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Noções de Epidemiologia Clínica

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TÓPICOS ESPECIAIS EM FISIOTERAPIA
Aula 8-Noções de Epidemiologia Clínica
Tema da Apresentação
NOÇÕES DE EPIDEMIOLOGIA CLÍNICA– AULA8
TÓPICOS ESPECIAIS EM FISIOTERAPIA
Conteúdo Programático desta aula
Epidemiologia clínica
Saúde x Doença
Indicadores de saúde
Causalidade em epidemiologia
Medidas de associação em epidemiologia
Tema da Apresentação
NOÇÕES DE EPIDEMIOLOGIA CLÍNICA– AULA8
TÓPICOS ESPECIAIS EM FISIOTERAPIA
Acertando o Alvo...
Uma pesquisa avaliou 1.000 homens em determinado estado brasileiro. Após a realização de anamneses e avaliações, identificou-se que a maioria dos homens que fumavam, apresentavam quadros de bronquite crônica e mancha nos dedos.
Podemos concluir que: "o hábito de fumar causa o aparecimento de bronquite crônica, e a bronquite crônica causa mancha nos dedos". Certo ou errado? 
Tema da Apresentação
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TÓPICOS ESPECIAIS EM FISIOTERAPIA
Acertando o Alvo...
Uma pesquisa avaliou 1.000 homens em determinado estado brasileiro. Após a realização de anamneses e avaliações, identificou-se que a maioria dos homens que fumavam, apresentavam quadros de bronquite crônica e mancha nos dedos.
Podemos concluir que: "o hábito de fumar causa o aparecimento de bronquite crônica, e a bronquite crônica causa mancha nos dedos". Certo ou errado? 
Tema da Apresentação
NOÇÕES DE EPIDEMIOLOGIA CLÍNICA– AULA8
TÓPICOS ESPECIAIS EM FISIOTERAPIA
Introdução à Epidemiologia
Epidemiologia pode ser simplesmente definida como o estudo do que afeta a população. No entanto, um conceito mais abrangente é dado por Pereira (1995, p. 3) como o "ramo das ciências da saúde que estuda, na população, a ocorrência, a distribuição e os fatores determinantes dos eventos relacionados com a saúde".
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Introdução à Epidemiologia
Geralmente, a epidemiologia é aplicada para descrever as condições de saúde de determinada população, investigar os fatores que influenciam nestas condições e avaliar o impacto de ações em saúde. Essas investigações serão confiáveis se:
Correta seleção da população/amostra;
Correta aferição das variáveis;
Controle das variáveis de confundimento.
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TÓPICOS ESPECIAIS EM FISIOTERAPIA
Epidemiologia Clínica
Uso de princípios e métodos epidemiológicos para solucionar problemas encontrados na medicina clínica.
Suas abordagens passam pela análise do processo saúde x doença, diagnóstico, frequência da doença, fatores de risco, análise etiológica, prognóstico e tratamento de doenças. 
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Saúde x Doença
A Organização Mundial de Saúde (OMS), em 1948, definiu saúde como "um completo estado de bem-estar físico, mental e social, e não meramente ausência de doença" (PEREIRA, 1995, p. 30). 
Uma doença seria algo que altere esse bem-estar completo do indivíduo, de alguma forma.
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A Doença
A doença pode progredir segundo 5 categorias (PEREIRA, 1995):
a) Evolução aguda, rapidamente fatal;
b) Evolução aguda, clinicamente evidente e com rápida recuperação (na maioria dos casos);
c) Evolução sem alcançar o limiar clínico, ou seja, o indivíduo não demonstra sintomas;
d) Evolução crônica que progride com êxito fatal;
e) Evolução crônica, com períodos assintomáticos;
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A Doença
Toda doença pode passar por dois estágios bem definidos:
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A Doença
Uma doença é causada por algum agente, seja ele:
a) Biológicos - como bactérias e vírus;
b) Genéticos - alterações no DNA;
c) Químicos - toxinas, drogas;
d) Físicos - impacto, radiação;
e) Psíquicos ou psicossociais.
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A Doença
Modelo de fatores etiológicos – a tríade ecológica
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Indicadores de saúde mais usados
a) Mortalidade: todos os óbitos ocorridos em um dado período, dividido pelo total da população;
b) Morbidade: todos os doentes em um dado período, dividido pelo total da população;
c) Indicadores nutricionais: mortalidade pré-escolar, mortalidade infantil, avaliações dietéticas, clínicas e laboratoriais;
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Indicadores de saúde mais usados
d) Indicadores demográficos: esperança de vida ao nascer, mortalidade, fecundidade e natalidade;
e) Indicadores sociais: renda per capita, distribuição de renda, taxa de analfabetismo.
f) Indicadores ambientais: indicadores sanitários, como abastecimento de água, de esgotos, de coleta de lixo.
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Indicadores de saúde mais usados
g) Serviços de saúde: recursos disponibilizados, processos, resultados.
h) Indicadores positivos de saúde: qualidade de vida, epidemiologia da saúde.
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Prevalência x Incidência
Incidência de uma doença refere-se ao número de casos novos em determinado período de tempo. Prevalência já refere-se aos casos existentes no período observado. 
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Causalidade
Refere-se ao relacionamento das "causas" aos "efeitos" que produzem. E isso é o que geralmente as pesquisas fazem, tentar avaliar ou identificar relações entre aspectos que podem ser "causas" e aspectos que podem ser "efeitos".
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Causalidade
Causalidade não é o mesmo que associação. Duas variáveis podem estar associadas, mas não ter nenhuma relação de causalidade. 
Para uma associação ser causal, a alteração na frequência (ou intensidade) de um dos eventos leva também a mudanças no outro. Já uma associação não-causal pode ser explicada por um terceiro fator, ou mesmo ser devido ao acaso.
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Causalidade
Segundo Pereira (1995, p. 401):
“Se um agravo à saúde é afetado por diversos fatores (diversas causas contribuintes), para se examinar a influência de um destes fatores (isto é, de uma única das causas contribuintes) é necessário neutralizar a influência dos demais fatores (ou seja, das demais causas contribuintes)”.
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Critérios de causalidade de Hill
a) Sequência cronológica: a exposição ao fator de risco deve ter ocorrido antes da doença;
b) Força de associação: medida através das medidas de associação;
c) Relação dose-resposta: aumentando o tempo ou intensidade de exposição, aumenta a resposta (efeito);
d) Consistência: os resultados devem ser verificados por diversos pesquisadores, com diferentes tipos de estudos, em locais diferentes;
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Critérios de causalidade de Hill
e) Plausibilidade: deve haver outras evidências da possibilidade da relação causal. 
f) Analogia: deve haver situações semelhantes, já expostas na literatura, da relação causal estudada. Por exemplo, se um medicamento é eficaz para um vírus X1, ele talvez possa ser eficaz para uma versão modificada dele X2;
g) Especificidade: o quanto da presença da exposição
pode prever a ocorrência da doença.
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Principais medidas de associação em epidemiologia
Risco absoluto (RA), ou simplesmente taxa de incidência, é calculado através do número de casos novos da doença (ou óbito) por total da população estudada. 
Por exemplo, se em um colégio com 200 crianças, 20 desenvolveram gripe H1N1, então calculamos: RA = 20/200 = 0,1 (10%). Ou seja, existe um risco absoluto de 10% de uma criança que estuda naquele colégio se infectar com o vírus H1N1.
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Principais medidas de associação em epidemiologia
O risco relativo (RR) é calculado dividindo-se dois coeficientes de incidência.
Exemplo: Um fisioterapeuta pesquisador quer verificar se o fato de usar o tênis da marca SuperPowerFoot leva a alterações na pisada durante a marcha. Ele fez avaliações em 500 jovens, e obteve os seguintes resultados:
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Vamos calcular as taxas de incidência primeiramente?
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 Para quem usa tênis: a/a+b = 80/80+80 = 80/160 = 1/2 = 0,50 (ou seja, 50% de risco)
 Para quem não usa tênis: c/c+d = 20/20+320 = 20/340 = 0,06 (ou seja, 6% de risco)
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Qual será o risco relativo? 
É só dividirmos 0,5 por 0,06, que vai nos dar RR = 8,3. Ou seja, quem usa o tênis SuperPowerFoot tem aproximadamente 8 vezes mais chances de desenvolver pisada alterada do que quem não usa.
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Odds Ratio (OR)
Em estudos caso-controle, costuma-se usar uma aproximação do RR, chamada de odds ratio (OR), ou "razão de chances". Também pode receber o nome de razão de prevalências. Essa aproximação, por razões matemáticas, é usada em casos de doenças ou mortes pouco frequentes. Calcula-se o OR com a seguinte fórmula:
OR = a.d/b.c
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Odds Ratio (OR)
Exemplo: Um pesquisador quer verificar se pacientes expostos a trabalho árduo em fábricas podem desenvolver psicoses. Os resultados foram os da tabela abaixo: 
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O OR será 5.1400/1.1300 = 7000/1300 = 5,38. Ou seja, pessoas que trabalham arduamente em fábricas possuem 5 vezes mais chances de desenvolver psicoses em relação às pessoas que não trabalham de forma pesada.
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Resumindo...
Conceito de Epidemiologia clínica
Relação Saúde x Doença
Indicadores de saúde mais usados
Causalidade em epidemiologia
Medidas de associação em epidemiologia
Tema da Apresentação

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