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Profa. Dra. Viviana Galimberti Arruk Como agem os antimicrobianos na célula bacteriana? Quais os efeitos das drogas na célula bacteriana? Classificação dos antibacterianos -lactâmicos: penicilinas, cefalosporinas, monobactâmicos e carbapenemas Aminoglicosídeos: estreptomicina, canamicina, neomicina e gentamicina Polimixinas: polimixinas A, B, C, D e E (colistina) Cloranfenicol Tetraciclinas: minociclina, doxicilina e tetraciclina Rifampicina Macrolídeos: eritromicina, claritromicina e azitromicina Lincosaminas: lincomicina e clindamicina Sulfonamidas: sulfadiazina, sulfametoxazol e sulfanilamida Trimetoprima (associado ao sulfametoxazol e cotrimoxazol) Quinolônicos: ac. nalidíxico, ciprofloxacina, norfloxacina, gatifloxacina, levofloxacina, ofloxacina, sparfloxacina, moxifloxacina Metronidazol Mecanismo de ação dos antibacterianos Mecanismos de Ação Antibacterianos que atuam em: Parede celular Membrana citoplasmática Ribossomos DNA Metabolismo intermediário Antibacterianos que atuam na síntese da parede celular β-lactâmicos: Glicopeptídeos: vancomicina e teicoplanina- impedir a síntese da parede celular Bacitracina: síntese da parede, ação localizada na membrana citoplasmática Fosfomicina: inibe enzimas responsáveis pela formação da estrutura da parede celular. -lactâmicos interferem com a síntese do peptidioglicano através de diversos mecanismos. PBP: parte externa da membrana citoplasmática, fixam penicilinas e cefalosporinas. Bloqueio da etapa final da síntese da camada de peptidioglicano - quase sempre bactericida quando a bactéria está em divisão. PBP = protein binding penicilin proteínas presentes na membrana citoplasmática GRAM POSITIVAS GRAM NEGATIVAS Autolisinas: síntese de peptidioglicano, DESTRUINDO-os. PBP + -lactâmico: ativam as autolisinas provocando desequilíbrio na síntese da camada de peptidioglicano, com lise da célula bacteriana Antibacterianos que atuam na membrana citoplasmática semelhantes aos detergentes catiônicos intercalação de antibiótico na membrana provocando sua desorganização, com saída dos componentes celulares e morte da bactéria. Polimixinas: mais ativos Ação sobre a membrana: Polimixinas Hancock, R. E. W., and D. S. Chapple. Antimicrob Agents Chemother 1999; 43: 1317-23. A- Ligação ao LPS B- Ligação em sítio específico C- Ligação a fosfolipídeos e inserção D- Formação de agregados solúveis E- Translocação do antimicrobiano DESORGANIZAÇÃO ESTRUTURAL Antibacterianos que interferem na síntese de proteínas aminoglicosídeos: fixam a subunidades 30 S Tetraciclinas: fixam a subunidades 30 S Cloranfenicol: fixam a subunidades 50 S Eritromicina: fixam a subunidades 50 S Lincomicina: fixam a subunidades 50 S Clindamicina: fixam a subunidades 50 S Processo de Síntese Protéica Antimicrobianos que atuam nos ribossomos Inibem Se ligam ao 30S formando ribossomos NÃO- funcionais Impedem a fixação do tRNA ao ribossomo Inibem a peptidil- transferase Impedem a translocação Antimicrobianos que interferem com a síntese de DNA Metronidazol, quinolônicos e rifampicinas Metronidazol: quimioterápico que impede a síntese de DNA - bactericida Rifampicinas: ligação irreversível com RNA- polimerase- bloqueio de transcrição do DNA – bactericida Quinolônicos: interferem com a síntese de DNA, inibindo a ação das girases. Antimicrobianos que atuam no DNA QUINOLONAS inibem a DNA-girase necessária para o super-espiralamento dos filamentos de DNA bacteriano Antimicrobianos que atuam no metabolismo intermediário Sulfonamidas: bloqueiam a transformação do ácido paraminobenzóico (PABA) componente do ácido fólico. Trimetropim: bloqueia a transformação do ácido diidrofólico em ácido tetraidrofólico (metabolismo do PABA) Ácido tetraidrofólico: síntese de purinas, metionina, timina e serina. Coenzima que promove o transporte de carbonos entre as moléculas, nos processos metabólicos. GENÉTICA BACTERIANA ESTRUTURAS GENÉTICAS DAS BACTÉRIAS • CROMOSSOMO – Circular – Grande e compactado – Contém genes • Plasmídios – autoduplicáveis – pequenos DNAs circulares – transferência de informações genéticas CONJUGAÇÃO • Contato físico entre as células Ponte citoplasmática entre as células envolvidas Fímbrias sexuais Conjugação • Célula doadora possui plasmídio conjugativo – plasmídio F • Pode carregar genes de resistência CONJUGAÇÃO transferência do plasmídio Transformação • Incorporação de DNA solúvel • Doadora receptora • Liberação de DNA lise celular • Fragmentos livres incorporados por outras bactérias • DNA atravessa parede e membrana TRANSDUÇÃO • Ciclo lítico – Invasão – Replicação – lise celular • Ciclo lisogênico • Transferência de DNA bacteriófago • Bacteriófago adquire e carrega genes TRANSDUÇÃO Quais os principais mecanismos de resistência bacteriana aos antimicrobianos? O QUE É UMA SUPERBACTÉRIA???? O QUE É UM MICRO- ORGANISMO MULTIRRESISTENTE? ANTES... Considerações importantes ANTES... considerações importantes • A resistência dos micro- organismos aos antimicrobianos pode ser natural ou adquirida • O antibiótico não induz a resistência, apenas seleciona os resistentes PRESSÃO SELETIVA... O QUE SIGNIFICA? Cepas resistentes raras Cepas resistentes dominantes Seleção de cepas resistentes Fonte:http://www.ccih.med.br Exposição ao antimicrobiano Resistência Bacteriana Constitutiva ou Natural Espécies intrinsecamente resistentes Cromossômica Adquirida Plasmidial Aquisição de genes Mutação de genes Resistência bacteriana Alteração genética que se expressa bioquimicamente. Mutações cromossômicas Aquisição de plasmídeos ou transposons (segmentos móveis de DNA que são movimentados em baixa frequência dentro do cromossomo) Resistência bacteriana Mediada por mutações: geralmente simples Mediada por fator R (plasmídeo): simples ou múltipla. Diferentes genes de resistência em um plasmídeo. Mista: associação de resistência por mutação e plasmídeo. (hospitais) Mecanismos de Resistência a Antimicrobianos Produção de enzimas que modificam a molécula do antibiótico inativando-o. Diminuição da permeabilidade à entrada do antibiótico. Alteração do alvo Síntese de enzimas que não sofrem ação do antimicrobiano e expulsão do antibiótico da célula (bomba de efluxo e perda/alteração de porinas) CONCLUSÃO Uso racional de ATBs Prevenir a transmissão Prevenir Infecção Diagnóstico Tratamento efetivos Patógeno Microrganismo resistente Resistência microbiana Uso de antimicrobianos Infecção Micro-organismo susceptível Como detectar a resistênciabacteriana no Laboratório de Microbiologia Clínica? Importância dos testes de sensibilidade “Os testes de sensibilidade são indicados para qualquer organismo responsável por um processo infeccioso que exija terapia antimicrobiana, quando é impossível predizer a sensibilidade desse organismo, mesmo conhecendo a sua identificação.” (CLSI, 2005) Detectar resistência adquirida aos antimicrobianos Teste de Sensibilidade aos Antimicrobianos Avaliação QUALITATIVA Classifica a bactéria em S, I ou R (DISCO DIFUSÃO) Avaliação QUANTITATIVA Avaliação da concentração inibitória mínima - MIC Diluição em caldo Macrodiluição Microdiluição Etest® Avaliação SEMI-QUANTITATIVA Estimação do MIC (AUTOMATIZADOS) Teste de Sensibilidade aos Antimicrobianos METODOLOGIAS DISCO DIFUSÃO Determinação da CIM • Diluição em caldo • AUTOMATIZADOS • Etest® Teste de sensibilidade - Procedimento Inóculo Cultura pura Inoculação Teste de sensibilidade - Procedimento Inoculação Teste de sensibilidade - Procedimento Teste de sensibilidade aos antimicrobianos Macrodiluição em Tubos CIM Concentração Mínima Inibitória (CIM) Diluição em Agar CBM CIM Determinação da CIM Método de microdiluição em caldo Polimixina B CIM Etest® Etest LEMC Categorização dos isolados bacterianos SENSÍVEL Categoria que implica que a infecção causada por este isolado pode ser tratada apropriadamente com a dosagem de um agente antimicrobiano recomendado para esse tipo de infecção e patógeno CLSI, 2005 INTERMEDIÁRIA Categoria que implica que uma infecção causada por este isolado pode ser tratada apropriadamente em locais do corpo, onde as drogas se concentram fisiologicamente ou quando for possível a prescrição de uma dosagem mais alta da droga que a habitual CLSI, 2005 Categorização dos isolados bacterianos RESISTENTE Os isolados considerados resistentes não são inibidos pelas concentrações do agente antimicrobiano normalmente prescritas em tratamentos habituais (freqüência e dosagem) e/ou caem na faixa em que a ocorrência de mecanismos de resistência antimicrobiana específicos são mais prováveis, e a eficácia clínica não tem sido confiável em estudos clínicos CLSI, 2005 Categorização dos isolados bacterianos Vamos usar melhor os antimicrobianos! Usem antimicrobiano por via oral e intravenosa, mas nunca por via das dúvidas!!!!
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