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José Elias de Godoy Segurança dos Condominios

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0 
 
1 
 
SUMÁRIO 
 
 INTRODUÇÃO .............................................................................. 3
 
PREFÁCIO .................................................................................... 5
 
CAPITULO I - 
 Noções de Relações Humanas nos condomínios ......................... 6
 
CAPÍTULO II 
 Técnicas de proteção e medidas de segurança em portarias ...... 17
 
CAPÍTULO III 
 Sistema de comunicação em condomínios ....................... 28
 
CAPÍTULO IV - 
 Técnicas de identificação de pessoas e veículos .......................... 37
 
CAPÍTULO V 
 Segurança física de instalações condominiais .............................. 43
 
CAPÍTULO VI 
 Sistemas eletrônicos de segurança em condomínios .................. 54
 
CAPÍTULO VII 
 Medidas de emergência e “dicas” de segurança em condomínios 64
 
CAPÍTULO VIII 
 Segurança contra incêndios em edificações ................................ 83
 
CAPÍTULO IX - 
 Segurança em elevadores ............................................................. 102
 
CAPÍTULO X 
 Noções de Higiene ........................................................................ 108
 
CONCLUSÃO ................................................................................ 114
 
 
 
BIBLIOGRAFIA 
 
2 
 
INTRODUÇÃO 
 
Com a chegada do novo milênio renovam-se as esperanças de uma 
melhoria na qualidade de vida da população. Espera-se que haja uma 
conscientização de todos, no que diz respeito a um aumento dos níveis de 
Proteção da comunidade, atingindo-se as camadas sociais em sua totalidade e, 
principalmente, que a violência baixe a patamares aceitáveis dentro de nossa 
sociedade, tudo isto para que se alcance a tão sonhada Segurança e 
Tranqüilidade. No entanto, para que esta aspiração deixe de ser um sonho e se 
torne realidade, faz-se necessário o comprometimento e empenho de todas as 
pessoas, muitas vezes, dando uma parcela a mais de sacrifício, no intuito de se 
chegar ao tão almejado objetivo. 
Não se pode acusar ou, melhor ainda, responsabilizar exclusivamente as 
autoridades governamentais como sendo os únicos "culpados" pela situação 
caótica pelo qual a sociedade atual está enfrentando, mas é bom lembrar que, em 
vários casos, a omissão e até mesmo a falta de informações parte da própria 
população que acaba se tornando vítima de muitos delitos e atos inseguros. 
Para que esta situação seja minimizada é imprescindível a Atitude Preventiva de 
todos os indivíduos, e isto diz respeito aos seus atos mais básicos, tais como 
exercer seus direitos como cidadão, e a partir daí exercer as garantias definidas 
pela Constituição e pelas Leis. 
 Os condomínios, no final do milênio passado, têm-se proliferado bastante 
devido ao excessivo aumento demográfico das metrópoles, causando a escassez 
de espaço, porém, os principais motivos para que as pessoas optem por residir 
nestes conjuntos residenciais estão relacionados ao Conforto, Tranqüilidade e 
Segurança, sendo esta última a causa mais citada pelos condôminos, tendo-se em 
vista os altos índices de criminalidade urbana. 
Como já é notório e muito evidenciado nos noticiários da imprensa escrita e 
falada, roubos, furtos e até mesmo seqüestros, antes mais comuns ocorrerem em 
bancos, empresas, lojas e residências, passaram a acontecer, com maior 
impetuosidade e freqüência, em condomínios, onde os marginais chegaram à 
conclusão que os funcionários responsáveis pelas portarias e vigilância dos 
prédios, na grande maioria bastante despreparados, são facilmente enganados por 
suas estratégias. 
3 
 
Os síndicos, com a aquiescência dos condôminos, têm investido vultosamente 
em segurança perimetral (cercas eletrificadas com sensores infravermelhos), 
sistemas eletrônicos de monitoramento, softwares de segurança (Informática), 
painéis de alarme, CFTV - Circuito Fechado de Televisão, etc., porém nem tudo 
isto tem sido capaz de inibir a ação de meliantes, os quais conseguem facilmente 
sua intrusão nos condomínios através dos portões de garagens e, na maioria das 
vezes, pelas portarias principais, considerando, como já frisado anteriormente, a 
desqualificação dos funcionários responsáveis por estas áreas. 
Ressalto ainda que a perfeita integração em termos de segurança entre o 
homem e as novas tecnologias é condição sine qua non para a implantação de 
uma perfeita e quase intransponível barreira preventiva dentro de um condomínio, 
mas coloco em evidência a necessidade de preparar o homem e conscientizá-lo de 
que as rotinas, características e peculiaridades do condomínio devem ser bem 
gerenciadas pelos profissionais, a fim de que possam definir, de maneira clara e 
precisa, a forma como agir em face de uma tentativa de intrusão por bandidos ou 
ante um risco iminente. 
 Enfim, para que os condomínios possam oferecer o nível de proteção 
adequado aos seus moradores e, portanto, auxiliar na garantia de um dos direitos 
básicos, que é o da moradia com segurança, torna-se importante lembrar que os 
síndicos, moradores, funcionários e prestadores de serviços complementados por 
barreiras físicas e equipamentos eletrônicos, aliados aos órgãos de Segurança 
Pública devam integrar-se para que realmente se possa chegar a um nível de 
Proteção satisfatório para todos. 
 
Dados Estatísticos Anuais sobre Roubos e Furtos em Edifícios 
Residenciais e Apartamentos Registrados na Cidade de São Paulo 
 
Ano 1999 2000 2001 Total 
Furto 149 177 228 554 
Roubo 112 159 177 448 
Total 261 336 405 1002 
 
Fonte: SSP/ São Paulo 
4 
 
 
 
 
PREFÁCIO 
 
Hoje em dia, basta conversamos um pouco é logo vem a baila, um assunto 
que preocupa a todos nós, a violência urbana e os altos índices de criminalidade. 
Todos nós, ao final de mais um dia de trabalho, retornamos ao nosso "lar 
doce lar", entretanto, se não adotarmos certas posturas e implementarmos medidas 
humanas, tecnológicas e organizacionais aplicáveis na casa ou no apartamento, 
não conseguiremos um ambiente tranquilo e seguro, para nós e nossa família. 
Este trabalho deve ser iniciado pela formação de um consciência de 
segurança, entendendo o problema e procurando soluções com o envolvimento e 
participação de todos (condôminos, empregados domésticos, síndico, funcionários 
do condomínio, prestadores de serviço e visitantes). 
Este trabalho, desenvolvido por José Elias de Godoy, um especialista em 
segurança empresarial, demonstra uma série de ações e medidas, embasadas 
com dados estatísticos, artigos publicados na mídia e exemplos concretos, de 
como podemos materializar este sonho. 
Boa leitura e mãos a obra! 
 
Marcy José de Campos Verde, CPP 
Consultor Sênior em Segurança Empresarial 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
 
 
CAPÍTULO I NOÇÕES DE RELAÇÕES HUMANAS NOS CONDOMÍNIOS 
 
Todos condôminos e síndicos sonham ter funcionários altamente 
especializados e de inteira confiança, quer sejam os que trabalhem em suas 
residências como os que prestem serviços no condomínio . Mas o que deve ser 
feito para se chegar a uma mão-de-obra com tal grau de perfeição? 
O funcionário, prestador de serviços em condomínios ou empregados que 
exerçam serviços nas suas residências, presume-se que devam ser pessoas de 
inteira confiança, pois convivem diuturnamente com seus moradores e, portanto, 
deverão ser recrutados e selecionados dentro do mercado de trabalho 
independentemente de experiência anterior mas, sim, de forma que atendam, além 
dos requisitos normais para as funções, também os padrões técnicos e básicos 
visando à segurança de todo o conjunto residencial. 
Para tanto, este candidato deverápossuir os seguintes requisitos: 
• Grau de instrução básica, ou seja, no mínimo, o 1o grau completo; 
• Possuir estabilidade funcional comprovada em Carteira de Trabalho; 
• Estar apto com relação aos exames de saúde; 
• Possuir ficha criminal isenta de antecedentes, de preferência tirada pelo 
próprio condomínio; 
• Passar por entrevista em empresas de recrutamento e seleção ou pela 
administradora, evitando-se fazê-lo no próprio condomínio ou na residência; 
• Preencher uma ficha de registro com todos os dados e anexar uma foto do 
futuro candidato; 
• Dar preferência a candidatos com experiência comprovada e que possuam 
cursos e treinamentos na sua área de atuação; 
• Verificar possíveis indicações através de cartas de apresentação, cuja 
veracidade deverá ser confirmada, devendo-se, inclusive, comparecer 
pessoalmente até o antigo local de trabalho, a fim de se certificar das referências 
pessoal e profissional; 
 • Conferir o endereço residencial do candidato, checando junto a vizinhos sua 
conduta pessoal e familiar, seus costumes, amizades e até seus vícios, 
6 
 
confirmando-os anualmente a fim de que se tenha o perfil real e completo do futuro 
funcionário. 
 
Preenchidos e satisfeitos todos os requisitos anteriores, o candidato deverá 
ser treinado em cursos especializados, a fim de que adquira conhecimentos 
específicos para exercer suas funções dentro do condomínio, objetivando-se com 
isso: 
• Melhoria nas relações entre funcionários e moradores; 
• Menor desperdício de materiais; 
• Maior cuidado com equipamentos e instalações; 
• Profissionais mais bem preparados e qualificados; 
• Porteiros mais atentos, gerando maior segurança; 
• Moradores mais satisfeitos e tranqüilos. 
 
Observe-se a seguinte frase: 
“A PRESENÇA DO PORTEIRO, MESMO QUE NÃO SEJA DO TIPO ATLÉTICO, 
INIBE O LADRÃO", frase veiculada na matéria do suplemento da revista VEJA 
ESPECIAL SEGURANÇA - Junho/2.001, págs. 84/85. 
 
Tal afirmação, isoladamente, não é suficiente para garantir a eficiente 
segurança dentro do Condomínio. 
Há alguns anos as ocorrências em condomínios se resumiam a furtos nas 
garagens, onde os ladrões adentravam nestes locais com o objetivo de surrupiar 
toca-fitas e objetos de valor que estivessem expostos no interior dos veículos ou 
mesmo outros que estivessem largados nas garagens. Os marginais utilizavam 
como principal modus operandi as falhas havidas nos pontos vulneráveis, uma vez 
que se aproveitavam de alguma brecha, nas áreas de acesso principais ou 
perimetrais, tais como portões, grades ou muros baixos a fim de cometerem seus 
ilícitos. Mas, infelizmente não se limitaram apenas aos estacionamentos dos 
prédios, visto que hoje estes agressores da sociedade invadem os apartamentos e 
roubam os bens de seus moradores, isto quando não se utilizam de atos de 
violência, no intuito de intimidarem e agredirem suas “presas”, gerando traumas, 
muitas vezes irreversíveis, às vítimas deste vandalismo. 
7 
 
Para tanto, os delinqüentes têm-se utilizado dos mais diversos ardis a fim de 
ludibriarem os funcionários, mais precisamente aqueles que são responsáveis 
pelos controles de acessos, tais como porteiros e garagistas, tendo como objetivo a 
intrusão ao edifício até atingirem as unidades condominiais. 
Observando-se os assaltos ocorridos nos condomínios foi constatado que, 
na grande maioria das vezes, a entrada se deu pela portaria principal do prédio, 
onde os porteiros, por desatenção ou mesmo inexperiência, foram enganados 
pelos meliantes e o outro tanto se deu pelo descuido dos moradores. 
Com isto conclui-se que os assaltantes detectaram um enorme furo no 
sistema de segurança nos condomínios e portanto estão se aproveitando das 
falhas humanas a fim de realizarem seus atos delituosos, sendo isto somente 
possível devido a desqualificação profissional de seus funcionários, já que são 
facilmente ludibriados ou simplesmente agem por pura ingenuidade. 
Todos estes problemas estão intimamente relacionados com a falta de 
treinamento destes profissionais, visto que muitos síndicos acham desnecessário 
gastar-se com cursos específicos, buscando-se uma especialização. Ledo engano, 
pois onde existem pessoas prestando serviços para outras, a única forma de se 
modificar comportamentos distorcidos é através de um bom treinamento, que deixa 
de ser um gasto para ser um excelente investimento, visto que o retorno vem 
através de uma maior qualidade na mão-de-obra de portaria, acarretando com isto 
um nível satisfatório de Segurança para todos condôminos. 
Jornal do Síndico : Jun/2001, por José Elias de Godoy. 
 
Ao término do treinamento, o candidato deverá passar por um estágio 
experimental com o intuito de executar, aperfeiçoar e aplicar o que foi ministrado 
teoricamente, onde ficará em teste durante a fase de experiência. Cabe ressaltar 
que o custo aplicado no aperfeiçoamento dos funcionários não é um gasto, mas 
sim um investimento que será revertido em qualidade, segurança e tranqüilidade de 
todos os moradores. 
 Ao ser aprovado em todas estas fases, então, será efetivado como 
funcionário. A remuneração e os benefícios deverão ser compatíveis com os 
acordos salariais da entidade de classe, seguindo tudo que for estipulado pelo 
Sindicato da categoria. 
Durante seu trabalho, o funcionário do condomínio, em qualquer nível que 
8 
 
seja, deve ser conscientizado que é, constantemente, alvo das atenções de todos 
os moradores devido à posição que ocupa, pois se relaciona com pessoas diversas 
e, por isso, deve saber como se comportar durante esses relacionamentos, bem 
como estar qualificado e apto para o exercício de sua função, primando por uma 
conduta exemplar, a fim de que obtenha êxito profissional e dignifique sua 
categoria. 
Para que possa atingir este nível de preparo, o funcionário deve seguir os 
princípios: 
• Ser assíduo - É o ato de não faltar ao serviço, pois sua presença no local de 
trabalho, além de obrigatória, é de fundamental importância para a normalidade do 
serviço no condomínio e que sua falta ou absenteísmo poderá acarretar embaraços 
no trabalho, desfalcando o efetivo e, conseqüentemente, causando prejuízos aos 
demais companheiros que deverão suprir sua ausência. Caso haja a 
impossibilidade, por motivo justificável ou urgente, de comparecer ao trabalho, o 
funcionário deverá cientificar, com antecedência, seu superior imediato para que 
seja providenciada a devida substituição. 
• Ser pontual - É dever de todo funcionário cumprir os horários estipulados ou 
contratados, sendo que cada minuto de atraso pode acarretar problemas 
operacionais e administrativos e, muitas vezes, o sacrifício do encarregado, bem 
como dos colegas. É importante que seja comunicado o motivo do atraso e a hora 
provável de sua chegada, para que seja providenciada a rendição ou o aguardo do 
funcionário atrasado por parte dos demais. O horário de chegada deve ser com 15 
(quinze) minutos, no mínimo, de antecedência. 
 
Assiduidade e pontualidade são traços positivos da personalidade bem 
formada, sendo que a pessoa que as cultua é digna de confiança. 
Costuma-se falar que “os empregados são o cartão de visita do condomínio”, 
pois neles se refletem a organização e o empenho da administração e se projeta a 
boa imagem de seus moradores, por isso mesmo todo bom profissional deve 
prezar: 
 
• Pela sua apresentação pessoal impecável, nisto incluem-se as boas 
maneiras; 
9 
 
• Seu aspecto físico; 
• Por seu modo de falar e de vestir; para tanto deverá zelar pelos princípios de 
higiene e asseio, pois além de serem salutar, refletem os bons costumes e a boa 
aparência de cada pessoa; 
• Pela responsabilidade; 
• Porpossuir iniciativa; 
• Por trabalhar com presteza e entusiasmo; 
• Por possuir atitude de cooperação; 
• Por ser discreto, não comentar com terceiros a rotina de vida de qualquer 
morador, funcionário ou do próprio serviço no condomínio, com isso não divulgando 
informação para a qual não está autorizado; 
• Lembrando que conforme o Art. 154 do Código Penal, quem divulga assuntos 
que possam atrapalhar o desempenho da segurança do Condomínio comete um 
crime e está sujeito as penas da Lei; 
• Por falar pouco e ouvir com muita atenção; 
• Por compartimentar as informações, ao divulgá-las aos seus 
superioresimediatos, dentro da área em que atua, cabendo a estes a decisão; 
• Por responder sempre às perguntas formuladas pelos moradores, mesmo que 
seja repetitivo; 
• Por evitar comentar assuntos de serviço em público, com pessoas estranhas 
ao ambiente de trabalho, com os familiares e amigos de bar 
• Por conhecer bem o Estatuto e/ou Regimento Interno do Condomínio. 
 
Portanto, o funcionário deverá, ao assumir o serviço: 
• Estar de banho tomado; 
• Dentes escovados; 
• Mãos e unhas limpas; 
• Cabelos penteados; 
• Barba e bigode aparados; 
• Roupas limpas e bem passadas; 
• Utilizar-se do uniforme completo. É imprescindível o uso de uniformes pelos 
funcionários, a fim de diferenciá-los entre si e dos demais; 
10 
 
• Botões abotoados; 
• Sapatos engraxados e lustrados. 
 
A fim de que se tenha um bom relacionamento durante o trabalho, o bom 
profissional deverá adotar uma postura correta que demonstre firmeza de atitude, 
causando uma boa impressão, tanto ao público interno quanto externo. Por este 
motivo, o funcionário deverá: 
• Manter o corpo ereto ao ficar de pé ou sentado; 
• Não ficar encostado, demonstrando que está cansado; 
• Não fumar em locais fechados ou quando estiver executando serviços; 
• Não se deitar, sentar ou debruçar-se sobre a mesa de trabalho; 
• Estar sempre atento, mantendo atitude de observação constante; 
• Não ficar balançando a cadeira quando estiver sentado; 
• Não dormir ou cochilar durante o serviço; 
• Não se distrair quando estiver de serviço; 
• Não se envolver em fofocas; 
• Não se utilizar de aparelhos visuais ou sonoros quando de serviço; 
• Não ler revistas, jornais ou similares durante o serviço; 
• Manter sempre limpo o local de trabalho. 
 
Devo lembrar, também, que o bom profissional segue os preceitos da boa 
educação e companheirismo, portanto, deve: 
• Tratar todos com cortesia e interesse; 
• Agir sempre com amizade funcional, não tomando liberdades indevidas; 
• Dirigir-se às pessoas utilizando-se do tratamento senhor(a); 
• Levantar-se quando alguém for falar consigo; 
• Jamais xingar ou falar palavrões; 
• Sempre cumprimentar a todas as pessoas (bom-dia, boa-tarde, boa-noite); 
• Nunca abandonar o posto de serviço e aguardar sempre a rendição no local 
de serviço mesmo em momentos de alimentação ou de ir ao banheiro, esperando a 
respectiva substituição para poder sair do ambiente de trabalho; 
• Sempre obedecer prontamente aos superiores, cumprindo com presteza as 
11 
 
ordens recebidas, prestando contas e dando retorno das solicitações aos 
encarregados; 
• Respeitar a todas as pessoas, sem distinção, pois todos são seres humanos 
e, como tal, devem ser honrados e considerados; 
• Dar especial atenção às crianças e idosos; 
• Não se alterar ou falar alto com os condôminos. 
 
Atribuições do síndico/administrador 
 
A Lei do Condomínio no 4.591, de 16/12/1964 define direitos, deveres e 
obrigações dos síndicos e/ou administradores de condomínios, tratando, inclusive, 
sobre a parte de segurança em seu Art. 22, que diz: Será eleito, na forma prevista 
pela convenção, um síndico do condomínio, cujo mandato não poderá exceder a 2 
anos, permitida a reeleição. 
§ 1o - Compete ao síndico: 
a) representar... 
b) exercer a administração interna da edificação ou do conjunto de edificações, 
no que respeita à sua vigilância, moralidade e segurança, bem como os 
serviços que interessam a todos os moradores; 
 
Afora o que está definido pela legislação, eles devem: 
• Cumprir e cobrar tudo o que foi e o que vai ser descrito nesta Monografia; 
• Conhecer a legislação sobre condomínio e sua administração; 
• Conhecer profundamente o estatuto e as normas de seu condomínio; 
• Conhecer o andamento dos trabalhos realizados no condomínio; 
• Desenvolver com o conselho de condôminos normas firmes e transparentes 
sobre a segurança do condomínio, discriminando, inclusive, punições; 
• Realizar reuniões periódicas com os condôminos a fim de despertar em todos 
a conscientização para a segurança; 
• Estar sempre atualizado sobre Recursos Humanos a fim de praticá-los no 
condomínio; 
• Acompanhar o fechamento da folha de pagamentos dos funcionários para 
evitar erros e com isto acarretar descontentamentos destes; 
12 
 
•Procurar ser justo e tratar todos os funcionários com educação e respeito; 
• Tratar todos os moradores com cortesia e polidez, procurando conscientizá-
los sobre a importância da união de todos para a segurança do condomínio; 
• Saber administrar conflitos, considerando que vai lidar, no dia-a-dia, com os 
problemas das pessoas; 
• Ser paciente e possuir ótimo poder de discernimento; 
• Não ser autoritário, lembrando-se que não administra o condomínio sozinho 
nem é o seu único proprietário, devendo dividir e delegar responsabilidades; 
• Freqüentar cursos, palestras, feiras, seminários, etc., que dizem respeito à 
administração de condomínios, que objetivam mantê-lo sempre atualizado com 
novas estratégias e técnicas administrativas e de política de pessoal. 
 
Atribuições dos condôminos 
 
Os moradores devem estar conscientes de que a segurança não é somente 
um dever do síndico ou dos empregados, mas sim responsabilidade de todos, 
devendo ser seguidos os itens abaixo: 
• Participar das reuniões onde serão tratados os assuntos sobre a elaboração 
da Convenção do Condomínio e do Regulamento Interno do Condomínio; 
• Compreender e colaborar com as normas relativas à segurança; 
• Procurar manter sempre uma política de boa-vizinhança com os demais 
moradores bem como com o síndico, a fim de facilitar o relacionamento entre todos 
os condôminos; 
• Respeitar os direitos de todos os funcionários, não se esquecendo de que 
estes são trabalhadores do condomínio e não seus empregados em particular; 
• Ao constatar irregularidades sobre segurança, transmitir tais problemas ao 
síndico ou membros do conselho a fim de que sejam tomadas as medidas cabíveis 
para saná-las; 
• Tratar os funcionários com educação e respeito pois, além de serem pessoas 
iguais a todos, também fazem parte de todo o sistema de segurança do 
condomínio. 
O mais importante é saber que dentro do esquema de segurança do 
condomínio existe uma engrenagem e que cada peça dessa máquina deve estar 
13 
 
consciente de sua importância. O trinômio síndico/administrador, condôminos e 
empregados deve estar sempre bem entrosado. 
Principais atribuições do zelador 
 
O zelador atua como um gerente, que soluciona os problemas do dia-a-dia e 
orienta os funcionários do condomínio através da supervisão das ações da portaria, 
vigilância e zelo pelo bem estar material do condomínio. 
Problemas como encanamento, barulho após as 22 horas, recebimento de 
encomendas, reclamações sobre a limpeza das áreas comuns do prédio devem ser 
resolvidos com o zelador do condomínio, um funcionário contratado para tratar de 
todos estes incidentes do cotidiano. 
Pode ser considerado como um gerente, responsável pela supervisão dos 
funcionários, atendimento aos moradores e prestação de contas ao síndico, seu 
encarregado. Porém, somente deve recorrer ao síndico em último caso, porisso 
um profissional para ocupar o cargo precisa ter iniciativa e bom senso para tomar 
providências, sendo um verdadeiro técnico em zeladoria. 
Se, por exemplo, um condômino utilizar uma furadeira elétrica após as 22 
horas, o vizinho incomodado deve dirigir-se ao zelador para fazer a queixa. Cabe 
ao funcionário entrar em contato com o morador infrator e solicitar o cumprimento 
das normas internas. 
Em caso de recusa no atendimento da solicitação, e até mesmo desrespeitar 
o zelador, a melhor atitude é registrar o fato no livro de ocorrências do condomínio. 
Em seguida, o síndico deve ser informado do fato para autorizar, ou não, a emissão 
de multa prevista no regulamento interno. O objetivo é evitar que questões dessa 
natureza criem confronto entre moradores que, por estarem no mesmo nível 
perante o condomínio, podem entrar em discussão. “É uma incumbência do zelador 
fazer cumprir o regulamento.” 
 
Quem dá ordens 
Na hierarquia do condomínio, o zelador é quem deve dar as ordens aos 
funcionários do prédio: porteiro, faxineiro, vigia e subzelador. Também pode indicar 
as demissões e contratações. Se um condômino verificar áreas que não estão bem 
limpas, luzes queimadas ou desrespeito às normas, deve recorrer ao zelador para 
que tome as providências necessárias. 
14 
 
O mesmo princípio vale para o síndico, que deve evitar dar ordens ou 
broncas diretamente nos funcionários. O melhor caminho é orientar o zelador e, se 
for o caso, chamar sua atenção em particular, longe dos olhos e ouvidos dos 
demais empregados. 
 
Principais atribuições do porteiro 
Porteiro é a pessoa credenciada, uniformizada e preparada para exercer a 
vigilância de um edifício, contratada por uma pessoa física ou jurídica para 
desempenhar a atividade de recepção e vigilância do condomínio. É uma atividade 
estritamente preventiva que visa observar atentamente detalhes que possam 
ajudar no desempenho de suas funções e como finalidade principal, defender o 
patrimônio e especialmente as vidas que estão sob sua guarda. 
O porteiro tem a finalidade de registrar e controlar toda movimentação e 
circulação de pessoas, veículos e materiais junto a portaria, promovendo um 
verdadeiro controle de acesso através da identificação das pessoas, conferência de 
notas fiscais, entrada e saída de veículos e atendimento ao telefone e interfone. 
Em entrevista com o Sr Divaldo Mérlin, no dia 15 de Dezembro de 2001, foi 
passado uma frase sobre a função do porteiro que chamou muito a atenção: 
 
Ser Porteiro 
Ser porteiro, não é simplesmente abrir ou fechar um portão; 
Ser porteiro, não é apenas receber correspondências; 
Ser porteiro, não é apenas recepcionar visitantes; 
Ser porteiro, não é indicar os locais exatos aos usuários; 
Ser porteiro, não é atender ligações e transferi-las; 
Ser porteiro, não é apenas acender e apagar as luzes. 
Ser porteiro é ter a responsabilidade de abrir ou fechar o portão; 
Ser porteiro é saber como e quando receber correspondências; 
Ser porteiro é saber recepcionar visitas; 
Ser porteiro é ser gentil em ensinar os caminhos aos usuários; 
Ser porteiro é ser educado ao receber ligações; 
Ser porteiro é ter a consciência quanto aos horários das luzes. 
 
Enfim, Ser porteiro, é saber que no final de seu turno de trabalho, suas 
15 
 
obrigações foram cumpridas, tendo a certeza de que irá chegar em casa e 
descansará tranqüilo, pois assegurou a tranqüilidade de várias vidas. 
 
Princípios Básicos de Vigilância em Portarias 
 
a) Da ação preventiva 
O porteiro tem por obrigação observar tudo o que ocorre ao seu redor, 
desconfiando sempre de possíveis atos delituosos que possam ocorrer. O 
caráter de seu trabalho é previnir danos ao patrimônio e à vida dos moradores 
do condomínio. 
 
b) Princípio do bom senso 
O que se espera de uma atitude profissional é isenção de ânimo, coerência 
e lógica. Em qualquer ocorrência, por mais banal que seja, as pessoa estão 
com os ânimos exaltados e, portanto, mais intolerantes e suscetíveis a criarem 
polêmicas em assuntos, muitas vezes, sem gravidade, sendo assim, o 
porteironão deve se envolvernos problemas particulares dos fatos, deve ater-se 
à solução dos problemas técnicos, inerentes a sua função, não tomando 
partidos ou polemizando. 
 
c) Princípio do serviço permanente 
O porteiro, dentro de seu recinto de trabalho, nunca deve se omitir do ato de 
vigiar, mesmo em repouso ou no almoço, o porteiro deve observar o que está 
acontecendo dentro da sua área, procurando ausentar-se das suas atribuições 
o menor tempo possível. 
16 
 
CAPÍTULO II TÉCNICAS DE PROTEÇÃO E SEGURANÇA EM PORTARIAS 
 
Os marginais, atualmente, têm-se utilizado dos mais diversos ardis para 
entrar nos condomínios com a finalidade de cometerem algum tipo de delito contra 
seus moradores. Os fatos mostram que em 90% das ocorrências de roubo em 
condomínios, os assaltantes entraram pela porta da frente do prédio, ou seja de 
alguma forma burlaram ou violaram o sistema de segurança montado, ludibriando 
principalmente o porteiro de serviço. 
 Portanto, é de suma importância um eficiente e eficaz sistema de controle de 
acesso para se evitar a invasão destes marginais. O que descreveremos, a seguir, 
são conceitos básicos a fim de que se tenha um grau de segurança satisfatório 
dentro do condomínio. 
Lembre-se: “Toda segurança é perfeita até o dia em que falhar”. 
Delitos mais comuns em condomínios 
Violação de domicílio - Art.150 do Código Penal - “Entrar ou permanecer, 
clandestinamente contra a vontade expressa ou tácita de quem de direito, em casa 
alheia ou em suas dependências”. 
Muitos marginais invadem residências com fins escusos ou até para se 
esconderem. 
Furtos - Art. 155 do Código Penal - “Subtrair para si ou para outrem coisa 
alheia móvel”. 
Nos condomínios furtam-se: 
• Dinheiro, jóias, valores diversos nos apartamentos de moradores ausentes; 
• Materiais e equipamentos existentes nos pátios e depósitos; 
• Veículos, toca-fitas, objetos em porta-luvas de carros, bicicletas guardadas na 
garagem, etc. 
 
Roubos ou assaltos - Art. 157 do Código Penal - “Subtrair coisa alheia, para 
si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência à pessoa ou depois de 
houver, por qualquer meio, reduzido a impossibilidade de resistência”. Esse delito 
pode chegar até ao Latrocínio onde o agente mata a vítima para roubá-la. 
Os assaltantes costumam entrar nos condomínios para roubar dinheiro, 
jóias, valores diversos e veículos, sempre colocando em risco a integridade física 
17 
 
dos moradores. 
Extorsão mediante seqüestro – Art. 159 do Código Penal –“Seqüestrar 
pessoa com o fim de obter, para si ou para outrem, qualquer vantagem, como 
condição ou preço do resgate.” 
É o crime onde uma ou mais pessoas são levadas sob ameaça para um 
local escondido e o criminoso pede dinheiro ou outros benefícios para poder soltar 
a pessoa presa. 
Estelionato - Art. 171 do Código Penal – “Obter, para si ou para outrem, 
vantagem ilícita, emprejuízo alheio, infuzindo ou mantendo alguém em erro, 
mediante artifício, ardil ou qualquer outro meio fraudulento.” 
É qualquer tipo de ação delituosa, que uma pessoa faz para tirar proveito de 
outra, em geral dinheiro ou bens materiais. 
Violação de domicílio – Art. 150 do Código Penal – “Entrar ou permanecer, 
clandestina ou astuciosamente, ou contra a vontade expressa ou tácita de quem de 
direito, em casa alheia ou em suas dependências.” 
É a invasão da “casa” que é qualquer compartimento habitado, incluindo-se 
aí o apartamento, ou o aposento ocupado de habitação coletiva ou ainda o 
compartimento não aberto ao público, onde alguém exerce profissão ou atividade.Acessos mais utilizados pelos ladrões para cometimento de delitos 
• Saltando os muros e cercas do pátio em locais vulneráveis e fora da 
visibilidade do porteiro ou vigilantes; 
• Pulando os muros e cercas e, uma vez dentro do condomínio, galgam as 
varandas dos apartamentos para ter acesso a estes ou, também, pela escada de 
serviço; 
• Como “passageiros” de veículos de entrega que entram na garagem; 
• Pelo portão de serviço travestidos de prestadores de serviço da Telesp, 
Sabesp, Comgás, Eletropaulo, eletricistas, encanadores, entregadores de pizza e 
encomendas, etc.); 
• Iludindo o porteiro de forma que este permita que o ladrão entre pelo portão 
principal ou mesmo pelo portão da garagem; 
• Passando-se por comprador de imóvel, ludibriando o porteiro, sob a alegação 
de ter que olhá-lo, a fim de fazer uma avaliação; 
• Apresentando-se através de uma mulher bonita a fim de distrair a atenção do 
18 
 
porteiro a fim de persuadi-lo a abrir o portão; 
• Pela porta principal ou portão da garagem, acompanhando um morador que 
entra a pé ou dirigindo um veículo, ameaçado e subjugado pelo assaltante; 
• Tocando a buzina ou piscando os faróis do veículo defronte o portão da 
garagem para que o porteiro o abra inocentemente; 
• Pelo portão da garagem quando este permanece aberto durante a entrada ou 
saída de veículos; 
• Pelo uso de artimanha junto ao porteiro, dizendo a este que veio buscar um 
TV, carro, sofá, etc., do morador, exibindo, até mesmo, bilhete e telefone do 
condômino para verificação; 
• Como morador do próprio condomínio (normalmente adolescente) ou mesmo 
como empregado; 
• Por ação violenta de surpresa, com quadrilhas especializadas em tais delitos. 
 
Controle de entrada e saída de pessoas pela portaria 
Portaria - É o principal ponto de segurança do condomínio, pois por ela 
circulam todas as pessoas, materiais e veículos que entram ou saem deste, de 
forma regular. 
O porteiro/vigia tem por função normal controlar essa circulação através da 
identificação de pessoas, funcionários do condomínio, empregados de condôminos, 
visitantes, entregadores de serviço, entrada e saída de veículos e conferência de 
mercadorias deixadas na portaria. Para isto, cada condomínio deve adotar suas 
normas de procedimento a fim de que atenda a suas peculiaridades. 
Passaremos, a seguir, estas normas, através de um roteiro básico, a serem 
seguidas pelos integrantes da portaria, que inclui os seguintes itens: 
 
Identificação de visitantes 
• Fazer a identificação visual da pessoa; 
• Cumprimentá-la (bom-dia, boa-tarde, boa-noite); 
• Solicitar, com educação, um documento com foto, para conferir seus dados 
completos; 
• Manter os portões fechados; 
• Os visitantes deverão aguardar do lado de fora do condomínio ou em um local 
19 
 
reservado para isto; 
• Entrar em contato com o morador informando-o sobre a presença do visitante 
e da conveniência de sua entrada ou não; 
• Em caso de dúvida, por parte do condômino, solicitar sua presença junto à 
portaria a fim de identificar o visitante pessoalmente ou através do sistema de 
CFTV ligado ao apartamento; 
• Sendo autorizada sua entrada, anotar os dados da pessoa, em livro próprio, e 
devolver seu documento, agradecendo; 
• Entregar seu crachá de identificação ou autorização, caso seja norma do 
condomínio, à pessoa; 
• Indicar ou pedir que algum funcionário do condomínio conduza a pessoa ao 
local ou residência do condômino; 
• Na saída, recolher o crachá ou a autorização com a devida assinatura do 
visitado. 
 
Identificação de prestadores de serviço 
• Fazer a identificação visual da pessoa; 
• Cumprimentá-la (bom-dia, boa-tarde, boa-noite); 
• Pedir, com educação, um documento com foto, para conferir seus dados 
completos, solicitando, também, seu documento funcional ou crachá de 
identificação da empresa em que trabalha; 
• Manter os portões fechados; 
• A pessoa deverá aguardar do lado de fora do condomínio ou em local 
apropriado; 
• Contatar o condômino, confirmando se há algum defeito na residência a ser 
verificado e se tal prestador de serviço era esperado; 
• Caso haja dúvida sobre a presença do prestador de serviço, solicitar a 
presença do condômino até a portaria para identificá-lo pessoalmente ou através 
do sistema de CFTV ligado ao apartamento; 
• Sendo autorizada a entrada da pessoa, anotar seus dados em livro próprio, 
registrando o horário de entrada e saída, devolver-lhe os documentos, 
agradecendo; 
• Entregar-lhe um crachá de identificação de prestador de serviço ou uma 
20 
 
autorização de entrada; 
• Pedir que algum funcionário do condomínio o acompanhe até o local do 
serviço ou à residência do condômino; 
• Na saída, recolher o crachá ou a autorização devidamente assinada pelo 
condômino; 
• O condomínio deverá ter um horário predeterminado para a autorização de 
entrada dos prestadores de serviço, devendo evitar horários noturnos. 
 
Obs.: Esta norma é válida também para quando os prestadores de serviço 
forem executar um trabalho no condomínio, onde deverá ser consultado o síndico 
ou o zelador, para que estes autorizem sua entrada. 
 
Identificação de entregadores de mercadoria (encomendas, pizzas, 
flores, presentes ou outros objetos) 
• Fazer a identificação visual da pessoa; 
• Cumprimentá-la (bom-dia, boa-tarde, boa-noite); 
• Manter os portões fechados; 
• A pessoa deverá aguardar do lado de fora do condomínio ou em local 
reservado para isto, devendo ser tratada à distância, pois é prática comum 
marginais inventarem uma entrega fictícia; 
• Avisar o condômino, solicitando sua presença ou de algum funcionário seu na 
portaria a fim de pegar a encomenda; 
• Jamais permitir que o entregador leve pessoalmente a encomenda até a 
residência; 
• Caso o material venha acompanhado de Nota Fiscal, receber e assinar o 
recibo; 
• Na ausência do condômino, receber e guardar para, posteriormente, ser 
retirada pelo morador ou entregue por um funcionário. 
 
Caso o condomínio possua bloqueios tais como grades e portões 
duplos, com o objetivo de interromper o acesso de pessoas estranhas, além 
do citado anteriormente: 
• Trancar-se dentro da cabine, antes de deixar a pessoa entrar na gaiola com a 
21 
 
encomenda; 
• Pela janela, feita especialmente para isso, o porteiro recebe o documento 
para assinar, confere-o e o devolve pelo mesmo caminho; 
• Solicita que a pessoa se retire, deixando na gaiola a encomenda; 
• Coleta a encomenda da gaiola, somente após a pessoa se retirar e o portão 
voltar a ser trancado; 
• Havendo passagem ou gavetão de segurança, toda encomenda deverá ser 
passada por ali. 
 
Controle de entrada e saída de prestadores de serviço por empresas de 
terceirização de mão-de-obra (limpeza, vigilância, empreiteiras, etc.) 
• Identificar o empregado pelo seu crachá de identificação da empresa, 
conferindo com a relação que possua na portaria; 
• Entregar-lhe o crachá de identificação do condomínio como prestador de 
serviços; 
• Anotar seus dados em livro próprio, registrando o seu horário de entrada e 
saída; 
• Na saída, recolher o crachá de identificação. 
 
Controle de entrada e saída de veículos 
A identificação de todos os veículos que queiram entrar no condomínio é 
obrigação e dever de todo porteiro, vigia, vigilante, garagista ou zelador. Portanto, 
devem seguir as normas abaixo relacionadas: 
• Jamais abrir os portões sem antes ter certeza de que o veículo pertence a 
morador e que este se encontra em seu interior (ver quem é, para depois abrir o 
portão); 
• Fazer inspeção visual na pessoa e no veículo; 
• Nunca abrir o portão da garagem a veículos e pessoas estranhas ao 
condomínio, inclusive não se deve deixar impressionar com veículosnovos (de 
luxo) ou importados que apontem em direção da garagem; 
• Antes de abrir o portão da garagem, verifique se não há risco de intrusão de 
alguma pessoa estranha junto com o veículo; 
• Prestar atenção quando o motorista estiver acompanhado por pessoas 
22 
 
estranhas ou em atitudes suspeitas. Observar possíveis sinais de alerta por parte 
do motorista, pois o condômino poderá estar sob ameaça de assaltante; 
• Nenhum veículo deve sair do condomínio quando o proprietário não estiver 
junto e sem sua autorização expressa, principalmente quando se tratar de menor 
ou desconhecidos. 
 
Em casos de veículo de visitante, deve-se: 
• Quando o veículo não entrar no condomínio, o motorista deve ser alertado 
para que não estacione em local proibido, junto aos portões, prejudicando o ângulo 
de visão da portaria ou obstruindo a passagem de veículos e pedestres; 
• Quando o veículo for adentrar o condomínio, deve-se fazer uma inspeção 
visual na pessoa e no veículo; 
• Pedir educadamente o documento da pessoa; 
• Contatar o condômino solicitado; 
• Anotar dados da pessoa, do veículo, bem como do condômino a ser visitado, 
registrando seu horário de entrada e saída; 
• Entregar crachá e cartão do veículo à pessoa; 
• Indicar local para estacionar o veículo; 
• Na saída, fazer uma inspeção visual no veículo; 
• Recolher o crachá e o cartão do veículo. 
 
Em casos de veículos que venham entregar encomendas no interior do 
condomínio ou mu- danças, além do descrito anteriormente deve-se: 
• Inspecionar o veículo de entrega antes de sua entrada, solicitando a vistoria 
de sua carga e de sua documentação; 
• Solicitar documentação do motorista e dos ajudantes, quando houver, a fim 
de anotá-la em livro próprio; 
• Em mudanças ou transporte de qualquer mobiliário deve-se entrar em contato 
com o condômino a fim de certificar-se se realmente há sua autorização e que todo 
o material retirado é o determinado; 
• Ao suspeitar de algo estranho, solicitar ao motorista o documento do veículo; 
• Em mudanças, quando o condômino estiver ausente, somente deixar que o 
veículo seja carregado quando houver autorização por escrito por parte do 
23 
 
morador; 
• O zelador ou outro funcionário determinado pelo síndico deverá acompanhar 
qualquer tipo de carga ou descarga no interior do condomínio; 
• Verificar se todos que entraram com o veículo estão nele saindo e/ou se 
alguém foi autorizado a permanecer no condomínio; 
• Caso perceba alguma irregularidade, reter o veículo e acionar seu superior 
imediato ou, se for o caso, a Polícia; 
• Deve-se evitar fazer mudanças à noite ou aos domingos e feriados. 
 
Controle de entrada e saída de materiais 
Quando o material for deixado na portaria, o funcionário deverá tomar a 
seguinte atitude: 
• Fazer inspeção visual na pessoa e no material; 
• Verificar seu conteúdo sem, no entanto, abri-lo; 
• Anotar os dados do portador, do remetente e residência do destinatário; 
• Contatar o condômino responsável pela mercadoria, a fim de que este venha 
retirar o material junto à portaria ou se algum funcionário do condomínio deverá 
entregá-lo na residência; 
• Anotar a data e a hora da entrega em livro próprio; 
• Conferir o material juntamente com a Nota Fiscal; 
• Quando não houver nenhuma pessoa na residência, o funcionário deverá 
assinar a 2a via da Nota Fiscal, devolvendo-a ao portador, ficando a 1a consigo ou 
deve assinar o canhoto de recebimento, destacando-o conforme o caso; 
• Não autorizar a saída de pessoas estranhas ao condomínio que estejam de 
posse de objetos ou pacotes sem obter prévia autorização do condômino; 
• Não entregar chaves, objetos ou pacotes de moradores a pessoas estranhas 
sem sua autorização expressa; 
• Revistar bolsas e sacolas de funcionários e prestadores de serviço, quando o 
Estatuto ou Regimento Interno do Condomínio assim determinar. 
 
Lembre-se: Todos os procedimentos de atendimento são estabelecidos de 
acordo com o Estatuto ou Regimento Interno do Condomínio e na ausência destes 
conforme orientação expressa do síndico. 
24 
 
 
Relatórios de registro 
Os relatórios de registro são documentos que servem para relacionar 
materiais, fatos, situações e pessoas observados durante um espaço de tempo em 
determinado local. 
Nos condomínios, os relatórios de registro são de grande interesse, pois 
descrevem as condições de passagem do serviço (principalmente na portaria) e 
qualquer irregularidade ocorrida na rotina do condomínio em um determinado turno 
de trabalho. Estes livros de registro devem ficar na portaria ou outro local de fácil 
acesso e que seja de conhecimento de todos no condomínio. Podem ser utilizados 
para relacionar: 
• Entrada e saída de visitantes ou prestadores de serviço; 
• Entrada e saída de veículos; 
• Entrada e saída de materiais; 
• Protocolos para registros de correspondências; 
• Alterações havidas durante o serviço. 
Alguns condomínios utilizam livros de ocorrência, outros preferem impressos 
próprios e específicos para tais lançamentos. Existem condomínios que adotaram 
registros informatizados para controles de relatórios específicos. 
Esses registros seguem uma regra de elaboração, devendo constar deles os 
seguintes itens: 
• Relatório de serviços 
- Local e data; 
- Horário e turno de serviço; 
- Emissor (nome do porteiro ou qualquer outro funcionário que fez o registro); 
- Condições das instalações e dos equipamentos de uso no local, tais como 
controles e lanternas; 
- Correspondências que se encontram na portaria; 
- Materiais existentes na portaria; 
- Assunto (referência sobre os fatos ou novidades ocorridos); 
- Ordens determinadas, por escrito, pelo síndico ou zelador; 
- Histórico, devendo fazer as seguintes perguntas: quando?, onde?, o quê?, 
como?, por quê?, quem?; 
25 
 
- Ocorrências havidas nos turnos anteriores; 
- Providências adotadas; 
- Assinatura do funcionário que sai e do que entra de serviço. 
 
• Relatório de visitantes ou prestadores de serviço 
- Data; 
- Nome do visitante ou prestador de serviço; 
- Nome da empresa e seu respectivo telefone de contato; 
- Número do seu documento de identidade, crachá funcional com foto ou outro 
similar; 
- Número da residência a ser visitada ou local e tipo de serviço a ser realizado; 
- Nome do morador visitado ou funcionário que autorizou a entrada; 
- Número do crachá que for ser entregue, quando possuir; 
- Horário de entrada e saída; 
- Deixar um campo próprio para observação, caso haja alguma novidade ou 
alteração. 
 
• Relatório de veículos 
- Data; 
- Marca; 
- Modelo; 
- Cor; 
- Placas; 
- Nome do motorista e dos passageiros; 
- Número da residência de destino; 
- Nome do morador ou funcionário que autorizou a entrada; 
- Horário de entrada e saída; 
- Deixar um campo próprio para observação, caso haja alguma novidade ou 
alteração. 
 
• Relatório de materiais 
- Data; 
- Quantidade; 
26 
 
- Tipo de material; 
- Remetente; 
- Portador; 
- Destinatário (nome do morador e residência de destino); 
- Horário do recebimento e da entrega do material. 
 
Todos os relatórios, ora citados, deverão ser confeccionados diariamente e 
por turno de serviço, e todas as ocorrências devem ser, minuciosamente, 
transmitidas aos funcionários do turno seguinte. Estes relatórios servem como 
referência, ao síndico e demais moradores, para poder controlar todas as 
alterações havidas no condomínio, principalmente na portaria, assim como limitar o 
acesso de pessoas estranhas ao interior do conjunto residencial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
27 
 
CAPÍTULO III SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO EM CONDOMÍNIOSOs meios de comunicação são vitais para a segurança dos condomínios, 
quer sejam verticais ou horizontais, pois quando utilizados corretamente, tanto para 
transmissões de mensagens internas quanto externas, aumentam os níveis de 
proteção e eficácia em situações de emergência. 
Abordaremos, neste capítulo, os sistemas de comunicação mais utilizados 
em condomínios, os quais são: o telefone, o interfone e o radiotransmissor. 
 
Correta utilização de telefones 
O telefone é um processo elétrico, com ou sem fio, que transmite os sons à 
distância. É um dos meios de comunicação mais rápidos e avançados, que facilita 
e agiliza a vida corrida do Homem moderno, principalmente após a era da 
digitalização. 
Por estas facilidades e vantagens é que se torna obrigatória e necessária 
sua utilização nas portarias dos condomínios, pois muitos problemas são 
detectados pelo porteiro/vigia ou qualquer outro funcionário, sendo que havendo 
um meio de comunicação externo, ou seja, uma linha telefônica na portaria 
principal do condomínio facilitaria em muito o acionamento de órgãos públicos e 
privados quando em situações de emergência. A linha telefônica da portaria poderá 
ser uma extensão da sala de administração ou da residência do zelador. 
Várias ocorrências acontecem em ocasiões onde os condôminos que 
possuem sua linha telefônica estão ausentes ou descansando, sendo que muitas 
vezes ocorrem delitos no condomínio que poderiam ser evitados se na portaria 
houvesse uma linha telefônica, pois, através destas, os porteiros deixariam de ficar 
na dependência de terceiros ou, o que é pior, até de abandonar o local de trabalho 
para ligar aos setores de emergência, causando grandes transtornos ao 
condomínio. 
Atualmente, existem centrais telefônicas modernas e até digitalizadas que 
são instaladas em condomínios, sendo que seus ramais atendem a todas as 
residências, inclusive a portaria, servindo inclusive como um sistema eletrônico a 
mais de segurança . Para isso, são necessárias uma ou duas linhas telefônicas 
convencionais ligadas à central, através da qual os condôminos podem fazer ou 
receber chamadas por este sistema, ficando a(s) linha(s) telefônica(s) para o 
28 
 
condomínio, ou seja, de uso coletivo, não havendo necessidade de cada 
residência, individualmente, possuir uma. Com esse moderno sistema, os 
apartamentos podem, também, comunicar-se entre si, ou seja, diretamente, sem 
necessitar da interferência de terceiros, substituindo, assim, o interfone, são os 
chamados sistemas DDR (Discagem Direta por Ramais) . 
Infelizmente, muitos condomínios não possuem essa estrutura, portanto, é 
necessário um esquema de acionamento de emergência uniforme e que seja 
comum entre o síndico, os moradores e os porteiros, para que, em condições 
críticas, possa ser desencadeado. Para isto, sugiro que 3 (três) condôminos 
voluntários que possuam telefone próprio sejam relacionados e os números de 
suas residências sejam deixados na portaria, a fim de que, surgindo algum 
problema que necessite de apoio externo, o porteiro possa acioná-los e eles, com 
os telefones de urgência em mãos, liguem para os órgãos emergenciais, a 
qualquer hora do dia ou da noite. 
Passaremos, agora, algumas informações sobre o comportamento ideal que 
as pessoas devem ter ao telefone e algumas sugestões que poderão gerar maior 
simpatia e segurança no atendimento telefônico de seu condomínio ou até de sua 
residência. 
As regras básicas que falaremos a seguir se aplicam tanto a moradores 
quanto a funcionários de condomínios. 
Lembre-se: “Em uma comunicação ao telefone não conseguimos ver a 
pessoa com quem estamos falando. Deste modo, a forma como falamos é a 
imagem que estamos passando para essa pessoa”. 
 
Como proceder ao receber ligações 
• Atenda ao telefone o mais rápido possível, não deixe ficar tocando durante 
muito tempo; 
• Em ligações externas diga o nome do condomínio, isto quando estiver falando 
em suas instalações, identificando o setor onde se encontra. Exemplo: 
“Condomínio do Sol, portaria central”; 
• Cumprimentar (bom-dia, boa-tarde, boa-noite), seja cortês, sem cometer 
exageros; 
29 
 
• Ao ser solicitado, identifique-se corretamente, diga seu nome. Exemplo: “Aqui 
é o porteiro José”; 
• Identificar a pessoa que está falando. Exemplo: “Por favor, quem deseja 
falar?” ou “Eu poderia saber seu nome, por favor?”; 
• Verificar o que a pessoa deseja. Exemplo: “Posso ajudá-lo(a)?”; 
• Falar num tom médio e tranqüilo, procurando emitir a voz naturalmente, 
pausadamente e numa linguagem simples. Jamais grite; 
• Ser breve ao telefone; 
• Esperar que o interlocutor termine de falar, sem interrompê-lo; 
• Registrar tudo o que for importante da ligação, anotando recados. Não confie 
na memória; 
• Em caso de pergunta demorada a uma terceira pessoa, pergunte ao seu 
interlocutor se ele pode esperar ou ofereça-se para chamá-lo quando estiver com 
todas as informações solicitadas. Exemplo: “O(a) Sr.(a) não se incomodaria de 
esperar um momento?” ou “Vou verificar sobre este assunto e, logo em seguida, 
ligarei para dar o retorno para o(a) Sr.(a)”; 
• Garantir informações corretas ou transferir a chamada para quem as tem; 
• Concluir a ligação com calma e cordialidade. Nunca bata o telefone no 
gancho; 
• Nunca fornecer, por telefone, dados sobre seu local de trabalho, informações 
pessoais, nomes, endereços, números de telefone de condôminos nem detalhes 
sobre a rotina do condômino, sua segurança e dados de seus funcionários. 
Caso seu condomínio ou residência tiver sistemas de alarme monitorados 
por empresas especializadas e houver disparo de alarme, o atendente dessa 
empresa entrará em contato para certificar-se do que está ocorrendo, portanto, 
quem atender ao telefone deverá, além do citado acima: 
• Informar seu nome; 
• Responder às perguntas do atendente, que falará a senha de emergência 
previamente convencionada; 
• Informar a contra-senha pré-estipulada, quer seja a que transmita a situação 
de normalidade ou alarme falso, como aquela que define a situação de emergência 
ou de coação, tudo isto conforme o que esteja ocorrendo no momento; 
30 
 
• A empresa de alarmes tomará as providências acordadas entre o morador e a 
Central de Monitoramento. 
 
Como proceder ao fazer ligações 
• Discar corretamente, não se utilizando de outros objetos como caneta ou lápis 
para ligar, mas sim os dedos; 
• Evitar quedas do aparelho; 
• Cumprimentar (bom-dia, boa-tarde, boa-noite); 
• Falar num tom médio de voz; 
• Identificar-se corretamente. Exemplo: “Aqui quem fala é o porteiro José, do 
Condomínio do Sol”; 
• Transmitir o assunto na íntegra; 
• Ser breve ao telefone; 
• Não entrar em detalhes que não dizem respeito ao assunto; 
• Concluir a ligação com calma e cordialidade, agradecendo sempre o 
interlocutor pela atenção dispensada; 
• Não utilizar o telefone de serviço para tratar de assuntos pessoais, salvo em 
situações de urgência. 
 
Como acionar órgãos de emergência 
Citaremos algumas regras básicas a fim de que todos os integrantes do 
condomínio, tais como síndicos, condôminos ou funcionários, saibam acionar os 
órgãos público e privado em situação de emergência, tudo isto com o objetivo de 
mostrar como deve ser feita a chamada corretamente para facilitar e agilizar seu 
atendimento: 
• Discar corretamente sem nenhuma precipitação. Normalmente os números de 
emergência são de três dígitos, o que facilita bastante sua memorização e 
chamada. Exemplos: 190, 193, 147, 192, etc.; 
• Procure comunicar-se num tom de voz bem audível sem, no entanto, gritar, 
falando pausadamente e naturalmente, mesmo que esteja sob pressão; 
• Cumprimentar o(a) interlocutor(a) (bom-dia,boa-tarde, boa-noite); 
• Identificar-se corretamente, passando seu nome, função, condomínio, 
endereço completo de onde está falando, bairro, número do telefone do qual está 
31 
 
ligando e uma rua ou local, como ponto de referência, próxima ao local da 
ocorrência. Exemplo: Boa-noite, aqui quem fala é o porteiro José, do Condomínio 
Boa Morada, situado na Rua dos Moinhos, 136, Vila São Carlos, próximo a Padaria 
Pão de Mel, meu número do telefone é 222-4536...; 
• Solicitar educadamente o nome da atendente; 
• Responder corretamente às perguntas feitas pelo(a) atendente; 
• Procurar manter a tranqüilidade ao passar as informações, isto para facilitar 
sua compreensão e entendimento; 
• Contar com detalhes o que está ocorrendo e o motivo da ligação; 
• Definir o local onde aguardará o auxílio, passando as coordenadas ao 
atendente; 
• Caso o(a) atendente ligue para confirmar alguns dados, atenda à chamada 
passando todas as informações solicitadas; 
• Em caso de demora excessiva, ligue de novo para o órgão acionado, 
fornecendo todos os dados novamente, informando que já havia solicitado 
anteriormente, passando inclusive o nome do(a) atendente anterior que recebera a 
chamada. 
 
Alguns números de telefones de utilidade pública mais usados 
Forneceremos como base, a seguir, os telefones de emergência e de 
serviços utilizados na cidade de São Paulo. 
 
 
Além dos telefones descritos, é importante manter na portaria do condomínio 
uma lista atualizada de números telefônicos úteis, tais como: 
• Hospitais e prontos-socorros mais próximos; 
• Posto policial e distrito policial mais próximos; 
• Grupamento do Corpo de Bombeiros próximo; 
• Assistência técnica de elevadores; 
• Chaveiros 24 horas; 
• Empresas de manutenção em geral; 
• Depósito de gás engarrafado (GLP); 
• Outros telefones úteis ao condomínio. 
32 
 
Correta utilização de interfones ou centrais de portaria 
Interfone ou central de portaria, conhecido também como porteiro eletrônico, 
é um equipamento eletroacústico utilizado para a comunicação interna de edifícios, 
que transmite mensagens entre os apartamentos e a portaria e/ou entre os 
apartamentos . É composto basicamente por um microfone ligado a um alto-falante 
por meio de fios ou cabos. 
Pode ser utilizado através de uma central localizada na portaria ou 
diretamente acoplado ao portão de entrada do edifício. Existem diversos tipos de 
aparelho interfônico, com as mais variadas marcas disponíveis no mercado. 
É imprescindível e vantajoso que os edifícios tenham tal equipamento, pois 
este auxilia, sobremaneira, na intercomunicação funcional e administrativa do 
condomínio e, principalmente, no que diz respeito à segurança, uma vez que: 
 
• Alerta sobre visitas inoportunas ou inconvenientes; 
• Transmite mensagens aos demais funcionários; 
• Permite apenas a entrada de pessoas autorizadas; 
• Tranqüiliza, em casos de falta d’água ou de energia, o pessoal que porventura 
esteja preso no elevador; 
• Transmite alarmes e avisos em casos de incêndio; 
• É discreto e econômico; 
• O porteiro pode, através do interfone, enviar e/ou receber mensagens de 
condôminos sobre situações de emergência que possam estar ocorrendo dentro ou 
fora do condomínio; 
• Permite a comunicação interna entre moradores. 
 
Sua correta utilização é importante, a fim de disciplinar a transmissão e 
recepção de mensagens. Para tanto, devem ser obedecidas as seguintes normas 
ao se fazer uso do interfone: 
 
Procedimentos ao atender chamadas 
• Identificar o local de onde está falando. Exemplo: Portaria, apartamento 
142...; 
• Identificar-se, declinando nome e função. Exemplo: Porteiro José...; 
33 
 
• Cumprimentar (bom-dia, boa-tarde, boa-noite); 
• Identificar a pessoa com quem está falando. Exemplo: Com quem estou 
falando, por favor?; 
• Receber ou transmitir a mensagem; 
• Quando a chamada for na portaria e for solicitado, fazer a “ponte” entre 
apartamentos; 
• Ser breve, falando somente o necessário; 
• Conclua a chamada com calma e cordialidade. 
 
Procedimentos ao efetuar chamadas 
• Fazer a ligação conforme o funcionamento do equipamento; 
• Cumprimentar (bom-dia, boa-tarde, boa-noite); 
• Identificar-se declinando nome, função e local de onde está falando. 
Exemplo: Aqui quem fala é o Sr. Carlos, morador do apartamento 142...; 
• Identificar com quem fala; 
• Transmitir ou receber a mensagem; 
• Ser breve ao transmitir a mensagem; 
• Desligar, concluindo com calma e cordialidade. 
 
Correta utilização do radiotransmissor 
Radiotransmissor ou transceptor é um equipamento elétrico sem fio, portátil, 
que funciona através de ondas magnéticas, podendo ser transportado por uma só 
pessoa e ser operado mesmo em movimento. É um meio de comunicação muito 
utilizado na segurança de condomínios. 
Muitos condomínios estão utilizando os radiotransmissores portáteis (Hand-
Talk - HT), além da segurança para comunicações administrativas e entre zelador e 
portaria e/ou estes com o síndico. Atualmente, existem equipamentos de rádio 
trunking, que se utilizam do sistema de comunicação rádio e telefone de última 
geração, com funcionamento semelhante aos aparelhos celulares por meio de 
sistemas computadorizados. 
É importante sua correta utilização para facilitar e agilizar as transmissões 
entre os usuários, portanto, deve-se atentar para as seguintes normas de operação 
em sistemas de rádios convencionais: 
34 
 
• Para falar, apertar a tecla de acionamento; 
• Chamar a pessoa desejada, através de códigos; 
• Falar claro e pausadamente; 
• Transmitir somente o necessário; 
• Utilizar-se do código Q e do alfabeto fonético; 
• Não interromper a comunicação de outro operador; 
• Deixar livre a tecla de acionamento, para que o outro operador possa falar; 
• Atender prontamente às chamadas; 
• Repetir a operação sucessiva e alternadamente; 
• Manter a disciplina na rede. 
 
CÓDIGO “Q” 
 
QAP - Estou na escuta QTY – Estou a caminho 
QRV - Estou à disposição QTH – Local ou endereço 
QRM – Interferência QRA – Nome do operador 
QSM - Repita a mensagem QSA – Intensidade dos sinais 
QSL - Entendido 5 – Ótima 
QRX - Aguarde 4 – Boa 
QRU - Novidade 3 – Regular 
QTR - Hora certa 2 – Má 
QRT - Parar de transmitir 1 – Péssima 
QTO - Banheiro QSP – Ponte auxílio 
QSJ - Dinheiro QTC – Mensagem 
QSO - Contato pessoal QTA – Cancele última mensagem 
TKS - Obrigado QTY – Destino 
 
 
 
 
 
 
 
35 
 
CÓDIGO ALFABETO FONÉTICO INTERNACIONAL 
A - Alpha N - November 0 - Zéro 
B - Bravo O - Oscar 1 - Uno 
C - Charlie P - Papa 2 - Dois 
D - Delta Q - Quebec 3 - Treis 
E - Eco R - Romeu 4 - Quatro 
F - Foxtrot S - Sierra 5 - Cinco 
G - Golf T - Tango 6 - Meia dúzia 
H - Hotel U - Uniform 7 - SeteI – Índia V - Victor 8 - Oito 
J – Juliet W - Whiskey 9 - Nove 
K - Kilo X - Xingu 
L - Lima Y - Yankee 
M - Mike Z - Zulu 
 
36 
 
 CAPÍTULO IV TÉCNICAS DE IDENTIFICAÇÃO DE PESSOAS E 
VEÍCULOS 
 
 Identificar pessoas em atitude suspeita é condição básica e imprescindível 
para que haja eficiência e efetividade no sistema de segurança de um condomínio. 
 Portanto, é necessário que todos os integrantes do condomínio, quer seja 
síndicos, moradores e funcionários, considerem que determinadas características 
identificadoras são de extrema importância para se prevenir ou mesmo evitar 
assaltos, furtos, invasão de domicílio ou, até mesmo, seqüestros. Por este motivo, 
deve-se estar sempre atento a qualquer situação de anormalidade que venha a 
rondar o condomínio, procurando observar o que acontece a sua volta e, com 
tranqüilidade, poder descrever tudo o que foi avistado, a fim de se evitar ataques 
inesperados e, se for o caso, facilitar futuras ações repressivas ou investigatórias. 
 Deve-se buscar sempre o caráter preventivo, precavendo-se contra 
situações adversas, mas, caso haja alguma falha no esquema de segurança, os 
condôminos e funcionários deverão estar em condições de passar a descrição fiel 
do indivíduo causador do delito, a fim de ajudar as autoridades a elucidar qualquer 
crime que tenha ocorrido no condomínio. 
 Considera-se pessoa em atitude suspeita o indivíduo que por sua conduta, 
atitude ou vestimenta destoe daquela adotada pelo cidadão comum, levando-se em 
conta o local e o tempo onde se encontra. 
 
Técnicas de observação e descrição de pessoas 
 É de suma importância que todos os envolvidos no sistema de segurança do 
condomínio apliquem regras básicas de observação e descrição de pessoas, 
coisas e fatos que ocorrem ao seu redor. Observar é atentar para alguma coisa ou 
pessoa, é olhar com atenção. A visão e a audição são os sentidos mais utilizados 
na observação. 
 Quando se examina minuciosamente um indivíduo com o objetivo de 
identificá-lo posteriormente, deve-se partir da observação geral seguindo para 
aspectos específicos e sinais particulares. 
 
 Características gerais e específicas 
 Para se utilizar das técnicas de observação de pessoas deve-se atentar e 
37 
 
gravar a seguinte seqüência de detalhes: 
• Sexo: masculino ou feminino; 
• Etnia: japonês, alemão, português, nigeriano, etc.; 
• Cor: branca, negra, amarela, parda, etc.; 
• Altura: comparar a pessoa com sua própria estatura para se ter a altura 
aproximada; 
• Idade: verificar postura, rugas no rosto, mãos, cor dos cabelos e agilidade; 
• Porte físico: forte, fraco, gordo, magro, etc. 
• Cabeça: redonda, alongada, oval, cheia, quadrada, etc.; 
•Cabelos: ralos, cheios, crespos, lisos, longos, curtos, encarapinhados, tipo de 
penteado, calvície, etc.; 
• Cor dos cabelos: castanhos, ruivos, loiros, pretos, etc.; 
• Sobrancelhas: grossas, finas, emendadas, horizontais, etc.; 
• Olhos: grandes, pequenos, redondos, amendoados, etc.; 
• Cor dos olhos: castanhos, pretos, azuis, verdes, etc.; 
• Pálpebras: fundas, retas, escurecidas, etc.; 
• Orelhas: grandes, pequenas, de abano, pontiagudas, etc.; 
• Nariz: pequeno, grande, fino, arrebitado, pontiagudo, etc.; 
• Bochechas: altas, baixas, salientes, cheias, magras, etc.; 
• Formato do rosto: largo, fino, comprido, redondo, oval, etc.; 
• Lábios: finos, grossos, grandes, pequenos, etc.; 
• Bigodes: finos, grossos, ralos, cheios, barba, cor, etc.; 
• Dentes: completos, incompletos, separados, saltados, dentadura, etc.; 
• Maxilar: formato, comprimento, etc.; 
• Queixo: grande, arredondado, pontiagudo, quadrado, etc.; 
• Pescoço: fino, musculoso, curto, longo, etc.; 
• Ombros: largos, levantados, caídos, etc.; 
• Cintura: fina, grossa, com barriga, etc.; 
• Mãos: grossura, comprimento, unhas, cicatrizes, manchas, etc.; 
• Braços: curtos, longos, musculosos, médios, etc.; 
• Pernas: grossas, finas, etc.; 
• Pés: tamanho; 
38 
 
• Voz: sotaque, entonação, timbre, velocidade no falar, etc.; 
• Gestos: cacoetes, deficiências físicas, comportamento, maneira de caminhar, 
etc.; 
• Sinais particulares: cicatrizes, manchas, pintas, verrugas, tatuagens 
artísticas ou malfeitas, uma vez que estas, possivelmente, podem ter sido 
desenhadas na prisão, etc.; 
• Vestimentas: roupa que está usando no momento - calça, camisa, blusa, 
jaqueta, saia, vestido, agasalho, sapato, boné, anéis, pulseiras, coloração, tecido, 
estado de conservação, etc.; 
• Objetos: bolsa, pochete, carteira, pasta, sacola, embrulho, etc.; 
• Armas: revólver, pistola, submetralhadora, faca, punhal, etc. 
 
 Encontrando-se numa situação embaraçosa ou de assalto, em que não se 
possa atentar para detalhes, deve-se voltar a atenção para os seguintes pontos 
básicos: 
• Aspectos gerais: sexo, compleição física, altura, idade, raça e vestuário; 
• Aspectos pormenorizados: cabelo, cor dos olhos, boca, barba, etc.; 
• Sinais particulares: cicatrizes, tatuagens, etc. 
 
 Técnicas de observação e descrição de veículos 
 Muitos veículos podem estar em condições que causem desconfiança por 
parte dos moradores ou funcionários do condomínio, portanto, é importante que as 
pessoas saibam como identificá-los, devendo possuir um mínimo conhecimento 
sobre veículos automotores a fim de poder descrevê-los corretamente. 
Em tal situação, deve-se observar e considerar o seguinte: 
• Marca do veículo: Exemplos: Volkswagen, General Motors, Fiat, Ford, 
Yamaha, Honda, Mercedes-Benz, etc.; 
• Modelo do veículo: Exemplos: Gol, Corsa, Palio, RD 350 cc, etc.; 
• Cor do veículo: Exemplos: vermelho, azul, cinza, preto, etc.; 
• Placas do veículo: Exemplos: BGE 5812, CGA 5123, BID 5980, CGH 1234, 
etc.; 
• Município de origem do veículo: Exemplos: São Paulo, Porto Alegre, 
Vitória, Manaus, etc.; 
39 
 
• Estado de origem do veículo: Exemplos: SP, RS, RJ, ES, AM, etc.; 
• Ano aproximado do veículo: Exemplos: 1990, 1991, 1996, 1997, 1998, etc.; 
• Marcas e sinais característicos aparentes: Exemplos: pintura riscada, pára-
lama dianteiro esquerdo amassado, vidro traseiro trincado, falta de retrovisor do 
lado direito, etc.; 
 
Situações que levantam suspeitas 
Destacaremos, a seguir, situações em que as pessoas podem estar em 
atitude suspeita e que demandam observação minuciosa por parte de todos os 
integrantes do condomínio: 
• Pessoas paradas estranhamente na rua, lendo jornal ou andando 
vagarosamente próximas ao condomínio, observando-o atentamente; 
• Indivíduos que permaneçam parados em ponto de ônibus, sem tomar nenhum 
deles; 
• Pessoas que demonstrem nervosismo sem motivo aparente; 
• Mendigos ou vendedores-ambulantes estranhos ao local; 
• Aparentes funcionários da Companhia Telefônica, de Água e Esgoto, de 
Energia Elétrica, de entrega de Gás, etc., que simulam consertos a serem 
executados; 
• Indivíduos fazendo aparentes consertos demorados em automóveis próximo à 
entrada do condomínio; 
• Qualquer pessoa que preste muita atenção ao condomínio, observando 
principalmente sua portaria ou garagem; 
• Pessoas que estejam de carro, motocicleta ou bicicleta, sempre com os 
mesmos ocupantes, que passem lentamente, por várias vezes, em frente do 
condomínio como se estivessem observando a rotina da portaria e da garagem; 
• Indivíduos que demonstrem muito interesse pelo sistema de segurança do 
condomínio; 
• Pessoas andando juntas, vagarosamente, sem conversar; 
• Rapazes ativos sem destino certo; 
• Indivíduos com roupa de inverno (pesadas)em tempo quente; 
• Pessoas usando possíveis disfarces, tais como peruca, barba, bigode, óculos 
escuros em dia sem sol; 
40 
 
• Técnicos não solicitados (telefone, eletricistas, gás, eletrodomésticos, 
serviços gerais, etc.) que insistam em entrar no condomínio ou que solicitem 
consertos nas residências; 
• Pessoas muito bem vestidas e extremamente simpáticas que se fazem passar 
por compradores de imóveis que, procurando ganhar a confiança dos porteiros, 
conseguem entrar nas dependências do condomínio, a fim de consumar seus 
delitos; 
• Vendedores, pedintes, pregadores religiosos que insistam em entrar no 
condomínio ou que solicitem a presença de moradores à portaria; 
• Pessoas que, ao conversarem consigo, escondam as mãos em bolsos de 
blusas ou de jaquetas, onde possivelmente estejam escondendo armas. Isso 
ocorre muito nas portarias dos condomínios; 
• Indivíduos que circundam um veículo (quando estacionado) e/ou pareçam 
aguardar a chegada do dono para apanhá-lo; 
• Estranhos funcionários, com perfis suspeitos, encarregados da leitura de 
relógios de luz e água que, por sua localização, tenham que adentrar o 
condomínio; 
• Motoristas ou motoqueiros que se aproximem, exageradamente, de 
moradores quando estiverem adentrando o condomínio; 
• Pessoas em grupo ou mesmo isoladas que procurem aproximação física de 
moradores nas proximidades do condomínio; 
• Indivíduos que possuam tatuagens grosseiras, malfeitas, típicas de 
presidiário; 
• Veículos estacionados nas imediações do condomínio por muito tempo, com 
pessoas em atitudes suspeitas em seu interior, principalmente à noite; 
• Veículo estacionado nas proximidades do condomínio por mais de 24 horas, 
parecendo haver sido abandonado no local; 
• Telefonemas de pessoas estranhas que solicitam informações confidenciais e 
pessoais de moradores ou de funcionários do condomínio; 
• Desaparecimento de correspondências da caixa do correio do condomínio; 
• Pessoas que resistam quando lhes é solicitado algum documento de 
identidade na portaria do condomínio; 
• Indivíduos muito bem trajados que se fazem passar por pessoas de classe 
41 
 
social elevada, intitulando-se doutores ou mesmo autoridades, forçando sua 
entrada no condomínio, intimidando os porteiros; 
• Pessoas na rua simulando acidentes e que pedem socorro, solicitando, 
inclusive, para entrar no condomínio, a fim de ligar para os órgãos de emergência, 
o que pode ser uma armadilha ou cilada; 
• Entregadores de pizzas, flores, refeições, etc., e mesmo de encomendas não 
solicitadas, que desconhecem o nome e o endereço correto do morador. 
 
Preservação de local de crime 
Quando acontece um fato delituoso (crime) é importante que o local onde 
ocorreu seja preservado, para que a autoridade faça uma observação mais 
rigorosa e de acordo com os padrões de investigação. Para isto é necessário que o 
porteiro ou vigilante ou mesmo o zelador ao tomar conhecimento do fato preserve o 
local de crime, descreva o tipo de carro, objeto e/ou a pessoa suspeita de ter 
praticado o crime. 
Fazer um pequeno relatório do que aconteceu numa folha, começando pala 
descrição do que viu. Não colocar neste relatório as opiniões pessoais. 
Os fatos anotados de maneira correta irão auxiliar a Polícia na solução do 
crime. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
42 
 
CAPÍTULO V SEGURANÇA FÍSICA DE INSTALAÇÕES CONDOMINIAIS 
 
A segurança física das instalações de um condomínio é um tema 
extremamente essencial na proteção de conjuntos residenciais, pois é outro fator 
preponderante e imprescindível para que se tenha ausência ou mesmo diminuição 
de riscos que possam ameaçar o bem-estar dos condôminos. 
Cabe-nos lembrar que é utopia afirmar sobre a existência de locais ou 
situações totalmente seguros, pois o ser humano, através de sua criatividade e 
perspicácia, sempre arrumará uma maneira de burlar o esquema de segurança 
implantado, isto sem falar nas falhas muitas vezes já existentes, na indisciplina 
humana que favorece estas deficiências, sem contar os transtornos causados se 
fossem adotados excessos nos dispositivos de segurança que, impedissem as 
pessoas de ter livre acesso a seus lares ou mesmo cerceassem a liberdade de 
visita de seus parentes e amigos. 
Vale a recordação de que muitas pessoas atribuem, equivocadamente, o 
tema Segurança um problema exclusivo do governo, o que é uma inverdade. Em 
vários países, principalmente os chamados de primeiro mundo, a Segurança 
Privada está em franca ascensão, sendo esta atividade um meio de ajuda aos 
órgãos de Segurança Pública, permitindo que estes direcionem melhor seus 
recursos para a proteção da coletividade. 
O que gostaríamos de ressaltar é que, apesar de não existir proteção 
intransponível pelo Homem, devemos escolher medidas, esquemas, planos e até 
sistemas de segurança que venham desestimular atos criminosos e possam 
dificultar, ao máximo, qualquer tipo de violência por parte de pessoas mal-
intencionadas. Para tanto, devemos adotar métodos preventivos a fim de que 
possamos, dentro do possível, evitar situações adversas que venham afetar a 
tranqüilidade do meio em que vivemos. 
Quando se fala em racionalizar os meios existentes, deve-se atentar para 
que haja um perfeito entrosamento entre o binômio homem-equipamento, sendo 
que um complementa o outro e cada um isoladamente não pode subsistir num 
sistema adequado de Segurança. Só assim é que teremos a eficiência e a eficácia 
na proteção dos condomínios e das residências. 
Após esta pequena introdução, vamos abordar assuntos concernentes à 
proteção específica de condomínios, para que cada ponto vulnerável seja 
43 
 
reforçado, tudo isto com o intuito de fortalecer os locais onde os malfeitores 
normalmente escolhem para atacar. 
Basicamente são utilizadas duas formas de medidas de segurança para se 
proteger um edifício residencial: a medida estática ou de informação e a medida 
dinâmica. 
Medidas estáticas: são aquelas que informam uma invasão de maneira ilícita 
numa área e têm por objetivo minimizar, ou evitar, a ocorrência de ações contra o 
condomínio, como furto, roubo, incêndio ou outro tipo de dano. São consideradas 
medidas estáticas: barreiras perimetrais (muros e cercas), iluminação, alarmes, 
circuito fechado de TV, etc... 
 Medidas dinâmicas: são aquelas de natureza estritamente racional e estão 
ligadas às ações dos porteiros e do zelador, envolvendo também a supervisão 
exercida por cada morador, até a seleção e treinamento de pessoal. São chamadas 
de medidas dinâmicas: a seleção profissional, a identificação de pessoal na 
portaria, o treinamento de pessoal, etc... 
 
Barreiras físicas 
São obstáculos naturais ou artificiais (estruturais) que servem para impedir 
ou dificultar o acesso de pessoas estranhas em locais delimitados ou proibidos, e 
controlar os permitidos em um condomínio, além de proteger os seus pontos 
estratégicos e vulneráveis. Podem ser divisas, vegetação, muros, cercas, 
concertinas, alambrados, ofendículos, cancelas, portarias, portões, portas internas 
ou intermediárias, etc. Passaremos a comentar sobre cada uma das barreiras 
físicas mais utilizadas em conjuntos residenciais, descrevendo as medidas técnicas 
e de proteção que servem tanto para os condomínios verticais como para os 
horizontais. 
 
Divisas do condomínio 
 Ao se projetar um condomínio, deve-se atentar para sua Arquitetura arrojada 
aliada ao quesito Segurança. 
 
 
Portanto, suas divisas físicas têm que ser avaliadas para que este projeto 
possa atender às exigências técnica e estética, assim como a proteção perimetral 
44 
 
do condomínio. 
 
Divisa frontal 
Normalmente, nas divisas

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