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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PELOTAS ESCOLA DE CIÊNCIAS AMBIENTAIS CURSO DE BACHARELADO EM QUÍMICA AMBIENTAL FÍSICO-QUÍMICA I Prof. Ana Amélia Fagundes Estudo dos Gases Lei de Henry Lei de Graham Roger Cardoso Pelotas, 2006 Sumário 31. Introdução � 52. Desenvolvimento � 52.1 Material e métodos � 62.2 Resultados � 73. Conclusão � 84. Referências bibliográficas � � � Introdução O presente relatório refere-se ao estudo dos gases, com enfoque na Lei de Henry e Graham. Willian Henry nasceu na Inglaterra em 1775, faleceu aos 61 anos deixando seu nome “gravado” na história da física- química. A lei de Henry é normalmente obedecida apenas em concentrações baixas de soluto. Soluções que estão suficientemente diluídas para que o soluto obedeça à lei de Henry são chamadas de soluções diluídas ideais, ou seja, a pressão de um soluto volátil é proporcional a sua fração molar na solução. (ATKINS, 2003). Segundo Castellan (1996), Henry demonstra em sua lei que a solubilidade de um constituinte volátil é proporcional a pressão deste constituinte na fase gasosa, é usada para relacionar os dados de solubilidade dos gases nos líquidos. Se o solvente e os gases não reagem quimicamente, a solubilidade dos gases nos líquidos é extremamente pequena que as condições de soluções diluídas encontram-se satisfeitas. A segunda lei estudada na aula prática foi a de Thomas Graham, nascido na Escócia no ano de 1805. Constatou em seus estudos, que a velocidade de difusão (passagem dos gases através de um pequeno orifício), está relacionada com a temperatura e a massa molar do gás, isto é, quanto maior a temperatura maior a velocidade de difusão (ATKINS, 2003). A relação da velocidade de difusão e sua massa molar foi explicada na lei de Graham: “Nas mesmas condições de temperatura e pressão, as velocidades de difusão das substâncias gasosas são inversamente proporcionais as raízes quadradas das suas massas molares (ou densidade)” (ROSSETI, 2006). Dentre alguns trabalhos de Graham podemos citar (UFSC, 2002): • Absorção de gases pelo carvão; • Colóides e emulsão; • A aurora boreal; • A adulteração do café. A aula prática foi realizada no dia vinte e três de agosto de 2006 no laboratório 201c na Universidade Católica de Pelotas. Teve como objetivo comprovar a lei de Henry, testando a solubilidade de solutos gasosos em diferentes pressões, e a lei de Graham que foi utilizada para determinar a densidade do ácido clorídrico (HCl) medindo a velocidade de difusão, tempo e distância percorrida. � Desenvolvimento 2.1 Material e métodos • Refrigerante incolor • HCl • Seringa • NH4OH • Tubo de vidro • Pinças metálicas • Cronômetro • Algodão • Régua Procedimento 1- Dissolução gasosa (Lei de Henry) Foi colocado 2 mL de refrigerante incolor na seringa, o ar foi retirado e fechou-se a saída de ar da mesma. Após, diminuiu-se a pressão interna da seringa e a seguir aumentou-se a pressão para observar a solubilidade. Procedimento 2- Difusão gasosa (Lei de Graham). Foi umedecido dois pedaços de algodões com NH4OH e HCl concentrados, com o auxílio de pinças metálicas, colocou-se simultaneamente nos dois extremos do tubo de vidro. Foi cronometrado o tempo de difusão até a formação do anel branco de cloreto de amônio. � 2.2 Resultados A tabela I apresenta as variações do volume do gás referente ao acréscimo de temperatura. . Tabela I - Procedimento para determinar a densidade do HCl concentrado Gases Tempo de difusão (s) Distância percorrida (cm) Velocidade de difusão (cm/s) Densidade g/cm3 NH3 HCl 83 83 19 10,9 0,23 0,13 0,5971 1,87 Os valores na tabela I nos indicam que o HCl por ser mais denso, apresenta uma velocidade de difusão inferior a da amônia, por conseqüência percorre uma menor distância. No procedimento 1 não foi observado o gás dissolvido no refrigerante, pois ainda havia bolhas de gás. Ao diminuir a pressão as bolhas de gás aumentaram, demonstrando uma diminuição da solubilidade do gás. Se colocássemos a seringa em um banho quente aumentaria a solubilidade do gás causado pelo aumento da temperatura. Estes procedimentos comprovam a lei de Henry. No procedimento 2 verificou-se que a amônia percorre o tubo com maior velocidade porque é menos densa que o ácido. Através da equação matemática formulada por Graham, onde: d2 = M2 que demonstra uma proporcionalidade d1 M1 entre densidade e massa molar. � Conclusão O objetivo proposto foi alcançado, as duas leis foram comprovadas nos experimentos com êxito. Ao aumentar a pressão na seringa, a solubilidade do gás foi reduzida pela compressão exercida sobre o gás pelo êmbolo. Na segunda experiência o gás com menor massa molar se propagou com maior velocidade, como é descrito no enunciado da lei. � Referências bibliográficas ATKINS, P. Físico-química fundamentos. 3ed. Rio de Janeiro: LTC, 2003. CASTELLAN, G. Fundamentos de físico-química. 8 ed. Rio de Janeiro: LTC, 1996. UFSC- Departamento de Química. Thomas Graham. 2002. Disponível em: <http://www.qmc.ufsc.br/qmcweb/artigos/historia/graham/historia_graham.html> Acesso em: 27 ago. 2006. ROSSETI. Dicionário quimicamente falando. Disponível em: <http://www.rossetti.eti.br/dicuser/detalhe.asp?vini=12&vfim=12&vcodigo=351> Acesso em: 27 ago. 2006. �PAGE � �PAGE �6�
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