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RESUMO AV2 e AV3 PENAL IV

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RESUMÃO – PENAL IV 
 
 
 
 
 
Crimes funcionais: exigem qualidade especial do sujeito, que é ser fp. 
Funcionais próprios: retirada a qualidade de fp não há outro 
crime = Atipicidade absoluta. Ex: Abandono de função. 
Funcionais impróprios: retirada a qualidade de fp, haverá outro 
crime = Atipicidade relativa. Ex: Peculato -> Apropriação 
indébita 
Conceito de fp: quem exerce cargo, emprego ou função pública, ainda que 
transitoriamente ou s/ remuneração. Quem trabalha em entidades 
paraestatais ou empresas que fazem atividades típicas da Adm. Pública. 
 
Um particular pode responder por crime próprio de fp? 
Sim. Teoria monista: Quem, de qualquer modo, concorre para o crime 
incide nas penas a este cominadas. E art 30: as elementares de caráter 
pessoal se comunicam. 
PECULATO 
1. Próprio: o fp tem a posse do bem. 
a. Peculato-apropriação: o fp tem a posse e se apropria 
definitivamente. 
b. Peculato-desvio: o fp tem a posse e dá destinação diversa da 
que deveria. 
2. Impróprio/Peculato-furto: o fp não tem a posse do bem. Ele se 
utiliza da facilidade que tem de ser fp e subtrai. 
3. Culposo: concorre culposamente p/ o crime de outrem. Ex: fp que 
esquece cofre aberto. 
Obs: se o fp repara o dano ANTES da SPCI = extinção da punibilidade. 
Se repara o dano DEPOIS da SPCI = diminuição da pena. 
4. Peculato de uso: não é crime se o uso for momentâneo e a 
devolução do bem no mesmo estado. 
PECULATO MEDIANTE ERRO DE OUTREM 
O fp se apropria de $ ou qq utilidade recebida por erro de outrem. 
 
PECULATO ELETRÔNICO 
O FP AUTORIZADO que inserir/alterar/excluir dados em sistemas 
informatizados da adm pública, p/ obter vant. Indevida p/ si ou p/ outrem 
ou causar dano. 
 
MODIFICAÇÃO/ALTERAÇÃO NÃO AUTORIZADA DE SISTEMA DE 
INFORMAÇÕES 
Crime contra o próprio computador. 
 
CONCUSSÃO 
EXIGIR vant. indevida. 
A ameaça deverá se referir à função pública. Se for estranha, haverá 
extorsão. 
Se o fp se utiliza de 3º p/ exigir haverá concurso de concussão. Ambos 
responderão. 
 
EXCESSO DE EXAÇÃO 
1. O fp exige $ indevido p/ os cofres públicos. 
2. O fp exige $ devido sob meio constrangedor. 
3. O fp exige $ indevido p/ desviar p/ si ou outrem. 
 
CORRUPÇÃO PASSIVA 
1. O fp SOLICITA vant. indevida. Obs: o particular que recebe não 
comete crime. 
2. O fp RECEBE vant. indevida. 
3. O fp ACEITA PROMESSA de recebimento futuro. 
Própria: vant. indevida p/ ato ilegal. 
Imprópria: vant. indevida p/ ato legal. 
Antecedente: 1º a vant. indevida e depois pratica o ato. 
Subsequente: 1º pratica ato e depois a vant. indevida. 
Causa de + de pena: se o fp retarda/deixa de praticar ato de ofício ou 
pratica infringindo dever funcional. 
Privilegiada: idem ao anterior, porém o fp o faz cedendo a 
pedido/influência de outrem. 
 
PREVARICAÇÃO 
O fp infringe dever p/ atender interesse ou sentimento pessoal. 
Imprópria: se o sujeito ativo for Diretor de Penitenciária/agente público 
que permitir ao preso acesso a cel, rádio ou similar. 
 FACILITAÇÃO DE CONTRABANDO OU DESCAMINHO 
O fp responsável pela entrada e saída de mercadorias do país facilita o 
contrabando ou descaminho. 
 
CONDESCENDÊNCIA CRIMINOSA 
O fp deixa de penalizar subordinado ou de comunicar à autoridade 
competente. Ex: o delegado vê o policial bêbado e não faz nada. 
 
ADVOCACIA ADMINISTRATIVA 
O fp patrocina interesse privado na adm pública se valendo de sua 
posição. 
Aumento de pena: se o interesse é ilegítimo. 
 
ABANDONO DE FUNÇÃO 
Tem que haver situação de perigo concreto à Adm Pública. Senão será 
mera infração adm. 
 
EXERCÍCIO FUNCIONAL ILEGALMENTE ANTECIPADO OU PROLONGADO 
- Entrar no cargo público antes da hora 
- Continuar sem autorização (exonerado, removido, substituído ou 
suspenso) 
 
 
 
USURPAÇÃO DE FUNÇÃO PÚBLICA 
- Apenas fingir ser fp = Contravenção penal 
- Praticar ato inerente à função = Crime 
Qualificada: Se auferir vantagem. 
Obs: se praticar ato que não seja inerente à função e auferir vantagem = 
Estelionato 
 
RESISTÊNCIA 
Se opor à execução de ato legal c/ violência ou grave ameaça ao fp ou seu 
auxiliar. 
Qualificada: Se devido à resistência o ato não se executa. 
 
DESOBEDIÊNCIA 
Se opor à ordem de fp, SEM violência ou ameaça. 
Obs: sempre que houver norma extrapenal p/ punir a conduta, será 
atípica. Só haverá cumulação de crime + norma extrapenal quando a lei 
permitir. 
 
DESACATO 
Menosprezo ao fp que está no ex. da função. Se for fora dela, o desacato 
tem que ter a ver com a função. 
 
TRÁFICO DE INFLUÊNCIA 
“Venda de fumaça”. O particular vende influência à conduta de fp que não 
tem. É mentira. Não influencia ninguém. 
Obs: se influenciar será corrupção ativa. 
 
EXPLORAÇÃO DE PRESTÍGIO 
Idem ao anterior, porém aqui os supostos influenciados serão juiz, jurado, 
órgão do Ministério Público, funcionário de justiça, perito, tradutor, 
intérprete ou testemunha. 
Aumento de pena: se o agente alega que o $ tbm é p/ o fp. 
 
CORRUPÇÃO ATIVA 
Oferecer ou prometer vant. indevida p/ o fp. 
Própria: p/ o fp praticar ato ilegal. 
Imprópria: p/ o fp praticar ato legal. 
Obs: tem que ser anterior à prática do ato. Se for depois, não há crime. 
 
DESCAMINHO 
Fraudar o pagamento de imposto devido por entrada, saída ou consumo 
de mercadoria. 
 
CONTRABANDO 
Importar/Exportar mercadoria proibida. 
Obs: não inclui drogas nem armamentos 
(Lei especial). 
 
 
 
CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
 
PRATICADOS POR FUNCIONÁRIO PÚBLICO (FP) 
 
PRATICADOS POR PARTICULAR 
 
 
 
 
DENUNCIAÇÃO CALUNIOSA 
Dar causa a processo policial, adm. ou judicial por calúnia (fato 
determinado, falso, descrito como crime). Ex: Mamãe. 
 
COMUNICAÇÃO FALSA DE CRIME OU CONTRAVENÇÃO 
Provocar a ação de autoridade, comunicando-lhe a ocorrência de crime ou 
de contravenção que sabe não se ter verificado. Aqui não se acusa 
ninguém. 
 
AUTOACUSAÇÃO FALSA 
Se auto acusar de crime que não cometeu ou crime inexistente. 
 
FALSO TESTEMUNHO OU FALSA PERÍCIA 
1. Fazer acusação falsa; 
2. Negar a verdade, ou; 
3. Calar a verdade. 
Aumento de pena: Se forem praticadas mediante suborno, ou se os 
agentes forem oficiais (perito, tradutor, contador “ad hoc” – contratados 
para determinado ato) respondem por corrupção passiva ou concussão. 
Obs: Se o agente se retratar antes da sentença, extingue-se a punibilidade. 
 
EXERCÍCIO ARBITRÁRIO DAS PRÓPRIAS RAZÕES 
Fazer justiça c/ as próprias mãos, para satisfazer pretensão, embora 
legítima, salvo quando a lei o permite. 
Obs: É de ação penal privada, mas se houver violência, será de ação penal 
pública incondicionada. 
 
FRAUDE PROCESSUAL 
Modificar ardilosamente o estado de lugar, de coisa ou de pessoa a fim de 
induzir a erro o perito ou o juiz. 
Obs: haverá crime mesmo que o processo não tenha se iniciado. 
Obs2: A fraude processual em acidente de trÂnsito é punidqa pelo CTB! 
 
FAVORECIMENTO PESSOAL 
O agente presta auxílio ao criminoso p/ subtrair-se da ação das 
autoridades (ex: prisão). 
Obs: O autor deste crime não pode ser co-autor ou partícipe do crime 
antecedente. Portanto, o acordo de prestar auxílio tem que ser posterior. 
Obs2: Ascendente, descendente cônjuge ou irmão são isentos de pena. 
 
FAVORECIMENTO REAL 
O agente presta auxílio ao criminoso tornando seguro para ele o proveito 
do crime/produto do crime/lucro obtido. 
Obs: o acordo tem que ser posterior. Idem ao de cima. 
Obs2: É diferente do crime de receptação, pois nele o interesse do agente 
é patrimonial e não de prestar auxílio. 
 
DESOBEDIÊNCIA A DECISÃO JUDICIAL SOBRE PERDA OU SUSPENSÃO DE 
DIREITO 
Exercer função, atividade, direito, autoridade ou múnus, de que foi 
suspenso ou privado por decisão judicial. 
 
 
 
Hediondos: aqueles que estão no rol taxativo doArt 1º da Lei 8.072/90. 
Não permite ampliação por analogia. 
 Tráfico de drogas, tortura e terrorismo não são HEDIONDOS, 
pois não estão no rol. São equiparados. 
CRFB/88, Art 5º, XLIII: são inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia 
a prática da tortura, o tráfico de drogas, o terrorismo e os crimes 
hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, 
podendo evitá-los, se omitirem; 
ANISTIA: É um esquecimento jurídico dado pelo Congresso Nacional em 
regra para crimes políticos. 
GRAÇA: Perdão individual concedido pelo Presidente da República. 
INDULTO: Perdão coletivo concedido pelo Presidente da República. 
Obs: O art. 2º da Lei dos Crimes Hediondos diz que os Crimes Hediondos 
não permitem Anistia, Graça e Indulto, diferentemente da CF. O STF 
entende que este artigo é constitucional, pois o termo GRAÇA abrange 
Graça e Indulto. 
Obs: Aos crimes hediondos não cabe fiança. 
 
 
“Existe crime de terrorismo no Brasil?” 
1ª corrente: Sim. Está previsto na Lei 7.170/83, Art 20, que estabelece 
como crime praticar atos de terrorismo. 
2ª corrente: Não. É inconstitucional por falta de definição legal do que é 
terrorismo. 
 
ESPÉCIES: 
I – Homicídio simples em grupo de extermínio e qualificado. 
Obs: Homicídio qualificado e privilegiado é HEDIONDO? 
Corrente Majoritária: Não. Considera a motivação (privilégio) 
preponderante. 
 
I-A - Lesão corporal gravíssima e lesão corporal seguida de morte 
Desde que contra autoridades e policiais em geral. 
 
II – Latrocínio: 
Culposo ou doloso. 
Obs: Morte da vítima = Latrocínio Consumado 
Morte tentada e Roubo consumado = Tentativa de Homicídio 
Obs: Quem julga é o JUIZ SINGULAR. 
Obs: Pra ser Latrocínio a morte tem que derivar da violência física. Se a 
morte resultar da grave ameaça será Roubo em concurso com Homicídio 
(doloso ou culposo). 
 
III - Extorsão qualificada pela morte: 
O comportamento da vítima é imprescindível. Ex: Ameaçar vítima com 
uma arma obrigando a repassar as senhas do cartão. 
 
Obs: Extorsão com restrição da liberdade é hediondo? Não pq não está 
no rol. 
 
IV - Extorsão Mediante Sequestro é Hediondo. 
 
V - Estupro: É hediondo na forma simples e qualificada. 
 
VI – Estupro de Vulnerável: 
É hediondo na forma simples e qualificada. 
Obs: O Critério utilizado pelos nossos tribunais é de vulnerabilidade 
absoluta: basta ser menor de 14 anos para ser crime. Incluem como 
estupro de vulnerável os doentes mentais, e pessoas que não podem 
oferecer resistência (bêbado, em coma). 
 
VII – Epidemia com resultado morte: REVOGADO 
 
VIII – Favorecimento à prostituição ou qualquer outra forma de 
exploração sexual de criança adolescente ou vulnerável. 
Obs: Genocídio: morte massacrante por motivos étnicos, religiosos, é 
considerado Hediondo. 
 
Progressão de Regime nos Crimes Hediondos: 
Antes da Lei 11.464/07: 
Quem cometeu crime hediondo ou equiparado antes da lei, para ter 
direito a progressão de regime tem que cumprir 1/6 da pena. 
Depois da Lei 11.464 /07: 
Quem cometeu o crime hediondo ou equiparado depois da lei, para ter 
direito a progressão de regime, tem que cumprir 2/5 da pena se primário e 
3/5 da pena se reincidente. 
 
Obs: Após o STF ter declarado a lei acima inconstitucional por ferir o 
princípio da individualização da pena, o condenado por crime hediondo ou 
equiparado passou a poder ter o regime inicial de sua pena fechado, 
semiaberto ou aberto. 
 
Prisão Temporária e a Lei dos Crimes Hediondos: 
Prisão temporária: è aquela cabível em fase de inquérito policial tem prazo 
de 5 dias podendo caso o inquérito não seja concluído prorrogar pelo 
mesmo período. No caso de Hediondo ou Equiparado o prazo será de 30 
dias também prorrogáveis. 
 
Associação Criminosa para a prática de Crime Hediondo e Equiparado: 
 
Nos Crimes Hediondos, Tortura e Terrorismo: 
A pena é de 3 à 6 anos. 
No tráfico de drogas é de 3 à 10 anos. 
 
 
 
CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO DA JUSTIÇA 
 
CRIMES HEDIONDOS E EQUIPARADOS 
 
 
 
 
São normas penais em branco, pois nesta lei não há definição das 
substâncias consideradas “drogas”, somente a ANVISA elenca essas 
substâncias. 
USO ou TRÁFICO? 
Requisitos a serem analisados: Quantidade da droga, antecedentes, as 
circunstâncias da prisão e outros fatores. 
 
CRIME DO USUÁRIO 
Essa lei NÃO pune o ato de “usar droga”, mas de adquirir, guardar, ter em 
depósito, transportar ou trazer consigo p/ consumo pessoal. 
Pune também aquele que, p/ seu consumo pessoal ou não, semeia, cultiva 
ou colhe plantas em pequena quantidade. 
Quem julga o usuário? O JECRIM. Obs: o usuário não será preso em 
flagrante. 
 
CRIME DE TRÁFICO 
Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, 
expor à venda, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, 
guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, 
ainda que gratuitamente. 
Obs¹: É um tipo penal misto alternativo: tem 18 verbos típicos. A prática 
de mais de 1 verbo é crime ÚNICO= 1 crime só. 
Obs²: Crime de Uso Compartilhado: Oferecer droga, eventualmente e sem 
objetivo de lucro, a pessoa de seu relacionamento, para juntos a 
consumirem. 
 
CONDUTAS RELATIVAS AO TRÁFICO 
 
 Praticar um dos verbos típicos do crime do USUÁRIO ou de 
TRÁFICO com outras substâncias destinadas à preparação de 
drogas. Ex: matéria prima, insumo ou produtos químicos (éter, 
acetona). 
 Utilizar ou consentir que outro utilize bem ou propriedade p/ o 
tráfico. 
 Induzir, instigar ou auxiliar alguém ao consumo de drogas. Ex: 
emprestar $$ para comprar droga. 
 
Obs¹: O condenado por TRÁFICO ou por CONDUTAS RELATIVAS AO 
TRÁFICO pode ter diminuição de pena 1/6 à 2/3 se for primário, de bons 
antecedentes e não integrar organização criminosa. 
Obs²: este condenado poderá ter sua pena de prisão substituída pela 
restritiva de direitos, se presentes os requisitos do Art 44. 
Obs³: É inconstitucional a proibição de liberdade provisória ao condenado 
por tráfico. 
 
 
 
“APARELHAMENTO” 
Fabricar, adquirir, utilizar, transportar, oferecer, vender, distribuir, 
entregar, guardar ou fornecer, ainda que gratuitamente, maquinário, 
aparelho, instrumento ou qualquer objeto destinado à fabricação, 
preparação, produção ou transformação de drogas, sem autorização ou 
em desacordo com determinação legal ou regulamentar. 
 
“ASSOCIAÇÃO” 
Associarem-se 2 ou + pessoas p/ praticar, reiteradamente ou não, TRÁFICO 
OU CONDUTAS RELATIVAS AO TRÁFICO. 
Tem que haver estabilidade e permanência entre eles. 
Obs: pode haver concurso com o crime de tráfico. O agente que se associa 
para traficar, comete 2 crimes: Tráfico e Associação para o tráfico. 
 
“FINANCIAMENTO” 
Financiar ou custear a prática do tráfico. 
 
“COLABORAÇÃO COMO INFORMANTE” 
Colaborar, como informante, com grupo, organização ou associação 
destinados à prática de TRÁFICO. 
 
“PROFISSIONAIS DA SAÚDE” 
Prescrever/ministrar, culposamente, drogas, sem que delas necessite o 
paciente, ou fazê-lo em doses excessivas ou em desacordo com 
determinação legal. 
Crime próprio, pois só o profissionais da saúde podem praticar. 
 
“EMBARCAÇÃO OU AERONAVE” 
Conduzir embarcação ou aeronave após o consumo de drogas, expondo a 
dano potencial a incolumidade de outrem. 
Crime de perigo concreto: exige situação REAL de perigo. 
 
Atenção: O STF declarou inconstitucional a proibição de liberdade 
provisória para o tráfico de drogas, no Art 44 da Lei: 
Os crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1o, e 34 a 37 desta Lei são 
inafiançáveis e insuscetíveis de sursis, graça, indulto, anistia e liberdade 
provisória, vedada a conversão de suas penas em restritivas de direitos. 
 
 
 
Constranger alguém c/ violência ou grave ameaça, causando-lhe 
sofrimento físico ou mental. Abrange apenas situações mais extremadas!TEM QUE TER uma dessas finalidades: 
 Tortura prova: obter informação, declaração ou confissão. 
 Tortura crime: provocar ação ou omissão criminosa. 
 Tortura discriminatória: em relação à raça ou religião. 
 Tortura castigo: o sujeito ativo é o agente garantidor, que deseja 
causar intenso sofrimento físico/mental como forma de aplicar 
castigo pessoal. 
Outras espécies: 
Agente público: que submete pessoa presa ou sujeita a medida de 
segurança a sofrimento físico/mental, através de ato não previsto em lei 
ou não resultante de medida legal. 
Crime omissivo: o agente garantidor que tinha o dever de evitar ou apurar 
a tortura não o faz, se omitindo. 
Qualificada: se resulta lesão corporal grave ou morte. 
Obs: Se da tortura resultou morte, o crime tem que ser preterdoloso = 
dolo na tortura e culpa na morte. 
Atenção! Não confunda! 
Homicídio Qualificado pela tortura: a intenção é matar mediante tortura. 
O meio de execução é a tortura. 
Tortura qualificada pela morte: a intenção é só torturar, mas acaba 
acarretando a morte, sem ele querer. 
 
 
 
Bens jurídicos protegidos: direitos e garantias fundamentais da CRFB/88, e 
o exercício regular da função pública. Ou seja, neste crime há 2 sujeitos 
passivos: Imediato = o cidadão. Mediato = Estado. 
Sujeito ativo: quem exerce cargo, emprego ou função pública ainda que 
transitoriamente ou sem remuneração. 
Competência: JECRIM (Juizado Especial Criminal). 
Obs1: São crimes de Ação Penal Pública Incondicionada. 
Obs2: O Policial Militar que pratica este crime é processado pela Justiça 
Comum e não pela Militar, porque no Código Penal Militar não há crime de 
abuso de autoridade. 
Se ele pratica abuso de autoridade em conexão com um crime militar 
haverá separação dos processos. Um no JECRIM e o outro na Justiça 
Militar. 
 
 
 
Objeto material dos crimes: arma de fogo, acessório, munição ou artefato 
explosivo. 
Obs1: armas incapazes de atirar não estão incluídas. 
Obs2: arma desmuniciada está incluída. Crime de perigo abstrato. 
(Entendimento do STF). 
Obs3: arma desmontada está incluída, em razão do verbo típico 
“transportar”. 
Obs4: arma de brinquedo não está inclusa. 
Arma de fogo de uso permitido: aquelas que podem ser adquiridas pelas 
forças armadas, algumas instituições de segurança e pessoas habilitadas. 
Acessório: artefato que é acoplado à arma p/ melhorar seu desempenho. 
Ex: silenciador, tiro a laser, etc. 
 
POSSE IRREGULAR DE ARMA DE FOGO DE USO PERMITIDO 
Art 12. Pune a POSSE sem registro de arma de fogo/acessório/munição de 
uso permitido em casa ou trabalho (desde que seja o responsável da 
empresa). 
 
OMISSÃO DE CAUTELA 
Art 13. Deixar de tomar o cuidado necessário para impedir que menor ou 
deficiente mental se apodere de arma de fogo sob sua posse/propriedade. 
LEI DE DROGAS (11.343/06) 
 
LEI DA TORTURA (9.455/97) 
 
LEI DO ABUSO DE AUTORIDADE (4.898/65) 
 
OUTROS CRIMES RELACIONADOS AO TRÁFICO 
 
ESTATUTO DO DESARMAMENTO (10.826/03) 
 
PORTE ILEGAL DE ARMA DE FOGO DE USO PERMITIDO 
Art 14. PORTAR, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, 
transportar, ceder, emprestar, remeter, empregar, manter sob guarda ou 
ocultar arma de fogo/acessório/munição, de uso permitido, sem 
autorização. 
 
DISPARO DE ARMA DE FOGO 
Art 15. Disparar arma de fogo/acionar munição em lugar habitado/suas 
adjacências/via pública ou em direção a ela, desde que não seja para a 
prática de crime mais grave. 
Se for para crime mais leve, haverá concurso de crimes. 
 
POSSE OU PORTE ILEGAL DE ARMA DE FOGO DE USO RESTRITO 
Art 16. POSSUIR, deter, PORTAR, adquirir, fornecer, receber, ter em 
depósito, transportar, ceder, emprestar, remeter, empregar, manter sob 
sua guarda ou ocultar arma de fogo/acessório/munição de uso proibido ou 
restrito, sem autorização. 
 
COMÉRCIO ILEGAL DE (qualquer) ARMA DE FOGO 
Art 17. Adquirir, alugar, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em 
depósito, desmontar, montar, remontar, adulterar, vender, expor à venda, 
ou de qualquer forma utilizar, em proveito próprio ou alheio, no exercício 
de atividade comercial ou industrial, arma de fogo/acessório/munição, 
sem autorização. 
 
TRÁFICO INTERNACIONAL DE ARMA DE FOGO 
Art 18. Importar, exportar, favorecer a entrada ou saída do território 
nacional, a qualquer título, de arma de fogo/acessório/munição, sem 
autorização. 
Art 19. Nos crimes dos arts. 17 e 18, a pena é aumentada da metade se a 
arma de fogo/acessório/munição forem de uso proibido/restrito. 
 
Obs: Os Arts deste Estatuto que proíbem fiança e liberdade provisória 
foram declarados inconstitucionais pelo STF. 
 
 
 
1ª Observação: O STF entendeu que tal lei é constitucional. 
Não se aplica a Lei dos Juizados Especiais (9.099/95) aos crimes praticados 
com violência doméstica e familiar contra a mulher, independentemente 
da pena prevista. 
Súmula 142 STJ: na lesão corporal leve praticada em situação de violência 
doméstica contra a mulher a Ação Penal é Pública INCONDICIONADA. 
Ver Art 5º da Lei: situações abrangidas pela lei. 
 
 
HOMICÍDIO CULPOSO (302) 
Obs: não é necessário ser em via pública. Ex: Pode ocorrer numa garagem. 
 
CAUSAS DE AUMENTO DE PENA (§1º): 
I. Estar o agente inabilitado. 
Esta causa de aumento de pena absorve o crime de “dirigir sem habilitação 
gerando perigo de dano” do Art 309, uma vez que houve homicídio. 
II. Praticado em faixa de pedestres ou na calçada. 
III - deixar de prestar socorro à vítima, quando possível fazê-lo sem risco 
pessoal. 
IV – Estar no exercício de sua profissão ou atividade de transporte de 
passageiros. 
 
QUALIFICADO (§2º): 
A diferença entre a pena do Caput e da forma qualificada é a espécie da 
pena. No caput é detenção, na qualificada é reclusão. Ambas de 2 a 4 anos 
 
I. Agente c/ capacidade psicomotora alterada pelo álcool ou substância 
análoga. 
Neste caso, é impossível o concurso deste homicídio com o crime de 
“embriaguez ao volante” (Art 306), pois este último ficará absorvido. 
 
II. Participação em “racha/pega” 
Neste crime há 2 artigos que punem o mesmo ato: 
● Art 302, §2º: reclusão de 2 a 4 anos 
● Art 308, §2º: reclusão de 5 a 10 anos 
Então, se o agente participando de “racha” mata culposamente alguém, 
responderá por qual dispositivo? 
1ª Corrente: Aplica-se a norma mais favorável ao réu. O Art 302, §2º. 
2ª Corrente: Se houve culpa inconsciente (não prevê e não quer o 
resultado) responderá pelo Art 302, §2º. Se houve culpa consciente (prevê 
o resultado, mas espera sinceramente que não aconteça) responderá pelo 
Art 308, §2º. 
Obs1: a culpa exclusiva da vítima pode excluir a responsabilidade do 
condutor. 
Obs2: Pode haver perdão judicial no homicídio culposo na direção de 
veículo automotor. 
 
LESÃO CORPORAL CULPOSA (303) 
São aplicadas as mesmas causas de aumento de pena do Art anterior. 
Lesão corporal culposa com o condutor sob estado de embriaguez: 
1ª Corrente: haverá concurso de crimes (303 e 306). 
2ª Corrente: o crime de perigo (embriaguez ao volante) fica absorvido pelo 
crime de dano (lesão corporal). 
 
OMISSÃO DE SOCORRO EM ACIDENTE DE TRÂNSITO COM VÍTIMA (304) 
Sujeito ativo: motorista envolvido no acidente que não deu causa a ele. 
 
CONDUZIR VEÍCULO C/ CAPACIDADE PSICOMOTORA ALTERADA (306) 
Elementar do crime: agente c/ sua capacidade psicomotora alterada. 
 
DIRIGIR S/ CARTEIRA GERANDO PERIGO DE DANO (309) 
Dirigir veículo, inabilitado ou se cassado o direito de dirigir, gerando perigo 
de dano. (Crime de perigo concreto). 
Obs: Se o agente dirige s/ habilitação s/ gerar PERIGO CONCRETO sua 
conduta é atípica. 
 
AÇÃO PENAL NOS CRIMES DE TRÂNSITO 
Lesão corporal culposa: Ação Pública Condicionada a Representação. 
Exceções: Ação Pública Incondicionada 
I - agente sob a influência de álcool ou similar 
II - participando de “racha”III - transitando em velocidade superior à máxima permitida em 50 km/h. 
 
BOA PROVA E BOAS FÉRIAS! 
 
“Confie no Senhor de todo o seu coração e não se apoie 
em seu próprio entendimento; reconheça o Senhor em 
todos os seus caminhos, e ele endireitará as suas 
veredas.” Provérbios 3:5,6 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LEI MARIA DA PENHA (11.340/06) 
 
CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO (9.503/97)

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