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BIOQUÍMICA CLÍNICA: Dosagens de CK e LDH no sangue Relatório da disciplina de Bioquímica Clínica, elaborado pelo grupo 1, solicitado pelo docente Jefferson. SÃO PAULO 2016 INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE INDICE 1. INTRODUÇÃO...................................................................................................1 2. OBJETIVOS.......................................................................................................2 3. MATERIAIS E METODOS.................................................................................3 3.1 DETERMINAÇÃO DE LDH...............................................................................3 3.2 DETERMINAÇÃO DE CK.................................................................................3 4. DISCUSSÕES...................................................................................................4 4.1 CREATINA QUINASE (CK)..............................................................................4 4.2 DESIDROGENASE LÁCTICA..........................................................................5 5. RESULTADOS...................................................................................................7 6. CONCLUSÃO.....................................................................................................8 7. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS...................................................................9 1 1. INTRODUÇÃO As enzimas CK e LDH são enzimas cardíacas e são chamadas de marcadores de necrose miocárdica (sinalizam a morte células do músculo cardíaco). CK é uma isoenzima de creatinina fosfoquinase (CPK) que corresponde a uma enzima liberada pelo musculo cardíaco. Creatina quinasse catalisa a fosforilação reversível da creatinina pela adenosina trifosfato (ATP) com a formação de creatinina fosfato. A enzima CK está associada com a geração de ATP nos sistema contateis ou de transporte. Creatinina quinase e um composto de duas subunidades B (cérebro) e M (muscular) que são separadas em três formas moleculares distintas: CK-BB ou CK-1, encontrada predominantemente no cérebro. Raramente está presente no sangue. CK-MB ou CK-2, forma híbrida, predominante no miocárdio. CK-MM ou CK-3, predominante no músculo esquelético. O aumento CK se da pela ocorrência de uma isquemia de uma determinada região do músculo cardíaco. Em um infarto agudo do miocárdio os valores de CK- MB a 16 U\L e entre 4% a 25% dos valores de CPK total. Lactato desidrogenasse (LDH) é uma enzima que está presente em uma ampla variedade de tecidos que são: fígado, coração, pâncreas, rins, músculos esquelético, celebro e células sanguíneas. LDH é uma enzima que catalisa a conversão do lactato em piruvato. O aumento dessa enzima pode ser causada por hemólise grave, anemias por deficiência de vitamina B12 ou doenças renais. Existem cinco formas diferentes de LDH são diferenciadas por pequenas diferenças em sua estrutura. As formas da enzima LDH diferentes são chamadas de isoenzimas da LDH. Estas isoenzimas da LDH são encontradas em diferentes tecidos do corpo, sendo as áreas de maior concentração para cada isoenzima. LDH- 1: coração e hemácias (glóbulos vermelhos do sangue),LDH-2: leucócitos (glóbulos brancos do sangue) renais, LDH-3: pulmões, LDH-4: rins, placenta e pâncreas , LDH-5: fígado e músculos estriados. 2 2. OBJETIVOS Realizar a determinação quantitativa da atividade da Creatina Quinase Total (CK) em modo cinético em soro plasma e realizar a determinação da Desidrogenase Láctica (LDH). 3 3. MATERIAIS E MÉTODOS 3.1. Determinação de LDH Para o procedimento de determinação de LDH foram utilizados os seguintes materiais: 2 cubetas 1 Espectrofotômetro 1 tubos de ensaio 2 pipeta automática Reagente de trabalho Amostra No processo de determinação de LDH foram realizados os seguintes procedimentos: Em um tubo de ensaio foram pipetados 1,0mL do reagente de trabalho e em seguida adicionado 0,02ml da amostra, logo após foi homogeneizado e colocado todo material em uma cubeta. Após 1 minuto foi realizado a leitura da absorbância inicial (A1), o processo de leitura foi repetido após 2 minutos para a observação da (A2). 3.2. Determinação de CK Para o procedimento de determinação de CK foram utilizados os seguintes materiais: 2 cubetas 1 tubos de ensaio 2 pipetas automáticas Amostra Reagente de trabalho Espectrofotômetro Na determinação de CK foram seguidos os seguintes passos: em um tubo de ensaio foram pipetados 1,0ml do reagente de trabalho e 0,02ml da amostra , em seguida todo conteúdo foi homogeneizado e esperado 2 minuto para realizar a leitura da absorbância inicial (A1) disparando o cronometro simultaneamente, após 2 minutos realizou-se a leitura da (A2). 4 4. DISCUSSÕES 4.1. CREATINA QUINASE – CK É uma enzima que catalisa a fosforilação reversível da creatina pela adenosina trifosfato (ATP) com a formação de creatina fosfato. A CK está associada com a geração de ATP nos sistemas contráteis ou de transporte. A função fisiológica predominante desta enzima ocorre nas células musculares, onde está envolvida no armazenamento de creatina fosfato (composto rico em energia). A creatina quinase está amplamente distribuída nos tecidos, com atividades mais elevadas no músculo esquelético, cérebro e tecido cardíaco. Quantidades menores são encontradas no rim, diafragma, tireóide, placenta, bexiga, útero, pulmão, próstata, baço, reto, cólon, estômago e pâncreas. O fígado e eritrócitos são essencialmente desprovidos desta enzima. (MOTA, 2009) A creatina quinase consiste de um dímero composto de duas subunidades (B (cérebro) e M (muscular) que são separadas em três formas moleculares distintas: ß CK-BB ou CK-1, encontrada predominantemente no cérebro. Raramente está presente no sangue. ß CK-MB ou CK-2, forma híbrida, predominante no miocárdio. ß CK-MM ou CK-3, predominante no músculo esquelético. Estas três isoenzimas são encontradas no citosol ou associadas á estruturas miofibrilares. (MOTA, 2009) O músculo esquelético contém quase inteiramente CK-MM, com pequenas quantidades de CK-MB. A maior atividade da CK no músculo cardíaco é também atribuída a CK-MM com, aproximadamente, 20% de CK-MB. A CK-MB está confinada quase exclusivamente no tecido cardíaco. Níveis elevados de CK-MB são de grande significado diagnóstico no infarto agudo do miocárdio. Existe uma quarta forma que difere das frações anteriores, chamada CK-Mt, localizada no espaço entre as membranas internas e externas das mitocôndrias e corresponde a 15% da atividade da CK total cardíaca. (MOTA, 2009) A atividade sérica da CK está sujeita a variações fisiológicas que interagem e afetam a atividade da enzima, tais como: sexo, idade, massa muscular, atividade física e raça. Enfermidades do músculo esquelético. Como uma das principais localizações da creatina quinase é o músculo esquelético, os níveis séricos estão freqüentemente elevados nas lesões destes tecidos. Apesar da CK total ser de grande utilidade nestas desordens, não é uma avaliação inteiramente específica já que elevações também são encontradas em outras anormalidades do músculo cardíaco e esquelético. (MOTA, 2009) 5 São comuns os aumentos da atividade da CK em situações que envolvemo coração, apesar de nem todos os aumentos indicarem o envolvimento miocárdico. Condições e procedimentos cardíacos, tais como: choque cardiogênico, cirurgia cardíaca incluindo transplante, taquicardia, cateterização cardíaca, arteriografia coronária, insuficiência cardíaca congestiva e angioplastia coronária percutânea transluminal elevam em níveis moderados a CK total ou a CK-2 (CK-MB), ou ambas; estas elevações podem mascarar subsequentes infartos do miocárdio. Em casos de miocardite, promove aumentos marcantes da CK-2 (CK-MB). (MOTA, 2009) O miocárdio contém expressivas quantidades de CK-MB. Em outros tecidos, a CK-MB é encontrada em pequenos teores. No miocárdio esta fração pode ser liberada para o soro em quantidades significantes. A elevação da atividade plasmática da CK-MB (igual ou maiores que 6% da CK total) é o indicador mais específico de lesão miocárdica, particularmente, de infarto agudo do miocárdio. A CK-MB começa a elevar-se em 4 á 6 horas a partir da dor precordial, atingindo o máximo em 18 á 24 horas, retornando ao normal, nos casos não complicados, em 48 á 72 horas. (MOTA, 2009) Pacientes que atingem o pico máximo rapidamente (8-12 h), tem um melhor prognóstico do que aqueles que demoram para alcançar o pico (24 h). Atividade aumentada de CK-MB é também encontrada em outras desordens cardíacas. Portanto, aumentos desta fração não são inteiramente específicos para o infarto agudo do miocárdio, porem refletem algum grau de lesão isquêmica cardíaca. (MOTA, 2009) 4.2 DESIDROGENASE LÁCTICA (LDH) É uma enzima que ajuda no processo de transformação do açúcar em energia para uso das células. A LDH existe em vários órgãos e tecidos do organismo, inclusive no fígado, coração, pâncreas, rins, músculos esqueléticos, cérebro e células sanguíneas. (KRUCIK, 2016) Quando alguma doença ou lesão danifica as células, a LDH pode ser liberada na corrente sanguínea e aumentará o teor de LDH no sangue. Níveis altos de LDH no sangue indicam danos celulares agudos ou crônicos, mas serão necessários outros testes para descobrir a causa. (KRUCIK, 2016) 6 Há cinco formas diferentes de LDH que são diferenciadas por pequenas diferenças em sua estrutura. As diferentes formas da enzima LDH são chamadas de isoenzimas da LDH. Estas isoenzimas da LDH são encontradas em diferentes tecidos do corpo, sendo as áreas de maior concentração para cada isoenzima listadas abaixo: LDH-1: coração e hemácias (glóbulos vermelhos do sangue) LDH-2: leucócitos (glóbulos brancos do sangue) LDH-3: pulmões LDH-4: rins, placenta e pâncreas LDH-5: fígado e músculos estriados(KRUCIK, 2016) Os níveis de LDH-2 normalmente são mais altos que os de LDH-1. Porém após um ataque cardíaco, o teor de LDH-1 aumenta e em geral fica mais alto que o de LDH-2, sendo assim denominado padrão descontrolado. Os níveis totais de LDH aumentam em 8 a 12 horas após um ataque cardíaco e atingem um máximo em 24 a 48 horas, retornando então ao normal em cerca de 7 a 12 dias. (KRUCIK, 2016) 7 5. RESULTADOS Na aula pratica foram realizadas as determinações de CK e LDH em amostras de soro. Para a determinação da absorbância de CK, foi realizado o seguinte calculo: ∆A/min Teste 𝐴2−𝐴1 2 , ou seja, ∆A/min Teste 0,163−0,140 2 = 0,115U/l Para o teste de LDH foram realizados os seguintes cálculos: ∆A teste= 𝐴1−𝐴2 2 , ou seja, ∆A Teste= 0,377−0,372 2 = 0,025U/l. 8 6. CONCLUSÃO Na determinação de CK o seu resultado obtido foi de 0,115U/l e o valor de LDH foi de 0,025U/l. Em comparação com os valores de referencia respectivamente em indivíduos adultos que são de 26 a 186 (U/L) e 200 a 480 U/L, podemos concluir que o valor obtido do CK encontra-se dentro dos parâmetros aceitos para sua normalidade, porem, o valor do LDH encontra-se muito abaixo do esperado. 9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS MOTA, Valter Teixeira. Bioquimica clinica para o laboratorio: principios e interpretação. 5. ed. Rio de Janeiro: Medbook,2009. KRUCIK, George. Exame da desidrogenase láctica. Disponível em: <http://pt.healthline.com/health/exame-da-desidrogenase lactica#Panoramageraldadesidrogenaseláctica1>. Acesso em: 16 maio 2016.
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