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Literatura Brasileira 2 AD2 Fabiolaoliveira

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Fundação Centro de Ciências e Educação a Distância do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro Universidade Federal Fluminense
Curso de Licenciatura em Letras- UFF / CEDERJ 
Disciplina: Literatura Brasileira 1 Coordenador: André Dias 
AD 2- 2016/ 1 
Aluno(a):Fabíola Aparecida Moraes de Oliveira 
Polo: São Francisco de Itabapoana Matrícula 215087129
Nota: 
1 
Segundo Alfredo Bosi a ideologia do País dominante que diz não ser dominador, mas que o usa seu discurso de superioridade de querer tão somente “ajudar o outro”para sim dominar como o catolicismo em que tudo era feito em nome de Deus mas que ao ocupar a terra tentou acabar com a religião nativa.Na colônia o que prevalecia era a dialética dos contrários: nativo versus invasor, extermínio bandeirante versus a humanização jesuítica.O Brasil latifundiário expulsou o índio ,escravizou o negro abominou ritos, danças e crenças e tudo que era diferenteao ideário do mundo Europeu.O Jesuíta Traduziu para o tupi a noção de pecado enxertando o português no idioma indígena. A catequese demonizou os ritos indígenas,ritos que preservavam a identidade do povo nativo. A dialética do dominado e dominante , a substituição do culto nativo pela doutrina sacra ensinada aos negros e aos índios,um conteúdo doutrinário aculturador que diabolizava a celebração tribal ,antropofagia e o politeísmo usando o medo como arma de dominação.
A colonização do novo mundo era a forma de poder e interesse econômico, o mercantilismo, a acumulação, o escravagismo e exploração de cana de acúcar e do ouro .Latifundiário com o interesse mercantil Europeu com política voltada para os Senhores rurais .Na formação colonial do Brasil a cultura se torna semelhante e diferente da original,um povo miscegenado de diversas linguagens que resultou numa aculturação, sendo culto um sentimento próprio de existência e da própria identidade. Com a independência e a introdução do pensamento liberal começa o confronto da burguesia versus tradicional ,o velho versus o novo mas no Brasil Império o liberalismo convive com o escravismo e a modernidade para o Brasil se torna um processo demorado.
A dialética cristã/ liberal, metrópole/colônia também se manisfesta na literatura. A romantização dos mitos da origem com figuras e cenas medievais não serviam para o Brasil. Como não podiam usar o branco que representava o Europeu,o negro que representava a escravidão restou o índio como figura e segundo Bosi muitos daqueles escritores nunca viram um índio porque já estes já estavam dominados e afastados dos centros urbanos.O mito Alencariano reflete a condição real colonizador e o colonizado, não representa uma rebeldia mas neutraliza as oposições compondo um hierarquia servo e senhor .Nessa busca pela identidade o que se esperava era o índio versus o invasor mas o que se tem é o índio em comunhão com colonizador. O mito rousseaureano de Alencar apresenta Peri como herói submisso que enfrenta perigos pelo conquistador e representa o conservadorismo do Brasil Império.Nessa busca pela identidade o que se esperava era o índio versus o invasor mas o que se tem é o índio em comunhão com colonizador. Peri é uma figura alegórica de entrega incondicional do sacrifício do índio pelo branco.Ele sacrifica como um herói medieval.A resistência de Peri ao pecado,crença na vida eterna ,o batismo para Bosi é um espelho do aculturamento do Brasil colônia representa a santificação com a negação da cultura ritualística nativa pela crença do colonizador . Peri se sacrifica como o herói medieval.Os Aimorés são vistos como verdadeiros iminigos do homem branco, sem pátria, sem religião e ganha epítetos negativos: horrendos ,satânicos,feiticeiros ,caniceiros,ferozes diabólicos se assemelha ao que foi de usado com índio nativo da colonização para qualificar o culto indígena e acultura-lo massacrando sua identidade.A figura do índio belo forte é inverossímel e ideológica como representação nativa mas ideal para o sistema colonial pois universalização do interesse dominante é vista como natural.De um lado Peri com sua devoção sacrificial por Ceci do outro os Aimorés com o ódio de vingança. O fidalgo batiza o indígena dando-lhe o próprio nome,condição que julga necessário para dar a Peri a honra de salvar sua filha da morte .O risco de sofrimento e morte do bom selvagem é aceito como devoção ao branco como parte do destino.A nobreza está no sacrifício de sua vida tido como espontâneo e sublime como sugerido pelos Jesuítas aos nativos que pregavam como santificação o sacrifício da crenças nas raízes rituais pela liturgia católica.Peri em nada lembra o original nativo Alencar recriou um herói europeu com bravura de um cavaleiro medieval ,Peri é escravo e vassalo de Dom Antônio.Para Bosi o índio que virou passado vira uma figura bela ,um mito sacrificial e o que deveria ser simbolo de rebeldia dominador versus dominado se torna o simbolo da dominação colonial .
2.
O estruturalismo apropriou-se dos conceitos da linguística para estabelecer suas bases teóricas.Ao analisar o texto se importa com sua materialidade e a estrutura formada pelo conjunto abstrato de procedimentos que caracterizam esse discurso. Encara o texto como objeto autônomo onde o autor não é importante e o contexto também não. Apenas a obra importa e não como documento ou manifestação de qualquer instância exterior, mas toda compreensão cabe ao discurso .Ele vê a história da literatura como sistema, não levando em consideração o historicismo a estética ou as ideias ideológicas .A obra é objetiva pois para o estruturalista não existe consciência criativa mas um modelo para explicar cada um dos gêneros analisando somente os aspectos linguísticos do texto .A poética como teoria de estrutura que obedece propriedades essenciais ao discurso. 
O estruturalismo em muito difere do método histórico- dialético de Alfredo Bosi pois Bosi vê o texto como produto da arte e o analisa de um modo mais amplo e heterogêneo . Faz a combinação do fenômeno sócio- historicista a seu método dialético .Para ele é importante a busca por fatores externos ao texto como por exemplo a ideologia , contexto histórico ,a vida do autor no momento que escreveu a obra e o cuidado de não julgá-lo .Bosi ao contrário do estruturalismo faz uma combinação de fatores internos e externos assim como a oposição de ideias para que a compreensão da obra seja completa e satisfatória. Como por exemplo, Peri analisado por Bosi traz todo conceito Histórico, social do Brasil colônia e do Brasil Império. Para entender a relação sacrificial de Peri por Ceci se faz necessário conhecer elementos extrínsecos a obra , a dialética dominado-dominante do tempo colonial versus a relação do mito do bom selvagem e o branco como busca ideológica período Brasil-Império . Para o estruturalista a caracterização de Ceci e Peri não contribui para o desenvolvimento da trama se trata da história de um índio que salva uma moça branca da vingança de índios selvagens,ou seja a análise que o leitor fará com o texto em si em suas mãos .No estruturalismo não se lê nas entrelinhas, não importa o período que foi escrito, a estética ou a poética como fator artístico ou ainda o autor mas o discurso em si.

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