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BIOQUÍMICA CLÍNICA: DETERMINAÇÃO DA AMILASEMIA E LIPASEMIA Relatório da disciplina de Bioquímica Clínica, elaborado pelo grupo 1, solicitado pelo docente Jefferson. SÃO PAULO 2016 INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE INDICE 1. INTRODUÇÃO……………………………………………………………………..1 2. OBJETIVOS.………………………………………………………………………..2 3. MATERIAIS E MÉTODOS………………………………………………………...3 4. DISCUSSÃO……………………………………………………………………….5 5. LIPASE……………………………………………………………………………...5 5.1 PANCREATITE AGUDA………………………………………………….............5 5.1.2 PANCREATITE CRÔNICA……………………………………………………..5 6. AMILASE……………………………………………………………………………..6 6.1 PANCREATITE AGUDA/ HIPERAMILASEMIA ..............................................6 6.1.2 PAROTIDITE...............................................................................................6 7. RESULTADOS...................................................................................................7 8. CONCLUSÃO......................................................................................................8 9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................................................................9 1 1. INTRODUÇÃO A amilase é uma enzima que pertence á classe das hidrolises que clivam o amido e o glicogênio que são ingeridos na dieta. Esta enzima é produzida principalmente pelas glândulas salivares (tipo S) e pelas células acinares do pâncreas (tipo P). Valores elevados desta enzima pode ocasionar uma hiperamilasemia, que esta associada com distúrbios agudos do pâncreas. Já em sua forma S pode ter uma associação com processos infecciosos das glândulas parótidas, ocasionam uma parotidite em pacientes que apresentam valores elevados desta enzima. Valores altos de lipase (enzima produzida pelo pâncreas) também podem ocasionar pancreatite (aguda ou crônica), a dosagem destas duas enzimas (lipase e amilase) é importante para o diagnostico destas alterações. 2 2. OBJETIVOS Determinação da atividade enzimática da lipase (em soro) e amilase (em amostra de soro, plasma urina e outros líquidos biológicos). 3 3. MATERIAIS E MÉTODOS 3.1. Determinação da lipase Para o procedimento de determinação de lipase foram utilizados os seguintes materiais: 2 cubetas 1 Espectrofotômetro 2 tubos de ensaio 2 pipeta automática Tampão Soro Inibidor Reagente de cor Substrato Inativador No processo de determinação de lipase foram realizados os seguintes procedimentos: Em um tubo de ensaio (tubo branco do teste) foram pipetados 1,0mL de tampão, 50μL de soro, 20μL do inibidor e 100μL de reagente de cor; em seguida em um segundo tubo de ensaio (tubo teste) pipetou-se 1,0mL de tampão, 50μL de soro, 20μL de inibidor e 100μL de reagente de cor, após este processo, ambas as amostras foram homogeneizadas e incubadas por 2 minutos á 37°c. Após os 2 minutos de incubação foram pipetados 100μL de substrato no tubo teste, em seguida a amostra foi homogeneizada e incubada a 37°C por 30 minutos. Depois do tempo de incubação foram pipetado (no tubo branco do teste) 2,0mL de inativador e 100μL de substrato, em seguida no tubo teste foram adicionados 2,0ml de inativador, logo após ambas as amostra foram bem homogeneizadas, e em imediatamente foi realizada as leituras fotométricas em das amostras e com o tubo branco o aparelho foi zerado. 3.1.2 Determinação da amilase No processo de determinação de amilase foram necessário a utilização dos seguintes matérias: 3 cubetas 2 tubos de ensaio 4 2 pipetas automáticas 1 espectrofotômetro Substrato Soro Iodo de uso Água deionizada Os procedimentos realizados na aula para determinação da amilasemia realizou-se a identificação de dois tubos de ensaio, sendo, um como teste e outro como controle e em seguida realizou-se os seguintes processos: No tubo controle adicionou-se 500μL de substrato, e no tubo teste foram pipetado 500μL de substrato, em seguida as amostra foram incubadas por 2 minutos á 37ºC. Depois de dois minutos foram adicionado 10μL de soro no tudo teste, logo após a amostra foi homogeneizada e incubada novamente por 7 minutos e 30 segundos cronometrado corretamente. Após esse tempo de incubação foram adicionados 500L de Iodo de uso e 4,0 mL de água deionizada no tubo controle. Em seguida no tubo teste foram adicionado 500mL de Iodo de uso e 4,0μL de água deionizada, em seguida as duas amostras foram homogeneizadas e após 5 minutos realizou-se as leituras fotométricas do teste e do controle em 660nm, para esta leitura o aparelho (espectrofotómetro) foi zerado com água deionizada. 5 4. DISCUSSÃO 5. Lipase É uma enzima produzida pelo pâncreas e tem função de digerir os triglicérides no intestino delgado. A realização da sua dosagem é importante para o diagnostico de lesões pancreáticas. Em pancreatites agudas ou crônicas os seus valores encontram- se aumentados. (GALANTE; DE ARAUJO, 2014) 5.1. Pancreatite aguda Após o inicio do quadro, atingir o pico máximo em 24 horas, a lipase tem a atividade aumentada de 5 a 8 horas, voltando aos valores normais entre 8 e 14 dias. O aumento da lipase quase sempre esta paralelos aos da amilase, por tanto esses aumentos podem ocorrer antes ou após elevações da amilase. (MOTA, 2009) Na pancreatite aguda é possível encontrar normoamilasemia em quase 20% dos pacientes (em casos de hiperlipemia: aumento da quantidade de lipídios contidos no sangue), porém com hiperlipasemia (aumento de lipase). (MOTA, 2009) Na pancreatite aguda pode ter a produção de líquido ascítico ou líquido pleural, ou até mesmo as duas condições. Cerca de 50% dos pacientes com pancreatite aguda severa desenvolvem pseudocisto, a presença de pseudocisto é suspeitada quando não há melhora no quadro clínico do paciente, em uma semana após o ataque. Cerca de 50% dos pacientes com pseudocisto apresentam elevações na lipase sérica. (MOTA, 2009) 5.1.2 Pancreatite crônica Para o diagnostico da pancreatite crônica também é utilizada a lipase sérica, apesar de uma destruição das células acinares, nos últimos estágios da doença resulta em diminuição na quantidade da enzima na circulação. (MOTA, 2009) 6 6. Amilase É uma enzima que tem atuação na degradação do amido e do glicogênio, ela é produzida pelas glândulas salivares (tipo S) e pelas células acinares do pâncreas (tipo P), e tem ação no intestino delgado. Porém podem ser encontrada em pequenas quantidades no musculo estriado, nas tubas uterinas e em outros órgãos. (GALANTE; DE ARAUJO, 2014) A amilase é secretada no trato intestinal por meio do ducto pancreático. A hidrolise do amido presente nos alimentos é realizada ainda na boca e vai até o esôfago pela ação da amilase secretada pelas glândulas salivares. No intestino, a ação da amilase pancreática é favorecida, pelo meio alcalino presente no duodeno. (MOTA, 2009) 6.1. Pancreatite aguda– HIPERAMILASEMIA Esta relacionada com um distúrbio agudo do pâncreas (forma P) com associação a edema, intumescência e quantidades variadas de autodisgestão, e, em alguns casos, hemorragia.(MOTA, 2009) Os níveis de amilasemia tem um aumento após 4 a 8 horas do início do episódio de dor abdominal que é constante. A atividade amilásica retorna ao normal entre 3 e 4 dias. Os valores máximos são quatro a seis vezes maiores do que os valores de referência atingindo seu pico entre 12 a 72 horas. A magnitude da elevação não se correlaciona com a severidade do envolvimento pancreático. Porém, 20% de todos os casos de pancreatite apresentam amilase normal, como por exemplo pancreatites associadas com hiperlipememia. (MOTA, 2009) 6.1.2 Parotidite É um processo infeccioso e inflamatório das glândulas parótidas ( forma S), e pode ter associação com um quadro de imunossupressão, como por exemplo, diabete e alcoolismo, ou doenças autoimunes, bem como deficiência de higiene oral. (DE MOLON et al., 2012) A parotidite aguda tem incidência em pacientes que se recuperam de cirurgias abdominais e em pacientes idosos, doentes sistemicamente, debilitados e imunodeprimidos. A manifestação clínica com nesta patologia esta relacionada com um inchaço eritematoso e endurecido da face na região das glândulas parótidas. (DE MOLON et al., 2012) 7 7. RESULTADOS Na aula pratica realizou-se a determinação da lipasemia para descobrir a absorbância do teste (At), e da amilasemia para descobrir a absorbância do controle (Ac) e do teste (At). Na determinação da lipasemia o resultado obtido na absorbância do teste foi de 0,237. Para a determinação da lipasemia é necessário utilizar esse valor obtido na seguinte equação: Unidade de Lipase em U/L=At x (1000 ÷ 7) = At x143, lembrando que o fator fixo 143 obtido da equação (1000 ÷ 7) é utilizado para converter as unidades espectrofotométricas de lipase em U/L, ou seja, Lipase (U/L)= 0,237 x 143= 34 U/L. Na determinação da amilasemia o valor da absorbância do controle (Ac) foi igual a 0,471 e a absorbância do teste ( At) foi de 0,367. Porém para determinar a amilasemia é necessário usar os valores obtidos na equação, Unidade de Amilase/ dl= 𝐴𝑐 − 𝐴𝑡 𝐴𝑐 x 800,ou seja, U/dL= 0,471−0,367 0,471 x 800= 176 Unidades/dL. 8 8. CONCLUSÃO Em comparação com os valores de referencia (2 a 18 U/L) normal para a lipasemia com o valor obtido em aula (34 U/dL), pode-se concluir que a lipasemia deste paciente encontra-se com valor muito elevado, podendo estar com uma pancreatite. Na amilasemia os resultados de referencia são de 50 a 160 U/dL, em comparação com o resultado obtido (176 unidades/dL), pode-se observar um aumento da amilasemia, o que permite concluir que este paciente esta com um quadro de parotidite ou até mesmo uma pancreatite. 9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS DE MOLON, Rafael Scaf et al. Parotidite aguda em jovem adulto sistemicamente saudável. Relato de caso. Disponível em: <http://iles.bvs.br/upload/S/0104- 7914/2012/v21n59/a3550.pdf>. Acesso em: 22 Mar. 2016. GALANTE, Fernanda; DE ARAUJO, Marcos Vinicius Ferreira (Org.). Fundamentos de bioquímica: para universitários, técnicos e profissionais da área da saúde. 2. ed. São Paulo: Rideel, 2014. 479,481 p. MOTA, Valter Teixeira. Bioquimica clinica para o laboratorio: principios e interpretação. 5. ed. Rio de Janeiro: Medbook,2009. 91,92,94 p
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