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TÓPICOS ESPECIAIS EM FISIOTERAPIA Aula 5-Noções de Bioestatística II Tema da Apresentação NOÇÕES DE BIOESTATÍSTICA II– AULA5 TÓPICOS ESPECIAIS EM FISIOTERAPIA Conteúdo Programático desta aula Estatística descritiva Conceitos básicos de probabilidade Distribuição normal de probabilidade e teorema do limite central Tema da Apresentação NOÇÕES DE BIOESTATÍSTICA II– AULA5 TÓPICOS ESPECIAIS EM FISIOTERAPIA Bate-pronto... Um pesquisador fisioterapeuta resolveu medir a amplitude de movimento de inclinação lateral cervical em universitários. Primeiramente, conseguiu um goniômetro universal, treinou bastante a técnica de goniometria, e saiu à campo. No total, 480 voluntários participaram da pesquisa: 240 universitários do curso de Direito, e 240 universitários do curso de Educação Física. A seguir, os resultados (em graus) da pesquisa: Tema da Apresentação NOÇÕES DE BIOESTATÍSTICA II– AULA5 TÓPICOS ESPECIAIS EM FISIOTERAPIA Bate-pronto... Universitários de Direito: 20 21 24 23 22 22 21 25 24 26 22 22 20 21 24 23 22 22 21 25 24 26 22 22 29 19 24 25 26 25 24 27 24 22 22 23 24 25 26 25 20 21 24 23 22 22 21 25 24 26 22 22 20 21 24 23 22 22 21 25 24 26 22 22 29 19 24 25 26 25 24 27 24 22 22 23 24 25 26 25 22 20 21 24 23 22 22 21 25 24 26 22 22 29 19 24 25 26 25 24 27 24 22 22 23 24 25 26 25 22 27 24 22 22 23 24 25 26 25 22 20 21 24 23 22 22 21 25 24 26 22 22 20 21 24 23 22 22 21 25 24 26 22 22 29 19 24 25 26 25 24 27 24 22 22 23 24 25 26 25 20 21 24 23 22 22 21 25 24 26 22 22 20 21 24 23 22 22 21 25 24 26 22 22 29 19 24 25 26 25 24 27 24 22 22 23 24 25 26 25 22 20 21 24 23 22 22 21 25 24 26 22 22 29 19 24 25 26 25 24 27 24 22 22 23 24 25 26 25 22 27 24 22 22 23 24 25 26 25 22 Tema da Apresentação NOÇÕES DE BIOESTATÍSTICA II– AULA5 TÓPICOS ESPECIAIS EM FISIOTERAPIA Bate-pronto... Universitários de Educação Física: 21 34 37 45 24 45 43 43 42 20 25 32 45 42 31 29 29 28 27 30 21 34 37 45 24 45 43 43 42 20 21 34 37 45 24 45 43 43 42 20 34 37 45 24 45 43 43 42 20 25 32 45 42 31 29 29 28 27 30 22 22 29 19 24 25 26 25 24 27 21 34 37 45 24 45 43 43 42 20 34 37 45 24 45 43 43 42 20 25 32 45 42 31 29 29 28 27 30 21 34 37 45 24 45 43 43 42 20 21 34 37 45 24 45 43 43 42 20 21 34 37 45 24 45 43 43 42 20 25 32 45 42 31 29 29 28 27 30 21 34 37 45 24 45 43 43 42 20 21 34 37 45 24 45 43 43 42 20 34 37 45 24 45 43 43 42 20 25 32 45 42 31 29 29 28 27 30 22 22 29 19 24 25 26 25 24 27 21 34 37 45 24 45 43 43 42 20 34 37 45 24 45 43 43 42 20 25 32 45 42 31 29 29 28 27 30 21 34 37 45 24 45 43 43 42 20 21 34 37 45 24 45 43 43 42 20 Tema da Apresentação NOÇÕES DE BIOESTATÍSTICA II– AULA5 TÓPICOS ESPECIAIS EM FISIOTERAPIA Bate-pronto... Você consegue tirar alguma conclusão da pesquisa, olhando para os dados coletados? Sem calcular, qual dos cursos obteve maior desvio-padrão? Por quê? Tema da Apresentação NOÇÕES DE BIOESTATÍSTICA II– AULA5 TÓPICOS ESPECIAIS EM FISIOTERAPIA Bate-pronto... Estatística descritiva dos dados: Curso de Direito: Média: 23,45 graus Desvio-padrão: 2,08 graus Valor máximo: 19 graus Valor mínimo: 29 graus Amplitude (máximo - mínimo): 10 graus Curso de Educação Física: Média: 33,78 graus Desvio-padrão: 8,99 graus Valor máximo: 19 graus Valor mínimo: 45 graus Amplitude (máximo - mínimo): 26 graus Tema da Apresentação NOÇÕES DE BIOESTATÍSTICA II– AULA5 TÓPICOS ESPECIAIS EM FISIOTERAPIA Estatística descritiva Usada para resumir ou descrever um conjunto de dados que coletamos em pesquisas. Esse tipo de análise é também conhecida como análise exploratória de dados. Tema da Apresentação NOÇÕES DE BIOESTATÍSTICA II– AULA5 TÓPICOS ESPECIAIS EM FISIOTERAPIA Características importantes em um conjunto de dados: Tema da Apresentação NOÇÕES DE BIOESTATÍSTICA II– AULA5 TÓPICOS ESPECIAIS EM FISIOTERAPIA Medidas de Centro Uma medida de centro é um valor no centro do conjunto de dados. O mais comum de se encontrar nas análises estatísticas é a média. Para o cálculo da média aritmética, basta somar todos os valores e dividir o total pelo número de valores somados. Tema da Apresentação NOÇÕES DE BIOESTATÍSTICA II– AULA5 TÓPICOS ESPECIAIS EM FISIOTERAPIA Medidas de Centro A grande desvantagem da média é que ela é muito sensível a qualquer valor. Um outlier pode mudar a média drasticamente, e acabar não representando a real característica do conjunto de dados. Vamos ver um exemplo? Tema da Apresentação NOÇÕES DE BIOESTATÍSTICA II– AULA5 TÓPICOS ESPECIAIS EM FISIOTERAPIA Medidas de Centro Imagine que você mediu a glicemia de 90 adolescentes em um laboratório, e obteve os dados abaixo, em mg/dl: 88 79 80 89 85 81 83 83 84 82 82 85 86 82 85 88 79 80 89 85 81 83 83 84 82 82 85 86 82 85 88 79 80 89 85 81 83 83 84 82 82 85 86 82 85 88 79 80 89 85 81 83 83 84 82 81 79 78 79 79 88 79 80 89 85 81 83 83 84 82 85 81 83 83 84 82 82 85 86 82 81 83 83 84 82 82 85 86 82 85 Se calcularmos a média, obtemos 83,24 mg/dl Tema da Apresentação NOÇÕES DE BIOESTATÍSTICA II– AULA5 TÓPICOS ESPECIAIS EM FISIOTERAPIA Medidas de Centro Agora, vamos supor que você mudou um desses valores para 200 mg/dl (um outlier). Nesse caso, a média passa a ser 84,52 mg/dl. Se adicionarmos mais um valor de 200, a média sobe mais ainda para 85,83 mg/dl. Se não soubermos interpretar esses valores de forma correta, poderemos assumir uma média que não representa corretamente o conjunto de dados Tema da Apresentação NOÇÕES DE BIOESTATÍSTICA II– AULA5 TÓPICOS ESPECIAIS EM FISIOTERAPIA Medidas de Centro Para superar essa limitação, aparece a mediana. A mediana é o valor do meio quando os dados estão organizados em ordem crescente ou decrescente. Para encontrá-la, basta ordenar os valores, e depois, se o número de valores for ímpar, localizar o número no meio exato; se for par, a mediana é encontrada pelo cálculo da média dos dois números no meio. Vamos a um exemplo? Tema da Apresentação NOÇÕES DE BIOESTATÍSTICA II– AULA5 TÓPICOS ESPECIAIS EM FISIOTERAPIA Medidas de Centro Conjunto A (11 valores): 10 11 11 12 13 14 14 15 16 18 20 (mediana é 14). Conjunto B (10 valores): 11 11 12 13 13 14 15 16 18 20 (mediana é (13+14)/2 = 13,5). Tema da Apresentação NOÇÕES DE BIOESTATÍSTICA II– AULA5 TÓPICOS ESPECIAIS EM FISIOTERAPIA Medidas de Centro Outra medida de centro é a moda. Ela nada mais é do que o valor mais frequente em um conjunto de dados. Por exemplo: Conjunto: 11 13 14 18 19 10 18 19 19 19 10 20 19 19 19 19 16 15 14 19 Qual será a MODA? Tema da Apresentação NOÇÕES DE BIOESTATÍSTICA II– AULA5 TÓPICOS ESPECIAIS EM FISIOTERAPIA Medidas de Dispersão Agora, vamos comparar dois conjuntos de dados, X e Y: X: 10 12 14 12 10 14 12 10 14 12 10 14 14 12 12 10 10 Y: 8 12 14 18 14 12 8 20 6 20 6 8 12 18 14 12 8 Se você apenas olhar para os números, dá para ver que eles tem uma diferença, não? Se eu pedisse para você diferenciar os conjuntos X e Y pela média deles, você calcularia média de X = 11,88, e média de Y = 12,23. Tema da Apresentação NOÇÕES DE BIOESTATÍSTICA II– AULA5 TÓPICOS ESPECIAIS EM FISIOTERAPIA Medidas de Dispersão Os valores são diferentes, mas são muito próximos! Poderíamos dizer que quase não se diferenciam, certo? Mas, qual desses conjuntos possui maior variabilidade? Se você respondeu intuitivamente o conjunto Y, você acertou! Note que os números em Y variam mais (o valor mínimo foi 6 e o valor máximo foi 20). Tema da Apresentação NOÇÕES DE BIOESTATÍSTICA II– AULA5 TÓPICOS ESPECIAIS EM FISIOTERAPIA Medidas de Dispersão Com isso, definimos o que vem a ser o desvio-padrão (s): uma medida da variação dos valores em torno da média. É como se fosse um desvio médio dos valores em relação à média. Seu valor pode variar drasticamente se acrescentarmos outliers ao conjunto de dados. Para os conjuntos X e Y, o desvio-padrão de X (sX) é de 1,65, e o de Y (sY) é de 3,86. Tema da Apresentação NOÇÕES DE BIOESTATÍSTICA II– AULA5 TÓPICOS ESPECIAIS EM FISIOTERAPIA Medidas de Dispersão Outra forma de medir variabilidade dos dados é a amplitude. Bem mais fácil de se calcular, ela é a diferença do maior valor com o menor valor do conjunto de dados. Por exemplo, a amplitude do conjunto X que vimos anteriormente será 14 - 10 = 4, e a amplitude de Y será 6 - 20 = 14. Note que, novamente, vemos a maior variabilidade do conjunto Y. Tema da Apresentação NOÇÕES DE BIOESTATÍSTICA II– AULA5 TÓPICOS ESPECIAIS EM FISIOTERAPIA Medidas de Dispersão As vezes, é necessário usar a variância como uma medida da dispersão dos dados. Ela nada mais é do que o quadrado do desvio-padrão. Não vamos nessa disciplina nos aprofundar nesse assunto. Também é muito usado o coeficiente de variação (ou CV), que é calculado dividindo-se o desvio-padrão pela média, e multiplicando tudo por 100, para obter o resultado em porcentagem. Voltando aos nossos conjuntos de dados X e Y: CVX = 1,65/11,88 x 100 = 13,91% - CVY = 3,86/12,23 x 100 = 37,63% Tema da Apresentação NOÇÕES DE BIOESTATÍSTICA II– AULA5 TÓPICOS ESPECIAIS EM FISIOTERAPIA Conceito de Probabilidade A probabilidade é a base para qualquer análise estatística inferencial. Vamos para alguns conceitos (TRIOLA, 2005): Evento: qualquer conjunto de resultados ou saídas de um experimento; Espaço amostral: em um experimento, consiste em todos os eventos simples (eventos que não podem ser decompostos em outros) possíveis. Tema da Apresentação NOÇÕES DE BIOESTATÍSTICA II– AULA5 TÓPICOS ESPECIAIS EM FISIOTERAPIA Conceito de Probabilidade A probabilidade é geralmente definida pela letra "P". As letras A, B e C denotam eventos específicos. P(A) representa a probabilidade do evento A ocorrer. Na abordagem clássica de probabilidade, podemos estimar a probabilidade de um evento A, P(A), dividindo o número de vezes em que A ocorreu, pelo número de vezes em que o experimento foi repetido. Tema da Apresentação NOÇÕES DE BIOESTATÍSTICA II– AULA5 TÓPICOS ESPECIAIS EM FISIOTERAPIA Conceito de Probabilidade Por exemplo: dados de FC = 89 87 68 79 68 79 89 89 79 68 78 89 79 80 bpm. Qual é a probabilidade de se obter valores de frequência cardíaca menor do que 70 bpm (esse é seu evento A)? Simplesmente você vai dividir o número de vezes que obtivemos frequências abaixo de 70 (3 vezes) pelo número total de amostras (14 amostras). Isso dará 3/14 = 0,21 (ou seja, 21% de toda a sua amostra possui frequência cardíaca abaixo de 70 bpm). Tema da Apresentação NOÇÕES DE BIOESTATÍSTICA II– AULA5 TÓPICOS ESPECIAIS EM FISIOTERAPIA Conceito de Probabilidade Vamos para outro exemplo: suponha que você fez uma pesquisa na universidade, querendo saber qual é a probabilidade de pessoas que tenham dor lombar procurarem um fisioterapeuta para tratamento. Você entrevistou um total de 200 pessoas, sendo que 80 já procuraram fisioterapeuta. A probabilidade P(A) = 80/200 = 0,40 (na amostra estudada, existe uma probabilidade de 40% das pessoas com dor lombar terem procurado serviço fisioterapêutico). Tema da Apresentação NOÇÕES DE BIOESTATÍSTICA II– AULA5 TÓPICOS ESPECIAIS EM FISIOTERAPIA Distribuições de probabilidade Distribuições de probabilidade são gráficos, tabelas ou fórmulas, que dá a probabilidade para cada valor da variável aleatória. E o que é variável aleatória? É uma variável que tem um único valor numérico, determinado ao acaso, para cada resultado de um experimento. Podemos ter variável aleatória contínua ou discreta. Tema da Apresentação NOÇÕES DE BIOESTATÍSTICA II– AULA5 TÓPICOS ESPECIAIS EM FISIOTERAPIA Distribuições de probabilidade Exemplo: Você é um pesquisador fisioterapeuta, e realiza uma pesquisa para verificar a amplitude de movimento da articulação coxo-femoral de universitários. Você mediu, com um flexímetro, a angulação máxima ativa dessa articulação, usando protocolo na literatura. Sua amostra foi de 330 estudantes. Tema da Apresentação NOÇÕES DE BIOESTATÍSTICA II– AULA5 TÓPICOS ESPECIAIS EM FISIOTERAPIA Distribuições de probabilidade Com essa tabela, podemos criar um histograma... Tema da Apresentação NOÇÕES DE BIOESTATÍSTICA II– AULA5 TÓPICOS ESPECIAIS EM FISIOTERAPIA Distribuições de probabilidade E se quisermos fazer uma distribuição de probabilidade? Tema da Apresentação NOÇÕES DE BIOESTATÍSTICA II– AULA5 TÓPICOS ESPECIAIS EM FISIOTERAPIA Distribuições de probabilidade Tema da Apresentação NOÇÕES DE BIOESTATÍSTICA II– AULA5 TÓPICOS ESPECIAIS EM FISIOTERAPIA E se a distribuição fosse assim, o que você concluiria? Tema da Apresentação NOÇÕES DE BIOESTATÍSTICA II– AULA5 TÓPICOS ESPECIAIS EM FISIOTERAPIA Distribuição normal (Carl Friedrich Gauss - 1777-1855) Exemplo: mediu-se a altura de alunos de Educação Física e Direito de uma Universidade: Tema da Apresentação NOÇÕES DE BIOESTATÍSTICA II– AULA5 TÓPICOS ESPECIAIS EM FISIOTERAPIA Uma distribuição pode ser bimodal... Tema da Apresentação NOÇÕES DE BIOESTATÍSTICA II– AULA5 TÓPICOS ESPECIAIS EM FISIOTERAPIA Teorema do Limite Central "Quanto mais o tamanho de uma amostra aumenta, a distribuição amostral da sua média aproxima-se cada vez mais de uma distribuição normal". Tema da Apresentação NOÇÕES DE BIOESTATÍSTICA II– AULA5 TÓPICOS ESPECIAIS EM FISIOTERAPIA Teorema do Limite Central Imagine que eu jogue um dado e calcule a média dos resultados. Sabemos que um dado pode assumir valores 1, 2, 3, 5 ou 6, não é mesmo? Logo, o valor esperado (ou média) que podemos obter jogando o dado é (1 + 2 + 3 + 4 + 5 + 6)/6 = 3,5. Ou seja, o resultado médio esperado se eu jogar o dado é de 3,5. O teorema do limite central nos diz que quanto mais a nossa amostra aumentar (ou seja, quanto mais vezes eu jogar o dado e calcular a média dos resultados), mais a média da minha amostra se aproximará da média esperada, no nosso caso 3,5. Tema da Apresentação NOÇÕES DE BIOESTATÍSTICA II– AULA5 TÓPICOS ESPECIAIS EM FISIOTERAPIA Resumindo... Estatística descritiva Medidas de centro (média, mediana, moda) e dispersão (desvio-padrão, variância, coeficiente de variação) Distribuição de probabilidade Distribuição normal ou Gaussiana Teorema do Limite Central Tema da Apresentação
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