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2 1 INTRODUÇÃO À SEGURANÇA 1.1 TEORIA DE MASLOW Antes de entrarmos na questão específica da Segurança Patrimonial, é importante que façamos algumas observações sobre a Segurança Empresarial no sentido mais lato. Se considerarmos que as empresas têm fins lucrativos, e que são regidos dentro de normas técnicas específicas, é importante que tenhamos uma noção do que venha a ser a Segurança Empresarial como um todo. 1.1.1 A NECESSIDADE DE SEGURANÇA Sabe-se que o ser humano possui inúmeras necessidades, que vão desde as mais simples como se alimentar e descansar até as mais complexas como as necessidades de afeto, compreensão e até mesmo auto-realização. Disposto a desvendar e hierarquizar essas necessidades, o pesquisador norte-americano Abraham Harold Maslow desenvolveu inúmeras pesquisas até chegar a um sistema que ficou conhecido como “Teoria de Maslow”, que enumera as necessidades humanas dentro de uma pirâmide hierárquica, qualif icando-as em “primárias” e “secundárias”. Maslow nasceu em 1 de abri l de 1908, no Brooklyn, em Nova York, de uma família descendente de russos. Inicialmente Maslow estudou direito na Universidade de Nova York, mas após três semestres percebeu que sua verdadeira vocação não era jurídica, mas sim o estudo da personalidade humana, pendendo a partir daí, de forma irreversível, para a Psicologia. Por Jocemar Pereira da Silva & Plácido Ladercio Soares www.grupojocemar.com.br 3 Assim, formou-se em Psicologia em 1930, pela Universidade de Wisconsin. Em 1931 obteve seu mestrado e em 1934 obteve o grau de PhD em Psicologia pela mesma universidade. Maslow chegou a ser considerado um dos maiores estudiosos do comportamento humano de todos os tempos e, após uma longa e intensa vida acadêmica, morreu de causas naturais em 1970, na Califórnia. O grande mérito de Maslow, para os estudiosos da Segurança, de uma forma geral, foi a constatação de que ela – a segurança - é uma necessidade humana primária, posterior apenas às necessidades fisiológicas, ou animais, como alimentar-se, abrigar-se das intempéries e reproduzir-se. Abraham Maslow (1908-1970) Por Jocemar Pereira da Silva & Plácido Ladercio Soares www.grupojocemar.com.br 4 1.2 HIERARQUIA DAS NECESSIDADES HUMANAS, SEGUNDO MASLOW 1.2.1 NECESSIDADES PRIMÁRIAS As necessidades qualif icadas como primárias são aquelas sem as quais o ser humano simplesmente não consegue sobreviver e manter-se de forma estável em seu habitat. São as seguintes: 1.2.1.1 Necessidades Fisiológicas As necessidades fisiológicas, como a própria designação diz, são as necessidades do físico, ou seja, al imentar-se, repousar, abrigar- se das intempéries e reproduzir-se (instinto sexual). Até aqui não existem muitas diferenças entre o ser humano e os animais irracionais, ou seja, são necessidades capazes de garantir a sobrevivência imediata. 1.2.1.2 Necessidades de SEGURANÇA Uma vez satisfeitas as necessidades do físico, a primeira necessidade que o ser humano passa a sentir é a de segurança. No entanto, a segurança descrita aqui por Maslow é uma segurança no sentido lato, ou seja, não apenas a segurança contra a violência e a criminalidade, mas também a segurança contra qualquer ameaça ou perigo, como doenças, desemprego, situações difíceis ou simplesmente o desconhecido. Por Jocemar Pereira da Silva & Plácido Ladercio Soares www.grupojocemar.com.br 5 1.2.2 NECESSIDADES SECUNDÁRIAS As necessidades qualif icadas como secundárias são aquelas que completam e realizam o ser humano, mas não são indispensáveis à sua sobrevivência animal. São as seguintes: 1.2.2.1 Necessidades Sociais Uma vez satisfeitas as necessidades primárias, a primeira necessidade que o ser humano passa a sentir é a de relacionar-se, ter amigos, trabalhar, constituir uma família. São as chamadas necessidades sociais. 1.2.2.2 Necessidades de Estima ou Afeto A partir do momento em que o ser humano passa a viver em sociedade, uma nova necessidade se manifesta, ou seja, não basta ter uma vida social, é preciso ser estimado, admirado, amado ou reconhecido. 1.2.2.3 Necessidades de Auto-realização Finalmente – e uma vez supridas as outras necessidades – o ser humano passa a querer realizar-se como pessoa, criando, revolucionando ou simplesmente realizando seus desejos mais íntimos. No entanto, é importante observar que a segurança abordada por Maslow é uma segurança no sentido genérico, ou seja, todo e qualquer evento que possa ameaçar o ser humano. Aqui no entanto, trataremos de um segurança específica, a Segurança de Hotéis. Como a atividade hoteleira está enquadrada dentro da atividade empresarial, aplica-se a ela todos os princípios da Segurança Empresarial como um todo, apenas com as devidas áreas de concentração, que devem ser ressaltadas. Por Jocemar Pereira da Silva & Plácido Ladercio Soares www.grupojocemar.com.br 6 Algumas publ icações de Maslow, ou sobre ele. Ponte do Brooklyn, bairro de Nova York, onde Maslow nasceu, em 1908. Por Jocemar Pereira da Silva & Plácido Ladercio Soares www.grupojocemar.com.br 7 Universidade de Wisconsin, onde Maslow se formou em Psicologia e também fez Mestrado e Doutorado. Por Jocemar Pereira da Silva & Plácido Ladercio Soares www.grupojocemar.com.br 8 2 SEGURANÇA PATRIMONIAL 2.1.1 CONCEITO DE SEGURANÇA EMPRESARIAL Antes de falarmos especif icamente em Segurança Patrimonial, vamos procurar conceituar a Segurança Empresarial como um todo. Conceituar o que quer que seja é sempre uma tarefa difícil e as discordâncias são inevitáveis. No entanto, profissionais de Segurança de todo mundo, concordam que uma boa definição de Segurança Empresarial pode ser a seguinte: “Conjunto de Medidas, capazes de gerar um estado, no qual os interesses vi ta is de uma empresa, estejam l ivres de danos, inter ferências e perturbações”. O conceito acima, aparentemente simples, reveste-se, no entanto, de grande profundidade e complexidade. Vamos analisar individualmente cada uma das designações grifadas em negrito. a) Conjunto de Medidas: A segurança só é ef iciente se for sustentada sobre um conjunto de medidas, onde umas possam influenciar outras. Assim, a segurança isolada ou localizada geralmente não é eficiente. Não adianta ter uma boa segurança na portaria, por exemplo, se o sistema anti- furto simplesmente não existe. Não adianta muito ter uma vigilância de primeira qualidade se a instituição empresarial simplesmente não possui um bom sistema de prevenção e combate a incêndios. Assim, as chamas podem queimar e consumir toda a empresa, incluindo aí, muitas vezes, o próprio vigi lante. Por isso, a segurança só será eficiente se for organizada dentro de um conjunto de medidas inter- relacionadas e complementares. Por Jocemar Pereira da Silva & Plácido Ladercio Soares www.grupojocemar.com.br 9 b) Estado: Estado é diferente de situação. Enquanto a situação é sempre localizada e passageira, o estado é sempre abrangente e permanente. Assim quando uma pessoa diz que “está passando por uma situação difíci l” , ela está querendo dizer que, sobre aquele assunto específico e naquele momento as coisas não estão bem, mas que podem melhorar de uma hora para outra. Estamos assim diante de uma situação. Por outro lado, quando uma autoridade decreta um “Estado de calamidade pública”, ela está dizendo que a situação é genérica, abrangente e não tem data certa para ser alterada. Isso diferencia situaçãode estado. Assim uma empresa não deve ter situações de segurança , mas sim um estado de segurança , ou seja, a segurança deve abranger toda a empresa por todo o tempo. Só assim a segurança será eficiente e cumprirá sua função no ambiente empresarial. c) Interesses Vitais: Vital, vem de “vida”, assim, interesses vitais são todos aqueles que são indispensáveis para manter a empresa viva e em atividade. Infelizmente no meio empresarial há um conceito de segurança meramente patrimonial, com a adoção de medidas contra furtos, assaltos, incêndios e coisas do gênero mas, na maioria das vezes, não existem medidas capazes de proteger os negócios da empresa, que, em últ ima análise é o que mantém a empresa funcionando. De nada adianta manter grandes instalações, super protegidas, se a empresa simplesmente perder seu mercado, em razão de atos de espionagem e concorrência desleal. Assim a segurança dos negócios (intel igência) é tão importante quanto a segurança patrimonial (física). Por Jocemar Pereira da Silva & Plácido Ladercio Soares www.grupojocemar.com.br 10 d) Danos, Interferências e Perturbações: Finalmente, esse estado, criado por um conjunto de medidas , deve proteger os interesses vitais da organização empresarial de danos, interferências e perturbações. Os danos geralmente estão relacionados a perdas materiais, como furtos, roubos, acidentes, incêndios e outras ocorrências capazes de causar prejuízo material à empresa. As interferências, regra geral, estão relacionadas a atos de espionagem, sabotagem, furto de informações e concorrência desleal, ou seja, atos capazes de interferir nos negócios da empresa, causando- lhe prejuízos f inanceiros. As perturbações estão sempre relacionadas com aquelas situações que alteram, ameaçam ou interrompem as atividades normais da empresa, geralmente com prejuízos f inanceiros, como greves, paralisações, alcoolismo e drogas no ambiente de trabalho, entre outros eventos. Por Jocemar Pereira da Silva & Plácido Ladercio Soares www.grupojocemar.com.br 11 2.2 IMPORTÂNCIA DA SEGURANÇA Uma das grandes dif iculdades enfrentadas por Profissionais de Segurança de todo o mundo é convencer o empresário de que empregar dinheiro na Segurança da empresa, se constitui num investimento e não em um gasto. Um método que tem dado resultado é fazer um demonstrativo ao empresário, dos inúmeros benefícios que uma empresa é capaz de gerar à sociedade e, ao mesmo tempo, os inúmeros riscos a que ela está exposta. Vamos começar aqui, enumerando os benefícios. De uma forma geral, pode-se dizer que uma organização empresarial é capaz de proporcionar, entre outros, os seguintes benefícios à comunidade: a) Lucro aos acionistas ou proprietários; b) Geração de empregos diretos e indiretos; c) Desenvolvimento tecnológico d) Crescimento do comércio local, em razão do aumento do poder aquisit ivo da população. e) Aumento de agências bancárias, em razão do aumento do fluxo de dinheiro no meio circulante. f) Melhoria da infra-estrutura, como estradas, portos e aeroportos, para o escoamento da produção. g) Investimento em atividades esportivas h) Apoio a iniciativas comunitárias i) Incentivo à cultura j) Aquecimento da economia, de uma forma geral, gerando maiores e melhores perspectivas de consumo. Até aqui os benefícios. No entanto, essa organização, capaz de gerar tantos benefícios à sociedade e ao país, está, ao mesmo tempo, Por Jocemar Pereira da Silva & Plácido Ladercio Soares www.grupojocemar.com.br 12 exposta a inúmeros riscos e perigos, que se não forem previstos, evitados ou administrados com eficiência podem causar sérios prejuízos, ou até mesmo a extinção, dessas organizações. De uma forma geral, podemos dizer que uma organização empresarial está exposta, entre outros, aos seguintes riscos e perigos: a) Incêndios, capazes de causar desde riscos materiais consideráveis até a destruição completa das instalações, podendo ocorrer, ainda a perda de vidas humanas. b) Furtos, internos ou externos. c) Assaltos, que podem inclusive por em risco a vida de funcionários e dirigentes. d) Atos de espionagem e concorrência desleal, que podem por a perder, anos de trabalho e investimentos. e) Penetração não autorizada em sistemas informatizados, provocando danos ou praticando fraudes. f) Atos de terrorismo g) Sabotagem e Chantagem h) Greves violentas e paralisações provocadas intencionalmente. i) Alcoolismo e drogas no ambiente de trabalho, prejudicando a produção e ensejando a prática de crimes. j) Epidemias e contaminações coletivas k) Acidentes, explosões e desabamentos. l) Seqüestros de dirigentes da empresa. Como se pode ver, numa análise atenta de custo/benefício, é extremamente importante o investimento na segurança das atividades empresariais. A se lamentar apenas que, nem sempre, os empresários têm uma exata percepção dessa necessidade. No entanto, o que estamos falando aqui não é nenhuma novidade. Já no ano de 1916, Henri Fayol, considerado um dos pais da Por Jocemar Pereira da Silva & Plácido Ladercio Soares www.grupojocemar.com.br 13 moderna Administração, em razão de ter sido o fundador da Escola Clássica da Administração, já alertava o meio empresarial para a necessidade de se manter sistemas eficientes de segurança nas empresas. Por Jocemar Pereira da Silva & Plácido Ladercio Soares www.grupojocemar.com.br 14 2.3 A SEGURANÇA NA OBRA DE FAYOL Henri Fayol era francês, nascido em Constantinopla, então sob domínio da França, em 1841. Formou-se em engenharia de minas aos 19 anos de idade e passou a trabalhar em diversas empresas metalúrgicas e carboníferas da França. Durante seu trabalho nessas empresas, Fayol adquiriu o hábito de tomar notas de todos os detalhes que chamavam sua atenção, sempre objetivando uma melhoria da produção e da administração. Com base nessas anotações, Fayol lançou o seu l ivro “Administração Industrial e Geral”, dando início assim à Escola Clássica da Administração. Henr i Fayol (1841-1925), considerado um dos pais da moderna Administração. L iv ro “Admin is t ração Indus t r i a l e Gera l ” , pub l i cado por Fayo l em 1906 e a té ho je cons ide rado um c láss i co da Admin is t ração . Por Jocemar Pereira da Silva & Plácido Ladercio Soares www.grupojocemar.com.br 15 Constant inopla, onde Fayol nasceu em 1841. Foi numa indústr ia metalúrgica e carbonífera, como essa que Fayol in ic iou sua vida prof iss ional, como engenheiro, aos 19 anos de idade. Não vamos fazer maiores considerações sobre os detalhes das teorias de Fayol, mesmo porque esse não é o nosso objetivo aqui. Sob o ponto de vista da Segurança, é importante ressaltar que, já naquela época, Fayol considerou a at ividade de Segurança, como essencial, dentro de uma organização empresarial. Por Jocemar Pereira da Silva & Plácido Ladercio Soares www.grupojocemar.com.br 16 Segundo Fayol, um empresa tem seis funções essenciais, que são as seguintes: Funções Técnicas Produção de bens e de serviços . Funções Comerc ia is Vendas , Dis tr ibu ição e D ivu lgação. Funções F inance i ras Busca e gerênc ia de capi ta is . Funções Contábe is Dados, Esta t ís t icas e Balanços . Funções de Segurança Proteção de Bens e de Pessoas . Funções Admin is t ra t i vas Prever , organizar , coordenar e cont ro lar as a t i vidades da empresa. Por Jocemar Pereira da Silva& Plácido Ladercio Soares www.grupojocemar.com.br 17 2.4 SEGURANÇA EMPRESARIAL NO BRASIL E NO EXTERIOR Muito embora esse gênio da Administração, que foi Henri Fayol já ter previsto, a tanto tempo, a necessidade de se manter sistemas eficientes de segurança no meio empresarial, infelizmente, no Brasil, essa atividade tem sido relegada a um segundo plano pela maioria das empresas. Observe-se também que Fayol não colocou nenhuma função como dependente da outra. Assim, a atividade de Segurança, segundo Fayol, está em pé de igualdade com as demais funções dentro da empresa. No Brasil, é possível observar que as outras funções são contempladas com cargos de direção e gerência dentro das empresas, enquanto a segurança geralmente é contemplada apenas com um modesto cargo de chefia. Para confirmar isso, basta uma análise na Bolsa de Cargos e Salários do jornal de maior circulação no Brasil – Folha de São Paulo – para a confirmação do que aqui se afirma. Como se vê, as áreas Técnicas, Administrativas, Comerciais e Financeiras são contempladas com cargos de diretoria. As funções contábeis são contempladas com cargos de gerência, enquanto as funções de Segurança são contempladas apenas com um cargo de Chefia, assim mesmo dentro de apenas um dos aspectos da Segurança Empresarial (segurança patrimonial), quando se sabe que a segurança de uma empresa não se l imita apenas à proteção de seu patrimônio físico, como veremos mais adiante. Em outros países, principalmente Estados Unidos e Europa, a Segurança Empresarial é tratada da forma mais profissional possível, com a existência de cursos de graduação e pós-graduação especif icamente em Segurança Empresarial, naqueles países. Por Jocemar Pereira da Silva & Plácido Ladercio Soares www.grupojocemar.com.br 18 No Brasil, fel izmente, algumas universidades já estão começando a entrar na área de ensino da segurança empresarial. Universidades como a Fundação Álvares Penteado, de São Paulo, Universidade Estácio de Sá e Fundação Getúlio Vargas, ambas do Rio de Janeiro, já oferecem cursos de pós-graduação e MBA em algumas áreas da Segurança Empresarial. Por Jocemar Pereira da Silva & Plácido Ladercio Soares www.grupojocemar.com.br 19 2.5 PRINCÍPIOS BÁSICOS DA SEGURANÇA EMPRESARIAL Toda atividade humana, para ser bem sucedida, deve basear-se em princípios. Com a Segurança Empresarial não é diferente. Regra geral, sete são os princípios que regem as atividades de Segurança Empresarial: 2.5.1 SEGURANÇA É PREVENÇÃO A segurança é sempre preventiva. Não há que se falar em Segurança depois que os fatos aconteceram. A função principal da Segurança é prever os riscos e perigos e, assim, evitá-los. Em últ ima análise, deve estar preparada para agir imediatamente após a ocorrência dos fatos danosos. 2.5.2 PREVENÇÃO É TREINAMENTO Se Segurança é prevenção, a melhor forma de conseguí-la é através de treinamentos constantes. O treinamento gera condicionamento, que, por sua vez, aguça e desenvolve as medidas preventivas, na medida em que as pessoas se acostumam com a idéia de uma situação ideal de segurança. 2.5.3 O INVESTIMENTO EM SEGURANÇA É PROPORCIONAL AO RISCO QUE SE CORRE Um dos grandes problemas das organizações é justamente em relação aos investimentos em Segurança. A tendência geral é economizar quando as coisas estão bem e depois gastar excessivamente quando alguma coisa acontece no ambiente. O ideal é o equilíbrio. Não há porque a empresa gastar grandes somas em Segurança se os riscos não são tão grandes. Por outro lado, não deve omit ir-se quanto a essa importante área com a desculpa de Por Jocemar Pereira da Silva & Plácido Ladercio Soares www.grupojocemar.com.br 20 economizar. Uma Análise de Vulnerabil idades, feita por profissional qualif icado é que vai determinar o quanto gastar com Segurança. Qualquer coisa além disso é desperdício e qualquer coisa aquém é omissão e irresponsabil idade. 2.5.4 A SEGURANÇA NÃO DEVE IMPEDIR NEM DIFICULTAR A LIVRE MARCHA DA EMPRESA Não é preciso transformar a empresa num quartel ou delegacia de polícia para que a Segurança seja eficiente. A atividade de Segurança é uma “atividade meio”, que tem por função proteger a empresa para que ela at inja sua “atividade fim”, que é a produção, sem maiores problemas. Por isso, a Segurança deverá ser eficiente e até rígida em determinadas situações, mas nunca autoritária ou inibidora, a ponto de causar constrangimento às pessoas ou entraves no processo produtivo. 2.5.5 A SEGURANÇA SUSTENTA-SE NUMA BUROCRACIA EFICIENTE Inicialmente esse princípio pode parecer contraditório, uma vez que as atividades de Segurança sempre lembram ação e operacionalidade e não burocracia. No entanto, se essas ações e operações não forem devidamente planejadas, catalogadas, administradas e relatadas a eficiência da segurança pode ser comprometida. Manter um sistema de Administração da Segurança é de fundamental importância para a sua eficiência. Em capítulo próprio falaremos especif icamente desse tema. 2.5.6 A SEGURANÇA DEVE ESTAR INTEGRADA ÀS OUTRAS ÁREAS DA EMPRESA A Segurança não deve funcionar como uma ilha dentro da empresa, ou como um quartel ou delegacia de polícia, como já dissemos. Ela deve estar integrada às outras áreas da empresa, prestando a elas um serviço satisfatório e, em contra part ida, Por Jocemar Pereira da Silva & Plácido Ladercio Soares www.grupojocemar.com.br 21 recebendo delas apoio e cooperação. É muito importante esclarecer a todas as áreas da empresa os detalhes das atividades de Segurança, sua importância e como cada uma delas pode colaborar para que as pessoas e as instalações da empresa estejam cada vez mais protegidas. 2.5.7 A SEGURANÇA DEVE SER COMPREENDIDA, ADMITIDA E APROVADA POR TODOS. Para que a Segurança seja eficiente, ela deve ser, primeiramente, compreendida por todos, desde a alta direção até o mais humilde trabalhador. Uma vez compreendida a necessidade e as formas de atuação da Segurança, passa-se a admitir sua necessidade. E, uma vez admitida sua necessidade, ela deve ser aprovada por todos e, por via de conseqüência, todos devem colaborar com ela e respeitar suas regras. Só assim se terá uma segurança eficiente no meio empresarial. 2.5.8 SEGURANÇA TRIDIMENSIONAL Como já dissemos anteriormente, no Brasil, infelizmente, confunde-se a Segurança Empresarial com a Segurança Patrimonial, simplesmente. Quando conceituamos a Segurança Empresarial n o item 1.2., dissemos que ela tem por função proteger os “interesses vitais” da empresa, ou seja, tudo aquilo que diz respeito à vida da empresa e não apenas seu patrimônio físico. Assim, podemos dizer que a Segurança Empresarial possui três dimensões que poderíamos classif icar da seguinte forma: a) Segurança Física (Patrimonial) b) Segurança Estratégica (Inteligência) c) Segurança Especial (Complementar) Por Jocemar Pereira da Silva & Plácido Ladercio Soares www.grupojocemar.com.br 22 Uma empresa que organizar e administrar essas áreas, ainda que com algumas alterações superficiais ou pontuais, estará certamente contando com um sistema de segurança satisfatório. 2.6 SEGURANÇA TRIDIMENSIONAL A Segurança de uma empresa,possui um aspecto tr idimensional, que pode ser classif icado da seguinte forma: a) Segurança Física (Patrimonial) b) Segurança Estratégica (Inteligência) c) Segurança Especial (Complementar) A Segurança Física ou Patrimonial protege as instalações físicas ou materiais da empresa. A Segurança Estratégica ou de Inteligênciaprotege o patrimônio invisível da empresa, ou seja, seus negócios. A Segurança Especial ou Complementar protege áreas não necessariamente l igadas à Segurança, mas que podem afetá-la. Vamos enumerar aqui as principais áreas de cada um desses importantes setores: Segurança Física (Patrimonial) a) Proteção Perimetral b) Vigilância c) Sistemas de Identif icação d) Controle Interno e) Incêndios e Emergências f) Proteção Contra Furtos g) Prevenção de Assaltos h) I luminação i) Abastecimento de Energia Elétrica j) Materiais Perigosos Por Jocemar Pereira da Silva & Plácido Ladercio Soares www.grupojocemar.com.br 23 Segurança Estratégica (Inteligência) k) Contra-Espionagem l) Segurança de Dados (Informática) m) Terrorismo n) Sabotagem o) Chantagem Segurança Especial (Complementar) a) Eventos b) Greves e Paralisações c) Alcoolismo e Drogas no Ambiente de Trabalho d) Epidemias e) Segurança Pessoal, Familiar e Residência f) Sequestros Aqui trataremos especif icamente da Segurança Física ou Patrimonial, ou seja, da proteção do patrimônio físico da empresa. Por Jocemar Pereira da Silva & Plácido Ladercio Soares www.grupojocemar.com.br 24 3 PROTEÇÃO PERIMETRAL 3.1 A PROTEÇÃO DO PATRIMÔNIO FÍSICO A primeira providência a ser adotada pela empresa, na organização de um bom sistema de Segurança Patrimonial, é proteger suas instalações de violações ou acessos não autorizados, o que deve ser feito através de um eficiente sistema de Proteção Perimetral, que nada mais é do que o cercado colocado em torno das instalações do estabelecimento. A Proteção Perimetral tem por função proteger o local contra acessos não autorizados, obrigando dirigentes, funcionários, visitantes e fornecedores a entrarem na empresa por locais determinados para cada um. A Proteção Perimetral deve ser forte e resistente o suficiente para impedir ou dif icultar sua violação por vândalos ou delinqüentes e impedir acessos não autorizados. 3.2 TIPOS DE CERCADO De uma forma geral, são uti l izados numa Proteção Perimetral um dos seguintes materiais: a) Muros b) Alambrados c) Grades d) Estrutura de madeira e) Estacas de concreto f) Cercas de arame farpado Por Jocemar Pereira da Silva & Plácido Ladercio Soares www.grupojocemar.com.br 25 Os materiais mais uti l izados em Proteção Perimetral são o muro, a grade e o alambrado. Vamos conhecer as vantagens e desvantagens de cada um. M ATERI AL V ANT AGENS DESVANT AG ENS Muros Res is tênc ia D i f íc i l V io lação Al to Custo Nenhuma vis ib i l idade in terna ou externa Grades Res is tênc ia V is ib i l idade in terna e ex terna D i f íc i l V io lação Al to Custo Alambrados Ba ixo Custo Fác i l Ins ta lação V is ib i l idade in terna e ex terna Pouca Resistênc ia Fác i l V io lação Normalmente, nas empresas é comum a uti l ização do alambrado, por sua praticidade e baixo custo. Outra vantagem do alambrado, é que ele permite que o pessoal da segurança veja o que se passa do lado de fora da empresa, podendo identif icar, assim, possíveis suspeitos nas redondezas ou mesmo prever e antecipar-se a alguma ameaça ou atentado. O cercado deve ser alto o suficiente para impedir sua transposição por pessoas estranhas. Recomenda-se a altura mínima de 3,00 metros, podendo chegar até 5,00 metros. No topo do cercado deve ser colocada uma rede de proteção, que pode ser de arame farpado ou qualquer outro material que cumpra a mesma função. Por Jocemar Pereira da Silva & Plácido Ladercio Soares www.grupojocemar.com.br 26 Empresa protegida com muro Empresa protegida com grades Empresa protegida com alambrado Tipos de mater ia is que podem ser colocados no topo do cercado Por Jocemar Pereira da Silva & Plácido Ladercio Soares www.grupojocemar.com.br 27 3.3 ZONA LIVRE INTERNA E EXTERNA É importante observar a Zona Livre Interna e a Zona Livre Externa. A primeira é o espaço existente entre o cercado e as instalações da empresa e o segundo é o espaço existente entre o cercado e a via pública. No primeiro caso, a metragem ideal a ser observada é em torno de 15 metros e no segundo, algo em torno de 4 a 5 metros. Essas medidas são necessárias para manter um espaço vazio entre o cercado e a via pública e entre o cercado e as instalações da empresa, obrigando assim um eventual invasor a ter que se expor em campo aberto, o que chamaria a atenção do pessoal de segurança. Observe-se, no entanto, que nem sempre isso é possível, principalmente para empresas que já estão construídas e em atividade, mas é uma regra fundamental a ser seguida para futuras edif icações. 3.4 CONDIÇÕES DO TERRENO O terreno deve ser preferencialmente plano, evitando buracos, morros ou acidentes geográficos capazes de ocultar um invasor, principalmente no período noturno. Caso o terreno em torno da empresa seja muito acidentado, é necessário providenciar uma terraplanagem. O ideal é que o terreno seja cimentado ou coberto de grama. 3.5 ÁRVORES E VEGETAÇÕES Evite tanto quanto possível a existência de árvores ou vegetações nas proximidades da proteção perimetral. Pode ser bonito, mas também contribui para ocultar invasores, bombas, aparelhos de escuta ou outras ameaças à empresa. Por Jocemar Pereira da Silva & Plácido Ladercio Soares www.grupojocemar.com.br 28 No entanto, é necessário tomar muito cuidado com essas questões, para que não ocorra uma violação da lei ambiental. Assim, antes de cortar árvores ou vegetações existentes na empresa, é necessário consultar os órgãos de fiscalização ambiental para verif icar se isso é possível sob o ponto de vista legal. 3.6 ALARMES E DETECTORES Além da uti l ização dos materiais e métodos adequados, é importante instalar também alguns equipamentos eletrônicos, capazes de denunciar a presença de invasores nas proximidades da proteção perimetral. Existe no mercado um grande número desses produtos, cabendo à empresa escolher os modelos que mais se adaptam à sua realidade, observando sempre os parâmetros de qualidade, funcionalidade e custos. Existem basicamente dois t ipos de equipamentos que cumprem essa finalidade: a) Sistemas eletrônicos de detecção de invasão; b) Sistemas eletrônicos de detecção periférica Alguns equipamentos de detecção per i fér ica e de invasão Por Jocemar Pereira da Silva & Plácido Ladercio Soares www.grupojocemar.com.br 29 3.7 INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO É necessário também fazer constantes inspeções em toda a extensão da proteção perimetral, para verif icar possíveis rachaduras no terreno, processos de erosão ou tentativas de violação. Essa inspeção deve ser feita pelo menos uma vez por mês. Também é importante testar o funcionamento dos equipamentos de segurança instalados ao longo da proteção perimetral, para verif icar se estão funcionando regularmente, evitando assim que eles venham a falhar diante de uma situação real de risco ou perigo. Para mais informações sobre equipamentos de Segurança Perimetral “click aqui” e veja matéria elaborada pela empresa SPEEDRITE. Por Jocemar Pereira da Silva & Plácido Ladercio Soares www.grupojocemar.com.br 30 4 SERVIÇOS DE VIGILÂNCIA 4.1 VIGILÂNCIA PRÓPRIA OU TERCEIRIZADA A vigilância é de fundamentalimportância para a segurança patrimonial da empresa. Enquanto a Proteção Perimetral trata-se de uma segurança estática, constituída por barreiras, a Vigilância é a segurança dinâmica, desenvolvida pelo elemento humano. Em empresas de grande porte, é recomendável o s is tema de patrulhamento interno e per imetral . A primeira providência a ser tomada pela empresa é optar pela vigilância própria ou por serviços terceirizados. O primeiro caso só é recomendável para grandes corporações, em razão das muitas exigências legais para conseguir uma autorização de funcionamento de um sistema próprio de vigi lância armada, além de custos muito elevados. Por Jocemar Pereira da Silva & Plácido Ladercio Soares www.grupojocemar.com.br 31 As exigências são praticamente as mesmas para a constituição de uma empresa de vigi lância, daí a dif iculdade em se conseguir esse t ipo de autorização para as empresas de menor porte. Assim, o mais recomendável é a contratação de serviços terceirizados de vigi lância, principalmente da vigi lância armada. A maioria das empresas adota um sistema misto, ou seja, a vigi lância armada fica a cargo de empresas terceirizadas, enquanto os serviços de portaria e vigi lância desarmada fica a cargo da própria empresa. Por Jocemar Pereira da Silva & Plácido Ladercio Soares www.grupojocemar.com.br 32 4.2 SELEÇÃO E TREINAMENTO DO PESSOAL DE SEGURANÇA Para o caso da empresa resolver manter seu próprio pessoal de segurança, recomenda-se que a seleção dos funcionários seja rigorosa, tanto sob o aspecto técnico como de honestidade pessoal, uma vez que, pessoas tecnicamente despreparadas podem provocar acidentes, desastres ou danos ao ambiente empresarial. Por outro lado, pessoas desonestas podem praticar diversos atos i lícitos na empresa ou mesmo fornecer informações a criminosos, para que possam, posteriormente, agir contra o patrimônio da empresa, ou mesmo contra dirigentes e funcionários. Por isso, é importante dar atenção especial ao pessoal que irá trabalhar na segurança da empresa. O ideal é recrutar pessoas com experiência mil i tar ou policial, ou ainda que já tenham freqüentado cursos de vigi lância em estabelecimentos de ensino credenciados pelo Ministério da Justiça. 4.2.1 IMPORTÂNCIA DE UMA BOA SELEÇÃO A eficiência profissional e a idoneidade moral dos funcionários da empresa são de fundamental importância para a segurança do estabelecimento, uma vez que a prestação de serviços de má qualidade ou a prática de atos i lícitos por parte dos funcionários, pode comprometer a imagem da empresa, além de causar prejuízos de toda ordem. Daí a importância de serem bem selecionados e treinados. 4.2.2 PROCESSO SELETIVO Além das habil idades específicas para as funções de segurança, a empresa deve fazer as seguintes averiguações, antes de efetivar a contratação do funcionário: Por Jocemar Pereira da Silva & Plácido Ladercio Soares www.grupojocemar.com.br 33 a) Verif ique empregos anteriores. Procure conversar com antigos patrões e empregadores, no sentido de obter, principalmente, informações sobre comportamento pessoal, honestidade e integridade moral do funcionário. b) Faça uma investigação social sobre a vida pessoal do funcionário, tomando cuidado apenas para não cometer invasão de privacidade ou qualquer outra atitude constrangedora ou i legal. Procure saber, principalmente, como é sua vida social e famil iar. c) Faça uma checagem de antecedentes criminais, procurando verif icar se o funcionário não possui envolvimento ou vínculos com o mundo do crime. Com relação aos antecedentes criminais, é importante ressaltar que o cometimento de crimes do tipo que qualquer pessoa está exposta a cometer, como atropelamentos, lesões corporais em razão de brigas e discussões ou outros delitos mais leves não devem ser empecilhos para sua contratação. É perfeitamente possível que uma pessoa que tenha passado por essas experiências seja uma pessoa íntegra e honesta. O que se deve observar é se o funcionário já praticou crimes graves, se tem tendências a praticar crimes contra a empresa ou capazes de comprometer a imagem da organização. Em casos como esses a não contratação é recomendada. d) Faça também uma avaliação psicológica, principalmente para aferir o nível de sanidade mental do funcionário. Pessoas desequil ibradas ou emocionalmente instáveis podem provocar desde situações constrangedoras até verdadeiras catástrofes no ambiente empresarial. 4.2.3 ACOMPANHAMENTO Exija lealdade e bons serviços por parte de seus funcionários, mas, por outro lado, dispense a eles um tratamento cordial e respeitoso. Por Jocemar Pereira da Silva & Plácido Ladercio Soares www.grupojocemar.com.br 34 Para evitar constantes admissões e demissões, procure pagar- lhes um salário atraente e oferecer-lhes vantagens adicionais, capazes de mantê-los no emprego. Não são raros os casos de envolvimento de funcionários da empresa em atividades criminosas, seja praticando-as diretamente, seja fornecendo informações a criminosos, para que possam agir contra o estabelecimento empresarial. Por isso, a empresa também deve se prevenir contra ações dessa natureza, adotando o seguinte comportamento: a) Observe eventuais mudanças de comportamento dos funcionários, procurando investigar, sigi losamente, quais as razões dessas mudanças; b) Evite que funcionários recebam muitos visitantes na empresa durante o horário de trabalho. Além de restritas, as visitas devem ocorrer em locais apropriados, como uma sala de visitas, por exemplo. Não se deve permitir a l ivre circulação de amigos e parentes dos funcionários nas dependências da empresa; c) Mantenha um arquivo de ex-funcionários. Diante de alguma suspeita ou ameaça, verif ique a possibil idade de envolvimento de alguns deles; e d) Caso não mereçam mais sua confiança, devem ser demitidos. No entanto, pague a eles todos os valores a que têm direito. A melhor maneira de evitar problemas com funcionários, mantendo-os sempre leais e motivados para o trabalho é desenvolver constantemente treinamentos, palestras e debates, procurando fazer com que se sintam responsáveis e importantes para a vida da empresa. Por Jocemar Pereira da Silva & Plácido Ladercio Soares www.grupojocemar.com.br 35 4.2.4 TREINAMENTO Todos os funcionários devem ser orientados a informar ao responsável pela segurança, qualquer atitude suspeita ou acontecimentos estranhos que constatarem no exercício de suas funções. Instrua-os para que, caso venham a se deparar com cenas de crimes, como arrombamentos, explosões, depredações ou cadáveres, não devem tocar em nada e, sim, chamar imediatamente o responsável pela segurança. É importante também ministrar a eles treinamentos específicos na área de segurança, com a contratação de profissionais capacitados e idôneos para desenvolver esse tipo de trabalho. Existem no Brasil diversas empresas especializadas em treinamento de vigi lantes e de pessoal de segurança, de uma forma geral. É necessário, no entanto, verif icar se a empresa está autorizada a funcionar pelo Poder Público e se seus serviços são satisfatórios. Todo funcionário da empresa deve ser treinado em questões de Segurança, em especial sobre os seguintes aspectos: a) Como se comportar e agir diante de situações de incêndio, pânico ou catástrofe. b) Reconhecer e identif icar atitudes suspeitas de pessoas no interior da empresa. c) Não tocar em objetos ou artefatos suspeitos, como bombas, explosivosou equipamentos eletrônicos. Em situações como essas o responsável pela segurança deve ser acionado. d) Conhecer o funcionamento do sistema de segurança da empresa, para colaborar com sua eficiência e não atrapalhá- lo ou obstruí-lo. Por Jocemar Pereira da Silva & Plácido Ladercio Soares www.grupojocemar.com.br 36 Todo funcionár io deve ser treinado em si tuações de emergência e combate a incêndios Por Jocemar Pereira da Silva & Plácido Ladercio Soares www.grupojocemar.com.br 37 4.3 CONTRATAÇÃO DE EMPRESAS DE VIGILÂNCIA A contratação de serviços terceirizados de vigi lância exige, no entanto, alguns cuidados por parte da empresa. Procure fazer uma pesquisa de mercado para verif icar a idoneidade da empresa que pretende contratar. Converse com clientes atuais da empresa de vigi lância que pretenda contratar e procure verif icar critérios como qualidade, eficiência, honestidade e custos. Procure averiguar também a qualidade técnica de seus vigi lantes, procurando saber onde foram treinados e se são reciclados periodicamente, como manda a lei. Com relação à contratação de empresas de vigi lância, transcrevemos a seguir, as recomendações da FENAVIST – Federação Nacional das Empresas de Segurança e Transporte de Valores: (Clique aqui para ver o “Guia do Contratante”) Também com o objetivo de orientar o tomador de serviços na área de Segurança e Vigilância, Delegacia Regional do Ministério do Trabalho em Minas Gerais elaborou um Manual, cujo teor transcrevemos aqui, na íntegra (Clique aqui para ver o Manual) Por Jocemar Pereira da Silva & Plácido Ladercio Soares www.grupojocemar.com.br 38 5 ORGANIZAÇÃO DA SEGURANÇA 5.1 IMPORTÂNCIA DA SEGURANÇA Para que a empresa venha a ter uma segurança efetiva e satisfatória é necessário eliminar todo empirismo e improvisação. Como já vimos inicialmente, a atividade de segurança tem o mesmo grau de importância, dentro da empresa, do que as demais atividades, como Produção, Marketing, Contabil idade, Finanças e Administração. Assim, é importante que a empresa dispense à área de Segurança os mesmos cuidados que dispensa a outras áreas. E o primeiro passo para isso é criar uma Gerência ou Diretoria de Segurança, colocando como responsável por ela um profissional qualif icado e habil itado. Nos países desenvolvidos, a Segurança desempenha um papel da maior importância na vida das organizações empresar ia is . Por Jocemar Pereira da Silva & Plácido Ladercio Soares www.grupojocemar.com.br 39 5.2 CENTRAL DE SEGURANÇA É necessário também que a empresa organize e mantenha uma Central de Segurança, ou seja, um local onde devem estar centralizados todos os serviços de Segurança. Essa central deverá ser dir igida pelo Gerente de Segurança, e deve possuir os seguintes recursos: a) Monitoramento eletrônico de todas as áreas e dependências da empresa, através de alarmes, sensores e circuito fechado de TV. b) Controle das tubulações de água, ar condicionado, centrais de energia elétrica e elevadores. c) Controle do som ambiente com canal exclusivo de penetração, para avisos sobre incêndios, emergências e situações de crimes ou violências. d) Central de Alarmes de furtos, assaltos, incêndios e outras emergências. e) Central de radiocomunicação, envolvendo o pessoal de Segurança e todas as áreas da empresa. f) Linhas exclusivas de telefone, independentes da central telefônica e de telefonistas. g) Burocracia interna da Gerência de Segurança. Central de Segurança Por Jocemar Pereira da Silva & Plácido Ladercio Soares www.grupojocemar.com.br 40 5.3 PESSOAL DE SEGURANÇA E para que todo esse sistema de segurança funcione adequadamente, cumprindo assim sua função, que é proporcionar segurança ao ambiente empresarial, é necessário organizar adequadamente a equipe que irá operá-lo. O tamanho e complexidade da equipe de segurança vão depender diretamente do porte da empresa. No entanto, o ideal é que seja constituída da seguinte forma: a) Presidente ou Diretor Geral: é o responsável direto pelo comando da empresa. A ele está subordinada a Gerência ou Diretoria de Segurança. b) Gerente ou Diretor de Segurança: é o responsável absoluto por toda a área de Segurança dentro da empresa. Reporta-se apenas à Presidência ou à Direção Geral. c) Supervisor de Segurança: é o responsável pelos turnos de trabalho na área de Segurança, que deve ser desenvolvida durante as 24 horas do dia. d) Vigilante: Trabalha nos mais variados ambientes, como recepção, garagem, corredores e outras instalações da empresa. e) Pessoal de Apoio: composto por técnicos e engenheiros, capazes de agir em situações como quedas de energia elétrica, falhas nos sistemas de comunicação, danif icação de equipamentos de segurança, ou qualquer outra missão técnica que lhes seja solicitada pelo Gerente de Segurança. f) Pessoal de Emergência: composto por médicos, socorristas, bombeiros, e outros profissionais, capazes de atender prontamente a situação como acidentes, incêndios, desabamentos e outras situações de crise ou emergência; Por Jocemar Pereira da Silva & Plácido Ladercio Soares www.grupojocemar.com.br 41 6 IDENTIFICAÇÃO E CONTROLE INTERNO 6.1 SISTEMAS DE IDENTIFICAÇÃO A portaria ou recepção da empresa é de vital importância para a segurança, uma vez que é por ela que entram e saem dirigentes, funcionários, visitantes e fornecedores. Também é por ela que tentam passar ladrões, assaltantes, seqüestradores, terroristas, espiões e outros t ipos de criminosos. Daí a importância em treinar adequadamente os funcionários que nela trabalham. É importante que existam funcionários da Segurança apoiando os porteiros e recepcionistas, sempre atentos a qualquer anormalidade. Além do apoio humano, é necessário que o local seja monitorado com câmeras de circuito interno de TV, controladas diretamente pela central de segurança. O pessoal da Segurança, em serviço na recepção deve estar munido de equipamentos de comunicação, capazes de mantê-los em contato permanente com a central de segurança. O ingresso de qualquer pessoa, no interior da empresa, só deve ser permitido dentro de um processo de identif icação e controle de acesso eficiente. O sistema mais prático e simples de identif icação é através de crachás. Por isso, adote um sistema específico para cada tipo de pessoa, como dirigentes, funcionários, estagiários fornecedores, serviços terceirizados e visitantes, entre outros. Existem no mercado diversas empresas especializadas em criar sistemas de identif icação, cabendo à empresa escolher o sistema que melhor se adapte à sua situação particular. Por Jocemar Pereira da Silva & Plácido Ladercio Soares www.grupojocemar.com.br 42 Crachás Os funcionários de empresas de serviços terceirizados, como empreiteiras, manutenção, jardinagem e outros, devem receber crachás para circularem apenas nas áreas onde prestarão seus serviços, devendo ser vedado seu acesso a outras áreas. Alguns modelos de catracas, que podem ser ut i l izados no controle de acesso de funcionários, v is i tantes e fornecedores. Por Jocemar Pereira da Silva & Plácido Ladercio Soares www.grupojocemar.com.br 43 6.2 ENTRADA E SAÍDA DE FUNCIONÁRIOS Para o público interno é recomendável crachás com fotos e códigos de barras. Já para o públicoexterno, o recomendável é o sistema que fotografa automaticamente o visitante, guardando a foto e seus dados em arquivo no computador. Essas informações poderão ser úteis, posteriormente, em casos de furtos, assaltos e seqüestros, ou mesmo para comprovar a presença ou não de determinada pessoa na empresa, em determinado dia e horário. Os funcionários de empresas de serviços terceirizados devem receber crachás para circularem apenas nas áreas onde prestam seus serviços, devendo ser vedado seu acesso a outras áreas. Crachás com múlt ip las funções são os mais indicados para o contro le de acesso de funcionários. Por Jocemar Pereira da Silva & Plácido Ladercio Soares www.grupojocemar.com.br 44 6.3 ENTRADA E SAÍDA DE VISITANTES Todo visitante deverá ser cadastrado na recepção, com os seguintes dados, que deverão ficar arquivados: a) Nome completo do visitante; b) Endereço; c) Número do Documento de Identidade; d) Nome da pessoa ou setor que veio visitar; e) Assunto ou motivo da visita; Horário de entrada; e f) Horário de saída. 6.4 ENTRADA E SAÍDA DE FORNECEDORES Adote um sistema semelhante para fornecedores e prestadores de serviço. Os crachás fornecidos a visitantes e fornecedores devem possuir informações sobre o local exato onde devem ir ou circular, através de cores, por exemplo. Assim o pessoal da Segurança poderá observar pessoas circulando em locais não autorizados, possibil i tando assim a identif icação de possíveis suspeitos. Os veículos de visitantes e fornecedores, também, devem ser cadastrados com todas as informações já mencionadas, acrescidas com os seguintes dados: marca e t ipo do veículo, cor, modelo e nº da placa. Com relação aos fornecedores e visitantes mais freqüentes, é necessário tomar todo o cuidado possível para evitar a rotina. Na maioria das vezes, quando uma pessoa, ou representante de alguma empresa, se tornam freqüentes no ambiente empresarial, é comum a segurança relaxar, não fazendo os registros necessários. Não raro ocorrem casos de amizade entre os funcionários da segurança e tais pessoas. Por isso, é muito importante treinar o pessoal da Segurança para evitar esse tipo de comportamento. Já houve casos em que criminosos Por Jocemar Pereira da Silva & Plácido Ladercio Soares www.grupojocemar.com.br 45 se disfarçaram de prestadores de serviço para ingressar em empresas e cometer crimes. Assim, quando alguém se apresentar na portaria como fornecedor ou prestador de serviço, o porteiro deve tomar as seguintes providências: a) Pedir a apresentação da Ordem de Serviço ou Nota Fiscal. b) Telefonar para a empresa, pedindo confirmação do serviço ou fornecimento. c) Comunicar à direção da empresa sobre a presença do funcionário e pedir autorização para entrada. 6.5 SEGURANÇA DOS ESTACIONAMENTOS Os estacionamentos também devem contar com sistemas de segurança, envolvendo a presença física de vigi lantes, instalação de circuito fechado de TV, sistemas de controle de acesso e boa i luminação no período noturno. Procure manter estacionamentos específicos para funcionários, visitantes e fornecedores. Os critérios de admissão aos estacionamentos por parte de visitantes e fornecedores, devem obedecer aos mesmos critérios adotados para o ingresso de pessoas, já mencionados anteriormente. Providencie credenciais ou autorizações para os veículos dos funcionários, capazes de identif icá-los junto aos vigilantes. De preferência uti l ize sistemas de controle, através de cartões magnéticos específicos. Os estacionamentos também devem contar com serviços de segurança ef ic ientes Por Jocemar Pereira da Silva & Plácido Ladercio Soares www.grupojocemar.com.br 46 6.6 SEGURANÇA DE ÁREAS RESTRITAS Para áreas restritas como diretoria, laboratórios, centros de pesquisa, tesouraria, áreas de risco, depósitos, almoxarifados, entre outros, deve-se criar um sistema complementar de identif icação, como digitação de códigos, leitura de mãos ou de íris ou qualquer outro sistema igualmente eficiente. Por ocasião da demissão de algum dirigente ou funcionário, é necessário recolher seu crachá, chaves e outros objetos da empresa, que estejam em seu poder. Se a pessoa demitida t iver acesso a áreas restritas, deve-se providenciar uma alteração nos códigos ou senhas. Equipamentos de le i tura biométr ica, catracas codif icadas e le i tura de ír is são ideais para o controle de acesso em áreas restr i tas ou de al ta segurança. 6.7 MAPA DE CONTROLE Procure fazer um mapa das atividades internas da empresa e mantenha-o em arquivo. Nunca se sabe quando será necessário consultar dados e eventos ocorridos no passado. O ideal é desenvolver um programa de computador, capaz de armazenar todos os dados sobre entradas e saídas de funcionários, visitantes e fornecedores. Por Jocemar Pereira da Silva & Plácido Ladercio Soares www.grupojocemar.com.br 47 7 INCÊNDIOS E EMERGÊNCIAS 7.1 O RISCO DE INCÊNDIOS EM EMPRESAS Um incêndio na empresa pode provocar uma verdadeira catástrofe, que pode ir desde danos materiais consideráveis, passando pela perda completa das instalações, podendo causar ainda a perda de vidas humanas. Por isso, a empresa deve tomar todas as medidas no sentido de evitar um incêndio e, também, de controlá-lo, caso ele venha a ocorrer, apesar de todas as precauções. Um incêndio na empresa pode ter conseqüências catastróf icas Incêndio em prédio comercia l em Madr i , em 14 de fevereiro de 2005 Por Jocemar Pereira da Silva & Plácido Ladercio Soares www.grupojocemar.com.br 48 7.1.1 PROJETO DE PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS Comece providenciando um projeto de prevenção de incêndio específico para a empresa, que deverá ser elaborado e assinado por um Engenheiro de Segurança especializado. Existe no mercado um grande número de profissionais habil i tados para a elaboração desse tipo de Projeto. Antes de contratá- los, no entanto, procure saber mais sobre suas habil idades e legalidade de suas atividades. 7.1.2 AS PRINCIPAIS CAUSAS DE INCÊNDIOS EM EMPRESAS O risco da ocorrência de incêndios numa empresa, vai depender diretamente da quantidade de fontes de possíveis ignições e carga de elementos combustíveis que se encontram num determinado local, além, é claro, dos riscos e possibil idades dessa ignição ocorrer, seja acidentalmente, seja através da ação humana. É importante manter extintores de incêndio em todos os andares e instalações da empresa. Todos os dirigentes e funcionários devem receber treinamento sobre como manusear corretamente, e com eficiência, um extintor de incêndio. Observe também o prazo de validade dos extintores. Providencie para que eles sejam recarregados quando estiverem próximos do vencimento da validade. A manutenção constante dos ext intores de incêndio é de vi tal importância para a segurança do hotel Por Jocemar Pereira da Silva & Plácido Ladercio Soares www.grupojocemar.com.br 49 7.2 TEORIA DO FOGO E DA COMBUSTÃO Combustão é uma reação química de oxidação, auto- sustentável, com liberação de luz, calor, fumaça e gases. Para que isso ocorra é necessária a união de quatro elementos essenciais do fogo, que são: a) CALOR – Forma de energia que eleva a temperatura. Gerada da transformação de outra energia, através de processo físico ou químico. b) COMBUSTIVEL – É toda a substancia capaz de queimar e alimentar a combustão. Elemento que serve de campo de propagação ao fogo. Os combustíveispodem ser, sólidos, l íquidos ou gasosos. c) COMBURENTE – É o elemento que possibil i ta vida as chamas, e intensif ica a combustão. O mais comum é que o oxigênio desempenhe este papel, porem não é o único, existindo outros gases. d) REAÇÃO EM CADEIA – É a queima auto-sustentável. É a união dos três itens acima descritos, gerando uma reação química. Quando o calor irradiado das chamas atinge o combustível e este é decomposto em partículas menores, que se combinam com o comburente e queimam, irradiando outra vez calor para o combustível, formando um ciclo constante. Por Jocemar Pereira da Silva & Plácido Ladercio Soares www.grupojocemar.com.br 50 Extinção: É o resultado da retirada de um ou mais dos componentes acima citados. 7.2.1 FORMAS DE COMBUSTÃO a) Combustão Completa - É aquela em que a queima produz calor e chamas e se processa em ambiente rico em comburente. b) Combustão Incompleta - É aquela em que a queima produz calor e pouca ou nenhuma chama e se processa em ambiente pobre em comburente. c) Combustão Espontânea - É aquela gerada de maneira natural, podendo ser pela ação de bactérias que fermentam materiais orgânicos, produzindo calor e l iberando gases, alguns materiais entram em combustão sem fonte externa de calor, ocorre também na mistura de determinadas substancias químicas, quando a combinação gera calor e l ibera gases. d) Explosão - É a queima de gases ou partículas sólidas em altíssima velocidade, em locais confinados. 7.2.2 FORMAS DE PROPAGAÇÃO O calor pode-se propagar de três diferentes maneiras: Condução, Convecção e Irradiação. Como tudo na natureza tende ao equilíbrio, o calor é transferido de objeto com temperatura mais alta para aqueles com temperatura mais baixa. O mais fr io de dois objetos absorvera calor até que esteja com a mesma quantidade de energia do outro. a) Condução – É a transferência de calor através de um corpo sólido de molécula a molécula. Quando dois ou mais corpos estão em contato, o calor é conduzindo através deles como se fosse um só corpo. Por Jocemar Pereira da Silva & Plácido Ladercio Soares www.grupojocemar.com.br 51 b) Convecção – É a transferência de calor pelo próprio movimento ascendente de massas de gases ou líquido. c) Irradiação – É a transmissão de calor por ondas de energia caloríf icas que se deslocam através do espaço. 7.2.3 CLASSIFICAÇÃO DOS INCÊNDIOS 7.2.3.1 INCÊNDIO é combustão sem controle. Essa Classif icação foi elaborada pela NFPA - Associação Nacional de Proteção a Incêndios/EUA, e adotada pelas: IFSTA - Associação Internacional para o Treinamento de Bombeiros/EUA, ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas/BR e Corpos de Bombeiros/BR. Os incêndios são classif icados de acordo com os materiais neles envolvidos, bem como a situação em que se encontram. Essa classif icação determina a necessidade do agente extintor adequado. a) CLASSE “A” - Combustíveis sólidos, ex. madeiras, papel, tecido, borracha, etc., caracterizado pelas cinzas e brasas que deixam como resíduos, sendo que a queima se da na superfície e em profundidade. b) CLASSE “B” - Líquidos inflamáveis, graxas e gases combustíveis, caracterizados por não deixar resíduos e queimar apenas na superfície exposta. c) CLASSE “C”- o Material e equipamentos energizados, caracterizado pelo risco de vida que oferece. d) CLASSE “D” - o Metais combustíveis, ex. magnésio, selênio, antimônio, lít io, potássio, alumínio fragmentado, zinco, t i tânio, sódio e zircônio, caracterizado pela queima em altas temperaturas e por reagir com agentes extintores comuns principalmente se contem água. Por Jocemar Pereira da Silva & Plácido Ladercio Soares www.grupojocemar.com.br 52 7.2.4 METÓDOS DE EXTINÇÃO a) Retirada do material combustível, é o método mais simples de se extinguir um incêndio, baseia-se na retirada do material combustível, ainda não atingido, da área de propagação do fogo. b) Resfriamento é o método mais ut i l izado, consiste em diminuir a temperatura do material combustível que esta queimando, diminuindo, conseqüentemente, a l iberação de gases ou vapores inflamáveis. c) Abafamento consiste em impedir ou diminuir o contato do comburente com o material combustível. d) Extinção química consiste na uti l ização de certos componentes químicos, que lançados sobre o fogo, interrompem a reação em cadeia. 7.2.5 AGENTES EXTINTORES a) Água Uti l izado nos incêndios de classe: A b) Espuma Uti l izado nos incêndios de classe: A e B c) Gás Carbônico (CO2) Uti l izado nos incêndios de classe: A, B e C d) Pó Químico seco Uti l izado nos incêndios de classe: B e C (na classe D é uti l izado pó químico especial) e) Gases Nobres l impos Uti l izado nos incêndios de classe: A, B e C Por Jocemar Pereira da Silva & Plácido Ladercio Soares www.grupojocemar.com.br 53 7.2.6 EXTINTORES 7.2.6.1 EXTINTOR DE ÁGUA PRESSURIZADO Este é o extintor mais indicado para o combate a príncipio de incêndio em materiais da classe “A” (sólidos); não deverá ser usado em hipótese alguma em materiais da classe “C” (elétricos energizados), pois a água é excelente condutor de eletricidade, o que acarretará no aumento do fogo; devem-se evitar também seu uso em produtos da classe “D” (materiais pirofóricos), como o magnésio, pó de alumínio e o carbonato de potássio, pois em contato com a água eles reagem de forma violenta. A água agirá por resfriamento e abafamento. Procedimentos para uso: - retirar o pino de segurança; - empunhar a mangueira e o gati lho; e - apertar o gati lho e dirigir o jato para a base do fogo. 7.2.6.2 EXTINTOR DE ÁGUA PRESSURIZÁVEL (PRESSÃO INJETADA) Seu uso é equivalente ao de água pressurizada, diferindo-se apenas externamente pelo pequeno cil indro contendo gás propelente, cuja válvula deve ser aberta no ato de sua uti l ização, a f im de pressurizar o ambiente interno do extintor, permitindo o seu funcionamento. O agente propulsor (propulente) é o gás carbônico (CO2). Procedimentos de uso: - abrir a válvula do cil indro de gás; - empunhar a mangueira e o gati lho; e - apertar o gati lho e dirigir o jato para a base do fogo. Por Jocemar Pereira da Silva & Plácido Ladercio Soares www.grupojocemar.com.br 54 7.2.6.3 EXTINTOR DE PÓ QUÍMICO SECO (PQS) É o mais indicado para ação em materiais da classe “B” (líquidos inflamáveis), mas também pode ser usado em materiais classe “A” e em últ imo caso, na classe “C”. Age por abafamento, isolando o oxígênio e l iberando gás carbônico assim que entra em contato com o fogo. Procedimentos para uso: - retirar o pino de segurança; - empunhar a pistola difusora; e - atacar o fogo acionando o gati lho. 7.2.6.4 EXTINTOR DE PQS COM PRESSÃO INJETÁVEL As mesmas características do PQS pressurizado, mas mantendo externamente uma ampola de gás para a pressurização no instante do uso. Procedimentos para uso: - abrir a ampola de gás; - empunhar a pistola difusora; e - apertar o gati lho e dirigir a nuvem de pó para a base do fogo. 7.2.6.5 EXTINTOR DE ESPUMA MECÂNICA PRESSURIZADO A espuma é gerada pelo batimento da água com o líquido gerador de espuma e ar (a mistura da água e do líquido gerador de espuma está sob pressão, sendo expelida ao acionamento do gati lho, juntando-se então ao arrastamento do ar atmosférico em sua passagem pelo esguicho). Será usado em princípios de incêndio das classes “A” e “B”. Procedimentos de uso: Por Jocemar Pereira da Silva & Plácido Ladercio Soares www.grupojocemar.com.br55 - retirar o pino de segurança; - empunhar o gati lho e o esguicho; e - apertar o gati lho, lançando a espuma contra o fogo. 7.2.6.6 EXTINTOR DE ESPUMA MECÂNICA COM PRESSÃO INJETADA As mesmas características do pressurizado, mas mantendo a ampola externa para a pressurização no instante do uso. Procedimentos para uso: - abrir a válvula do cil indro de gás; - retirar o pino de segurança; - empunhar o gati lho e o esguicho; e - apertar o gati lho, lançando a espuma contra o fogo. 7.2.6.7 EXTINTOR DE ESPUMA QUÍMICA Embora esteja em desuso no mercado, ainda é possível encontrá-lo em edif icações. Seu funcionamento é possível devido a colocação do mesmo de “cabeça para baixo”, formando a reação de soluções aquosas de sulfato de alumínio e bicarbonato de sódio. Depois de iniciado o funcionamento, não é possível a interrupção da descarga. Deve ser usado em princípios de incêndio das classes “A” e “B”. Procedimentos para uso: - não deitar ou virar o extintor antes de chegar ao local do fogo; - no local, inverter a posição do cil indro; e - lançar a espuma contra o fogo. Por Jocemar Pereira da Silva & Plácido Ladercio Soares www.grupojocemar.com.br 56 7.2.6.8 EXTINTOR DE GÁS CARBÔNICO (CO2) É o mais indicado para a extinção de princípio de incêndio em materiais da classe “C” (elétricos energizados), podendo ser usado também na classe “B”. Procedimentos para uso: - retirar o pino de segurança; - empunhar o gati lho e o difusor; e - apertar o gati lho, dir igindo o difusor por toda a extensão do fogo. 7.2.6.9 EXTINTOR DE HALOGENADO (HALON) Composto por elementos halogênios (f lúor, cloro, bromo e iodo). Atua por abafamento, quebrando a reação em cadeia que alimenta o fogo. Ideal para o combate a princípios de incêndio em materiais da classe “C”. Procedimentos para uso: - retirar o pino de segurança; - empunhar o gati lho e o difusor; e - acionar o gati lho, dir igindo o jato para a base do fogo. 7.2.6.10 EXTINTOR SOBRE RODAS (CARRETA) A diferença dos extintores em geral é a sua capacidade. Devido ao seu tamanho, sua operação requer duas pessoas. As carretas podem sêr: - de água; - de espuma mecânica; Por Jocemar Pereira da Silva & Plácido Ladercio Soares www.grupojocemar.com.br 57 - de espuma química; - de pó químico seco; e - de gás carbônico. TABELA DE USO DE AGENTES EXTINTORES Classe de Incêndio ÁGU A ESPUMA PQS CO² H ALON A S IM Exce lente S IM Regular Somente na super f íc ie Somente na super f íc ie Somente na super f íc ie B NÃO S IM Exce lente S IM Exce lente S IM Bom S IM Exce lente C NÃO NÃO S IM Bom S IM Exce lente S IM Exce lente D NÃO NÃO PQS Espec ia l NÃO NÃO UNID ADE EXTINTORA 10 l i t ros 9 l i t ros 4 Kg 6 Kg 2 Kg ALC ANCE MÉDIO DO J ATO 10 m 5 m 5 m 2 ,5 m 3 ,5 m TEMPO DE DESCARG A 60 seg 60 seg 15 seg 25 seg 15 seg Mater ia l elaborado por Bombeiros – Comércio e Serviços Técnicos Ltda Por Jocemar Pereira da Silva & Plácido Ladercio Soares www.grupojocemar.com.br 58 7.3 CLASSES DE INCÊNDIO E AGENTES EXTINTORES As i lustrações abaixo, mostram cada um dos agentes extintores que devem ser aplicados em cada classe de incêndio. O triângulo verde, o quadrado vermelho e o círculo azul, estão estampados nos extintores, bastando verif icar qual deles deve ser uti l izado em determinado tipo de incêndio. 7.4 EXTINTORES DE ÁGUA A água é o agente extintor de uso mais comum. Usa-se o jato para o resfriamento e proteção de instalações a distância e para o enxarcamento de sólidos. Usa-se a água sob a forma de neblina para o resfriamento de superfícies líquidas; emulsif icação de óleo; proteção de pessoas, estruturas, máquinas e equipamentos; di luição (álcoois, amônia); e absorção do calor desprendido na combustão. A água, contudo, não deve ser empregada em incêndios que envolvam: equipamentos elétricos energizados; materiais reativos com a água (carbonatos, peróxidos, sódio metálico, pó de magnésio, etc); e gases l iquefeitos por resfriamento. Para usar o extintor: a) retire a trava ou o pino de segurança; b) empunhe firmemente a mangueira; e c) ataque o fogo, dirigindo o jato para a sua base. Por Jocemar Pereira da Silva & Plácido Ladercio Soares www.grupojocemar.com.br 59 7.5 EXTINTORES DE ESPUMA MECÂNICA Indicado para incêndios Classes A e B. Um líquido gerador de espuma (de base proteínica ou sintética, usado na concentração de 3 ou 6%) age mecanicamente com água, originando a solução de espuma que, misturada com ar, forma finalmente a espuma. O volume da espuma formada em relação ao volume da solução empregada, pode ser de até 10 (baixa expansão, a mais usada, por ter maior poder de espalhamento e ser mais pesada), 100 média expansão) ou 1.000 vezes (alta expansão). Restrições ao uso da espuma mecânica: gases l iquefeitos; l íquidos em fluxo; substâncias que reagem com a água; e líquidos superaquecidos (superior a 100oC). 7.6 EXTINTORES DE PÓ QUÍMICO O pó químico é um material pulverulento f inamente dividido, tratado para ser repelente a água e escoar f luidamente em tubulações, el iminando as chamas por interrupção das reações em cadeia. Podem ser empregados em: gases, líquidos e sólidos combustíveis; e, ainda, em equipamentos elétricos energizados. Os tipos de pós são: bicarbonato de sódio, de potássio ou de potássio + uréia (MONEX) e fosfato monoamônio. 7.7 EXTINTORES DE GÁS CARBÔNICO (CO2) Os extintores de Gás Carbônico, Dióxido de Carbono ou simplesmente CO2 são util izados, preferencialmente, no combate aos fogos das Classes B e C, embora possa ser usado, também, nos incêndios de Classe A, em seu início. Depois dos extintores de água são, por tradição, um dos mais usados. Os extintores portáteis são oferecidos com cargas de 4 e 6 kg cada e os extintores sobre rodas, com carga de 10, 25, 30 e 50 kg cada. Por Jocemar Pereira da Silva & Plácido Ladercio Soares www.grupojocemar.com.br 60 7.8 AGENTES EXTINTORES HALOGENADOS Podem ser considerados como derivados do Metano ou do Etano, pela substituição dos átomos de Hidrogênio por átomos de Flúor, Cloro e/ou Bromo. São eles: Tetracloreto de Carbono, Bromoclorometano, Bromoclorodif luormetano e Bromotrif luormetano. São usados nos incêndios envolvendo: gases, líquidos e sólidos combustíveis; e equipamentos elétricos energizados. Seu mecanismo de extinção dá-se pela interrupção da reação em cadeia e, secundariamente, por resfriamento. Limitações: substâncias com alto teor de oxigênio, metais combustíveis e hidretos metálicos. 7.9 ESCOLHA CORRETAMENTE O EXTINTOR PÓ QUÍMICO CO2 - GÁS CARBÔNICO ÁGUA ESPUMA MECÂNICA CLASSE ‘A’ Mater ia is só l idos, papel , madeira , tec idos. BC - Somente no estágio in ic ia l ABC - EXCELENTE Somente no estágio inic ia l EXCELENTE satura o mater ia l e não permite a re ignição EXCELENTE Forma cobertura, satura o mater ia l e ev i ta a resignação CLASSE ‘B ’ L íquidos inf lamáveis e h idro carburetos, gasol ina, ó leo, t inta EXCELENTE O pó abafa e interrompe a cadeia de combustão. A cort ina cr iada protege o operador. EXCELENTE Não deixa resíduos Não recomendável ESPALHA O FOGO! EXCELENTE Forma cobertura, satura omater ia l e ev i ta a resignação CLASSE ‘C ’ Equipamento e létr ico at ivo onde o agente não é condutor de e letr ic idade, motores e chaves e létr icas EXCELENTE Não condutor de e letr ic idade e protege o operador do calor EXCELENTE Não condutor de e letr ic idade, Não deixa resíduos nem dani f ica o equipamento Não recomendável É condutor de e letr ic idade Não recomendável É condutor de e letr ic idade Por Jocemar Pereira da Silva & Plácido Ladercio Soares www.grupojocemar.com.br 61 EQUIPAMENTO A UTILIZAR Material A Apagar ÁGUA PÓ QUÍMICO "BC" CO2 (GÁS CARBÔNICO) ESPUMA MECÂNICA Materiais Sólidos SIM (excelente) NÃO (só para pequenos incêndios de superfície) NÃO (só para pequenos incêndios de superfície) SIM (excelente) Líquidos inflamáveis e hidrocarburetos NÃO (o líquido incentiva o fogo) SIM (excelente, inclusive para gases liquefeitos) SIM (excelente) SIM (excelente) Fogo de Origem Elétrica NÃO (condutor de eletricidade) SIM (excelente - a única desvantagem é que deixa resíduos) SIM (excelente) NÃO (eletricidade Por Jocemar Pereira da Silva & Plácido Ladercio Soares www.grupojocemar.com.br 62 7.10 RISCOS DE INCÊNDIO. NECESSIDADE DE EXTINTORES EXEMPLO: Calcular o número de extintores para incêndio classe "A" e risco médio, numa área de 1.500 m2. 1) Cálculo do número de Unidades Extintoras (U.E.) = área total / área máxima protegida pela capacidade extintora de 1A (Tabela 2): U.E. = 1.500 m2 / 135 m2 = 12A (aproximadamente) 2) Cálculo do número de extintores = área total / área máxima protegida por extintor (Tabela 2, r isco médio): E = 1.500 m2 / 800 m2 = 2 extintores (aproximadamente) 3) Determinação da área máxima a ser protegida por cada extintor (Tabela 3, r isco médio): A = U.E. / E = 12A / 2 = 6ª. Entrando-se na Tabela 3 com 6A e risco médio, encontra-se a área máxima de 800 m2. 4) Se optarmos pela ÁGUA como agente extintor PORTÁTIL, veremos pela Tabela 4, que haverá a necessidade de: 12A / 2A = 6 extintores (de 10 l i tros cada). Tabela 1 - QU ANTID ADE DE EXTINTORES SEGUNDO O RISCO DE FOGO ÁREA COBERT A POR U.E . R ISCO DE FOGO CL ASSE DE OCUP AÇÃO(* ) D IST.MÁX. A PERCORRER 500 m2 pequeno " A" - 01 e 02 20 metros 250 m2 médio "B" - 02 , 04 , 05 e 06 10 metros 150 m2 grande "C" - 07 , 08 , 09 , 10 , 11 , 12 e 13 10 metros (*) Segundo Tar i fa de Seguro Incêndio do Brasi l do Inst i tuto de Resseguros do Brasi l – IRB. Por Jocemar Pereira da Silva & Plácido Ladercio Soares www.grupojocemar.com.br 63 Tabela 2 - DETERMINAÇÃO D A UNIDADE EXTINTOR A, ÁRE A MÁXIMA PROTEGID A E DISTÂNCIA MÁXIMA A SER PERCORRID A P AR A FOGO CL AS SE "A" P ARÂMETROS / RISCO DE INCÊNDIO peq. méd. grd . Unidade Ext in tora (U .E. ) 2 A 2 A 4 A Área máx.prot .pe la capac . ex t in tora de 1 A (m2) 270 135 90 Área máxima proteg ida por ex t in tor (m2) 800 800 800 D is tânc ia máxima a percorrer a té o ex t in tor (m) 20 20 20 Tabe la 3 - ÁREA MÁX. PROT. POR EXTINTOR (c lasse A) , m2 EXT. peq . méd. grd . 2 A 540 270 - - - 3 A 800 405 - - - 4 A 800 540 360 6 A 800 800 540 10 A 800 800 800 20 A 800 800 800 30 A 800 800 800 40 A 800 800 800 Tabela 4 - CL ASSIF IC AÇÃO DOS EXTINTORES SEGUNDO O AGENTE EXTINTOR, A C ARG A NOMIN AL E A C AP ACID ADE EXTINTOR A E QUIV ALENTE (C .E.E . ) AGENTE EXTINTOR C ARG A E.P . C .E .E . E .P . C ARGA E.R. C .E .E . E .R. Água 10 l 2 A 75 l 150 l 10 A 20 A Espuma química 10 l 20 l 2 A:2B 2 A:5B 75 l 150 l 6 A:10B 10 A:20B Espuma mecânica 9 l 2 A:20B Gás carbônico (CO2) 4 kg 6 kg 2B 2B 10 kg 25 kg 30 kg 50 kg 5B 10B 10B 10B Pó qu ímico à base de b icarbonato de sódio 1 kg 2 kg 4 kg 6 kg 8 kg 12 kg 2B 2B 10B 10B 10B 20B 20 kg 50 kg 100 kg 20B 30B 40B Hidrocarbonetos ha logenados 1 kg 2 kg 2 ,5 kg 4 kg 2B 5B 10B 10B LEGENDA: E.P.= Ext intor Portát i l E.R.= Ext intor sobre Rodas Por Jocemar Pereira da Silva & Plácido Ladercio Soares www.grupojocemar.com.br 64 7.11 BRIGADAS DE INCÊNDIO Faça um Plano de Emergência para os casos de incêndio, abordando o comportamento de cada funcionário, incluindo o socorro e orientação a pacientes, funcionários, profissionais de saúde e visitantes. O Plano deve conter instruções sobre evacuação do local e socorro a feridos e acidentados. O hospital deve organizar e treinar uma Brigada de Incêndio, que terá por missão a prevenção e combate a incêndios bem como prestação de primeiros socorros. É interessante que o hospital contrate empresas especializadas para o treinamento de sua Brigada de Incêndio. Geralmente um curso de formação de brigadas de incêndio aborda os seguintes aspectos: 7.12 PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIO: a) Teoria do fogo b) Métodos de extinção de incêndios c) Classes de incêndios d) Técnicas de extinção de incêndios e) Uti l ização de sistemas de combate a incêndios f) Uti l ização dos equipamentos de proteção individual g) Métodos de prevenção de sinistros h) Procedimentos em situação de incêndio i) Controle de pânico Treinamento de Combate a Incêndios Por Jocemar Pereira da Silva & Plácido Ladercio Soares www.grupojocemar.com.br 65 7.13 PRIMEIROS SOCORROS: a) Definição e prevenção de acidentes b) Princípios e qualidades básicas do socorrista c) Primeiras ações do socorrista d) Exame corporal e) Identif icação dos sinais vitais f) Procedimentos em caso de parada cardíaca, parada respiratória, hemorragia, desmaio, estado de choque, convulsões, ferimentos, fraturas, queimaduras e envenenamento. g) Transporte de vít imas Treinamentos em Pr imeiros Socorros 7.14 BRIGADA DE INCÊNDIO É através de pessoas treinadas, que se poderá evitar grandes perdas materiais, sociais e principalmente salvar vidas de muitas pessoas, além da sua. Sabemos que a prevenção é a melhor estratégia a ser adotada, muito mais simples do que o combate, além dos custos serem reduzidos. Aplicando os conhecimentos da "Teoria Geral da Combustão" em nosso ambiente de trabalho ou em nossa residência, faremos a prevenção correta, evitando incêndios com procedimentos simples, lógicos e sem grandes investimentos. Por Jocemar Pereira da Silva & Plácido Ladercio Soares www.grupojocemar.com.br 66 7.14.1 DEFINIÇÃO O fogo é uma reação química que fornece calor, luz e chama. Só existe fogo na presença de três elementos básicos (combustível, oxigênio e calor). O fogo pode ser definido como produto da combustão de material sólido, líquido, gasoso, com liberação de luz e calor. O oxigênio é o comburente e o material que queima é o combustível (pode ser sólido, l íquido, em forma de vapor ou
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