Bioenergética 2

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FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO
BIOENERGÉTICA II
Gasto Calórico e Fadiga
Prof. Clécio Gabriel
Agosto, 2013.
GASTO ENERGÉTICO
Produção de ATP (40% Metabolismo)
Vias Anaeróbias
Vias Aeróbias
Produção de Calor (60%)
Consumo de Oxigênio
Produção de Dióxido de Carbono
MEDIÇÃO DO GASTO CALÓRICO (Calorimetria)
Método Direto
Método Indireto
Método Direto de Calorimetria
 Mudanças na temperatura da Água são analisadas como calor
Vantagens
Desvantagens
Método Indireto de Calorimetria
Baseado na Troca de Gases O2 e CO2
Vantagens
Desvantagens
Sistemas Analisadores de Gases
Ergoespirometria laboratorial
Ergoespirometria portátil
Troca Respiratória O2 e CO2
Vi = volume de ar inspirado
VE = volume de ar expirado
Fi O2= fração Inspirada de oxigênio
FEO2 = fração Expirada de oxigênio
VO2 = (Vi x Fi O2 ) - ( VE x FEO2 )
É a quantidade de oxigênio consumido por minuto.
V˙CO2= quantidade de gás carbônico produzido por minuto.
Ar ambiente
- 20,93% de O2, 0,04% CO2 de e 79,03% de N2
Índice de Troca Respiratória (R)
Equação da Respiração celular:
R = V˙CO2/ V˙O2  R = 6/6  R= 1,0
A quantidade de O2 depende do substrato energético
C16H3202 + 2302  16CO2 + 16H20
R = V˙CO2/ V˙O2  R = 16/23  R= 0,7
Medidas ISOTÓPICAS do Metabolismo
Isótopos são Átomos iguais com pesos moleculares distintos;
Servem como marcadores bioquímicos;
Podem ser acompanhados seletivamente;
13C e ²H (deutério) 
Precisam de vários dias para o monitoramento
Riscos à saúde.
TAXA METABÓLICA BASAL
Medida padronizada e individualizada que afere o gasto energético em repouso;
Quantidade mínima de energia para as atividades fisiológicas essenciais;
Tem relação com a massa de gordura livre;
Mulheres tem taxa de AGL < Homens  TMB.
TAXA METABÓLICA
Velocidade na qual o corpo utiliza a energia;
Pode ser baseada no consumo de Oxigênio
Ex.: VO2 = 0,3 L/min; 18 L/h e 432 L/dia
Dado que são produzidas 4,8Kcal/L de O2 
4,8 x 432= 2074 Kcal/dia
Equivalente para R= 0,8 e pessoa de 70Kg.
Fatores que afetam a TMB
Idade – diminui progressivamente (envelhecimento)
Temperatura
Estresse TMB
Hormônios 
A taxa média fica em torno de 1.800 a 3.000 Kcal/dia para condições cotidianas
Atletas podem ultrapassar 10.000 Kcal/dia
TAXA METABÓLICA NO EXERCÍCIO
Aumenta proporcionalmente à intensidade;
Ocorre com aumento linear do VO2 até a sua estabilização
CAPACIDADE AERÓBIA MÁXIMA
(VO2máx)
Mede a aptidão e resistência cardiorrespiratória
Depende de outros fatores como gênero, massa corpórea e tipo de atividade
CURIOSIDADES
Homens e Mulheres são diferentes pela composição e nº de hemoglobina;
Depois de 25 a 30 anos o VO2máx cai 1% ao ano;
Atletas: 80 a 84 mL/Kg.min
Recordes: 94 e 77 mL/Kg.min Homens e Mulheres;
Prequiçosos: VO2máx < 20 mL/Kg.min
CAPACIDADE ANAERÓBIA
EPOC : Consumo excessivo de oxigênio pós-exercício;
Déficit de Oxigênio (Início) e Débito da recuperação (Final);
Reajuste fisiológico: aumento da pulsação, ofegância e volta a calma;
Gráfico EPOC
EPOC
Componente rápido
Reconstrução do ATP-PCr;
Devolução da Mioglobina e Hemoglobina;
Componente lento
Remoção de Lactato e eliminação de CO2;
Aumento da temperatura e taxa metabólica;
Necessidade de Oxigênio circulante
CAPACIDADE ANAERÓBIA
LIMIAR DO LACTATO (LL)
Acúmulo acima das concentrações de repouso;
Velocidade de produção > velocidade de remoção;
Relação entre VO2máx e LL:
Não treinados: 50 a 60% do VO2máx
Atletas utilizam 70 a 80 VO2máx sem atingir o LL.
Princípio da economia de energia!!!
Curva do LIMIAR DO LACTATO
O ponto de inflexão da curva reflete o momento do Limiar do Lactato
FADIGA
FADIGA
É a perda ou incapacidade que o corpo tem de manter constante os níveis de força durante determinada atividade;
Pode ser de origem CENTRAL ou PERIFÉRICA, dependendo de alguns fatores como:
Tempo de instalação
Tipo de exercício (intensidade);
Tipo de fibra muscular envolvida;
Nível de treinamento;;
Dieta.
Fatores que levam a FADIGA
1- Fornecimento de Energia
2- Acúmulo de Metabólitos
3- Falha do mecanismo contrátil
4- Alterações no Sistema Nervoso
Periférica
Central
Fornecimento de Energia
 PCr  menor capacidade para repor o ATP;
 Glicogênio Muscular  as reservas diminuem de acordo com o aumento da intensidade;
 Glicogênio hepático e glicose sanguínea reduzem a fonte instantânea de energia;
 Processo de beta-oxidação dos AGLs até as mitocôndrias, limitando a transferência de energia. 
Acúmulo de Metabólitos
 Taxa metabólica  aumento do Calor Interno;
 concentração de H+  diminuição do pH  acidez intracelular
 concentração de Pi  acúmulo de Espécies Reativas de Oxigênio (ROS)
 Restrição dos íons Ca+2  limita as ligações das pontes cruzadas para a contração
Falhas no Mecanismo Contrátil
Redução da liberação de acetilcolina na junção sináptica;
Hipo ou Hiperatividade da Colinesterase, inibindo o potencial de ação ou o relaxamento da fibra;
Aumento do limiar de excitabilidade dos motoneurônios e restrição da troca nos canais iônicos, dificultando o potencial de ação.
Sistema Nervoso Central
A Fadiga percebida precede a fisiológica;
Inibição das vias eferentes pelo Controle Motor (consciente e inconsciente, fator de proteção);
A dor como sinal de alerta para cessar a atividade.