Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMIÁRIDO
PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ANIMAIS
CURSO DE ENGENHARIA DE PESCA
CLARENCE ILDAWALD GIBSON OVIL JUNIOR
CONTROLE BIOLÓGICO DE RECRUTAMENTO DE TILÁPIA DO NILO 
(Oreochromis niloticus) POR ROBALO FLECHA (Centropomus undecimalis) 
EM SISTEMA DE CULTIVO EXPERIMENTAL 
MOSSORÓ
2016
CLARENCE ILDAWALD GIBSON OVIL JUNIOR
CONTROLE BIOLÓGICO DE RECRUTAMENTO DE TILÁPIA DO NILO 
(Oreochromis niloticus) POR ROBALO FLECHA (Centropomus undecimalis) 
EM SISTEMA DE CULTIVO EXPERIMENTAL 
Monografia apresentada à Universidade 
Federal Rural do Semiárido – UFERSA 
como requisito para obtenção do título de 
Bacharel em Engenharia de Pesca.
Orientadora: Misleni Ricarte de Lima, 
Profa. Dra.
MOSSORÓ
2016
© Todos os direitos estão reservados a Universidade Federal Rural do Semi-Árido. O 
conteúdo desta obra é de inteira responsabilidade do (a) autor (a), sendo o mesmo, 
passível de sanções administrativas ou penais, caso sejam infringidas as leis que 
regulamentam a Propriedade Intelectual, respectivamente, Patentes: Lei n° 
9.279/1996 e Direitos Autorais: Lei n° 9.610/1998. O conteúdo desta obra tomar-se-á 
de domínio público após a data de defesa e homologação da sua respectiva ata. A 
mesma poderá servir de base literária para novas pesquisas, desde que a obra e 
seu (a) respectivo (a) autor (a) sejam devidamente citados e mencionados os seus 
créditos bibliográficos.
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
Biblioteca Central Orlando Teixeira (BCOT)
Setor de Informação e Referência (SIR)
Setor de Informação e Referência
Bibliotecário-Documentalista
Bibliotecária: Vanessa Christiane Alves de Souza Borba
CRB-15/452
O96c 
Ovil Junior, Clarence Ildawald Gibson. CONTROLE 
BIOLÓGICO DE RECRUTAMENTO DE TILÁPIA DO 
NILO (Oreochromis niloticus) POR ROBALO FLECHA 
(Centropomus undecimalis) EM SISTEMA DE CULTIVO 
EXPERIMENTAL / Clarence Ildawald Gibson Ovil Junior. - 
2016. 37 f. : il. 
Orientadora: Mislene Ricarte de Lima. Monografia 
(graduação) - Universidade Federal Rural do Semiárido, 
Curso de Engenharia de Pesca, 2016. 
1. Alevinos. 2. Controlador. 3. Eficiência. 4. Recrutas. I. 
Lima, Mislene Ricarte de, orient. II. Título.
CLARENCE ILDAWALD GIBSON OVIL JUNIOR
CONTROLE BIOLÓGICO DE RECRUTAMENTO DE TILÁPIA DO NILO 
(Oreochromis niloticus) POR ROBALO FLECHA (Centropomus undecimalis) 
EM SISTEMA DE CULTIVO EXPERIMENTAL 
Monografia apresentada à Universidade 
Federal Rural do Semiárido como 
requisito para obtenção do título de 
Bacharel em Engenharia de Pesca.
A Oneida Rocha Santana, minha queria avó 
materna, a quem devo as raízes da minha fé 
em tudo quanto é bom e maravilhoso na 
criação do nosso pai celestial. Jamais me 
esquecerei! (In Memoriam);
A meu avô materno Sebastião Chácara, 
saudades dos nossos passeios e histórias. (In 
Memoriam);
A Alzira Ribeiro Ovil e Clarence Ovil Gibson, 
meus avós paternos, que também 
influenciaram de forma ímpar em minha vida, 
ele com sua história de atleta (The Tiger of 
The Night, Boxer - EUA), ela com sua 
generosidade e caridade. (In Memoriam);
A Vovó Ivone Macedo Barbosa, que me 
acolheu como neto em seu coração. (In 
Memoriam).
Amor sagrado por todos vocês.
À vida por permitir que esta jornada se 
concluísse. 
Aos meus pais Izanete Chácara Rocha 
Gibson e Clarence Ildawald Gibson ovil pelo 
exemplo e suporte, sem os quais jamais eu 
chegaria aqui de cabeça erguida.
Aos meus filhos Joaquim Amon e Eric Gabriel 
pela motivação; 
Aos meus irmãos;
À minha amiga Ana Cláudia de Medeiros por 
tudo que significa nesse processo de 
conclusão.
À minha Orientadora Misleni Ricarte de Lima, 
por toda gentileza e conhecimento 
compartilhado, os quais absorvi da melhor 
maneira possível nesses meses de 
convivência. Sem a senhora talvez a história 
deste trabalho fosse outra.
Aos meus amigos que mesmo a distância 
sempre torceram por essa conquista. É tudo 
nosso! 
Às boas pessoas do mundo, para que as 
inspire e as impulsione a fazer sempre o 
melhor que puderem.
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus por todos os momentos de fraqueza e desespero, por 
cada ronco no estômago e por cada lágrima seca derramada. Agradeço a Deus 
por todas as coisas que minha família não merece saber. Cada um desses 
acontecimentos eu chamo de pedra. Cada pedra meticulosamente lapidada e 
encrustada com a atenção e resignação do ourives, que constrói a sua mais 
bela joia. Uma a uma foi lapidada. Então, obrigado Deus por cada dor e pela 
sensação de morte, pela vida que veio e ainda não vi. Meu sincero obrigado! 
Agradeço a minha família por me forjar quem sou, principalmente aos 
meus pais e aos meus filhos. Obrigado!
Agradeço aos meus primos, primas e tios mais próximos nas pessoas da 
tia Maria Luíza, e ao tio Carlos Roberto e a prima Luanna, por serem presentes 
e por todo apoio. Obrigado!
Agradeço a minha orientadora, professora Misleni Ricarte de Lima por todas 
as informações compartilhadas, pela sabedoria em conduzir e principalmente por 
acreditar em nossa ideia. Foi maravilhoso. Obrigado!
Agradeço a banca pela atenção dispensada as palavras colocadas nesta 
avaliação do ensaio apresentado. Obrigado!
Agradeço a cada professor que gentilmente contribuiu para a construção do 
conhecimento compartilhado comigo, sem o qual seria impossível ter levado a 
cabo todas as atividades desenvolvidas neste experimento científico.
Agradeço a cada um dos servidores técnico-administrativos da instituição, 
que sempre foram gentis e solícitos, sempre colaborando para que tudo quanto 
lhes foi solicitado acontecesse a contento. Meu obrigado sincero.
Agradeço a todos os colegas, na pessoa do colega Claudino Geovane, 
representando todos que contribuíram em algum momento. Obrigado!
Um agradecimento especial para a Chefe de Cerimonial, Maria do Carmo 
dos Santos Galdino de Andrade, pessoa que generosamente ajudou um sudestino 
recém-chegado e perdido na UFERSA. Obrigado!
Agradeço a Breno Noronha Rodrigues, aluno do curso de Zootecnia, 
companheiro incansável de pesquisa. Não sei como agradecer sua dedicação e 
compromisso com o nosso experimento. Você vai ser um grande pesquisador. 
Obrigado! 
RESUMO
O controle populacional de jovens recrutas em cultivos comerciais de tilápia do Nilo 
é objeto de grande preocupação para os produtores do setor aquícola. Propondo 
soluções sustentáveis e orgânicas para essa questão, realizou-se no setor de 
Aquicultura da UFERSA – Universidade Federal Rural do Semiárido, Campus 
Mossoró-RN, a avaliação do potencial do robalo Flecha (Centropomus undecimalis) 
como controlador biológico para o recrutamento de tilápia do Nilo (Oreochromis 
niloticus) em sistemas de cultivo. Para isso, estocou-se um total de 48 peixes, 
sendo: 42 tilápias e seis (6) robalos, separados por classe de comprimento e peso, 
em 12 caixas d'água de polietileno com capacidade para 1000 L cada, montadas em 
sistema fechado com utilização de filtros biológicos, abastecidas com água de poço 
com salinidade média de 1,8 ppt. Todas as unidades receberam aeração contínua, 
fornecida por compressor radial tipo soprador de 3,5 cv, durante 46 dias. As tilápias 
foram alimentadas com ração comercial até a saciedade aparente, os robalos 
receberam um alevino de tilápia com peso médio de ± 1 g/dia até o surgimento dos 
primeiros recrutas nas unidades experimentais. As novas cortes receberam ração 
farelada após o consumo do vitelo. Utilizou-se no delineamento experimental um 
esquema fatorial, constituído de quatro tratamentos distintos em três repetições 
cada.Distribuiu-se os tratamentos aleatoriamente da seguinte forma: no tratamento 
1 (T1), povoou-se as caixas d'água com duas fêmeas e um macho de tilápia do Nilo, 
com a adição de um robalo; no tratamento 2 (T2), utilizou-se duas fêmeas e um 
macho de tilápia do Nilo, sem a adição do robalo; no tratamento 3 (T3), fez-se uso 
de três fêmeas e um macho de tilápia do Nilo, com a adição de um robalo; e no 
tratamento 4 (T4), empregou-se três fêmeas e um macho de tilápia do Nilo, sem a 
adição do robalo. A sobrevivência para os exemplares do gênero Oreochromis foi de 
88%. O incremento populacional nas unidades sem o robalo foi de 2009 alevinos 
com peso médio de ± 0,74 g, enquanto nas unidades com robalo não foi detectada a 
presença de alevinos de tilápia do Nilo. A sobrevivência do controlador biológico foi 
de 100%. As médias do monitoramento dos parâmetros físico-químicos da água 
foram de: T ± 30 ºC; o oxigênio dissolvido manteve-se sempre próximo à saturação, 
com uma média de 7,5 mg/L; o PH médio foi de 7,6. Constatou-se, ao final do 
experimento, a eficiência do robalo Flecha como controlador biológico para o 
surgimento de superpopulações de recrutas em cultivos de tilápias do Nilo. 
Palavras-chave: Alevinos. Controlador. Eficiência. Recrutas. 
ABSTRACT
Population control of young recruits in commercial crops of the Nile Tilapia is great 
matter of concern for producers of the aquaculture sector. Offering sustainable and 
organic solutions to this issue was held in the aquaculture sector of UFERSA - 
Federal Rural University of Semi-Arid, Campus Mossoro-RN, the evaluation of the 
Sea bass potential (Centropomus undecimalis) as a biological control for Tilapia 
recruitment (Oreochromis niloticus) in cropping systems. For this thrust to a total of 
48 fish, where: Tilapia 42 and six (6) bream, separated by length and weight class, 
12 polyethylene water boxes with capacity of 1000 U each mounted within a closed 
system with use of biological filters supplied with well water with an average salinity 
of 1.8 ppt. All units received continuous aeration, provided by radial type blower 3.5 
hp compressor, for 46 days. Tilapia were fed with commercial feed to satiation, the 
sea bass received fingerlings of Tilapia with average weight of ± 1 g / day until the 
appearance of the first recruits in the experimental units. The new cuts received 
middlings after calf consumption. It was used in the experimental design factorial 
scheme consisting of four different treatments in triplicates. treatments were 
distributed randomly as follows: 1 treatment (T1) is settled water tanks with two 
females and one male Nile Tilapia, with the addition of a bass; in treatment 2 (T2), we 
used two females and one male Nile Tilapia, without the addition of bass; treatment 3 
(T3) was made using three females and one male Nile Tilapia, with the addition of a 
bass; and treatment 4 (T4), he used three females and one male Tilapia Nile without 
adding Sea bass. Survival for copies of Oreochromis gender was 88%. The 
population increase in the units without the bass was 2009 fingerlings with average 
weight ± 0.74 g, while in units with sea bass was not detected the presence of 
fingerlings of Nile Tilapia. The survival of biological control was 100%. The means of 
monitoring the physical and chemical water parameters were: T ± 30 ° C; dissolved 
oxygen remained always close to saturation with a 7.5 mg / L; the average pH was 
7.6. It was found at the end of the experiment, the Sea bass efficiency as a biological 
control for the appearance of overcrowding of recruits in the Nile Tilapia cultivation.
Keywords: Controller. Efficiency. Fingerlings. Recruits. 
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ……………………………...……………..…………........ 09
2 REFERENCIAL TEÓRICO ….............................................................. 14
3 OBJETIVOS ………………………………………………........................ 20
3.1 Objetivo Geral ..…………………………………….…..............……….. 20
3.2 Objetvos Específicos ….....…………………………............………….. 20
4 MATERIAIS E MÉTODOS …………………...…….......................……. 20
4.1 Local..................................................................................................... 20
4.2 Instalações.......................................................................................... 21
4.3 Animais utilizados.............................................................................. 21
4.4 Preparo das unidades experimentais …........................................... 22
4.5 Ensaio controle biológico …........….................................................. 23
4.6 Delineamento experimental ….....….................................................. 23
4.7 Duração do Experimento ….........….................................................. 24
4.8 Alimentação do Animais ...........…..................................................... 24
4.9 Parâmetros da qualidade de água ..................………………………. 24
4.10 Manejo diário das instalações ....….............................................…. 24
5 RESULTADOS E DISCUSSÕES......................................................... 25
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS.……………………………………………... 28
REFERÊNCIAS ………………………………………….......................... 29
LISTA DE FIGURAS............................................................................. 34
LISTA DE TABELAS............................................................................ 35
9
1. INTRODUÇÃO
A aquicultura é uma atividade comercial ou de subsistência regulamentada pelo 
Decreto da presidência da República de nº 4.895, de 25 de Novembro de 2003, que a 
define como sendo: “O cultivo ou criação de organismos cujo o ciclo de vida em 
condições naturais, ocorrer total ou parcialmente em meio aquático”. Segundo o 
decreto, área aquícola é “o espaço físico contínuo em meio aquático, delimitado, 
destinado a projetos de aquicultura, individuais ou coletivos”. 
O decreto diz ainda que “parques aquícolas são espaços físicos contínuos em 
meio aquático, delimitado, que compreende um conjunto de áreas aquícolas afins, em 
cujos espaços físicos intermediários, podem ser desenvolvidas outras atividades 
compatíveis com a prática da aquicultura”.
Para o professor Wagner Valenti (2002), a atividade aquícola deve ser 
compreendida de forma simples e clara como “a produção de organismos com hábitat 
predominantemente aquático, em cativeiro, em qualquer um de seus estágios de 
desenvolvimento”. O autor apoia a atividade em três momentos fundamentais, 
preconizando que “o organismo produzido deve ser aquático, deve existir um manejo 
para a produção, a criação deve ter um proprietário”. 
Baseado nessas duas premissas, torna-se notório a necessidade de Controlar o 
microcosmo que formam o fluído de cultivo e o macrocosmo que desenvolvem-se 
dentro dele estejam em equilíbrio, demonstrando como é imperativo ter total controle 
sobre esses sistemas, para maximizar o sucesso econômico do empreendimento, a 
segurança sanitária da produção, e a sustentabilidade em empreendimentos aquícolas. 
É importante ter em mente que, a capacidade hídrica de produção das áreas 
aquícolas e dos parques aquícolas no Brasil, que de acordo com o site da marinha, a 
Zona de Exploração Exclusiva – ZEE dentro do espaço marítimo nacional é de 
aproximadamente 3,5 milhões de Km². Existem esforços junto à Comissão de Limites da 
Plataforma Continental (CLPC) da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do 
Mar (CNUDM) para ampliar os limites da plataforma continental para além das 200 
milhas náuticas (370 km), o que corresponderia a uma área de 963 mil km² a mais para 
o território nacional,podendo ser expandida, após as adequações, para uma área total 
de 4,5 milhões de km², onde em diversas regiões foi demonstrado o potencial para a 
maricultura através dos PLDMs.
10
Consta no Relatório de Conjuntura dos Recursos Hídricos no Brasil – Informe 
2014 que 13% da água doce superficial disponível no mundo está em território nacional, 
porém com distribuição desigual em volume/regiões e necessidade de uso per 
capita/volume disponível. Segundo o relatório acima, 81% da água superficial em 
território nacional está concentrada na região amazônica, onde vivem apenas 5% da 
população, com baixa demanda de água. Por outro lado, nas regiões litorâneas, onde 
se concentra 45,5% da população do país com alta demanda hídrica, temos apenas 
2,7% de água superficial. 
O que nos direciona a implementação de tecnologias que priorizem pelo uso 
racional de água, e principalmente a aplicação de tecnologias de reutilização dá água 
em diferentes ciclos de produção devido o controle do microcosmo presente nos fluidos 
de cultivo. 
O mesmo relatório de recursos hídricos demonstra ainda que: dos 1039 pontos 
de monitoramento hídrico no meio rural, 82% dos aquíferos possuem o IQA – Índice de 
Qualidade de Água considerado bom, 9% ótimo, 6% ruim e 3% regular. Já para os 
aquíferos próximos às cidades, o IQA é considerado bom em 48% dos pontos, ótimo em 
4%, regular em 23%, ruim em 21% e péssimo em 4% dos 530 pontos monitorados. O 
IQA estabelecido pela ANA considera nove parâmetros físico-químicos e biológicos das 
águas analisadas, como: oxigênio dissolvido, nitrogênio total, fósforo total, temperatura 
da água, ente outros. 
Sendo alguns destes parâmetros, limitantes para a manutenção e sucesso dos 
empreendimentos aquícolas, assim como, são norteadores da responsabilidade com o 
efluente a ser descartado. Devendo esse, se não houver a possibilidade de uso na 
irrigação, ser tratado adequadamente segundo as determinações da ANA, antes de ser 
devolvido ao ambiente. 
Segundo a FAO (2014), em 2012 houve um incremento na produção mundial de 
pescado de 10 milhões de toneladas, comparado a 2010, saldo positivo devido ao 
desenvolvimento da atividade aquícola mundial. Em 2011 a produção aquícola nacional 
atingiu o 17º lugar mundial na produção em cativeiro e a 19ª colocação, quando somado 
à captura extrativista, com uma despesca de 1,4 milhões de toneladas de pescado, 
produzindo um PIB nacional de R$ 5 bilhões ACEB (2014). A tilápia do gênero 
Oreochromis é um dos peixes mais cultivados pela aquicultura mundial, é produzida em 
153 países, estando presente em todos os continentes, e representando a maior parte 
do pescado aquícola global.
11
As primeiras tilápias do gênero Oreochromis que chegaram ao Brasil foram da 
espécie rendalli ou tilápia do Congo, desembarcadas no estado do Rio de Janeiro em 
1953, “pelo Sr. FÉLIX CHARLIER, funcionário da LIGHT, com a finalidade de 
incrementar a piscicultura nas represas da companhia e controlar as plantas aquáticas. 
Foram introduzidas na Lagoa da Tijuca durante o governo de CARLOS LACERDA” 
importadas do Congo. Após 18 anos, em 1971, o DNOCS – Departamento Nacional de 
Obras Contra a Seca, introduziu a espécies Oreochromis niloticus visando também o 
peixamento dos reservatórios da Região Nordeste (BIZERRIL Et al. 2001, Oliveira Et al. 
2007), porém ocorreram problemas desde a primeira introdução da tilápia, como o baixo 
crescimento da espécie. 
A alta prolificidade e a consanguinidade da segunda espécie provocaram uma 
infestação dessa linhagem na maioria dos reservatórios brasileiros, povoando-os com 
animais de baixo desempenho zootécnico OLIVEIRA (2007). Uma outra espécie de 
tilápia chegou oficialmente ao Brasil em 1981, a tilápia vermelha. Animais mutagênicos 
de populações de Oreochromis mossambicus, espécie que tolera as maiores 
salinidades descritas para o gênero Oreochromis (Banegas, 2007,).
Os maiores gargalos encontrados para o sucesso da produção dessa espécie foi 
a consanguinidade e a carência de trabalhos em melhoramento genético que 
viabilizassem cortes de alevinos eficientes em ganho de biomassa e conversão 
alimentar. Apenas em 1996 o Brasil teve contato com espécimes melhorados 
geneticamente de Oreochromis niloticus, com populações da linhagem Chitralada, 
trazidas da Tailândia. Em 2002 é introduzida uma nova variedade de Oreochromis 
niloticus, chamada de Genomar Supreme Tilapia, logo após a FishGen ou GMT - 
(Genetically Male Tilapias). OLIVEIRA (2007). Com a introdução desses espécimes e o 
aprimoramento das técnicas de cultivo como: reprodução, incubação artificial e medidas 
para controle do sexo, a tilapicultura deslanchou, iniciando com isso a fase industrial do 
cultivo de tilápia no Brasil. 
A tilapicultura é uma atividade que ocupa 800 mil profissionais e viabiliza 3,5 
milhões de postos de trabalho, entre empregos diretos e indiretos. O Brasil possui 
vantagens extraordinárias para o desenvolvimento da aquicultura marinha e continental 
em relação a outros países, pois possui uma costa de mais de 8400 quilômetros 
praticamente inexploradas, como já salientadas pelos PLDMs. 
A tilápia, apesar de não ser contemplada no plano local de desenvolvimento da 
maricultura, principalmente devido suas ecologia de vida, do ao fato de ser um animal 
12
alóctone, exótico na fauna brasileira, é um dos peixes mais cultivados pela aquicultura 
mundial, sendo produzido em 153 países, estando presente em todos os continentes, 
representando a maior parte do pescado aquícola global. 
Não sendo essa uma realidade diferente em águas nacionais, o Brasil produziu 
479,399 mil toneladas de pescado aquícola em 2010, com uma pequena oscilação em 
2013, produzindo 392,493 mil toneladas de peixes. A tilápia foi o pescado mais 
produzido no país, com destaque para a Região Centro-Oeste como principal produtora 
dentre as Regiões da Federação, onde foi despescado, aproximadamente, 105,010 mil 
toneladas, o equivalente a 26,8% do total de peixes produzidos no país. As tilápias do 
gênero Oreochromis corresponde a 43,1% da produção nacional de peixes, seguido 
pelo tambaqui (22,6%) e pelo grupo tambacu e tambatinga (15,4%) IBGE (2013); (MPA, 
2012; LOBO, 2014). 
Hoje o principal problema da tilapicultura é a prolificidade da espécie. As fêmeas 
de tilápia param de se alimentar durante o processo de incubação, eclosão e 
desenvolvimento larval, retardando seu crescimento e o desenvolvimento de biomassa. 
Por esse motivo é prioritário o cultivo de apenas machos de tilápia, para a obtenção de 
resultados satisfatórios em empreendimentos aquícolas.
É de fundamental importância para o sucesso do cultivo racional da tilápia do Nilo 
o povoamento de organismos previamente modificados sexualmente, sanando assim os 
desperdícios energéticos provocados pela cópula, desova, cuidado parental e explosão 
populacional nos viveiros de cultivo, uma vez que nessa espécie os machos crescem 
mais que as fêmeas produzindo populações desuniformes. (LEONHARDT 1997, p. 10; 
LIMA 2011, p. 1; NEUMANN 2004, p. 3; POPMA e LOVSHIN 1995, p. 16; FAO 2014; 
IBGE 2013). 
O método mais difundido para obtenção de monosexos de tilápia é a indução 
hormonal, ao se incorporar 60 mg do hormônio 17-α-metiltestosterona por quilograma 
de ração em dietas práticas para larvas de tilápia em reversão sexual. Ao final de 28 
dias, obter-se-á uma taxa de reversão de 93,33 % de machos. Trabalhos de vários 
autores nos ajudam a concluir que a administração de andrógenos nestes peixes por 
três ou quatrosemanas resulta em uma população com 80% a 100% de machos 
fenotípicos, uma média de 90% de sucesso, representando uma melhora média de 5% 
nas taxas de reversão de meados da década de 90 até hoje (LEONHARDT 1997, p. 10; 
LIMA 2011, p. 1; NEUMANN 2004, p. 3; POPMA e LOVSHIN 1995, p. 16). 
13
A técnica de estimulação do sexo fenotípico em Oreochromis niloticus, através da 
mistura de esteroides masculinizantes à ração, tem o objetivo de obter populações de 
apenas animais machos. Uma alternativa sustentável e orgânica para a prolificidade de 
peixes do gênero Oreochromis em sistemas de cultivo e para a falha no processo de 
reversão sexual com a utilização de hormônio 17-α-metiltestosterona, é a introdução de 
peixes carnívoros dentro dos sistemas de cultivo. 
Um animal que não seja competidor alimentar da tilápia, que não tenha 
comportamento agressivo com a tilápia madura e que seja predador eficiente das cortes 
de larvas e alevinos de tilápias reproduzidas dentro do sistema de cultivo. Trata-se de 
uma medida pontual, que sugere uma solução para explosão populacional dentro do 
tanque ou viveiro. 
O controle do recrutamento populacional em cultivos de tilápia do Nilo é de 
interesse dos produtores, pois desequilibra o consumo e o desempenho zootécnico dos 
animais. É necessário que seja estabelecida uma relação entre as quantidades de 
carnívoro e tilápias que satisfaça o controle de recrutas nos cultivos com eficiência. A 
prolificidade da tilápia é um problema em determinadas situações e regiões. Trata-se de 
um animal que atinge a maturação gonadal precocemente, incrementando a população 
estocada com os novos recrutas a cada nova desova. Esse problema não é constatado 
em cultivos de outros peixes, como por exemplo os peixes redondos: os tambaquis, 
pacus, pirapitinga e os híbridos, tambacus e as tambatingas, que possuem bom 
desempenho zootécnico independentemente do sexo do animal e que não se 
reproduzem dentro dos ambientes de cultivo. 
Para a produção comercial de organismos aquáticos, a eficiência alimentar é um 
elemento importante a ser considerado, é um componente relevante nos custos totais 
de produção, onde a alimentação chega a representar 75% dos custos do 
empreendimento, agravado sobremaneira pelo erro na reversão sexual em tilápias do 
Nilo, descrevendo uma realidade que está presente em boa parte das populações de 
tilápia estocadas para engorda no mundo.
Estudos anteriores nessa área demonstram que a introdução de peixes 
carnívoros do gênero Centropomidae em sistemas de cultivo de tilápia é eficiente como 
controle de recrutamento de tilápias vermelha, hibrida de Oreochromis spp. (SILVA E 
PEREIRA 1997, P. 161 - 168 ). Por esse motivo, nesta pesquisa foram introduzidos 
machos de robalos Flecha em ambientes com casais de tilápia do Nilo como 
controladores biológicos para a prolificidade de fêmeas da espécie niloticus, em 
14
sistemas de cultivo. Pensando em contribuir na cadeia produtiva da tilápia e em como 
sugerir uma ação eficiente para a monosexagem, um dos poucos gargalos 
remanescentes na tilapicultura. 
Nos debruçamos sobre a ecologia de vida e de cultivo desse animal para 
compreendermos de que maneira poderíamos conquistar esse desafio. Para isso foram 
norteadores da construção desse conhecimento (BERRA 2001; OLIVEIRA 2007; 
MINCKLEY 1987; BONEGAS 2007; ALVAREZ-LAJONCHÈRE 2001, 2002, 2003; BRAS 
2014; CARVALHO 2010; CEAGESP 2016; CERQUEIRA 1992, 2001, 2002, 2003, 2004, 
2005; FAO 2014; IBGE 2013; EMERENCIANO 2015; FORÉS 2012; POLI 2013) entre 
outros autores, documentos e entidades de pesquisa. Que a partir daqui, sustenta e 
fundamenta as informações descritas.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
Buscando melhorar o conhecimento sobre a tilápia do Nilo, nos dedicamos em 
conhecer um pouco de sua origem e o desenvolvimento filogenético dessa espécie. São 
peixes da família Cichlidae. Os ciclídeos formam uma família de peixes dulcícolas, 
bastante avançados dentre os perciformes. Compreendem mais de mil espécies nativas 
da América do Sul e Central (com uma única espécie no Texas, América do Norte), parte 
da África, Sul da Índia, Madagascar, Sri Lanka, Síria e as Índias Orientais (BERRA, 
2001), possuindo representantes com alta tolerância a variação de salinidade e 
qualidade da água.
Algumas espécies de Cichlideos toleram água doce, salobra e marinha, 
característica atribuída à distribuição zoogeográfica dessa família. As formas do corpo 
dos Cichlideos variam de alta e comprimida até as formas mais delgadas e alongadas. 
Essa família atravessou uma “explosiva especiação” nos enormes lagos da África 
(GREENWOOD, 1984). Seus registros fósseis datam do Eoceno e Oligoceno na África 
e na América do Sul (WOODWAR, 1939; VA COUVERING, 1982). Ciclídeos de 
interesse experimental ou comercial para a alimentação são os do gêneros: Tilápia spp., 
que possuem a característica de incubar os ovos em substratos moles; os 
representantes do gênero Oreochromis spp., que incubam os ovos na boca das fêmeas; 
e as espécies do gênero Sarotherodon spp., que incubam os ovos na boca de machos e 
fêmeas, indiscriminadamente. 
15
As espécies que compõe esse três grupos possuem uma taxonomia recente, com 
aproximadamente 20 anos de classificação, utilizando o tipo de cuidado parental na 
encubação dos ovos para diferenciá-los. Os indivíduos representantes desse grupo são 
nativos da África, Jordânia e Israel, com 77 espécies descritas, 22 cultivadas 
experimentalmente ou associados a avançados pacotes tecnológicos para produção em 
escala comercial. O gênero Oreochrmis tem se mostrado de maior interesse para os 
produtores, com a espécie tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus) em primeiro lugar na 
produção brasileira (RICARTE et al., 2014; IBGE 2013).
Segundo a ecologia reprodutiva da tilápia, os ninhos são construídos em 
substrato mole pelos machos e em profundidades de aproximadamente 1m, onde as 
fêmeas ovígeras, após um breve ritual de acasalamento, depositam os ovócitos prontos 
para serem fecundados pelo macho, reproduzindo-se naturalmente dentro de ambientes 
de cultivo. De acordo com a literatura. A fêmea de tilápia do Nilo possui desovas 
parceladas, expelindo de um a dois ovócitos por grama de peso. Atinge a maturidade 
sexual em idade precoce, com tamanho aproximado de 152 mm e a partir dos 40 
gramas de peso. 
De acordo com a publicação OLIVEIRA (2007) a prolificidade, a precocidade 
reprodutiva, a estratégia de desovas parceladas e o hábito de cuidar da prole faz com 
que as taxas de recrutamento populacional de jovens tilápias aumentem muito 
rapidamente nos viveiros. Por esse motivo, o descontrole na reprodução veio a ser 
considerado um dos maiores entraves nos cultivos comerciais de tilápia.
De acordo com a morfologia interna das tilápias, as gônadas dos machos são 
formadas por duas estruturas alongadas e de forma lobular, localizadas dentro da 
cavidade celomática entre a parte dorsal da cavidade e a bexiga natatória. As gônadas 
das fêmeas consistem em ovários pares alongados, achatados dorsoventralmente, 
situadas na cavidade celômica, a qual está ligada pelos mesovários em posição ventral 
à bexiga natatória (NOGUEIRA, 2003). Deixando evidente ainda que: as fêmeas do 
gênero Oreochromis possuem cuidado parental com a prole. 
Após a fecundação elas recolhem os ovos do ninho com a boca, onde são 
incubados por cerca de sete a oito dias, durante o período de incubação dos ovos e dodesenvolvimento das larvas. As fêmeas não se alimentam nesse período e, mesmo 
após as larvas recrutas adquirirem capacidade de natação e busca de alimento, 
continuam dispensando cuidado com a prole por cerca de 20 dias, recolhendo-os à 
boca sempre que pressentir condições de perigo. 
16
Por esse motivo, as fêmeas de tilápia do Nilo diminuem consideravelmente seu 
crescimento e ganho de biomassa dentro dos viveiros, apesar da abundância de 
alimento inerte ou natural. De acordo com sua frequência reprodutiva, elas podem 
chegar a se reproduzir de 8 a 12 vezes em um ano. É demonstrado através das curvas 
de crescimento que as fêmeas maduras param de crescer satisfatoriamente durante o 
período de cultivo BEUX (2002). 
Esse aspecto ecológico dos peixes do gênero Oreochromis foi por muito tempo 
um dos principais entraves ao desenvolvimento da tilapicultura e ainda não está 
totalmente resolvido. Mesmo não se obtendo 100% de eficiência nos processos de 
reversão, só após o desenvolvimento de tais técnicas se possibilitou a obtenção de 
melhores resultados dos desempenhos zootécnicos nos ambientes de cultivo. Para 
evitar a reprodução dentro de viveiros e tanques de cultivo, é recomendado aos 
piscicultores que utilizem plantéis monosexos masculinizados (RODRIGUES et al., 
2013). 
A atividade de se cultivar as tilápias é extremamente antiga. Esses animais 
aparecem em hieróglifos egípcios antigos, expressos em pinturas que confirmam o seu 
cultivo desde aproximadamente 2.500 anos a.C. Há quem afirme que a tilápia foi o 
peixe participante da parábola da multiplicação dos pães, onde Jesus alimenta a 
multidão faminta. O mercado, explorando a crença popular em torno da tilápia, 
desenvolve atualmente uma grande campanha de marketing orientada por especialistas 
israelenses, que passaram a chamar a tilápia de Saint Peter’s fish ou peixe de São 
Pedro (KUBITZA, 2002). 
A aquicultura moderna é uma atividade que, segundo Matias (2015), cresceu 
entre 2010 e 2012 aproximadamente 6,7 % ao ano no cenário mundial. No Brasil esse 
crescimento é ainda maior, crescendo cerca de 8 % ao ano entre os anos de 2004 e 
2014 (KUBITZA, 2015, p. 11). 
“Passados muitos anos desde que foi introduzida no Brasil, e após ser 
confirmada como o maior fracasso da nossa piscicultura nas últimas décadas, sendo 
indesejável e até considerada como praga, a tilápia reapareceu nos viveiros brasileiros, 
bem como em dezenas de outros países embalada por novas tecnologias, manejos e 
sofisticadas seleções genéticas capazes de estimular seus atuais criadores, fazendo-os 
crer que não estavam totalmente errados aqueles que acreditavam que a tilápia seria 
capaz de revolucionar um dia a piscicultura brasileira e mundial.” (KUBITZA 1995, Pág. 
2). 
17
A tilápia do gênero Oreochromis é produzida em 153 países, estando presente 
em todos os continentes do globo terrestre, representando a maior parte do pescado 
produzido pela aquicultura mundial (FAO, 2014). Em 2012 houve um incremento na 
produção mundial de pescado, puxado pela aquicultura, da ordem de 10 milhões de 
toneladas, comparando com 2010. Em 2013 a produção nacional de pescado foi de 
392,493 mil toneladas, alavancado pela tilapicultura e o crescimento do cultivo de 
peixes redondos.
O Centro-Oeste foi a principal região produtora, onde ocorreram despescas que 
somadas totalizam 105,010 mil toneladas de peixes, o equivalente a 26,8% do total da 
produção aquícola nacional. A espécie mais cultivada no Brasil na década atual é a 
tilápia do gênero Oreochromis, correspondendo a 43,1% da produção nacional de 
peixes, seguido pelo tambaqui com (22,6%) e pelo grupo tambacu e tambatinga 
(15,4%).IBGE (2013).
É de domínio público e cientifico, que a diversidade alimentar relacionada a 
regionalidade brasileira faz da produção agropecuária de cada estado algo pontual. 
Cada um com seus potenciais produtivos e suas predileções de consumo (EMBRAPA 
2014; CARVALHO 2010; FAO, IBGE 2013). 
O consumo de pescado no Brasil está intrinsecamente ligado a três questões 
preponderantes. A regionalidade já mencionada, a disponibilidade hídrica da região e a 
ocorrência natural ou artificial da espécie consumida. Um exemplo da influência e 
diferenciação regional no consumo de pescado, assim como, sua influência sobre o 
crescimento do esforço de pesca sobre as espécies de interesse comercial é a 
desigualdade na captura e o consumo do Robalo entre duas Regiões brasileiras. 
Sobre a ótica dos estoques naturais, que na maioria dos casos já estão 
comprometidos. Existem regiões que subexplotam alguns recursos, assim como outras 
regiões, os superexplotam, levando em alguns casos, a exaustão dos estoques naturais 
e extinção de espécies nativas. 
A Região Nordeste por exemplo, tem a ocorrência do Robalo Flecha 
(Centropomus undecimalis) em seus rios de águas salobras e estuários, mas é uma 
região com pouca tradição cultural de consumo deste animal, e ainda mais, em telo 
como pescado nobre de interesse comercial. Chegando a ser comercializado por R$ 
12,00 no mercado da COBAL, Mossoró-RN em 2012. (DADOS NÃO PUBLICADOS). 
Na Região Sudeste, o mesmo animal, é uma iguaria muito valorizada pela 
população, sendo bastante procurado nos mercados de peixe municipais, feiras livre, e 
18
restaurantes. Porém as regiões onde existe a pesca comercial do Robalo, tem uma 
demanda muito maior que a oferta do produto. Ocasionando um esforço de pesca 
desigual e insustentável sobre os estoques naturais desse organismo. 
Em 06 de maio de 2016, de acordo com dados da CEAGESP, o quilo do Robalo 
inteiro foi comercializado por média a R$ 28,00 kg, estando entre os três pescados de 
maior valor comercializado nesse dia, perdendo apenas para o polvo grande e o salmão 
selvagem, vendidos por R$ 29,00 e R$ 33,00 respectivamente.
Entretanto esse organismo não possui as mesmas vantagens que as tilápias 
quando se pensa em aquicultura para suprir a demanda de pescado. Apesar de que. De 
acordo com GONÇALVEZ JUNIOR (2007) entre as possibilidades e características 
necessárias para cultivo, um dos peixes marinho com características ecológicas e 
morfométricas mais adequadas a maricultura no Brasil, está contemplada as espécies 
do gênero Centropomidae, animais encontrados na costa brasileira. 
São representados na costa do Atlântico por quatro espécies (Centropomus 
undecimalis, C. parallelus, C. pectinatuse C. ensiferus), que estão distribuídas desde o 
norte até o sul do país. (GONÇALVEZ JUNIOR et al., 2007; PATRONA, 1984; 
CERQUEIRA, 2002; Candombá – Revista Virtual, v. 3, n. 1, p. 15–26). 
No ensaio de ZARZA-MEZA et al. (2006), foi experimentado o cultivo de 
Centropomus Parallelus e Centropomus undecimalis em viveiros escavados, na forma 
de policultivo com tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus) em diferentes densidades de 
estocagem. Obtendo-se um melhor desempenho em tamanho para a espécie 
undecimalis, com um crescimento 42% maior que a espécie parallelus, em um intervalo 
de 14 meses. 
Existindo ainda autores, que descrevem em seus trabalhos um crescimento 
médio de 725g para o robalo-flecha em 15 meses de cultivo. Outros gêneros de peixes 
com similaridades morfométricas e sensoriais aos Centropomidaes, como os do gênero 
Latidae representado pelo Lattes calcarifer e barramundi, são cultivados desde a 
década de 80 no Sudeste da Ásia e Austrália. (ZARZA-MEZA et al., 2006; TUCKER, 
1987;TUCKER, 2002).
Espera-se para o robalo-flecha que se obtenham os mesmos resultados de 
sucesso reprodutivo e desenvolvimento fisiológico em cativeiro, que se obteve com os 
trabalhos dedicados ao cultivo experimental de Centropomus parallelus. Viabilizando a 
maturação gonadal, desova e alevinagem em ambientes artificiais. (CERQUEIRA et al., 
1995; ALVAREZ-LAJONCHÈRE et al., 2002; FERRAZ etal., 2002; REIS e CERQUEIRA, 
2003; ALVAREZ-LAJONCHÈRE et al., 2004; CERQUEIRA et al., 2005). Contribuindo 
19
com isso, para o fortalecimento da aquicultura marinha do robalo-flecha em 
empreendimentos aquícolas nacionais. 
O Robalo (Cantropomus ssp.) foi um dos animais escolhidos como participantes 
dos parques tecnológicos propostos pelos PLDMs – Plano Local de Desenvolvimento da 
Maricultura, Juntamente com o Beiupirá (Rachycentrum canadum), a Cióba (Lutijanus 
ssp.), a ostra (Crassostrea Brasiliana e Cassostrea Rhisophorae) e as macro algas do 
gênero Gracilariae. Com o objetivo de alavancar o crescimento do cultivo de organismos 
aquáticos em águas costeiras. (FLORANI et al. 2013; MPA 2012; SEAP 2009, ICMBIO 
2013)
De acordo com a literatura disponível o robalo-flecha pode chegar até 20 kg em 
ambientes naturais. Os Robalos são peixes do gênero Centropomidae, são organismos 
eurialinos e ocorrem em todas as regiões costeiras do Atlântico e nas regiões 
subtropicais do Pacífico. São animais descritos como de pouca movimentação e uma 
ecologia de vida que descreve um comportamento quase séssil na maior parte do dia e 
com predação eficiente de pequenos peixes e crustáceos. 
Estes animais possuem comportamento gregário evidente, que influencia 
diretamente na sucessão de dominância reprodutiva desse animal, uma vez que são 
hermafroditas protândricos, e de acordo com a morte dos reprodutores do cardume, o 
sexo ausente se manifestará no sucessor a seguir, respeitando a ordem de dominância 
dentro do cardume.
Os representantes deste gênero possuem comportamento alimentar carnívoro, 
são predadores de topo, com ocorrência em rios de águas doce e salobras, estuário, 
incluindo os ambientes com alta concentração salina. Possuem características de 
interesse comercial para a aquicultura devido aos seus aspectos de rusticidade e de 
tolerância a ambientes com baixa qualidade de água, e grande variação salina, além de 
um importante aspecto para a atividade aquícola, que é demonstra na adaptabilidade de 
consumo de alimentos inertes. Suas características sensoriais conferem a esse animal 
uma carne nobre de alta qualidade do ponto de vista nutricional e físico-químico e 
rendimento de carcaça. (AGER et al., 1976; RIVAS, 1986; TUCKER, 1987; CHAPMAN 
et al., 1982; CERQUEIRA, 1995; TSUZUKI et al., 2007a,b).
Em trabalhos mais recentes, pode-se encontrar novas propostas de policultivo do 
robalo com a tilápia, como em GERHARDINGER (2010), onde é sugerida uma 
densidades de estocagem para os robalos em relação ao número de tilápias na mesma 
condição. Em 1997, LEONHARDT propôs um ensaio onde verificou-se um outro 
aspecto do cultivo de robalos. A viabilidade desse animal funcionar como controlador 
20
biológico para um dos maiores problemas vividos na tilapicultura da época. A 
prolificidade da tilápia do Nilo.
3. OBJETIVOS
3.1 Objetivo Geral
Testar a eficiência do robalo Flecha (Centropomus undecimalles) como predador 
de larvas e alevinos de tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus).
3.2 Objetivos Específicos
 Testar a eficiência do robalo Flecha domesticado como predador de larvas e 
alevinos de tilápia do Nilo em sistemas de cultivo;
 Testar a viabilidade técnica de introdução de um peixe carnívoros do gênero 
Centromidae em sistemas de cultivo de tilápias do Nilo;
 Avaliar a taxa de sobrevivência dos animais estocados;
4. MATERIAIS E MÉTODOS
4.1 LOCAL
Figura 1 – Setor de Aquicultura - UFERSA
Fonte: Google Earth, 2016
21
O experimento aconteceu no setor de aquicultura da UFERSA – Universidade 
Federal Rural do Semiárido, Mossoró – RN (5°12'23.52"S, 37°19'9.32"O), no período de 
02 de março de 2016 a 16 de abril de 2016. 
4.1.1 INSTALAÇÕES
O Setor de Aquicultura da UFERSA – Universidade Federal Rural do Semiárido, 
está localizado no Campus Leste da UFERSA/Mossoró. Sua estrutura é formada e 
distribuída da seguinte forma: possui 32 tanques de alvenaria com dimensões de 3m x 5m 
x 1,25m e com capacidade para 18,75m³ de volume até o transbordo; um tanque de 
alvenaria com 225 m³; uma bacia de decantação com 150m³; dois tanques circulares com 
capacidade para um volume de 12m³, um de lona e o outro de fibra de vidro; 32 caixas 
d'água com volume de 1000 litros; duas caixas d'água para abastecimento com 
capacidade de armazenar um volume de 20m³ cada, ambas interligadas ao sistema de 
abastecimento; duas caixas d'água com volume de 0,5m³ cada para abastecimento do 
laboratório de apoio equipado e abastecido com material laboratorial e de uso técnico 
(balanças Analíticas e semi-analíticas, puçás, lupas, refratômetros e aparelhos eletrônicos 
para mensuração de parâmetros físico-químicos de água, 20 aquários de vidro de 30 litros 
(30x40x30 cm), 1 geladeira, 1 freezer horizontal, 2 freezer vertical).
4.2 ANIMAIS UTILIZADOS
Foram utilizados 42 exemplares da espécie tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus) 
divididos em: 12 machos e 30 fêmeas, com peso médio de (191,13g) e seis Robalos 
(Centropomus undecimalles) machos, com peso médio de (122,21g). Todos animais 
empregados neste ensaio foram reproduzidos em cativeiro, estavam previamente 
domesticados e adaptados ao confinamento. Tendo sido capturados dentro do próprio 
setor de aquicultura da UFERSA.
Figura 2 – Robalo-flecha 
Fonte: domínio publico 
22
Figura 3 - Tilápia do Nilo
Fonte: domínio publico 
4.3 UNIDADES EXPERIMENTAIS
Neste ensaio foram utilizadas 12 caixas d'água de polietileno - figura 3, com 
capacidade para 1000 L cada uma, com tampa seccionada no baixo relevo para entrada 
de luz, montadas em sistema com opção de renovação de água e aeração constante.
Figura 4 – Unidades experimentais
Fonte: dados de pesquisa, 2016
4.4 PREPARO DAS UNIDADES EXPERIMENTA
Figura 5 – Biofiltro tipo airlift e substrato
Fonte: dados de pesquisa, 2016 Fonte: dados de pesquisa, 2016
23
A estrutura experimental utilizada no ensaio foi montada com 12 caixas d'água de 
1000 L, que foram previamente lavadas e desinfetadas com cloro de piscina na razão 7 
ml/m³ de água. Cada parcela experimental recebeu um filtro biológico do tipo airlift, com a 
função de mineralizar a amônia em nitrito e este em nitrato, através das bactérias 
nitrossômonas e nitrobacter, respectivamente. 
Para construção dos filtros biológicos foram utilizados baldes plásticos de 20L. 
Como substrato para fixação das bactérias foram utilizadas conchas de Anomalocardia 
brasiliana. As estruturas dos airlift foram construídas com canos de PVC de 25 mm, no 
formato de i (I).
Todo o sistema de biofiltro foi acionado por ar direto, proveniente do sistema de 
aeração e mantido em funcionamento durante o experimento. As caixas contam com 
mecanismos de abastecimento e drenagem independentes, as quais foram abastecidas 
com água de poço em salinidade média de (1,8 ppt). 
Todas as unidades experimentais receberam aeração constante, fornecido por 
compressores radiais, tipo sopradores de 3,5 CV, liberando ar difuso com o auxílio de 
pedras porosas. O sistema airlift foi mantido por compressores radiais tipo soprador de 
3,5 CV. O fundo das unidades experimentais foi preparado com aproximadamentetrês 
centímetros de terra para a construção dos ninhos de tilápia, segundo suas características 
ecológicas de reprodução da espécie.
4.5 ENSAIO DE CONTROLE BIOLÓGICO
Este ensaio avaliou o potencial do robalo-flecha (Centropomus unidecimalis), já 
domesticado, como controlador biológico em sistemas de cultivo com tilápia do Nilo. Para 
isso, animais foram divididos por classes de peso e tamanho, formando casais de tilápias 
nas razões: um macho para duas fêmeas, e um macho para três fêmeas com e sem a 
adição do robalo Flecha.
4.6 DELINEAMENTO EXPERIMENTAL
O delineamento experimental aconteceu em blocos inteiramente ao acaso, em 
esquema fatorial 2 x 2, constituídos de quatro tratamentos e três repetições, descritos da 
seguinte forma: 
24
T1: Duas fêmeas e um macho, com robalo;
T2: Duas fêmeas e um macho, sem robalo;
T3: Três fêmeas e um macho, com robalo;
T4: Três fêmeas e um macho, sem robalo.
4.7 DURAÇÃO DO EXPERIMENTO: 46 dias
4.8 ALIMENTAÇÃO DOS ANIMAIS
Durante o período experimental somente as tilápias foram alimentadas com ração 
comercial para peixes onívoros. Foi adotada uma taxa de arraçoamento inicial de 5% da 
biomassa estocada, duas vezes ao dia, às 8h e às 16h. Foi utilizada ração comercial 
(extrusada) específica para a espécie. 
Os robalos-flecha (Centropomus undecimalis) foram alimentados vivo, sendo um 
alevino de Oreochromis niloticus pesando ± 1 g, em uma única refeição por dia, sendo 
essa oferta interrompida assim que se percebeu presença de recrutas dentro das 
unidades experimentais.
Ao término do período experimental, foram quantificados a população de tilápias 
em cada unidade experimental, o peso e o comprimento total dos animais adultos 
estocados. 
4.9 PARÂMETROS DE QUALIDADE DE ÁGUA
Os parâmetros fisioquímicos da água foram aferidos duas vezes ao dia (8h e 17h) 
em dias eventuais durante o experimento, com a utilização de sonda eletrônica 
multiparâmetros da marca Horiba.
4.10 MANEJO DIÁRIO DAS INSTALAÇÕES
Foi verificado diariamente o nível de água de cada caixa d’água, o funcionamento 
dos filtros biológicos e da aeração, também foi verificado a presença de animais mortos e 
a presença de novas populações de larvas recrutas, repetindo esse procedimento quatro 
vezes ao dia em cada uma das 12 unidade experimentais. Todas as unidades 
experimentais foram observadas aleatoriamente, em grupos de que variaram de duas até 
25
12 caixas observadas, todos os dias por no mínimo cinco minutos cada uma, quatro vezes 
ao dia antes, durante e após a alimentação. Por 45 dias. 
Inicialmente a ração ofertada foi pesada e acondicionada em recipiente identificado 
com o número da unidade relacionada, com a porção relativa a cada unidade 
experimental 5% da biomassa de tilápia estocada. Após vários ajustes e a constatação de 
que a alimentação não estava sendo satisfatória ao objetivo da pesquisa, adotou-se a 
regra dos 20 minutos como manejo alimentar em duas refeições por dia (AM, PM). 
Para a alimentação dos Robalos foram capturados diariamente seis alevinos de 
tilápia com peso de +- 1 gramas, que foram ofertados um a cada robalo Flecha duas 
vezes ao dia, antes da alimentação das tilápias, para evitar consumo de eventuais sobras 
de ração. O manejo alimentar do Robalo aconteceu até o surgimento da primeira nuvens 
de larvas recrutas dentro da unidade experimental.
Os manejos de água aconteceram eventualmente e de forma independente apenas 
para completar a perda por evaporação das unidades, ou para diminuir uma eventual 
turbidez que impedisse a visualização do comportamento e interação entre os animais 
confinados. 
5. RESULTADOS E DISCUSSÕES 
Durante o ensaio os valores médios para os parâmetros físico-químicos da água 
foram: temperatura 30,60 ºC; Oxigênio dissolvido 6,78 mg/l; 1,89 ppt e PH de 8,12. 
Demonstrando-se adequados ao cultivo de organismos aquáticos dessas espécies. Como 
afirma (VALENTI, 2002) em seu trabalho intitulado Aquicultura sustentável. E com isso, 
otimizando e racionalizando o uso da água, sendo apenas uma pequena quantidade de 
água manejada para o manutenção das unidades experimentais. 
Ocorreu um incremento populacional nas unidades experimentais sem o robalo, 
proposta de controlador biológico, obtendo-se 2009 recrutas, em fase de vida de alevinos, 
com peso médio de ± 0,74 g. Enquanto nas unidades com o controlador biológico do 
gênero Centropomidae, não foram detectada a presença de novas cortes, em estagio de 
vida de alevinos, da espécie tilápia do Nilo. Efeito demonstrado na tabela 1 – resultados. 
A Abordagem estatística utilizada está apoiada nas exigências do pacote estatístico 
SISVAR versão 5.6, com 0,05% significância, demonstrando uma relação significativa 
(Pr<0,05) entre os tratamentos aplicados e a biomassa final de alevinos recrutados. 
Sendo que para esse teste a confiança dos dados ideal, está entre 11% e 15%. A 
26
confiança dos resultados obtidos nesse ensaio foram de (CV% 30,91), estando dentro do 
esperado em função do número de repetições. Onde relacionado o resultado estatístico 
com os dados de recrutamento observados, se obtém uma conclusão significativa e 
representativa para o ensaio. 
Tabela 1 – Resultados
Fonte: dados de pesquisa, 2016
No ensaio de ZARZA-MEZA et al. (2006), foi experimentado o cultivo de 
Centropomus Parallelus e Centropomus undecimalis em viveiros escavados, na forma de 
policultivo com tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus) em diferentes densidades de 
estocagem. Obtendo-se um melhor desempenho em tamanho para a espécie 
undecimalis, com um crescimento 42% maior que a espécie parallelus, em um intervalo 
de 14 meses. Sendo que neste ensaio as unidades que não tinham a presença do robalo-
flecha tiveram um incremento populacional nas unidades de 2009 alevinos com peso 
médio de ± 0,74 g, em um período de 46 dias. Enquanto nas unidades com robalo não foi 
detectada a presença de alevinos de tilápia do Nilo. Demonstrando a possível origem do 
alimento consumido pelo robalo no experimento de ZARZA-MEZA et al. (2006).
Os espécimes estocados demonstraram comportamento pacifico e tolerante dentro 
das unidades experimentais, com e sem, a presença do controlador biológico. Não foi 
percebido competições por espaço ou por alimento em nenhum dos tratamentos. Assim 
como, não foi percebida a interferência do robalo nos processos naturais de reprodução 
da tilápia.
Foram observados ninhos no fundo das unidades experimentais com e sem robalo. 
Sendo que a permanência da corte ingressante só ocorreu nos tratamentos sem robalo. 
Demonstrando assim, que o robalo-flecha (Centropomus undecimalis) mesmo 
domesticado, mostrou-se um carnívoro eficiente como controlador biológico no 
recrutamento de novas populações de tilápia do Nilo em sistemas de cultivo. 
27
Corroborando com a ampla literatura que segundo a ecologia reprodutiva da tilápia, os 
ninhos são construídos em substrato mole pelos machos e em profundidades de 
aproximadamente 1m, onde as fêmeas ovígeras, após um breve ritual de acasalamento, 
depositam os ovócitos prontos para serem fecundados pelo macho, reproduzindo-se 
naturalmente dentro de ambientes de cultivo. De acordo com a literatura. A fêmea de 
tilápia do Nilo possui desovas parceladas, expelindo de um a dois ovócitos por grama de 
peso. Atinge a maturidade sexual em idade precoce, com tamanho aproximado de 152 
mm e a partir dos 40 gramas de peso. 
Apresentando-se com isso, como uma solução tecnicamente viável pra o problema 
da prolificidade e erro dereversão sexual de tilápias do Nilo, em sistemas de cultivo. De 
acordo com a publicação OLIVEIRA (2007) a prolificidade, a precocidade reprodutiva, a 
estratégia de desovas parceladas e o hábito de cuidar da prole faz com que as taxas de 
recrutamento populacional de jovens tilápias aumentem muito rapidamente nos viveiros. 
Por esse motivo, o descontrole na reprodução veio a ser considerado um dos maiores 
entraves nos cultivos comerciais de tilápia.
O acasalamento, desova, incubação ocorreram sem estresse de nenhuma parte. 
Porem, após a eclosão dos ovos e início da liberação das larvas de tilápia do Nilo, foi 
percebido agressividade da fêmea de tilápia contra o robalo-flecha, que incia investidas 
em busca do conteúdo dentro da boca da tilápia fêmea. O inicio do consumo da nova 
coorte pelo robalo-flecha, inicia-se ainda com as larvas vitelinas e se estende por dias, 
variando com a quantidade de ovos eclodido, entretanto foi percebido uma estratégia de 
alimentação. 
As larvas foram consumidas lentamente para que se desenvolvessem. Deixando 
claro para este ensaio a preferência do robalo-flecha por alevinos de tilápia formados. Os 
alevinos foram consumidos em pequenas quantidades, determinadas pelo próprio 
predador, que culminou na diminuição do intervalo de restrição alimentar entre uma 
desova e outra da tilápia.
A alimentação até a saciedade aparente diminuiu sensivelmente o estresse entre 
as tilápias dentro do sistema de cultivo durante o período de adaptação, não interferindo 
na predação pelo robalo das cortes eclodidas dentro das unidades com controle biológico.
Verificou-se a morte de cinco animais com feridas no corpo em quatro unidades 
distintas, foi realizado teste bacteriano na água, esfregaço nas brânquias e na lesão, e 
comparação visual com a literatura disponível existindo forte indícios de que as mortes 
foram ocasionadas por infecção de Flavobacterium columnare, que podem ter sido 
28
oportunistas que podem ter surgido por estresse durante os manejos iniciais de biometria 
e povoamento.
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Constatou-se ao final do experimento a eficiência do robalo-flecha (Centropomus 
undecimalis) como predador de larvas e alevinos de tilápia do Nilo (Oreochromis 
niloticus), sem interferência no desenvolvimento zootécnico e reprodutivo das tilápias 
estocadas. Sendo o robalo-flecha tecnicamente viável, e indicado como controlador 
biológico para o surgimento das cortes de tilápia, em cultivos comerciais. Indicando uma 
minimização dos custos na produção e uma melhor utilização da ração. 
29
REFERÊNCIAS
ASSOCIACAO CULTURAL E EDUCACIONAL BRASIL – ACEB; CNPJ: 03.680.305/0001-
80. 2014; 1º ANUÁRIO BRASILEIRO DA PESCA E AQUICULTURA, Disponível em : 
<http://formsus.datasus.gov.br/novoimgarq/16061/2489520_218117.pdf>
Acesso em 04 de maio de 2016.
ALVAREZ-LAJONCHÈRE, L., Cerqueira, V. R., Silva I. D., Araujo, J., Reis, M. 2002. Mass 
production of juveniles of fat snook Centropomus parallelus in Brazil. Journal of 
World Aquaculture Society. 33 (4): 506–516.
Alvarez-Lajonchère, L., Cerqueira, V. R., Silva I. D., Araujo, J., Reis, M. 2004. First basis 
for a sustained juvenile production technology of fat snook Centropomus parallelus 
Poey. Hidrobiológica, 14 (1): 37–45.
Alvarez-Lajonchère, L. And Hernàndez Molejón, O. G. 2001. Producción de juveniles de 
peces estuarinos para un centro en América Latina y el Caribe: diseño, operación y 
tecnologías. The World Aquaculture Society. Baton Rouge, Lousiana. USA 424p
BANEGAS, Cruz Odil Bonilla. Evaluación del desarrollo de la tilapia híbrida 
Oreochromis mossambicus (Peters) × Oreochromis niloticus (Linnaeus) cultivada a 
salinidades de 17500, 35000 y 52500 ppm en Punta de Ratón, Honduras. 2007. 22 f. 
(Proyecto Especial de Ingeniero Agrónomo). Departamento de Diversificación Piscícola 
del Grupo Granjas Marinas (GGM), Zamorano, Honduras
.
BERRA, Tim M. 2001, 2007; Freshwater fish distribution. SBN-13: 978-0-226-04442-2 
(pbk. : alk. Paper); Originally published: San Diego, Calif. : Academic Press, 2001. With 
new pref.; The University of Chicago Press, Ltd., London. Disponível em 
<https://pk2pm.files.wordpress.com/2012/10/freshwater_fish_distribution.pdf> Acesso em 
09 de maio de 2016
BEUX. L. F. Avaliação do Desempenho Reprodutivo da Tilápia (Oreochromis 
niloticus) em Sistema de Incubação Artificial. Trabalho de Conclusão de Curso – 
Engenharia de Pesca; 2002, – UNIOESTE –PR 2002. 
BIZERRIL, Carlos Roberto S. Fontenelle. Peixes de Águas Interiores do Estado do Rio 
de Janeiro / Carlos Bizerril, Paulo Bidegain Primo Rio de Janeiro: FEMAR - SEMADS 
2001 417p.: il. ISBN 85-87-206-209-5 Cooperação Técnica Brasil-Alemanha, Projeto 
PLANÁGUASEMADS/GTZ . 
Flores, R. M. V .; Chicrala , P. M. & Soares, S. S.; (2014 ) avaliação Preferência de 
peixes consumidor de Tocantins Estado , por meio de pesquisa de campo durante o 
seminário " Caiu na Rede E lucro" . eISSN 1983-9057 . DOI : 10,14210 / 
bjast.v18n1.p121-129. Bras . J. Aquat . Sci . Technol . 18 (1): 121-129 
Brasil. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Manual de inspeção para 
identificação de espécies de peixes e valores indicativos de substituições em 
produtos da pesca e aquicultura / Secretaria de Defesa Agropecuária. – Brasília : 
MAPA, 2016. 188 p. Panorama da Aquicultura.
30
http://www.panoramadaaquicultura.com.br/paginas/revistas/27/Tilapia.asp
Acesso em 20 de abril de 2016.
Carvalho, Raul Ribeiro de; Segurança alimentar: aspectos sociais, políticos e 
econômicos no consumo da carne no estado do Rio de Janeiro, Brasil / Raul Ribeiro 
de Carvalho; 2010. 129f. Universidade Federal Fluminense, 2010.
CEAGESP, 2016. São Paulo – SP Disponível em : 
<http://www.ceagesp.gov.br/entrepostos/servicos/cotacoes/#cotacao>
Acesso em 09 de maio de 2016.
CERQUEIRA, V. R.; MIOSO, R.; CANARIN, M. 2005. Indução de desova com 
fertilização natural e artificial e incubação de ovos do robalo-peva (Centropomus 
parallelus). Atlântica, Rio Grande, 27(1):31-38,
CERQUEIRA,V. R. 2004. Cap. XV do Livro: Aqüicultura: experiências brasileiras/ 
(organizadores) POLI, C. R. et. Al – Florianópolis, SC:Multitarefa, p.369–406.
CERQUEIRA, V. R. 2002. Cultivo do Robalo: aspectos da reprodução, larvicultura e 
engorda. – Florianópolis: Ed. Do Autor,. 94p.
CERQUEIRA, V. R. 2001 Piscicultura Marinha no Brasil: perspectivas e contribuições 
da ictiologia. In: Reunião Técnica sobre Ictiologia em Estuários. Curitiba: UFPR. 5p.
CERQUEIRA, V. R., MACCHIAVELLO, J. A. G. & BRÜGGER. 1995 A. M.. Produção de 
alevinos de robalo, Centropomus parallelus Poey, 1860, através de larvicultura 
intensiva em laboratório. In: Anais, Simpósio Brasileiro de Aquicultura, 7, 1992, Peruíbe, 
ACIESP, p.191-197.
Elenise Gonçalves de Oliveira, Francisco José de Seixas Santos, Alitiene Moura L. 
Pereira, Carolyny Batista Lima; 2007; Produção de tilápia: Mercado, espécie, biologia 
e recria; ISSN 0104-7633. Circular técnica, Teresina-PI. Disponível em: 
<https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/69806/1/Circular45.pdf> Acesso 
em: 04 de maio de 2016
Emerenciano, Gustavo Coelho Mauricio Et Al. SISTEMAS DE BIOFLOCOS (BFT) PARA 
PIRACANJUBA Brycon orbignyanus. 25º SIC UDESC, 2015 Disponível 
em:<http://www.udesc.br/arquivos/id_submenu/2261/20.pdf> Acesso em 15 de maio de 
2016.
FAO - Organización de las Naciones Unidas para la Alimentación y la Agricultura. El 
estado mundial de la pesca y la acuicultura: oportunidades y desafíos. Roma, 2014. 
Disponível em: <http://www.fao.org/3/7870db4d-2558-4714-9c56-
0cf49f010f3e/i3720s.pdf> Acesso em: 14 de fevereiro de 2016.
FLORIANI. Diana Carla, Correia. Edineia Caldas; Almeida. Edson Gracindo de; 
Mendonça. Eloisa Neves; Macedo. Heitor Schulz Leandro, Et al,.Florianópolis,Julho de 
2013; Plano de Manejo ENCARTE 02: Diagnóstico da APA Anhatomirim; 
31
Socioambiental Consultores Associados Centro de Estudos do Mar - Universidade Federal 
do Paraná – CEM/UFPR Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade–
ICMBio. 
Forés, Nunes Charles.; APRIMORAMENTO DAS TÉCNICAS DE MANEJO DO CULTIVO 
DO CAMARÃO BRANCO Litopenaeus vannamei (Boone) EM SISTEMA DE 
BIOFLOCOS. Tese 2012; Universidade Federal Do Rio Grande-FURG; Rio Grande – RG 
2012; 
Gerhardinger, Rodrigo Cavaleri; Policultivo de tilápias Oreochromis niloticus e 
robalos Centropomus parallelus E C. undecimalis em pequenas unidades de 
produção aquicola de Santa Catarina; dissertação 2010. 100 p. – Florianópolis, SC 
2010. 
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Produção Agrícola Municipal 
2013. Disponível em: 
<ftp://ftp.ibge.gov.br/Producao_Pecuaria/Producao_da_Pecuaria_Municipal/2013/ppm201
3.pdf> Acesso em: 14 de fevereiro de 2016.
J. L. S. Gonçalves Junior, V. G. Almeida e J. J. de Souza-Filho; Adaptação de juvenis 
selvagens de Centropomus undecimalis (Bloch, 1792) (Pisces, Centropomidae) ao 
ambiente controlado. Candombá – Revista Virtual, v. 3, n. 1, p. 15–26, jan – jun 2007;
KUBITZA, Fernando. Aquicultura no Brasil, conquistas e desafios. Revista Panorama da 
aquicultura. v. 25, n. 150. p. 10-23. julho/agosto, 2015. Disponível 
em:http://www.ferrazmaquinas.com.br/imagens/uploads/conteudos/47/arquivo/201510091
60719ecjuMgjlhq.pdf> Acesso em 14 de fevereiro de 2016.
LEONHARDT, Julio Hermann. Efeito da reversão sexual em Tilápia do Nilo, 
Oreochromis niloticus (Linnaeus, 1757). Tese (Doutorado) - Centro de Aquicultura, 
Campus de Jaboticabal – UNESP, Jaboticabal – SP, 1997. 
LIMA, Fabrízia Portes Cury. Reversão sexual em tilápias (oreochromis niloticus) . 
Revista Conexão Ciência (Online), v. 6, n. 1. 2011. Disponível em: 
<http://periodicos.uniformg.edu.br:21011/periodicos/index.php/testeconexaociencia/article/
view/52> Acesso em 14 de fev de 2016.
LOBO, Cátia Maria de Oliveira. 2014. 122f. Elaboração de patê e filé em conserva 
utilizando cachapinta (Pseudoplatystoma SP); Tese; Universidade Federal Fluminense, 
Marinha do Brasil. Disponível em: 
<https://www.mar.mil.br/hotsites/amz_azul/html/definicao.html>
Acesso em 04 de maio de 2016
MATIAS, João Felipe Nogueira. Aquicultura e os desafios de produzir com 
sustentabilidade. XXV CONGRESSO BRASILEIRO DE ZOOTECNIA , 2015. Disponível 
em: <http://zootec2015.com.br/manuscritos/AQUICULTURA%20E%20OS%20DESAFIOS
%20DE%20PRODUZIR%20COM%20SUSTENTABILIDADE%20-%20JO%C3%83O
%20FELIPE%20MATIAS.pdf> Acesso em: 14 de fevereiro de 2016.
32
NEUMANN, Erika. Características do desenvolvimento inicial de duas linhagens de 
tilápia Oreochromis niloticus e uma linhagem híbrida de Oreochromis sp. 
Dissertação (Mestrado) - Centro de Aquicultura, Campus de Jaboticabal – UNESP, 
Jaboticabal – SP, 2004. 
PATRONA, L. D. Contribution à la biologie du "robalo" Centropomus parallelus 
(Pisces Centropomidae) du Sud-Est du Brésil: possibilités aquacoles. 1984. 175 f. 
Thèse (Doctorat de 3 Cycle, Sciences et Techniques en Productions Animales) - Institut 
National Polytechnique de Toulouse, France, 1984.
Pli, Moises Angel. Desempenho produtivo de larvas de Jundiá (Rhamdia quelen) em 
sistema de cultivo com bioflocos. Universidade Federal de Santa Catarina – SC, 2013. 
Disponível em <https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/122779?show=full> 
Acessado em 15 de mai de 2016.
POPMA, Thomas J.; LOVSHIN, Leonard L. Worldwide Prospects for Commercial 
Production of Tilapia. International Center for Aquaculture and Aquatic Environments. 
Department of Fisheries and Allied Aquacultures, Auburn University - Alabama 36849, 
1995. 
POPMA, T. J. e PHELPS, R. P. Status report to commercial tilápia producers on 
monosex fingerling productions techniques. In: AQUICULTURA BRASIL, 10, 1998, 
Recife.Anais... Recife: Associação Brasileira de Aquicultura - ABRAq, 1998. p. 127-145.
POPMA, T. J.; GREEN, B. W. Aquacultural production manual: sex reversal of tilapia 
in earthen ponds. Research and Development Series, v.35, p.1 – 15. 1990.
RICHARD-MERCIER, N. et al. Endocrine sex reversal of gonads by the aromatase 
inhibitor letrozole (cgs 20267) in Emys orbicularis, a turtle with temperature-
dependent sex determination.General and Comparative Endocrinology, v.100, n.3, 
p.314 – 326. 1995.
Programa de Avaliação do Potencial Sustentável de Recursos Vivos na Zona Econômica 
Exclusiva - ReviZEE 1. Antecedentes 2. Base SisReviZEE 3. Características 4. Custos 5. 
Insumos 6. Módulos 7. Disponível em: 
http://www.mma.gov.br/estruturas/revizee/_arquivos/rel_executivo_revizee.pdf Acesso em 
14 de fevereiro de 2016.
Relatório de Conjuntura dos Recursos Hídricos no Brasil – Informe 2014, pág 27, 30. 
http://www2.ana.gov.br/Paginas/imprensa/noticia.aspx?id_noticia=12683
Acesso em 04 de maio de 2016.
SILVA, A. L. N.da & PEREIRA, J. A. 1997 Controle do recrutamento de tilápia 
vermelha, híbrido de ... B. Inst. Pesca, São Paulo, 24 (n. especial): 161 – 168
Soligo, Thiago Augusto; 2007 40p. Primeiras Experiências com a reprodução, 
larvicultura e desmame do robalo-flecha, Centropomus undecimalis no Brasil. 
Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Santa Catarina
33
VALENTI, W. C. 2002. Aquicultura sustentável. In: Congresso de Zootecnia, 12o, Vila 
Real, Portugal, 2002, Vila Real: Associação Portuguesa dos Engenheiros Zootécnicos. 
Anais. p.111-118.
Oliveira, Elenise Gonçalves de. Santos, Francisco José de Seixas. Alitiene Moura L 
Carolyny Batista Lima. Circular tecnica nº 45, Teresina, PI dezembro, 2007 45 ISSN 0104-
7633. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; Produção de tilápia: 
Mercado, espécie, biologia e recria. Dsponível em: 
https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/69806/1/Circular45.pdf
acessado em 23 de abril de 2016
Robert Rush Miller (1916-2003). W. L. MINCKLEY (1935-200). principales expertos del 
mundo en peces de agua Dulce. Fishes of Arizona. Departamento de Zoología y 
Museo de Zoología,Universidad de Michigan; 1987.Universidad Estatal de Arizona.
STEVEN MARK NORRIS, Universidad Estatal de California. La sistemática y 
biogeografía de peces dulceacuícolas africanos y mexicanos. Título original: 
Freshwater Fishes of México
TUCKER Jr., J. W.; RUSSELL, D. J.; RIMMER, M. A. 2002 Barramundi Culture: A 
Success Story for Aquaculture in Asia and Australia. World Aquaculture, 33(4): 67–72
TUCKER Jr., J. W.; JORY, D. E. 1991 Marine fish culture in the Caribbean region. 
World Aquaculture, 22 (1): 10–27. 1991.
TUCKER Jr., J.W. 1987 Snook and tarpon snook culture and preliminary evaluation 
for commercial farming. The Progressive Fish-Culturist, 49: 49-57
Woodman, D. A. 1987. The evolutionary history of the genus Rhinichthys: hypotheses 
and tests. Tesis Doc- toral, University of Nebraska, Lincoln 1987.
Woodman, D.A.; Mayden, R. L. Systematic relationships within the cyprinid genus 
Rhinichthys. Systematics, Historical Ecolo- gy and North American Freshwater 
Fishes. 1992. Pp. 374–391. Stanford University Press, Stanford 1992. 
ZARZA-MEZA, E. A.; BERRUECOS-VILLALOBOS, J. M.; VASQUEZ-PELÁES, C.; 
ÁLVAREZ-TORRES P. 2006 Cultivo experimental de robalo Centropomus 
undecimalis y chucumite Centropomus parallelus (Perciformes: Centropomidae) em 
estanques rústicos de tierra. Honduras - Ciências Marinas 32 (02): 219-227. 2006
34
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Setor de Aquicultura – UFERSA ..........................;;....................................22
Figura 2 – Robalo-flecha ......................................................;;...................................23 
Figura 3 – Tilápia do Nilo ...........................................................................................23
Figura 4 – Unidades experimentais ...........................................................................24Figura 5 – Biofiltro tipo airlift e substrato ..................................................................24
35
LISTA DE TABELA
Tabela 1 – Resultados...........................................................................................28
	5. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Mais conteúdos dessa disciplina