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Direito do Consumidor.docx

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Direito do Consumidor
Revolução industrial foi o marco para o direito comercial/consumidor. Em razão do poder de escolha, o fornecedor determina nossa (consumidor) escolhas diante de uma compra. Ou seja, estamos em uma situação de vulnerabilidade. Vale ressaltar que o desrespeito com o consumidor, afeta a todos sem exceção.
Art. 1 CDC: o presente código estabelece normas de proteção e defesa do consumidor de ordem pública e interesse social, nos termos do art. 5 inciso XXXII, 170 inciso V da CF, e art. 48 de suas DT.
Todo código de defesa do consumidor é aplicado “ex officio”
Respeitando sempre a inércia, o contraditório e a ampla defesa.
Aplicação independe da vontade das partes.
 
Cogentes
Mesmo o fornecedor ter aludido a vontade do consumidor e essa vontade for contrária ao CDC, prevalece o CDC.
Incidência imediata >> CDC >> contratos de postação continuada
Mora: atraso
Multa moratória acontece quando atrasa o pagamento de algo/conta e afins. Pode ser no máximo acrescida de 2%.
*** acima encontra-se uma norma de ordem pública e interesse social.
Exemplo: se uma determinada doença está coberta pelo plano de saúde, todo o tratamento está coberto, pois quem determina o que se deve fazer é o médico.
>>> o citado acima é funcional porque é norma de direito público com interesse social.
Princípios do CDC
*** na lei em geral existem diversas lacunas. Levando em consideração o CDC, para se preencher essas determinadas lacunas, não se pode desrespeitar os princípios do CDC.
*** tais princípios existem para que possamos traçar objetivos.
Princípio da vulnerabilidade (art. 4, inc. I do CDC)
art. 4, inc. I do CDC: o reconhecimento da vulnerabilidade do consumidor no mercado de consumo.
Primeira espécie: técnico >> conhecimento técnico, próprio do fornecedor
Segunda espécie: jurídico (científica) >> avaliação das dificuldades que o consumidor enfrenta para adquirir seus direitos no mercado de consumo.
Terceira espécie: fática >> consiste no reconhecimento da fragilidade do consumidor frente ao fornecedor que, por sua posição de monopólio, por seu poder econômico ou em razão da essencialidade do produto ou serviço que fornece, impõe sua superioridade que com ele contratam.
Quarta espécie: informacional >> seria a deficiência de informação, a falta de comunicação entre fornecedor e consumidor.
Quinta espécie: processual >> o fornecedor é litigante habitual, ou seja, por sempre ter que ir ao judiciário cumprir mandados de intimação por conta de acusações contra si ou contra sua empresa, ele (fornecedor ou o representante da empresa) conhece as saídas para não se prejudicar/defender seus interesses no judiciário. Enquanto que o consumidor é totalmente desprovido dessas informações/conhecimento.
Hipossuficiência 
>> baixa possibilidade
>> baixa capacidade
>> baixa condição
Nem todo consumidor é hipossuficiente, isso depende de uma análise objetiva.
Art. 6, inc. VIII: a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências.
Harmonia 
>> existe aqui uma relação de coexistência entre ambos, ou seja, o CDC traz uma relação de harmonia entre fornecedor e consumidor.
***compartilham interesses.
Principal interesse do consumidor: ser protegido.
Principal interesse do fornecedor: lucrar.
Obs: para lucrar o fornecedor deve acompanhar o crescimento tecnológico.
Equilíbrio/equidade
>> a relação entre fornecedor e consumidor nasce desigual, porém deve ser igual, quando se diz respeito a proteção de ambos, boa-fé de ambos. Não pode haver uma superproteção para o consumidor e deixar o fornecedor à mercê da má-fé das pessoas.
>> a proteção ao consumidor deve existir, porém, deve haver equidade entre proteção do consumidor e fornecedor. Pelo artigo 18 do CDC, antes de o fornecedor devolver o produto danificado, primeiramente, o produto danificado deve ser reparado. Caso não tenha jeito, aí sim deve ser substituído por outro.
Art.18, CDC: os fornecedores de produtos de consumo duráveis ou não duráveis respondem solidariamente pelos vícios de qualidade ou quantidade que os tornem impróprios ou inadequados ao consumo a que se destinam ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da disparidade, com a indicações constantes do recipiente, da embalagem, rotulagem ou mensagem publicitaria, respeitadas as variações decorrentes de sua natureza, podendo o consumidor exigir a substituição das partes viciadas.
>> responsabilidade por vicio do produto e do serviço.
Art. 12, § 2: O produto não é considerado defeituoso pelo fato de outro de melhor qualidade ter sido colocado no mercado.
 
Art. 4, inc. III: harmonização dos interesses dos participantes das relações de consumo e compatibilização da proteção do consumidor com a necessidade de desenvolvimento econômico e tecnológico, de modo a viabilizar os princípios nos quais se funda a ordem econômica, sempre com base na boa-fé e equilíbrio nas relações entre consumidores e fornecedores.
Boa-fé 
>> subjetiva: entender porque uma pessoa age de uma forma ou pratica determinado ato, saber porque a mente dela trabalha daquela maneira... isso é boa-fé subjetiva, entender de forma indireta determinado indivíduo.
>> objetiva: é o dever de comportamento. Ou seja, aquele comportamento esperado do consumidor e fornecedor, baseado na honestidade, confiança e lealdade.
Educação/informação
>> educação e informação perante o consumidor e fornecedor.
Art. 4, inc. IV: educação e informação de fornecedores e consumidores, quanto aos seus direitos e deveres, com vistas à melhoria do mercado de consumo.
>> melhoria no mercado de consumo.
Qualidade e segurança
Art.4, inc. V: incentivo à criação pelos fornecedores de meios eficientes de controle de qualidade e segurança de produtos e serviços, assim como de mecanismos alternativos de solução de conflitos de consumo.
*** a qualidade não deve se restringir apenas ao produto e serviço prestado, mas, também, no atendimento ao consumidor pela colocação de mecanismos alternativos na solução de conflitos que porventura surjam na relação de consumo.
controle	prevenção criação de meios alternativos
	Extra
 
 Qualidade
Coibição e repressão de práticas abusivas
>> comportamento.
Exemplo: uma ótica vende uma armação para óculos, pelo preço de uma armação original, mas que na verdade é um objeto totalmente falso. Neste caso, agiu de má-fé com o consumidor.
*** o fato de se colocar no mercado um produto ou serviço em desacordo com as noras expedidas pelos órgãos oficiais ou exigir do consumidor vantagem manifestamente excessiva e execução de serviços sem prévia elaboração do orçamento e autorização expressa do consumidor são práticas abusivas que muitas vezes são cometidas pelos fornecedores às quais os consumidores devem estar atentos.
Art. 4, inc. VI: coibição e representação eficientes de todos os abusos praticados no mercado de consumo, inclusive a concorrência desleal e utilização indevida e criações industriais das marcas e nomes comerciais e signos distintivos, que possam causar prejuízos aos consumidores.
Racionalização e melhoria dos serviços públicos
Em termos de serviço público a isonomia dos usuários é a mais absoluta possível. Todo cidadão pode exigir a prestação correta do serviço público porque é uma obrigação da Administração Pública, além de ser um direito de qualquer parte da população. O Estado tem o dever de bem servir, sem favor para qualquer pessoa, como um direito público subjetivo do povo, tratando com igualdade o atendimento à população pobre ou rica, com um atendimento satisfatório tomando todas as medidas que se fizerem necessárias, para agilizar a prestação dos serviços. 
Art.4, inc. VII: racionalização e melhoria dosserviços públicos.
Art. 22: Os órgãos públicos, por si ou suas empresas, concessionárias, permissionárias ou sob qualquer outra forma de empreendimento, são obrigados a fornecer serviços adequados, eficientes, seguros e, quanto aos essenciais, contínuos.
Estudo – mercado de consumo
Art.4, inc. VIII: estudo constante das modificações do mercado de consumo.
>> mercado de consumo dinâmico;
>> de acordo com o desenvolvimento da sociedade precisa-se ver se, de acordo com a evolução, o código precisa melhorar, ou seja, precisa se adequar a atualidade.
 Intervenção estatal
>> proteção efetiva do consumidor;
Art. 4, inc. II, alíneas a, b, c, d:
II - Ação governamental no sentido de proteger efetivamente o consumidor:
a) por iniciativa direta
b) por incentivos à criação e desenvolvimento de associações representativas
c) pela presença do Estado no mercado de consumo
d) pela garantia dos produtos e serviços com padrões adequados de qualidade, segurança, durabilidade e desempenho.
Relação jurídica de consumo
Elementos:
>> subjetivo
*** aqui identificamos as partes da relação jurídica de consumo:
Fornecedor
Consumidor 
>> objetivo
*** composto pelo objeto da relação de consumo
Produto
Serviço
Obs: pode ser ao mesmo produto e serviço.
Consumidor
>> chamado de destinatário final
Art.2, caput: consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final.
>> coletividade
Art.2, § único: Equipara-se a consumidor a coletividade de pessoas, ainda que indetermináveis, que haja intervindo nas relações de consumo.
>> vítimas do evento de consumo
Art. 17: Para os efeitos desta Seção, equiparam-se aos consumidores todas as vítimas do evento.
>> pessoas expostas a prática comercial e à proteção contratual
Art. 29: Para os fins deste Capítulo e do seguinte, equiparam-se aos consumidores todas as pessoas determináveis ou não, expostas às práticas nele previstas.
Equiparão: três derivações que são verdadeiramente consumidores.
*** a pessoa para ser PJ ou PF deve ser um consumidor que adquire e utiliza.
Adquirir: não se precisa necessariamente comprar, ganhar um presente também é adquirir.
Utilizar: pegar algo emprestado de alguém, ou alegar algo.
>> adquirir produto ou serviço na qualidade de destinatário.
Posso adquirir mais de um objeto em uma relação jurídica. Vale lembra que, o consumidor adquire e utiliza produtos/serviços, para que se torne consumidor destinatário final.
Teoria Maximalista
>> também chamada de teoria objetiva. Aqui, o destinatário final (consumidor) é também chamado de destinatário fático. Esta teoria defende que será considerado consumidor aquele que retire o produto ou serviço do mercado e que utilize como destinatário final, sem importar se este produto ou serviço adquirido seja utilizado para satisfazer uma necessidade pessoal, ou para ser incorporado a um novo processo de produção.
*** Destinatário fático: é aquele que retira o produto ou serviço do mercado de consumo. Ou seja, ele coloca um fim à cadeia de produção também chamada de cadeia de fornecimento.
Teoria Finalista
>> De acordo com esta teoria, o comerciante e o profissional poderão ser considerados como consumidores, quando adquirirem produtos ou contratarem serviços para o uso não profissional, ou seja, que não tenham nenhuma ligação com a sua atividade produtiva. Desta maneira, estariam utilizando o produto ou serviço para uso privado, por uma necessidade ou satisfação pessoal, de tal modo, poderiam ser considerados como vulneráveis. 
*** na teoria finalista, também se identifica o destinatário final
*** é conhecida também como teoria subjetiva
*** nesta teoria, além de ser destinatário fático, também deve ser chamado de destinatário econômico.
Destinatário econômico: é aquele não adquire lucro com seus serviços, ou seja, suas atividades não têm fins lucrativos.
Obs: quem tem fins lucrativos transfere adiante o benefício econômico para que este benefício se multiplique. O destinatário econômico guarda para si todo o benefício, por isso não tem fins lucrativos.
Vale lembra que, só será aplicado o CDC para o indivíduo que se encaixa na teoria finalista, caso o mesmo apresente fins lucrativos e seja vulnerável. Só o fato de ter lucro, já será investigado se é vulnerável ou não.
Figuras por Equiparação
>> coletividade (em sentido amplo)
Legitimidade
Por uma única ação, temos a possibilidade de proteger um coletivo. Quando falamos em ação coletiva, estamos falando em ação extraordinária, ou seja, quando existe um bem comum, o MP move uma ação em favor de todos e não de uma só pessoa.
Art. 81: A defesa dos interesses e direitos dos consumidores e das vítimas poderá ser exercida em juízo individualmente, ou a título coletivo.
3 fatores dos interesses
>> direitos ou interesses difusos
** direito transidividual
Não pertence ao indivíduo, ou seja, pertence a mais de um titular.
** direito de natureza indivisível
Pertence de forma igual aos titulares.
** titular indeterminado
Neste caso, não consigo identificar quem são os titulares pois, eles estão ligados por uma circunstância de fato.
Art. 81, inc. I:  interesses ou direitos difusos, assim entendidos, para efeitos deste código, os transindividuais, de natureza indivisível, de que sejam titulares pessoas indeterminadas e ligadas por circunstâncias de fato.
Art. 81, inc. II:    II - interesses ou direitos coletivos, assim entendidos, para efeitos deste código, os transindividuais, de natureza indivisível de que seja titular grupo, categoria ou classe de pessoas ligadas entre si ou com a parte contrária por uma relação jurídica base.
>> coletividade (em sentido estrito)
Titulares que pertencem a uma classe de pessoas que, determinadas ou determináveis, conseguimos saber quem são, pois, as mesmas estão ligadas entre si ou por parte contraria por uma relação jurídica base.
>>interesse individual homogêneo
Origem comum faz com que o meu direito seja igual ao de todos. Seja um interesse comum. Contudo, por mais que o interesse seja mútuo, ou seja, convém a todos, depois que houver a sentença do caso, o direito reparado será totalmente individualizado, cada um será indenizado de forma totalmente individualizada.
Art. 81, inc. III: interesses ou direitos individuais homogêneos, assim entendidos os decorrentes de origem comum.
Pedido 
>> o pedido que define a ação.
Vítimas do evento de consumo
Responsabilidade de fato
 
	Defeito – fato do produto e do serviço
Art. 29 CDC 	prática contratual
	Prática comercial (pré – consumo)
Fornecedor (art. 3 CDC)
>> atividade típica de fornecedor, desenvolvida pelo consumidor.
	Adm. da sociedade	remuneração direta por meio de tarifa.
PJ 	Pública 
	Fornecedor
	Privada
Art. 3: Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços.
Elemento Objetivo
>> produto: termo economicamente adequado para relação de consumo.
Art. 3, § 1: Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial.
>> serviço 
Art. 3, § 2: Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito e securitária, salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista.
Remuneração	indireta contraprestação
	Direta 	pagamento
Direitos básicos do consumidor
Os direitos básicos do consumidor estão previstos no art. 6º do CDC. São eles:
Proteção a vida, saúde e segurança (art. 6º, I);
Educação e informação (art. 6º, II e III);
Proteção contra a publicidade enganosa ou abusiva comerciais condenáveis (art. 6º, IV);
Modificação e revisão das cláusulas contratuais (art. 6º, V);
Prevençãoe reparação de danos individuais e coletivos (art. 6º, VI e VII);
Facilitação da defesa de seus direitos (art. 6º, VIII);
Adequada e eficaz prestação de serviços públicos (art. 6º, X).
Proteção a vida, saúde e segurança
Tal regra garante ao consumidor proteção a vida, saúde e segurança contra os riscos provocados por práticas do fornecimento de produtos e serviços considerados perigosos e nocivos. O fornecedor deve sempre fornecer a informação certa sobre quaisquer produtos/serviços para a total proteção do consumidor.
Educação e informação
O inciso II, insere como direito básico do consumidor a educação e informação sobre o consumo adequado dos produtos e serviços, asseguradas a liberdade de escolha e liberdade de contratação. 
A doutrina aponta dois tipos de educação para com o consumidor: a educação forma, que deve ser dada nos ensinos fundamentais das escolas públicas e privadas, e a educação informal, de responsabilidade dos fornecedores, no sentido de bem informar ao consumidor as características sobre os diversos produtos e serviços colocados no mercado de consumo.
Quanto ao direito à informação, estabelecido no inciso III, está intimamente ligado ao direito à educação, e traduz o direito do consumidor a todas as informações relativas ao produto ou serviço, devendo o fornecedor especificar a qualidade, a quantidade, as características, a composição, os tributos incidentes, os preços e os riscos que ele apresenta. 
O direito à informação é, sem dúvida, dos direitos mais importantes na relação de consumo. A falha na informação ou na comunicação é considerada defeito do produto ou serviço, ensejando a responsabilidade civil, caso produza dano.
Educação/divulgação para o consumo adequado
Art. 6º, inc. II e III
Informação adequada
Informação clara
Consumir algo/não?
O que contratar?
Com quem contratar?
Igualdade nas contratações
Liberdade de escolha
*** o dever de informar/educar o consumidor será sempre do fornecedor.
*** ao mesmo tempo que a informação protege, a falta dela pode prejudicar.
Proteção contra a publicidade enganosa ou abusiva e práticas comerciais condenáveis
O CDC, em seu art. 6º, inc. IV, preceitua como direito básico do consumidor a proteção contra a publicidade enganosa e abusiva, métodos comerciais coercitivos ou desleais, bem como contra práticas e cláusulas abusivas ou impostas no fornecimento de produtos e serviços. 
Publicidade, é qualquer meio de informação, cuja finalidade é a promoção da aquisição de produtos e serviços inseridos no mercado de consumo. Existem dois tipos: publicidade enganosa que é a que induz o consumidor ao erro, informando o modo contrário à realidade; e publicidade abusiva, por sua vez, é a que explora o preconceito, a discriminação e a superstição.
Com relação as cláusulas abusivas ou impostas no fornecimento de produtos ou serviços, vemos que, isso ocorre em razão da massificação dos contratos, em que os consumidores simplesmente aderem sem poder discutir suas cláusulas.
Modificação e revisão das cláusulas contratuais
Constitui direito básico do consumidor “a modificação das cláusulas que estabeleçam prestações desproporcionais ou sua revisão em razão de fatos supervenientes que as tornem excessivamente onerosas”. 
A clausula injusta ou desproporcional é aquela que deixa de estabelecer direitos ou obrigações com reciprocidade. Em razão deste tipo de princípio, tem o consumidor o direito de requerer em juízo a alteração das cláusulas que estabeleçam contraprestações desproporcionais, o que implica a relatividade da aplicação da regra do pacta sunt servanda. 
Prevenção e reparação de danos individuais e coletivos
A prevenção e a reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos, são direitos básicos do consumidor. Para que haja a prevenção de danos ao consumidor, é importante sempre deixar claro a correta informação sobre a utilização do produto e a não inserção no mercado de consumo de produtos perigosos. Já a reparação das perdas e danos dos consumidores deve ser feita, não havendo que se falar em indenização tarifada. O dano mora do consumidor, deve ser reparado e prevenido pelo fornecedor. Ademais, os danos material e moral são plenamente cumuláveis, conforme esclarece a Súmula 37 do STJ.
Facilitação da defesa e seus direitos
Entre os direitos básicos do consumidor está a facilitação da defesa dos seus direitos, inclusive com a possibilidade de o juiz inverter o ônus da prova a favor do consumidor.
Em razão da vulnerabilidade presumida do consumidor, o legislador conferiu ao juiz poder para decretar, a seu critério, a inversão do ônus da prova, se presente a verossimilhança das alegações do consumidor ou se presente a hipossuficiência. Lembrando que a inversão do ônus da aprova não é automática, deve ser analisada no caso concreto, cada requisito é analisado objetivamente pelo juiz. No que diz respeito à matéria publicitária, não se faz necessário atender a qualquer requisito de verossimilhança ou hipossuficiência, uma vez que o ônus da prova já é invertido como regra.
Muito se discute a respeito do momento exato da inversão do ônus da prova. Para alguns doutrinadores, tal inversão pode ser decretada a qualquer momento, inclusive na sentença de primeiro grau, ou no acordão de segunda instância. Para esses doutrinadores, a regra de inversão do ônus é regra de julgamento.
Obs: um bom exemplo de fazer cumprir o art. 6º, inc. VIII, tratado neste tópico é o acesso à justiça por meio das ações coletivas.
Adequada e eficaz prestação de serviços públicos 
O serviço público, prestado diretamente pelo Poder Público, por seu permissionário ou concessionário, deve satisfazer às condições de regularidade, continuidade, eficiência, segurança e modicidade das tarifas. Resumindo, o fornecedor (no caso o poder público), tem o dever de racionalizar e melhor os serviços, com a finalidade de que todos possam ter acesso aos serviços públicos de água, luz elétrica, telefonia, gás, entre outros.
Responsabilidade civil – dever de indenizar
É o dever de indenizar e possui 3 elementos essenciais para a caracterização do ato: fato, dano e nexo causal.
Responsabilidade civil subjetiva: tal responsabilidade repousa na culpa que, pela teoria clássica, é o seu fundamento, sendo necessários todos os requisitos elencados para geral o dever de indenizar: ação ou omissão, nexo de causalidade, dano.
Responsabilidade civil objetiva: dispensa o elemento culpa, bastando apenas que haja um nexo de causalidade entre ação e/ou omissão e o resultado. Caberá ao autor a prova tão somente da ação ou omissão do agente e o resultado danoso para que haja o respectivo ressarcimento. 
	Fato = acontecimento.
Dano = dividido em dano patrimonial (divide-se em dano emergente e lucro cessante) e dano extrapatrimonial.
Patrimônio é o dano objetivo, aquele que foi danificado; dano emergente é a perda do patrimônio; e lucro cessante é deixar de acrescer o patrimônio. O dano extrapatrimonial é o dano subjetivo, ou seja, é o dano moral puro ou in re ipso.
Nexo de causalidade é a ligação entre o dano e o fato.
Para que haja indenização é necessário apenas os elementos essenciais, ou seja, responsabilidade objetiva.
A responsabilidade civil é configurada sob dois aspectos: fato e vício. Quando falamos em vício, nos referimos a qualidade do produto/serviço ou a quantidade do produto/serviço que o torne inadequado ou impróprio para uso. Quando se fala em fato, tratamos do defeito de um produto/serviço que afete a segurança para com o consumidor. Quando a segurança de um produto/serviço é quebrada, estamos diante de um defeito.
Responsabilidade do fato está ligada à quebra de segurança do produto e do serviço para com o consumidor.
Art. 12 e 13: os fornecedores que devem reparar o dano são: fabricante, produtor, construtor e importador (nacionais e estrangeiros).
	
O comerciante (também conhecido como fornecedor) está ligado diretamente ao fornecedor. Para tanto, não é responsável pelo fatodo produto, pois não participa da fabricação do mesmo. Em regra, o comerciante é parte ilegítima do fato (igualmente responsável, caso algumas disposições do art. 13 acontecer). A responsabilidade do comerciante divide-se me subsidiaria (que vem depois) ou solidária (ou seja, igualmente).
A responsabilidade do fato é identificada independente da culpa (responsabilidade objetiva).
Quando o dano for uma consequência do fato, temos um nexo de causalidade o que caracteriza responsabilidade objetiva.
Segundo §3º, art., 12º do CDC, o fabricante, construtor, produtor ou importador não será responsabilizado quando segundo os dispostos do mesmo artigo, acontecerem. Isso é conhecido como excludentes do dever de indenizar.
Culpa: conduta subjetiva culposa/dolosa.
Art. 14 do CDC: o fornecedor de serviços responde, independentemente da existência da culpa, pela reparação dos danos aos consumidores por defeito relativos à prestação dos serviços, bem como informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos.
Significa, diante do caput que temos responsabilidade objetiva.
Exceção de responsabilidade objetiva: §4º - a reponsabilidade pessoal dos profissionais liberais será apurada mediante a verificação da culpa.
Atividade resultado: é aquela que se deve acontecer (Ex: caput/responsabilidade objetiva).
Atividade meio: não necessariamente deve acontecer.
Se o consumidor contribui com o dano, culposamente, mesmo que não seja 100%, estaremos diante de culpa concorrente (art. 945). Culpa concorrente porque é culpa tanto do consumidor quanto do fornecedor.
Caso fortuito/força maior.
Art. 393.
Excludente do dever de indenizar.
Caso fortuito ou força maior: interno: próprio da atividade do fornecedor (não exclui a responsabilidade de indenizar); externo: alheio a atividade do consumidor/fornecedor (exclui o dever de indenizar).
A corrente majoritária defende o caso fortuito e a força maior nos casos de responsabilidade previsto no CDC.
Fato tanto do produto ou do serviço: (defeito) quem assume a reparação dos danos é o fornecedor e o consumidor tem um prazo prescricional para entra com a ação.
Art. 27 CDC: pretensão reparatória – prazo 5 anos (a contar do conhecimento, dano e autoria)

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