureza (solo) e por acessão (construções, edificações sobre o solo), porquanto o 
ITR somente incide sobre o valor da terra nua. É por isso que a base de cálculo do ITR é 
apenas o VALOR DA TERRA NUA TRIBUTÁVEL, ao contrário do IPTU que tem como base de 
cálculo todo o valor do imóvel. 
 
DICA 31: IMPOSTOS / ITR & IPTU – Assim como no IPTU, o ITR incide tanto sobre a conduta 
de ser proprietário, como, também, de se ter posse a qualquer título (desde que seja uma 
posse com animus dômini) e, ainda, sobre a titularidade do domínio útil. Ou seja, é fato 
gerador a propriedade, posse ou domínio útil do imóvel. Nesse diapasão, pode-se afirmar que o 
sujeito passivo é tanto o proprietário, como o possuidor ou o titular do domínio útil. 
 
DICA 32: IMPOSTOS / ITR & IPTU – Tanto o ITR como o IPTU são criados, majorados, 
regulados, por lei ordinária, não sendo necessário lei complementar. Há, todavia, diferença no 
procedimento de lançamento! Atenção: o IPTU é cobrado pelo LANÇAMENTO DE OFÍCIO, mas 
o ITR pelo LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO. 
 
DICA 33: IMPOSTOS / ITR & IPTU – Tanto no ITR como no IPTU, é possível o uso de 
ALÍQUOTAS PROGRESSIVAS SANCIONATÓRIAS em razão do modo ilícito de utilizar o bem 
imóvel. Logo, se nos casos de incidência de IPTU, o proprietário desrespeita a função social da 
propriedade imobiliária urbana (conforme definida no plano diretor da cidade), cabe o IPTU 
progressivo; no mesmo sentido, se o proprietário do imóvel rural não tornar a terra produtiva, 
CABE O ITR PROGRESSIVO SANÇÃO como forma de desestimular a manutenção de 
propriedades improdutivas. Nesses casos costuma-se dizer que tanto o IPTU como o ITR 
assumem uma função extrafiscal. 
 
DICA 34: IMPOSTOS / ITR & IPTU – Diferente do ITR, a Constituição, para o IPTU, ainda prevê 
outras possibilidades de variação de alíquotas! Logo, PARA O IPTU APENAS, é possível que o 
legislador fixe alíquotas progressivas em razão do valor venal do imóvel (isso só se tornou 
possível após a EC 29/00 – antes dessa emenda a Carta não autorizava e o STF entendia 
inconstitucional o uso de tais alíquotas progressivas). A carta autoriza, também, e, novamente, 
apenas para o IPTU, alíquotas diferenciadas em razão da área (localização na cidade) e da 
destinação dada ao imóvel (modo de uso; ex: residencial x comercial). 
 
DICA 35: IMPOSTOS / ITR & IPTU – Locatário de imóvel não é sujeito passivo de IPTU e nem 
de ITR, pois não é proprietário e sua posse não tem animus domini. Todavia, nada obsta que a 
legislação tributária, através de lei, fixe regra de solidariedade passiva entre 
proprietário/locador e possuidor/locatário. Aí sim, o fisco poderia cobrar do locatário, mero 
possuidor. Não havendo essa expressa previsão, não pode o fisco cobrar do locatário. Havendo 
cláusula no contrato de locação que repasse ao locatário o dever de pagar o imposto devido 
pelo locador, essa cláusula só produz efeitos entre as partes, sendo inoponível ao fisco, valendo 
a regra da inoponibilidade das convenções particulares à fazenda pública. 
 
DICA 36: IMPOSTOS / ITR & IPTU – O ITR é cobrado pela União, que quando o arrecada, 
repassa a metade (50%) do valor ao Município em que fica o imóvel. Todavia, caso o Município 
queira optar, ele pode, mediante formalização de um convênio com a União, assumir a função e 
os encargos e custos de fiscalização e cobrança do ITR, e, se assim optar, fará jus a 100% da 
arrecadação. Frise-se que trata-se de uma OPÇÃO, já que o Município não é obrigado a isso; 
optando, ficarácom 100¨% da receita. 
 
DICA 37: IMPOSTOS / ITR & IPTU – Aquele que assina promessa de compra e venda de imóvel 
público, assume, desde logo, o dever de pagar o IPTU (ou ITR, se for o caso). Nesses casos, 
mesmo que o imóvel continue em nome do poder público até o final da promessa de compra e 
venda, o particular, promitente comprador, sofre a incidência do imposto, jamais podendo 
avocar a “imunidade recíproca” dos entes federativos. 
 
DICA 38: IMPOSTOS / ITR & IPTU – Vigora IMUNIDADE DE ITR para aquele que seja 
proprietário de uma pequena gleba de terra e que não possua outro imóvel, utilizando seu 
pequeno e único solo para a subsistência. Em regra, qualquer imóvel rural de até 30 hectares é 
uma pequena gleba de terra, independente de onde fique no país; a depender de onde esteja, 
pode continuar sendo pequena gleba mesmo com até 50 hectares e até mesmo com até 100 
hectares (caso, por exemplo, dos imóveis que ficam na Amazônia Ocidental). Se for único 
imóvel, será imune ao ITR. Atenção, todavia, pois se o proprietário rural tiver dois ou mais 
imóveis, ele não tem imunidade dada pelo constituinte; entretanto, a lei do ITR concede 
isenção se a soma dos imóveis rurais não extrapolar a dimensão de pequena gleba de terra e 
desde que o proprietário não possua imóveis urbanos. Ou seja, se só tiver um imóvel, 
imunidade; dois ou mais, isenção; e, claro, sempre dentro do conceito de pequena gleba de 
terra. 
 
DICA 39: IMPOSTOS / IPVA – Lembrem-se que o IPVA, junto com o ITD e o ICMS, é imposto 
de competência dos Estados Membros e do DF. É criado por lei ordinária (regra geral) e se 
cobra mediante lançamento de ofício. Incide sobre propriedade de veículo automotor terrestre. 
Cuidado, pois O IPVA NÃO INCIDE SOBRE VEÍCULOS NÁUTICOS OU AÉREOS. Se cair na prova 
o exemplo de uma embarcação ou aeronave, não incide IPVA, pois a hipótese de incidência se 
restringe aos veículos terrestre, conforme pacificou STF fazendo a interpretação histórica da 
origem do IPVA, que nasceu para substituir a velha Taxa Rodoviária Única, que era cobrada 
apenas de quem tinha automóvel terrestre. 
 
DICA 40: IMPOSTOS / IPVA – Metade da receita arrecadada com o IPVA (50%) deve ser 
entregue ao Município onde se faz o licenciamento do veículo, sendo certo que o proprietário 
deve licenciar o automóvel no município onde tem seu domicílio. DICA 41: IMPOSTOS / IPVA – 
A base de cálculo do IPVA é o valor venal do veículo. Salvo quanto a carros de coleção, deve 
haver, todo ano, uma regressão da base de cálculo, já que os veículos depreciam seus valores 
ano a ano. 
 
DICA 42: IMPOSTOS / IPVA – Quanto às alíquotas do IPVA, atenção com duas informações: de 
um lado, CABE AO SENADO FIXAR ALÍQUOTAS MÍNIMAS PARA O IPVA, para evitar a guerra 
fiscal entre os Estados vizinhos e assegurar um mínimo arrecadatório; noutra frente, a 
Constituição autoriza que o legislador estadual fixe ALÍQUOTAS DIFERENCIADAS PARA O IPVA, 
em razão do TIPO e UTILIZAÇÃO do veículo. Dessa forma, é possível uso de alíquotas mais 
elevadas ou mais brandas em razão do tipo de combustível ou da destinação que se dá ao 
veículo (uso para táxi, transportes, atividades agrárias, ambulância, etc); apesar, muita atenção 
pois o STF entende ser inconstitucional diferenciar as alíquotas com base no critério NACIONAL 
x IMPORTADO, o que, segundo a Corte, violaria o Princípio da Não Discriminação pela 
procedência ou destino, previsto no art.152 da Carta. 
 
DICA 43: IMPOSTOS / IPVA e IPTU – Quanto ao Princípio da Anterioridade, MUITA ATENÇÃO: 
tanto o IPVA como o IPTU, caso tenham a BASE DE CÁLCULO majorada, NÃO RESPEITAM A 
NOVENTENA, somente a regra do “exercício financeiro seguinte”. Ou seja, se houver no dia 
31/12 de certo ano majoração de IPTU ou IPVA mediante modificação de suas bases de cálculo, 
a nova tributação pode ser aplicada já em primeiro de janeiro pois NÃO SE APLICA A CLÁUSLA 
DO ‘MÍNIMO NONAGESIMAL” quando se majora a BASE DE CÁLCULO desses dois impostos. 
Registre-se que o afastamento da regra da “noventena” somente ocorre se a majoração for 
pela base de cálculo, já que caso se dê pela alíquota, aplica-se a regra geral, incluindo o dever 
de respeito à cláusula da noventena. 
 
DICA 44: COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA. Recordem-se que alguns tributos são de competência 
comum, podendo os quatro entes federativos instituí-los. É o caso das taxas e contribuições de 
melhoria. Alguns são de competência exclusiva da União, e falo aqui dos empréstimos 
compulsórios e das contribuições especiais, sendo que, quanto a essas, há duas exceções! Das 
quatro espécies de contribuições especiais, duas são realmente exclusivas da União 
(Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico - CIDE e Contribuições Profissionais); 
todavia, no reino das contribuições sociais (mais uma das quatro espécies de contribuições 
especiais) temos uma exceção: os Estados, DF e Municípios que tiverem regime próprio de 
previdência para os seus servidores efetivos devem instituir a contribuição previdenciária desses 
servidores. Logo, a primeira exceção à exclusividade da União é essa, prevista no art.149,§1º, 
CRFB/88. A segunda exceção é a da Contribuição de Iluminação Pública – CIP, que é de 
competência dos Municípios e do DF. Cuidado, não vai marcar que a CIP é dos Estados, heim!!! 
Iluminação Pública é serviço de interesse local e está ligado ao urbanismo; logo, por dois 
motivos, competência municipal, e o DF cumula! Portanto, o que vocês estão vendo:as taxas e 
contribuições de melhoria são de competência comum da União, Estados, DF e Municípios; os 
empréstimos compulsórios e contribuições especiais são de competência exclusiva da União, 
ressalvada a CIP que é dos Municípios e DF e a contribuição previdenciária dos servidores 
públicos efetivos se houver regime próprio no DF, Estados e Municípios, caso em que esses 
entes é que cobrarão a contribuição. 
 
DICA 45: COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA – Quanto aos impostos, o macete é simples: basta 
lembrar quais são os três impostos ordinários dos Municípios e os três dos Estados (o DF 
cumula e fica com os seis); todo o resto é da União. Logo, lembrem-se: os Municípios instituem 
o IPTU, ITBI e ISS (art.156, CRFB/88); já os Estados instituem o ITD, ICMS e IPVA (art.155, 
CRFB/88); o DF fica com os seis (competência cumulativa – art.147 c/c art.155). Todos os 
demais impostos são da União, sejam os outros sete impostos ordinários (II, IE, IPI, IOF, IR, 
ITR e IGF),vide art.153, CRFB/88, sejam os impostos residuais (art.154,I, CRFB/88) ou os 
impostos extraordinários de guerra (art.154, II, CRFB/88). 
 
DICA 46: COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA / COMPETÊNCIA CUMULATIVA TRIBUTÁRIA – Lembrem-
se que no Brasil não existem mais Territórios Federais, mas, caso existam, a União, nos 
mesmos, cumulará os impostos estaduais e, caso o Território não seja dividido e Municípios, 
ocorrerá também a cumulação dos impostos municipais. Cuidado pois se o Território for dividido 
em Municípios, por lógico, o próprio Município ficará com os impostos municipais, e, nesse caso, 
a União só cumulará os impostos estaduais com os federais. Falamos aqui da competência 
cumulativa da União nos Territórios (art.147, CRFB/88). 
 
DICA 47: COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA – COMPETÊNCIA RESIDUAL: Quanto à competência 
residual tributária, lembrem-se que a Carta nos arts.154, I e 195,§4º assegura que a União (e 
apenas ela!) poderá instituir tanto impostos residuais como contribuições de seguridade social 
residuais, e, em ambos os casos, somente por via de lei complementar, não cabendo lei 
ordinária nem medida provisória; impostos residuais terão que ter fato gerador e base de 
cálculo diferente dos impostos já previstos na Carta, idem quanto às Contribuições de 
Seguridade Social em relação às Contribuições de mesma natureza previstas na Constituição. E, 
se for o caso, terão também que respeitar a não cumulativa, técnica que, a priori, se aplica no 
IPI e no ICMSpara combater enriquecimento ilícito na tributação. 
 
DICA 48: COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA / INDELEGABILIDADE – Recordem-se também que A 
COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA É INDELEGÁVEL, ainda que o ente competente possa delegar duas 
das quatro capacidades que integram a competência. Ou seja, o ente competente pode delegar 
as capacidades tributárias de fiscalização e arrecadação, inclusive a particulares, o que, todavia, 
jamais permite crer que se delegou a titularidade sobre o tributo (competência), a qual, repito, 
é sempre indelegável. 
 
DICA 49: IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS – Lembrem-se que quando falamos de uma imunidade 
estamos falando do maior dos benefícios fiscais que existem. Falamos da benesse que decorre 
de normas constitucionais proibitivas de incidência de tributos. Ou seja, AS IMUNIDADES 
DECORREM DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA! Emanam de normas constitucionais proibitivas 
do exercício da competência tributária. Costuma-se falar m não incidência constitucionalmente 
qualificada! 
 
DICA 50: IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS – Peço a atenção de vocês com o art.150, VI, CRFB/88. 
Em suas quatro alíneas estabelece a vedação de incidência de impostos sobre certas pessoas, 
bem como, sobre a circulação de certos bens. Nesse compasso, observem que pela aliena ‘d’ 
fica vedado que incidam impostos sobre a circulação de livros, jornais, periódicos e o papel 
destinado a sua impressão. A imunidade não se estende a todos os insumos, sendo o papel 
protegido pela própria norma constitucional. Inclusive filmes e papeis fotográficos também são 
imunes quando destinados a produção de livros, jornais e periódicos (S. 657, STF). Cuidado, 
entretanto, pois o STF entendeu que empresas contratadas para fazerem a impressão gráfica 
desses bens não tem a imunidade, devendo recolher o ISS e o IR, não sendo favorecidas. 
 
DICA 51: IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS – Quanto às alíneas ‘a’, ‘b’ e ‘c’ do mesmo art.150, VI, 
temos pessoas, instituições, protegidas. Na alínea ‘a’ temos as pessoas de direito público, 
naquilo que se chamou de imunidade recíproca entre os entes federativos, seus órgãos, bem 
como autarquias e fundações mantidas por eles. Na alínea ‘b’ tem-se a imunidade religiosa em 
favor dos templos de qualquer culto. Já na alínea ‘c’ aparecem algumas pessoas importantes 
que também gozam da imunização constitucional. São os partidos políticos e suas fundações, as 
entidades sindicais de trabalhadores e as entidades de educação e assistência social sem fins 
lucrativos. O STF reconheceu a imunidade também par entidades de SAÚDE sem fins 
lucrativos. 
 
DICA 52: IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS – Esclareço que, salvo quanto aos templos religiosos, a 
Constituição apenas assegura a imunidade quanto a impostos sobre PATRIMÔNIO, RENDA E 
SERVIÇOS para as demais pessoas (estariam, assim, exclusos os impostos sobre circulação – 
ICMS, IPI e IOF – e sobre comércio exterior – II, IE). Logo, quanto ao ICMS e os quatro 
impostos federais extra-fiscais (II, IE, IPI e IOF),a Carta não assegura expressamente a 
imunidade, a qual só será reconhecida se o STF entender adequado, ponderando o caso 
concreto e interpretando a Constituição na sua unidade. 
 
DICA 53: IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS –Na imunidade recíproca friso que o STF vem 
reconhecendo a imunidade não apenas em favor das autarquias e fundações mantidas pelo 
poder público, aceitando a imunidade em favor das empresas públicas e sociedades de 
economia mista PRESTADORAS DE SERVIÇO EXCLUSIVO DE ESTADO. Cuidado, pois, como 
regra, as empresas públicas e as sociedade de economia mista não tem imunidade tributária, 
pois, como regra, desenvolvem atividade econômica, sendo exceção atuarem como prestadoras 
de serviços públicos. Entretanto, friso que, nessa hipótese excepcional, caberá a imunidade; é o 
caso conhecido dos Correios (ECT) e da INFRAERO. Lembremo-nos ainda que não cabe a 
imunidade para as concessionárias e permissionárias, que atuam com fins lucrativos. 
 
DICA 54: IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS –Quanto às Igrejas, recordem-se que a imunidade não é 
apenas para o imóvel no qual se desenvolve o culto, mas para todo o patrimônio que a Igreja 
utilize vinculado a sua atividade fim. E essa regra, frise-se, vale também para as demais 
pessoas imunizadas no art.150, VI. Nesses termos, até mesmo imóveis utilizados como 
estacionamentos, mesmo que alugados a terceiros, continuam imunes, desde que se comprove 
que os alugueis são revertidos nas finalidade essenciais da Instituição. Vale a leitura da Súmula 
724 do STF. Não incidirá o IPTU sobre esses imóveis; mas, prestem atenção, pois somente se 
realmente os alugueis forem utilizados para custear a instituição. 
Ainda nas Igrejas, lembrem-se que o STF reconheceu a imunidade em favor das lojinhas que 
vendem souvenires religiosos dentro dos templos. E, quanto à polêmica questão dos 
CEMITÉRIOS, lembrem-se que se forem meras extensões da Instituição Religiosa, atuando sem 
fins lucrativos, sem caracterização de atividade econômica, esses cemitérios religiosos também 
terão imunidade tributária. 
Peço que vocês tenham máximo cuidado com a seguinte informação: todas as imunidades do 
art.150, VI são APENAS PARA IMPOSTOS, não havendo imunidades de taxas e contribuições de 
melhoria para as pessoas citadas nesse dispositivo. 
 
DICA 55: IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS – Esclareço, ainda, que existem normas constitucionais 
imunizadoras fora do art.150, VI. E nesses dispositivos existem imunidades de impostos, mas 
também de taxas e contribuições especiais. Atenção, pois quando falamos que só há 
imunidades de impostos estamos falando apenas do art.150, VI e das pessoas ali citadas. 
Destaco a imunidade do ITBI na formação e extinção de pessoas jurídicas, prevista no 
art.156,§2º, I, a do ITR que não incide sobre pequenas glebas de terra rural quando o 
proprietário não tem outro imóvel (art.153,§4º, II), a da venda de ouro quando o outro é 
vendido como ativo financeiro ou instrumento cambial (só cabe IOF ficando imunizada essa 
venda contra qualquer outro imposto, inclusive o ICMS – ver art.153,§5º c/c art.155,§2º,X,‘c’) e 
as demais imunidades de ICMS (art.155, §2º, X, ‘a’, ‘b’ e ‘d’). PEÇO QUE LEIAM ESSES POUCOS 
DISPOSITIVOS!!! 
Destaco, finalmente, as IMUNIDADES DO EXPORTADOR. Não incide IPI, nem ICMS na 
exportação (art.155,§2º, X, ‘a’ c/c 153,§3º, III). Também não incidem CIDE’s nem 
Contribuições Sociais sobre as receitas decorrente da exportação. Destaco, entretanto, que essa 
imunidade de Contribuições Sociais se restringe à receita/faturamento decorrentes da 
exportação, não alcançando o lucro líquido; logo, o STF entendeu que INCIDE CSLL no lucro 
gerado com a exportação. Ainda em favor do exportador lei complementar vedou que caiba ISS 
sobre prestações de serviços para o exterior (LC 116/03, art.2º, I c/c CRFB/88, art.156,§3º,II). 
Friso que no caso do ISS não se trata de imunidade, pois o benefício decorre de lei 
complementar e não da própria Constituição. Por derradeiro, lembro que as imunidades e o 
benefício do ISS são apenas na exportação; PODE CABER A INCIDÊNCIA DE TODOS ESSES 
TRIBUTOS NA IMPORTAÇÃO!!! A IMUNIDADE SÓ FAVORECE O E-X-P-O-R-T-A-D-O-R!!! 
 
LEGISLAÇÀO TRIBUTÁRIA e HERMENÊUTICA TRIBUTÁRIA, DIREITOS HUMANOS E MÍNIMO 
EXISTENCIAL 
 
DICA 56: A expressão “legislação tributária” não é sinônimo de “lei tributária”. Legislação é 
gênero no qual LEI é espécie. A expressão legislação tributária significa o conjunto de fontes 
normativas que disciplinam as relações tributárias. O CTN afirma que a legislação tributária 
compreende as leis, os tratados e convenções internacionais, os decretos e as normas 
complementares (art.96, CTN). 
 
DICA 57: Quando se fala que certo ato fica preso à “reserva legal”, o que se quer dizer é que 
somente a lei pode, e não que qualquer fonte da legislação tributária pode. Ao contrário, 
quando se afirma que certo ato “depende da legislação tributária”, o que se quer dizer é que 
ele nãodepende exclusivamente de uma lei, sendo exceção à reserva legal. 
 
DICA 58: Pelo menos cinco matérias podem ser destacadas como exceções à reserva legal, 
podendo ser reguladas pela legislação tributária. São elas: a) criação de obrigações acessórias; 
b) modificação da data do pagamento dos tributos; c) mera atualização monetária da base de 
cálculo dos tributos (desde que a atualização se faça com base no índice oficial); d) majoração 
ou redução das alíquotas do II, IE, IPI e IOF; e) redução e restabelecimento das alíquotas da 
CIDE dos Combustíveis. Em todas essas cinco hipóteses você poder marcar na sua prova que 
NÃO SE DEPENDE DE LEI, PODENDO A LEGISLAÇÀO TRIBUTÁRIA REGULAR O FEITO. O Poder 
Executivo, mediante decretos e normas complementares, pode atuar nessas matérias. 
 
DICA 59: Ao contrário da dica anterior, existem matérias em que SOMENTE A LEI PODE ATUAR. 
Merecem destaque: a) a criação, extinção, majoração e redução de tributos (ressalvados os 
casos acima narrados – Ex: II, IE, IPI, IOF); b) determinação do fato gerador, base de cálculo, 
alíquota e contribuinte dos tributos (a espinha dorsal do tributo); c) prever penalidades; 
d)prever hipóteses de suspensão, extinção e exclusão do crédito tributário. Nessa hipóteses, 
não esqueça na hora da prova: somente a LEI pode regular (art.97, CTN). Cuidado sempre com 
as isenções e incentivos fiscais. Nesses, salvo o ICMS (em que a regra é o uso do CONVÊNIO 
para conceder os benefícios), nos tributos em geral sempre se depende de uma lei específica 
para a concessão de isenções e incentivos fiscais. 
 
DICA 60: O CTN, apesar do desagrado de imensa parte da doutrina, afirma que os tratados 
internacionais revogam a legislação interna e que serão observados pela que lhes sobrevenha. 
Com nossa particular crítica, é o que está na lei! O CTN adotou a equivocada premissa que um 
tratado internacional teria o poder de revogar a lei tributária anterior in compatível (ocorre 
mera suspensão de eficácia e não revogação) e disse ainda que as leis supervenientes não 
poderiam revogar tratados, os quais, seriam respeitados por elas (art.98) 
DICA 61: A legislação tributária muitas vezes deixa lacunas. O CTN apresenta critérios de 
INTEGRAÇÃO da legislação tributária, os quais se aplicam em ordem SUCESSIVA. 
Primeiramente se deve utilizar a ANALOGIA; somente se não for cabível resolver o problema é 
que parte-se para os PRINCÍPIO DE DIREITO TRIBUTÁRIO; não se resolvendo, o terceiro passo 
é buscar socorro nos PRINCÍPIOS GERAIS DE DIREITO PÚBLICO. Por fim, se nem assim se 
solucionar o problema, o quarto e último passo é o uso da EQUIDADE. Tem que ser sempre 
nessa ordem! (art.108, CTN) 
 
DICA 62: Cuidado com o dois limites que estão nos parágrafos do art.108, CTN. Por eles, não 
se pode usar a analogia para criar tributo e nem se pode usar a equidade para dispensar 
pagamento de tributo. Ou seja, a analogia e a equidade não podem violar a reserva legal. 
 
DICA 63: A HERMENÊUTICA TRIBUTÁRIA traduz o conjunto de regras que ensinam como 
interpretar a legislação tributária. Merece destaque a regra do art.111 do CTN que diz que três 
matérias se sujeitam à interpretação estrita, literal, sendo vedada a interpretação extensiva: a) 
normas sobre suspensão e exclusão do crédito (não se incluem as normas sobre extinção do 
crédito!!!); b) isenções; c) dispensas do cumprimento de obrigações acessórias (art.111, CTN). 
 
DICA 64: Dentro da hermenêutica tributária também merece destaque a regra da interpretação 
benigna em matéria de infrações e sanções. Na dúvida, deve-se sempre optar pela 
interpretação que seja mais favorável ao contribuinte (art.112, CTN). 
 
DICA 65: Ainda sobre a hermenêutica tributária é importante destacar a TEORIA DA 
INTERPRETAÇÃO ECONÔMICA DO FATO GERADOR dos tributos, prevista no art.118, CTN. Por 
essa, deixa-se claro que não se deve valorar aspectos cíveis ou penais da conduta para que se 
compreenda o alcance do fato típico tributável, atendo-se o intérprete apenas aos aspectos 
econômicos da conduta. Nesse viés, se extrai do CTN que devemos fazer uma abstração da 
análise da validade e da eficácia dos aspectos civis ou penais da conduta (CTN, art.118). 
 
DICA 66: Interessante questão prática (e cotada!) emanada da Teoria da Interpretação 
Econômica é a que ensina que é devida a incidência de imposto de renda sobre rendas 
auferidas ilicitamente, mediante crime (ex: renda de traficante de drogas). A ilicitude “não fede 
nem cheira” para fins de incidência tributária (princípio do NON OLET). 
 
DICA 67: Quando a Constituição utiliza conceitos, institutos, formas de direito privado em seu 
texto para definir competências tributárias (ex: “propriedade”; “doação”; “serviço”; 
“mercadoria”, o a hermenêutica tributária ensina que devemos interpretar esses conceitos, 
institutos e formas buscando entender suas definições, conteúdos e alcances com base nos 
ensinamentos de direito privado. Ou seja, devemos pesquisar no direito privado a definição, o 
conteúdo, o alcance que se dá a esses institutos, conceitos e formas, para que então tenhamos 
a exata noção do que quis afirmar o constituinte. É regra de interpretação tributária (art.110, 
CTN). 
 
DICA 68: Atualmente, o Direito Tributário moderno exige que se interprete toda e qualquer 
norma de tributação sempre valorando os direitos humanos. É a chamada humanização do 
direito tributário, hoje, re-compreendido sob a ótica de que não se pode atribuir a suas normas 
suas normas o poder de se aplicarem de forma a violarem o mínimo existencial do ser humano. 
 
DICA 69: Por força da humanização do direito tributário, fala-se em direitos fundamentais do 
contribuinte, nada mais do que a aplicação da teoria da proteção aos direitos fundamentais no 
plano das relações tributárias, projetando-se o ser humano quando ele est;a moldurado na 
figura do contribuinte. 
 
DICA 70: Interpretar as leis tributárias sempre priorizando a proteção aos direitos humanos, 
significa que não se pode mais conceber a relação tributária como uma relação de poder pleno 
do estado. Hoje, sofre limitações cada vez mais crescentes, dentro dessa perspectiva de 
proteção aos direitos humanos, valorando-se a dignidade da pessoa humana e o mínimo 
existencial. 
 
DICAS BLOCO II 
PRINCÍPIOS, ALÍQUOTAS, REPARTIÇÃO DE RECEITAS, RESERVA DE LC 
 
PRINCÍPIOS SETORIAIS TRIBUTÁRIOS: 
 
DICA 71: O IR – Imposto de Renda se sujeita a três princípios expressos na Constituição, quais 
sejam: PUG – Progressividade, Universalidade e Generalidade. Na medida em que o valor da 
renda aumenta, a alíquota progride (progressividade); as rendas são tributadas independente 
de sua origem (universalidade das origens das rendas); qualquer pessoas que tenha renda se 
submete ao imposto (generalidade das pessoas). 
 
DICA 72: O IR – Imposto de Renda é também regido pelo princípio da PESSOALIDADE. 
Questões da vida pessoal de cada pessoa são levadas em consideração pelo legislador e 
interferem na definição do valor final do imposto a recolher. Dessa forma, a lei leva em 
consideração aspectos como números de filhos e dependentes, despesas com saúde e 
educação, etc, e permite que se façam deduções no valor a recolher. Ou seja, aspectos da vida 
pessoal de cada pessoa são valorados e interferem na definição do valor a pagar. Observem 
que pessoas com a mesma renda, podem pagar valores diferentes, face a esses aspectos 
pessoais. Percebam ainda que esses aspectos pessoais são ligados ao MÍNIMO EXISTECIAL de 
cada pessoa e de seus dependentes. 
 
DICA 73: O IR – Imposto de Renda é também regido pelo princípio do NON OLET, que é 
apenas uma especialização do princípio da Universalidade das origens das rendas. Pelo non olet 
se dá o “plus” afirmando-se que as rendas são tributadas ainda que as origens sejam ilícitas. O 
tributo incide independente do crime. A ilicitude “não fede nem cheira” para a tributação. 
 
DICA74: O ICMS e o IPI são regidos por três princípios. São eles: princípio da TRANSPARÊNCIA 
FISCAL, assim como o princípio da NÃO CUMULATIVIDADE e também o princípio da 
SELETIVIDADE. 
 
DICA 75: Quando ao ICMS e IPI, atenção com o princípio da seletividade das alíquotas! No IPI 
a seletividade é OBRIGATÓRIA, já no ICMS a Constituição FACULTOU o uso da seletividade. O 
texto da Carta afirma que “O IPI SERÁ SELETIVO” e “O ICMS PODERÁ SER SELETIVO”. Como 
sabemos a “seleção” das alíquotas se dá em razão da essencialidade dos bens. Bens mais 
essenciais terão alíquotas menores, e bens mais supérfluos, alíquotas maiores. 
 
DICA 76: O princípio da TRANSPARÊNCIA, aplicável ao IPI e ao ICMS, TAMBÉM SE APLICA AO 
ISS! Na verdade, o princípio da Transparência Fiscal se aplica sempre que se tributam relações 
de consumo, seja na venda de mercadorias/produtos industrializados, seja na venda de 
serviços. Está positivado no art.150,§5º. Por esse princípio, os fornecedores (contribuintes de 
direito – “de jure”) ficam obrigados a INFORMAR os consumidores (contribuintes de fato) qual 
foi a carga tributária repassada no preço do bem de consumo adquirido. 
 
DICA 77: O princípio da NÃO CUMULATIVIDADE se aplica ao IPI e ICMS; todavia, fiquem 
atentos, pois caso sejam criados IMPOSTOS RESIDUAIS a Carta determina que também se 
aplique o princípio da NÃO CUMULATIVIDADE aos eventuais impostos residuais (atualmente, 
ainda nenhum imposto residual foi criado, ainda que permitidos, desde que mediante lei 
complementar, no art.154, I, CRFB/88). 
 
DICA 78: O princípio da PROGRESSIVIDADE das alíquotas EM RAZÃO DO VALOR DA RIQUEZA 
REVELADA NO FATO GERADOR, além de se aplicar no IR se aplica também no IPTU. Prestem 
muita atenção pois somente no IR e no IPTU cabe a aplicação da progressividade em razão do 
valor da riqueza. Cuidado com o ITBI que é a grande pegadinha na prova. O ITBI não pode ser 
cobrado com alíquotas progressivas! 
 
DICA 79: Ainda sobre a progressividade de alíquotas em razão do valor das riquezas, atenção: 
em 1988 somente o IR poderia ser progressivo; o IPTU só foi autorizado por força da EC 29/00; 
até 2000, inconstitucional o IPTU progressivo. E reiterando o alerta da dica anterior, a EC 29/00 
não autorizou ITBI progressivo, somente IPTU. O STF com as Súmulas 656 e 668 deixou claro 
que após a EC 29/00 o IPTU progressivo em razão do valor venal do imóvel é constitucional, 
mas o ITBI segue inconstitucional. 
 
DICA 80: Para encerrar sobre PROGRESSIVIDADE DE ALÍQUOTAS, a progressividade ainda se 
pode dar por outro fundamento: a ilicitude no modo de usar o imóvel! E, nesses casos (IPTU e 
ITR), passa-se a falar na progressividade sanção! Nesse caso, a Carta prega que o IPTU pode 
ter alíquotas progressivas em razão do desrespeito à função social da propriedade assim como 
o ITR pode ter alíquotas progressivas em razão da improdutividade do imóvel rural. Nesses 
casos, costumamos falar em progressividade sanção e é normal se falar em prova que o ITR e 
o IPTU ASSUMIRAM UMA FUNÇÀO EXTRAFISCAL! 
PRINCÍPIOS GERAIS TRIBUTÁRIOS: 
 
DICA 81: Quanto ao PRINCÍPIO DA LEGALIDADE, lembrem-se que somente a lei pode criar, 
extinguir, majorar e reduzir tributos. Essa é a regra! Não se esqueçam que tal lei será, em 
regra, mera LEI ORDINÁRIA. 
 
DICA 82: Somente em quatro situações é que a Constituição exige LEI COMPLEMENTAR para 
que se possa ter a criação de tributos. É nos casos de empréstimos compulsórios, impostos 
residuais, contribuições residuais de seguridade social e no imposto sobre grandes fortunas, as 
quais necessariamente devem ser definidas nos termos de lei complementar. 
 
DICA 83: Salvo os quatro casos de lei complementar, os tributos realmente se criam por leis 
ordinárias, e, havendo relevância e urgência E NÃO SENDO CASO DE LEI CIMPLEMENTAR, é 
possível criar tributo por MEDIDA PROVISÓRIA. Mas nunca nos casos de tributos de LC, pois é 
vedada a edição de MP em matéria de LC. 
 
DICA 84: A Constituição no famoso art.146, III, ‘a’ determina que cabe a lei complementar 
estabelecer NORMAS GERAIS para a legislação tributária com a finalidade de DEFINIR O PERFIL 
DOS TRIBUTOS, e, em especial, quanto aos IMPOSTOS, DEFINIR O FATO GERADOR, BASE DE 
CÁLCULO E CONTRIBUINTE. Em momento algum o que se diz é que “lei complementar deveria 
criar os impostos” Não! O papel da LC é fazer as norma gerais, montando o perfil do imposto, 
para que então, dentro desse perfil, dentro das normas gerais, cada ente, por mera lei ordinária 
local, crie o seu imposto. Salvo as quatro exceções já comentadas, tributo se cria por lei 
ordinária, cabendo a lei complementar apenas definir as normas gerais que elaboram o perfil do 
tributo. 
 
DICA 85: Existem algumas medidas, atuações, que somente em razão de lei se podem praticar: 
são elas: a) criar, extinguir, majorar e reduzir tributos (ressalvadas algumas exceções a seguir 
comentadas); definir o fato gerador, base de cálculo, alíquota e sujeito passivo do tributo; 
prever penalidades; estabelecer as causas de suspensão, extinção e exclusão do crédito. 
 
DICA 86: Existem atuações que independem de lei e pode o Poder Executivo promovê-las: a) 
criação de obrigações acessórias; b) modificação da data de recolhimento dos tributos; c) 
atualização monetária da base de cálculo dos tributos; d) majoração ou redução das alíquotas 
do II, IE, IPI e IOF; e) redução e restabelecimento das alíquotas da CIDE dos Combustíveis. 
 
DICA 87: Atenção com a majorações e reduções das alíquotas dos impostos extra-fiscais. O 
STF, julgando precedente sobre o Imposto de Importação, entendeu que além de não ser 
necessário lei, também não seria necessário decreto do Presidente, podendo o Poder Executivo 
em toda sua estrutura, de acordo com a organização interna e distribuição de competências e 
atribuições, promover tais atos. Logo, o STF aceitou o ato da CAMEX que modificou as alíquotas 
do imposto de importação. 
 
DICA 88: Sobre o princípio da anterioridade e a cláusula da noventena, fiquem atentos pois em 
alguns casos o tributo criado/majorado incide imediatamente, não se aplicando qualquer das 
cláusulas temporais (nem a do “exercício financeiro seguinte” nem a do “mínimo nonagesimal”), 
a saber: incide na hora se for II, IE, IOF; EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO PARA GUERRA 
EXTERNA OU CALAMIDADE PÚBLICA; IMPOSTOS EXTRAORDINÁRIOS DE GUERRA. Na prova, 
confiem, vocês só vão marcar que incide na hora se for uma dessas hipóteses! Cuidado com a 
pegadinha dos empréstimos compulsórios para custeio de investimentos públicos urgentes de 
relevante interesse nacional; nesses, somente se pode cobrar no ano seguinte e respeitada 
também a noventena; ficam na regra geral, sem qualquer exceção (ex: se em 2012 o Governo 
aprova LC para criar empréstimo compulsórios para fazer investimentos em razão da Copa do 
Mundo, só poderá cobrar em 2013). Para incidir na hora, somente se for empréstimo para 
guerra externa ou calamidade. 
 
DICA 89: Cuidado com o IPI. Caso majorado o IPI, TEM QUE SER OBSERVADA A 
NOVENTENA!!! Só se aplica o IPI mais caro depois de 90 dias. Pode ate ser no mesmo ano, 
pois o IPI é exceção à regra do “exercício financeiro seguinte”, mas respeita a noventena. 
Recentemente, no último julgado de princípios tributários no Supremo, fim do ano passado, 
tivemos a questão do IPI MAJORADO NOS CARROS IMPORTADOS (ADIN 4661-MQ/DF), no qual 
tive a honra de ser citado elogiosa e carinhosamente pelo Ministro Celso de Mello em seu voto 
transcrito nos informativos do STF. Nesse julgamento o STF reafirmou que só se aplica o IPI 
majorado aos fatos geradores ocorridos 90 dias após a sua majoração. 
 
DICA 90: Assim como o IPI¸ também fica só na noventena, a situação das criações ou 
majorações de CONTRIBUIÇÒES DE SEGURIDADE SOCIAL. Se na hora da prova você ler na 
questão que foram criadas Contribuições de Seguridade Social (ou majoradas), que são as 
contribuições quedestinam receitas para Saúde, Previdência e Assistência Social, marque sem 
medo a resposta que disser: só noventena! Ainda que no mesmo ano! Igual ao IPI. 
 
DICA 91: O último caso para você marcar só noventena é o dos 
restabelecimentos de alíquotas reduzidas nos combustíveis. Nesses dois casos expressamente 
previstos na Constituição, você marca só noventena. Falo dos restabelecimentos das alíquotas 
outrora reduzidas na CIDE DOS COMBUSTÍVEIS e no ICMS INCIDENTE SOBRE OPERAÇÒES 
QUE DESTINAM DE UM ESTADO PARA OUTRO COMBUSTÍVEIS DERIVADOS DE PETROLEO, 
ICMS ESSE QUE INDICE NA ORIGEM DA OPERAÇÀO. Se cair na prova que as alíquotas haviam 
sido reduzidas, mas agora estão sendo restabelecidas, marque só noventena! 
 
DICA 92: Por fim, atenção com os tributos que não respeitam a noventena mas respeitam a 
regra do 1º de Janeiro do Exercício Financeiro Seguinte. Somente em três caos marque na 
prova que a resposta é só primeiro de Janeiro, independente de noventena: majorações de 
imposto de renda, assim como majorações de BASE DE CÁLCULO de IPTU e IPVA. Cuidado com 
o IPTU e IPVA, pois para ter exceção à noventena e o gabarito dar “só primeiro de Janeiro” é 
apenas nos casos em que a majoração for pela base de cálculo. Se for majoração nas alíquotas 
de IPTU e IPVA, não há qualquer exceção e se aplica a regra geral (“ano que vem e 
noventena”). 
 
DICA 93: Quanto ao princípio da IRRETROATIVIDADE (amado pela Banca da FGV – o que mais 
caiu), lembrem-se: somente em três casos a lei tributária se aplica retroativamente, 
excepcionando-se o princípio da irretroatividade. São eles: a) leis benéficas em penalidade 
(desde que não tenha ocorrido pagamento ou coisa julgada; a lei benéfica não retroagirá, 
mesmo que benéfica, se já teve pagamento ou coisa julgada; a lei só retroage quanto a atos 
ainda não definitivamente julgados e se na houve extinção do crédito pelo pagamento da 
multa); b) leis interpretativas; c) leis que alterem aspectos meramente formais do lançamento 
(leis que mudam apenas o procedimento de “como lançar”, mas não mudam o “conteúdo” do 
que se lança). 
 
DICA 94: Lembrem-se que o princípio que veda a tributação desigual a contribuintes em 
situações equivalentes é o chamado princípio da ISONOMIA (art.150, II, CRFB/88). Da mesma 
forma, veda tributações iguais a contribuintes em situações econômicas diferentes. A finalidade 
do Princípio da ISONOMIA é evitar privilégios e discriminações e assim gerar a chamada justiça 
fiscal. 
 
DICA 95: O princípio da NÀO DISCRIMINAÇÀO PELA PROCEDÊNCIA OU DESTINO é aquele que, 
previsto no art.152, CRFB/88, ensina que os Estados, DF e Municípios não podem se discriminar 
uns aos outros pelo critério “localidade”. Esse princípio é muito importante no mundo do ICMS e 
do ISS, e busca evitar discrimine dos entes entre si, fortalecendo o federalismo. Por isso se fala 
que ele é um dos princípios que consagra o federalismo fiscal. 
 
DICA 96: O STF aplicou o princípio da NÃO DISCRIMIINAÇÀO PELA PROCEDÊNCIA OU 
DESTINO na famosa questão dos IPVA’s mais caros sobre carros importados. Entendeu o STF 
que as leis estaduais eram inconstitucionais, pois estavam discriminando o IPVA em razão da 
origem. Apesar da nossa particular discordância, pois entendemos que o princípio em apreço 
não se aplicaria em ralação a outros países mas apenas em relação aos entes entre si, na 
prova,marque verdadeiro se afirmarem que o STF declarou inconstitucional utilização de 
alíquotas diferenciadas do IPVA em razão do critério “nacional x importado” e o fundamento foi 
suposta violação ao princípio da NÃO DISCRIMINAÇÀO PELA PROCEDÊNCIA OU DESTINO. 
 
DICA 97: O outro grande princípio de FEDERALISMO FISCAL, é o famoso PRINCÍPIO DA 
UNIFORMIDADE GEOGRÁFICA DA TRIBUTAÇÃO FEDERAL (caiu no primeiro provão que a FGV 
fez, já faz tempo que não cai...pode cair!), que ensina que é vedado à União, quanto aos 
tributos federais, estabelecer tributos que não sejam uniformes em todo o território nacional. 
Ou seja, a estrutura to tributo federal será uma só em todo o país. Dessa forma, se a alíquota 
do IR for 27,5% para tal limite de renda, assim será em qualquer lugar do Brasil. Todavia, e 
muito cuidado agora, fiquem atentos pois isso não impede que a União conceda incentivos 
fiscais apenas em uma ou outra região, sempre que tais incentivos de caráter regional se 
justifiquem em prol da promoção da busca do equilíbrio federativo. Ou seja, é lícito que a União 
promova isenções e incentivos fiscais de caráter regional, especialmente nas regiões menos 
favorecidas, para fins de promover o desenvolvimento sócio-econômico dessas regiões, 
buscando o equilíbrio federativo no país. 
 
DICA 98: Cuidado com o princípio da CAPACIDADE CONTRIBUTIVA. A capacidade contributiva é 
uma qualidade que nem toda pessoa tem. É a qualidade que revela que a pessoa tem aptidão, 
tem condições, tem potencial para poder suportar a incidência dos impostos. Essa qualidade se 
revela quando pessoas praticam fatos/atos reveladores de riqueza (capacidade 
econômica).Quando essa riqueza externada supera o limite da reserva do mínimo existencial, 
nasce essa qualidade chamada capacidade contributiva em seus perfis, e assim ficam sujeitas à 
incidência dos impostos. Logo, a capacidade contributiva é uma qualidade que surge no perfil 
de algumas pessoas, quando elas revelam capacidade econômica acima da reserva do mínimo 
existencial. 
 
DICA 99: Ainda sobre o princípio da capacidade contributiva, lembrem-se que é ele que 
fundamenta a incidência dos impostos. Não esqueçam nossa velha frase das alas de aula: “só 
se pode impor a alguém que contribua, se esse alguém tem capacidade de contribuir”. 
 
DICA 100: Não obstante a capacidade contributiva seja princípio que foi criado para legitimar os 
impostos, o STF JÁ ACEITOU, EM CARÁTER EXCEPCIONAL, A APLICAÇÀO DA CAPACIDADE 
CONTRIBUTIVA NAS TAXAS, AINDA QUE NÃO SEJA O MAIS COMUM. Se cair na prova, 
certamente cairia o caso da CVM – Comissão de Valores Mobiliários, em que a lei utilizou como 
base de cálculo da Taxa da CVM a dimensão do patrimônio líquido das empresas fiscalizadas, e 
o STF, nesse precedente, não apenas aceitou como constitucional, como afirmou que em caos 
especiais como esse seria possível aplicar a CAPACIDADE CONTRIBUTIVA NAS TAXAS. 
DICA 101: Até mesmo nos empréstimos compulsórios e nas contribuições especiais o STF já 
reconheceu aplicação do princípio da capacidade contributiva. O último precedente foi o da CIP 
– CONTRIBUIÇÃO DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA, de competência dos Municípios e do DF, que o 
Supremo entendeu que ao incidirsobre o fato gerador “consumo de energia elétrica” era 
constitucional, e afirmou pela aplicação da capacidade contributiva. 
 
DICA 102: É muito comum em prova se transcrever o art.145,§2º, CRFB/88 para embasar a 
capacidade contributiva. Esse dispositivo também indica o princípio da pessoalidade, da 
personalização. Logo, se você ler na prova a famosa frase “sempre que possível, os impostos 
terão um caráter pessoal e serão graduados de acordo com a capacidade econômica do 
contribuinte”, é desses princípios que se está falando. 
 
DICA 103: Sobre o PRINCÍPIO DO NÃO CONFISCO, a Carta, no art.150, IV, afirma que é 
vedado estabelecer tributo com efeito de confisco. Observem que o texto não fala que é 
vedado estabelecer “multa” confiscatória, mas apenas tributo. Todavia (atenção!!!), apesar de a 
Constituição não afirmar que é vedado estabelecer multas com efeito de confisco, O STF JÁ 
FIRMOU POSICIONAMENTO QUE MULTAS CONFISCATORIAS SÃO INCONSTITUCIONAIS, 
ferindo, também, o princípio da PROPORCIONALIDADE. Tenham atenção na pergunta feita!!! 
Se a questão falar “segundo o texto constitucional”, pode ter certeza, marque sem medo, o 
gabarito é “é vedado tributo com efeito de confisco”. Se fizer alusão ao entendimento do STF, 
as multas confiscatórias também são proibidas e são inconstitucionais. 
 
DICA104: O PRINCÍPIO DA NÃO LIMITAÇÃO AO TRÂNSITO DE PESSOAS OU BENS, previsto no 
art.150, V, CRFB/88, veda que se possam cobrar tributos pelo simples deslocamento das 
pessoas de um ponto a outro, ou, da simples remessa de bens de um lugar a outro. Protege a 
liberdade de deslocamento. Todavia, tenham muita atenção, pois a Carta expressamente 
ressalva o pedágio. Na prova de vocês, o pedágio é constitucional e o STJ inclusive tem 
entendimentos de ser desnecessária a existência de via alternativa, apesar de toda a polêmica 
na doutrina sobre a necessidade de vias alternativas. Logo, na prova, é vedado cobrar tributo 
pelo ir e vir ou pelo simples ato de remessa de bens, mas é AUTORIZADO O PEDÁGIO. 
 
DICA 105: O ordenamento brasileiro não adota mais o princípio do solve et repeat (solver e 
depois repetir – depositar e depois recuperar), que foi muito usado na época do regime militar 
e da Carta passada. Por esse princípio, se um contribuinte quisesse ajuizar uma ação anulatória 
para questionar o lançamento do tributo, teria que obrigatoriamente depositar o valor primeiro 
(solver), sob pena de inadmissibilidade da ação, para que, caso ganhasse ao final, levantar seu 
dinheiro de volta (“repetir” – mas não em dobro, apenas corrigido e atualizado!). No uso desse 
princípio, pessoas pobres e pequenos empresários não conseguiam acessar o Judiciário para 
questionar cobranças indevidas feitas contra eles e só os ricos que tivessem o dinheiro cobrado 
indevidamente para depositar conseguiam se defender. O STF entendeu que a fórmula “solve 
et repeat” é incompatível com a Constituição de 1988, a para proteger o direito de acesso ao 
Judiciário como livre e de todos (art.5º, XXXV), bem como o contraditório, ampla defesa e 
devido processo legal, declarou a inconstitucionalidade da exigência do depósito (Súmula 
Vinculante 28). A consequência é que qualquer contribuinte pode ajuizar a ação sem fazer o 
depósito, o qual será meramente opcional e não uma condição de admissibilidade da ação. 
 
ALÍQUOTAS DOS IMPOSTOS 
 
DICA 106: Os impostos com alíquotas progressivas sancionatórias são: ITR e IPTU. 
 
DICA 107: Os impostos com alíquotas progressivas fiscais são: IR (desde 1988) e IPTU 
(somente após a EC 29/00); o ITBI não pode ter alíquotas progressivas. 
 
DICA 108: Os impostos com alíquotas seletivas são: ICMS (que poderá ser seletivo) e o IPI 
(que será seletivo). 
 
DICA 109: Muita atenção com o IPTU, pois além das duas progressividades, o IPTU também 
pode ter alíquotas diferenciadas em razão de dois critérios: a) LOCALIZAÇÃO (área) e 
DESTINAÇÃO (uso). 
 
DICA 110: Atenção ao IPVA: após a EC 42/03 foi inserido no art.155 o parágrafo sexto, que no 
inciso segundo afirma que o IPVA PODERÁ TER ALÍQUOTAS DIFERENCIADAS EM RAZÃO DO 
“TIPO E UTILIZAÇÃO”DO VEÍCULO. Se você ler isso na prova, pode marcar verdadeiro. Observe 
que o texto não define o que sejam “tipo” nem “utilização”, apenas autorizando que com base 
em tais critérios se diferencie a alíquota. 
 
DICA 111: Ainda sobre o IPVA, o STF já apreciou várias leis estaduais no que tange ao uso dos 
conceitos “tipo e utilização” para diferenciar as alíquotas. Por um lado, entendeu ser 
constitucional diferenciar as alíquotas pelo tipo de combustível, mas entendeu ser 
inconstitucional diferenciar pelo aspecto nacional x importado, pois, como já visto, reconheceu 
que se violaria o princípio da não discriminação pela procedência ou destino. 
 
DICA 112: Nos impostos mais importantes dos Estados e Municípios (ICMS e ISS, 
respectivamente), a Carta determina que podem ser fixadas alíquotas mínimas e máximas, 
estabelecendo-se tetos, limites, os quais tem que ser respeitados dento de cada unidade 
federativa. No caso do ICMS, quem tem permissão constitucional fixar as alíquotas mínimas e 
máximas para atuarem como tetos nas operações internas de cada Estado e do DF, é o 
SENADO FEDERAL, ATRAVÉS DE RESOLUÇÃO. Já no caso do ISS, cabe a LEI COMPLEMENTAR 
fixar as alíquotas mínimas e máximas do ISS. 
 
DICA 113: Ainda no que diz respeito a tetos de alíquotas, fiquem atentos com os outros dois 
impostos estaduais: o Senado deve fixar alíquotas MÍNIMAS para o IPVA (para evitar a 
continuidade da guerra fiscal em que alguns Estados da federação tem colocado seus IPVA’s 
mais baixos que outros para “captar”o IPVA “do vizinho”). Já no ITD coube ao SENADO fixar as 
alíquotas MÁXIMAS (já fixou em 8% - Resolução 09/92). Não confunda na prova!!! ITD, 
MÁXIMAS, já o IPVA, MÍNIMAS!!! E nos impostos sobre consumo (ICMS E ISS), MÍNIMAS E 
MÁXIMAS (lembrando que nos estaduais, sempre o Senado por Resolução, e no ISS, lei 
complementar). 
 
REPARTIÇÃO DAS RECEITAS NOS IMPOSTOS 
 
DICA 114: Lembrem-se que metade da receita do IPVA, os Estados entregam ao Município no 
qual é feito o licenciamento do veículo. 
 
DICA 115: Recordem-se que um quarto (25%) do ICMS é repartido dentre os municípios. Desse 
valor de um quarto, na hora re repartir, se utiliza o seguinte critério: três quartos (75%) se 
repartem pelo sistema proporcional, de valor adicionado (os Municípios que vendem mais 
mercadorias e adicionam mais arrecadação de ICMS nos cofres estaduais são mais 
remunerados a divisão desses três quartos se faz na proporção do que cada Município 
adiciona); já o outro um quarto (25%) desse um quarto que se reparte (25% dos 25% do 
bruto), se distribui pelo critério discricionário, cabendo ao legislador estadual estabelecer a 
forma de rateio. 
 
DICA 116: Quanto ao ICMS tem sido muito comum que os Estados, na hora de elaborarem a lei 
para organizar a forma de distribuir o um quarto do um quarto (25% dos 25%) do ICMS entre 
seus Municípios (parcela da distribuição discricionária) estejam utilizando critérios para 
privilegiar com maior repasse os Municípios que protegem, conservam e não degradam o meio 
ambiente (incentivo), ou também, Municípios que por terem muitas áreas de preservação 
ambiental tem menor potencial de exploração econômica e terminam vendendo menos 
(gerando menor valor adicionado e ganhando menos no rateio dos três quartos). Sempre que 
isso ocorre, fala-se em ICMS VERDE, ou ICMS ECOLÓGICO, tema comum ao chamado Direito 
Tributário Ambiental. 
 
DICA 117: Atenção quanto à arrecadação do IMPOSTO DE RENDA E DO IPI. A UNIÃO 
REPASSARÁ 48% DE SUA ARRECADAÇÃO PARA TRÊS FUNDOS. União repassará aos Estados e 
DF a quantia de 21,5% de sua arrecadação nesses dois impostos, encaminhando essa quantia 
para ser dividia no FPE – Fundo de Participação Estadual. Já para os Municípios, repassará 
22,% e MAIS 1% (por força da EC 55/07), num total de 23,5% que tem que ser encaminhado 
ao FPM – Fundo de Participação dos Municípios. Observe-se que esse UM POR CENTO acrescido 
pela EC 55/07 deve ser repassado antes do fim do ano, no primeiro decêndio de Dezembro. Por 
fim, ainda haverá o repasse de 3% para o Fundo que administra programas de 
desenvolvimento das Regiões mais pobres do país. Quanto a esses 3%, firma a Carta que eles 
se destinam “para aplicação em programas de financiamento ao setor produtivo das Regiões 
Norte, Nordeste e Centro-Oeste, através de suas instituições financeiras de caráter regional, de 
acordo com os planos regionais de desenvolvimento, ficando assegurada ao semi-árido do 
Nordeste a metade dos recursos destinados à Região, na forma que a lei estabelecer”. 
 
DICA 118: MUITO CUIDADO AQUI: cuidado com o ITR, pois dois regimes são possíveis. Após a 
EC 42/03, a carta passou a autorizar que os Municípios que queiram optar por fiscalizar e 
cobrar o ITR,fazendo convênio com a União, ficarão com 100% da arrecadação do imposto. Já 
se não exercerem essa opção (e facultativo), a União repassa o montante de 50% da 
arrecadação. Na prova, fiquem atentos, pois a resposta pode ser dizendo que 100% vai pra o 
Município ou 50%. O que vai determinar é saber se o Município fez ou não a opção de fiscalizar 
e cobrar o imposto, desonerando a Uniãodesse encargo. Logo, para os Municípios que fizerem 
a opção de fiscalizar e cobrar o ITR, eles ficarão com 100% da receita. Já os que não fizeram, 
receberão 50% entregues pela União. 
 
DICA 119: Atenção com a incidência do IOF no OURO! Se cair na prova, existem regras 
especiais no art.153,§5º da CRFB/88 c/c art.155,§2º, X, ‘c’. Quando o ouro é vendido como 
ATIVO FINANCEIRO ou INSTURMENTO CAMBIAL (OPERAÇÒES DO MERCADO FINANCEIRO) é 
expressamente vedada a incidência do ICMS, somente incidindo o IOF. Nesses casos, A UNIÃO 
NÃO FICA COM NADA NA ARRECADAÇÀO DESSE IOF! A receita é toda entregue ao Município 
(70%) e ao Estado (30%) de ORIGEM da operação. Cuidado na hora da prova! 
 
DICA 120: Muito cuidado com o IPI! Além do repasse dos 48% para o FPM, FPE e programas 
de desenvolvimento, A UNIÃO ENTREGARÁ 10% AOS ESTADOS/DF, PARA COMPENSAR O QUE 
ELES PERDEM DE ICMS NA EXPORTAÇÀO DE MERCADORIAS (O ICMS, assim como o IPI, não 
incidem na exportação). Logo, na hora da prova, lembram: 10% do IPI é REAPSSADO aos 
Estados e DF na proporção do que eles exportam para o exterior. 
RESERVA DE LEI COMPLEMENTAR 
 
DICA 121: A-T-E-N-Ç-Ã-O: EM QUASE TODAS AS PROVAS DA FGV CAIU UMA QUESTÃO SOBRE 
MATÉRIAS RESERVADAS A LEI COMPLEMENTAR NO DIREITO TRIBUTARIO. Após as dicas, 
veja, o texto anexado, pois pode cair na prova!!! 
 
Matérias reservadas a lei complementar: são situações extremamente excepcionais, em que o 
constituinte afasta a regra da lei ordinária. 
Peço a vocês que leiam o seguinte na Constituição: os artigos 146 e 146-A, que listam os temas 
que somente por lei complementar podem ser disciplinados. Peço que lembrem dos tributos 
que dependem de lei complementar para ser instituídos (arts.148, 153,VII, 154, I c/c 195§4º, 
CRFB/88). Falo dos empréstimos compulsórios, imposto sobre grandes fortunas, impostos 
residuais e contribuições de seguridade social residuais). Lembrem-se, ainda, que em toda 
matéria que é reservada a lei complementar é vedado uso de medida provisória e de lei 
delegada (CRFB/88, arts. 62,§1º, III e 68,§1º). Por fim, peço que leiam a reserva de lei 
complementar para o ITD (“ITD internacional”), que está no art.155,§1º, III, a reserva de lei 
complementar para o ISS (regular como isenções de ISS podem ser concedidas; determinar 
alíquotas mínimas e máximas para o ISS; excluir o ISS da incidência na exportação), que está 
no art.156,§3º,I, II e III, e, por fim, a reserva de lei complementar para o ICMS (art.155,§2º, 
XII). 
 
Art. 146. Cabe à lei complementar: 
 
I - dispor sobre conflitos de competência, em matéria tributária, entre a União, os Estados, o 
Distrito Federal e os Municípios; 
 
II - regular as limitações constitucionais ao poder de tributar; 
 
III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre: 
 
a) definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos impostos discriminados 
nesta Constituição, a dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes; 
b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários; 
c) adequado tratamento tributário ao ato cooperativo praticado pelas sociedades cooperativas. 
d) definição de tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas e para as 
empresas de pequeno porte, inclusive regimes especiais ou simplificados no caso do imposto 
previsto no art. 155, II, das contribuições previstas no art. 195, I e §§ 12 e 13, e da 
contribuição a que se refere o art. 239. 
Parágrafo único. A lei complementar de que trata o inciso III, d, também poderá instituir um 
regime único de arrecadação dos impostos e contribuições da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios, observado que: 
 
I - será opcional para o contribuinte; 
II - poderão ser estabelecidas condições de enquadramento diferenciadas por Estado; 
III - o recolhimento será unificado e centralizado e a distribuição da parcela de recursos 
pertencentes aos respectivos entes federados será imediata, vedada qualquer retenção ou 
condicionamento; 
IV - a arrecadação, a fiscalização e a cobrança poderão ser compartilhadas pelos entes 
federados, adotado cadastro nacional único de contribuintes. Art. 146-A. Lei complementar 
poderá estabelecer critérios especiais de tributação, com o objetivo de prevenir desequilíbrios 
da concorrência, sem prejuízo da competência de a União, por lei, estabelecer normas de igual 
objetivo. 
 
Art. 146-A. Lei complementar poderá estabelecer critérios especiais de tributação, com o 
objetivo de prevenir desequilíbrios da concorrência, sem prejuízo da competência de a União, 
por lei, estabelecer normas de igual objetivo 
(...) 
Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios: 
(...) 
Art. 154. A União poderá instituir: 
I - mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não-
cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta 
Constituição; 
 
(...) 
 
“Quanto ao ITD: 
155, III e §1º, III - terá competência para sua instituição regulada por lei complementar: 
a) se o doador tiver domicilio ou residência no exterior; 
b) se o de cujus possuía bens, era residente ou domiciliado ou teve o seu inventário processado 
no exterior; 
 
(...) 
 
“Quanto ao ICMS: 
155, II e §2º, XII : 
 
XII - cabe à lei complementar: 
 
a) definir seus contribuintes; 
b) dispor sobre substituição tributária; 
c) disciplinar o regime de compensação do imposto; 
d) fixar, para efeito de sua cobrança e definição do estabelecimento responsável, o local das 
operações relativas à circulação de mercadorias e das prestações de serviços; 
e) excluir da incidência do imposto, nas exportações para o exterior, serviços e outros produtos 
além dos mencionados no inciso X, "a" 
f) prever casos de manutenção de crédito, relativamente à remessa para outro Estado e 
exportação para o exterior, de serviços e de mercadorias; 
g) regular a forma como, mediante deliberação dos Estados e do Distrito Federal, isenções, 
incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e revogados. 
h) definir os combustíveis e lubrificantes sobre os quais o imposto incidirá uma única vez, 
qualquer que seja a sua finalidade, hipótese em que não se aplicará o disposto no inciso X, b; 
i) fixar a base de cálculo, de modo que o montante do imposto a integre, também na 
importação do exterior de bem, mercadoria ou serviço. 
 
(...) 
 
“Quanto ao ISS: 
 
156, III e §3º: 
§ 3º Em relação ao imposto previsto no inciso III do caput deste artigo, cabe à lei 
complementar: 
 
I - fixar as suas alíquotas máximas e mínimas 
II - excluir da sua incidência exportações de serviços para o exterior. 
III - regular a forma e as condições como isenções, incentivos e benefícios fiscais serão 
concedidos e revogados. 
 
BLOCO III – DICAS SOBRE O CTN 
DIREITO OBRIGACIONAL TRIBUTÁRIO 
 
Tema 1: LANÇAMENTO DO CRÉDITO E PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL 
 
DICA 122: Se perguntarem sobre a natureza jurídica do lançamento, segundo o CTN, art.142, é 
procedimento constitutivo do crédito tributário. 
 
DICA 123: Sobre revisão do lançamento, pode ser feita de ofício pela Administração ou 
mediante provocação do contribuinte. No primeiro caso, temos a consagração da auto-tutela da 
Administração Fiscal. No segundo, com a impugnação do contribuinte, temos o nascimento do 
processo administrativo fiscal. 
 
DICA 124: Para impugnar o lançamento não é necessário advogado e nem se pagam custas 
quaisquer. Valem os princípios do livre acesso popular e da gratuidade. 
 
DICA 125: O prazo para pagar a dívida ou impugnar administrativamente o lançamento é o que 
a lei de cada tributo vier a fixar; não havendo previsão, o prazo será de 30 dias, nos termos do 
art.160, CTN. 
 
DICA 126: Caso o contribuinte tenha a impugnação julgada improcedente, cabe recurso 
voluntário

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