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Prof. Carolina Santos Economia de recursos florestais i UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS FLORESTAIS AULA 4 2 mACROECONOMIA Macroeconomia Conceito: "Estuda a determinação e o comportamento dos grandes agregados como PIB, consumo global, investimento global, exportação, inflação, desemprego, com o objetivo de delinear uma Política Econômica.” Imposto: É a parcela da renda cobrada pelo governo, direta ou indiretamente, dos agentes econômicos, com o objetivo de manter a estrutura governamental e reverter à coletividade, benefícios coletivos. Consumo: Representa a maior destinação da renda. É por meio do consumo que os agentes econômicos têm as suas necessidades econômicas satisfeitas. Poupança: É a parcela da renda não-gasta em consumo. De maneira geral, a poupança representa um sacrifício no presente para permitir um consumo no futuro. 3 Há dois tipos de moeda que compõe a expressão Dinheiro: moeda papel – representada pelo papel e pelas moedas metálicas moeda escritural – representada pelos depósitos à vista nos bancos comerciais, também chamada de “moeda bancária” Macroeconomia 4 As principais funções da moeda são: instrumento de troca – esta é a função essencial da moeda. reserva de valor – a moeda possui a capacidade de reter em si um valor patrimonial, sendo considerada um ativo monetário de liquidez por excelência; medida de valor – a moeda é uma unidade padrão de medida de valor. É um denominador comum de valores, uma unidade de conta. Todos os preços dos bens e serviços são expressos em termos monetários; e padrão de pagamentos diferidos – Esta função resulta da capacidade da moeda em facilitar a distribuição de pagamentos ao longo do tempo. As operações de crédito e financiamento são os exemplos clássicos. Macroeconomia 5 Demanda e Oferta de Moeda Motivo transação: Os agentes econômicos procuram a moeda para efetuar as suas trocas no dia-a-dia. Motivo precaução: Os agentes econômicos procuram a moeda em função da incerteza em relação ao futuro como gastos imprevistos, descasamentos entre recebimentos e pagamentos. Motivo especulação: Como a moeda exerce a função de reserva de valor, os agentes econômicos a procuram com o objetivo de obter rendimentos, seja com juros, ações, oportunidades de preços. Macroeconomia 6 As operações de mercado aberto: São operações que se realizam no mercado monetário, essencialmente destinadas a regular, no dia-a-dia, a liquidez geral da economia. Atuam a curtíssimo prazo em dois sentidos, condicionando diretamente o volume de moeda e a taxa de juros. Política Monetária e Fiscal Política Fiscal: Refere-se ao manejo das finanças públicas, ou seja, às várias categorias de receitas e de dispêndio das diferentes esferas do governo. As receitas dos governos provêm de tributos que incidem sobre diferentes fatos econômicos: a produção e a circulação de mercadorias, a geração de rendas, a transferência de propriedades, operações financeiras etc. As despesas são com custeio da máquina burocrática, investimentos em infra-estrutura, subsídios, juros da dívida pública, etc. Macroeconomia 7 Déficit Fiscal É também chamado de déficit primário; são os gastos da administração direta, menos o total da arrecadação tributária do período corrente. Nessa avaliação de déficit ou superávit primário não incluem-se as despesas com juros da dívida pública. Mercado de Crédito É constituído basicamente por bancos comerciais e sociedades financeiras, que realizam operações de financiamento de curto e médio prazos, direcionados aos ativos permanentes e ao capital de giro das empresas. Macroeconomia 8 Mercado Cambial Contempla operações que envolvem a troca de moeda de um país pela de outro, com a finalidade de suportar as transações inerentes ao comércio internacional de bens e serviços e as operações de empréstimos e financiamentos de agentes econômicos de um país para os agentes econômicos de outros países Mercado de Capitais Contempla as operações com ações que em geral têm prazo indeterminado e operações financeiras de médio e longo prazos, especialmente as de financiamento do capital de giro e do investimento das empresas Macroeconomia 9 Oferta de Ações A emissão e oferta de ações é uma operação típica do mercado de capitais. Macroeconomia 10 Indicadores Econômicos São medidas de desempenho utilizadas para medir o desenvolvimento de uma economia. Os indicadores mais utilizados são aqueles que medem: crescimento da produção; desvalorização da moeda e aumento de preços; taxas de conversão de moedas; taxas básicas de remuneração utilizada no mercado financeiro; PIB (produto interno bruto) O PIB de uma economia representa o valor dos bens e serviços produzidos num país em certo período de tempo. Índices de Inflação (IPCA, IGP-M, INPC, IPC-FIPE). Inflação é o aumento consistente e indiscriminado de preços, consequentemente diminuindo o poder aquisitivo da moeda. Portanto a taxa de inflação mede o acréscimo percentual médio nos preços dos bens e serviços produzidos pela economia. Macroeconomia 11 Taxa de Cambio (PTAX) O PTAX é a cotação oficial das moedas estrangeiras no Brasil e é possível consultar o seu valor pelo Sisbacen. O cálculo é feito levando-se em consideração a média ponderada das cotações da moeda específica. Taxa SELIC “A taxa SELIC é apurada pelo Selic, obtida mediante o cálculo da taxa média ponderada e ajustada das operações de financiamento por um dia, lastreadas em títulos públicos federais e cursadas no referido sistema ou em câmaras de compensação e liquidação de ativos, na forma de operações compromissadas”. Macroeconomia 12 Taxa DI Os bancos operam entre si (tomando ou doando recursos monetários) no mercado interbancário, ou interfinanceiro, através de operações lastreadas em Certificado de Depósito Interfinanceiro (CDI), permitindo que se estabeleça certo equilíbrio entre eles. O CDI é um instrumento financeiro, escritural e nominativo, emitido por uma instituição financeira, a favor de outra, destinado a possibilitar a troca de recursos entre elas, normalmente de curtíssimo prazo (1 dia), que embute uma taxa de juros paga pelo emitente(vendedor do CDI) ao comprador do papel. As negociações de CDI são controladas por um sistema de custódia e liquidação, conhecido por Central de Custódia e de Liquidação Financeira de Títulos Privados (CETIP). Macroeconomia 13 Taxa Referencial (TR) A TR é uma taxa de juros básica calculada a partir do rendimento mensal médio dos CDBs (Certificado de Depósitos Bancários) e RDBs (Recibos de Depósitos Bancários) emitidos pelas 30 maiores instituições financeiras do país. Essa taxa é utilizada para a correção das aplicações da caderneta de poupança e das prestações dos empréstimos do Sistema Financeiro da Habitação. Macroeconomia 14 15 Aplicações Intervenções do governo 16 Intervenções do governo O governo, por vezes, julga que o mercado não está a funcionar de forma conveniente Intervém no sentido de alterar os preços e a quantidade transaccionadas. Vamos considerar, a imposição de um preço máximo ou mínimo a cobrança de um imposto ou atribuição de um subsídio 17 Imposição de um preço máximo ou de um preço mínimo 18 Imposição de um preço máximo Por vezes, os governos intervêm no mercado impondo um preço máximo. e.g., o mercado aponta para que o preço do pão suba de 0.15€/u. para 0.20€/u. mas o governo, pensando defender os consumidores, impõe que o preço não possa ultrapassar os 16€/u. 19 Imposição de um preço máximo A imposição de um preço máximo apenas existem efeitos no mercado da imposição de um preço máximo se o preço imposto for inferior ao preço de equilíbrio de mercado. e.g., se o governo impusesse que o preço do pão não podia ultrapassar 1.00€/u., a política não teria qualquer efeito. Já a imposição de um preço máximo de 0.16€/u. terá efeitos no mercado. 20 Imposição de um preço máximo A imposição de um preço máximo inferior ao preço de equilíbrio induz uma Diminuição da quantidade transaccionada Diminuição do preço de mercado. É semelhante a um enfraquecimento da procura 21 Imposição de um preço máximo 22 Imposição de um preço máximo Ao preço máximo obrigatório, os consumidores estariam disponíveis para consumir maior quantidade mas os vendedores não estão disponíveis para colocar à venda tanta quantidade. Observa-se que deixa de haver mercadoria disponível: no caso dos bens, as prateleiras ficam vazias e, no caso dos serviços, aumenta o tempo de espera para o atendimento. 23 Imposição de um preço máximo Pode ainda verificar-se uma degradação da qualidade do bem ou serviço e surgir um mercado paralelo em que as transacções acontecem a um preço maior que o valor máximo imposto pelo governo. Nas situações de imposição de um preço máximo efectivo, o mercado vai ficar fora do “normal” ponto do equilíbrio e sobre a curva da oferta. 24 Exercício Ex1.9: Num mercado de pão, as curvas de procura e oferta são D(p) = 280 – 6p S(p) = 80 + 4p (preço em c./carcaça e quantidade em milhares de carcaças). Qual o “normal” equilíbrio de mercado e que alterações induz o governo ao impor 16c./carcaça como preço máximo? 25 Exercício R: 1) O equilíbrio de mercado será D(p) = S(p) 280 – 6p = 80 + 4p 200 = 10p p = 20 e Q = 160. Se for imposto 16c/carcaça como preço máximo, então Q = menor{280 – 6p; 80 + 4p} Q = menor{184; 144} = 144. O mercado vai ficar sobre a curva de oferta. 26 Imposição de um preço mínimo Os governos também podem intervir no mercado pela imposição de um preço mínimo. e.g., o mercado aponta para que o preço da carne de vaca diminua de 5.00€/kg para 3.50€/kg mas o governo, pensando defender os agricultores, decreta que o preço não pode ser inferior a 4.00€/kg. 27 Imposição de um preço mínimo Apenas existirão efeitos desta política se o preço mínimo for superior ao preço de equilíbrio. Se, no exemplo, o governo impusesse que o preço da carne não podia ser menor que 1.00€/kg não haveria qualquer alteração no mercado. 28 Imposição de um preço mínimo A imposição de um preço mínimo superior ao preço de equilíbrio normal induz uma diminuição da quantidade transaccionada e um aumento do preço de mercado. É semelhante a um enfraquecimento da oferta 29 Imposição de um preço mínimo 30 Imposição de um preço mínimo Ao preço mínimo obrigatório (mais elevado que o de equilíbrio normal), os vendedores estariam disponíveis para vender maior quantidade mas os compradores não estão disponíveis para adquirir tanta quantidade. Observa-se que começa haver excesso de mercadoria disponível: no caso dos bens, as prateleiras ficam cheias e, no caso dos serviços, não existem clientes. 31 Imposição de um preço mínimo Como os vendedores têm muitos stocks, surge um mercado paralelo em que as transacções acontecem a um preço de saldo (preço menor que o obrigatório). Nas situações de imposição de um preço mínimo efectivo, o mercado vai ficar fora do normal ponto do equilíbrio e apenas sobre a curva da procura. 32 Exercício Ex1.10: No mercado de carne, as curvas de procura e de oferta são D(p) = 430 – 60p S(p) = 80 + 40p (preço em €/kg e quantidade em mil kg). Qual o equilíbrio de mercado e que alterações induz o governo ao impor 4€/kg como preço mínimo? 33 Exercício R: O equilíbrio de mercado será D(p) = S(p) 430 – 60p = 80 + 40p 350 = 100p p = 3.5€ e Q = 220t. Se for imposto 4€/kg como preço mínimo, Q = menor{430 – 60p; 80 + 40p} Q = menor{190; 240} = 190. O mercado vai ficar sobre a curva de procura. 34 Exercício Ex1.11: Num hipotético mercado, as curvas de procura D e de oferta S são dadas na tabela seguinte. Qual será o preço e a quantidade transaccionada em equilíbrio de mercado? Qual será a quantidade transaccionada se o governo impuser 4€/kg como preço máximo? E 10€/kg como preço mínimo? 35 Exercício p D S 2€/kg 150kg 25kg 4€/kg 140kg 80kg 6€/kg 130kg 130kg 8€/kg 120kg 137kg 10€/kg 110kg 140kg 12€/kg 100kg 155kg 36 Exercício Equilíbrio de mercado é p = 6€/kg e Q=130kg Para 4€/kg como preço máximo p = 4€/kg e Q = 80 kg Para 10€/kg como preço mínimo p = 10€/kg e Q = 110 kg 37 Cobrança de um imposto Atribuição de um subsídio 38 Cobrança de um imposto Os governos também podem intervir no mercado cobrando um imposto sobre o preço. Os objectivos do governo são, além de controlar o mercado, obter rendimentos para cobrir os custos do seu funcionamento e poder atribuir subsídios noutros mercado. 39 Cobrança de um imposto O imposto faz com que o preço que os compradores pagam seja superior (no valor do imposto) ao preço que os vendedores recebem. O imposto aumenta o preço que os consumidores pagam e diminui o preço que os vendedores recebem de forma que diminui a quantidade transaccionada. 40 Cobrança de um imposto 41 Cobrança de um imposto Na figura, inicialmente no mercado são transaccionadas 110u. ao preço de 3.5€/u. O imposto de 1€/u. faz diminuir a quantidade transaccionada para 105u., aumentar o preço que os compradores pagam para 4€/u. e diminuir o preço que os vendedores recebem para 3€/u. 42 Exercício Ex1.12: No mercado de bacalhau, as curvas de procura e oferta são D(p) = 1500 – 50p S(p) = 950 + 5p preço em €/kg e quantidade em toneladas. Qual o equilíbrio de mercado? Que alterações induz a imposição de 3€/kg de imposto? 43 Exercício R: O equilíbrio de mercado será D(p) = S(p) 1500 – 50p = 950 + 5p 550 = 55p p = 10€/kg e Q = 1000kg. 44 Exercício R: 2.1) Se for cobrado o imposto de 3€/kg, o cálculo do novo ponto de equilíbrio de mercado pode ser feito ao preço dos vendedores (o pc será maior que o pv). pc = pv + 3 D(pv + 3) = S(pv) 1500 – 50(pv+3) = 950 + 5pv 400 = 55pv pv = 7.27€/kg, pc = 10.27€/kg e Q = 986.4kg. 45 Exercício 2.2) De forma equivalente, podemos calcular o novo equilíbrio de mercado ao “preço dos compradores”: pv = pc – 3 D(pc) = S(pc – 3) 1500 – 50pc = 950 + 5(pc – 3 ) 565 = 55pc pc = 10.27€/kg, pv = 7.27€/kg e Q = 990.9t. 46 Exercício O imposto induz uma redução de 13.6t na quantidade transaccionada, um aumento de 0.27€/kg no preço pago preços compradores e uma redução de 2.73€/kg no preço recebido pelos vendedores. 47 Cobrança de um imposto Repartição do imposto entre vendedores e compradores. O imposto, I, induz um aumento do preço que os compradores pagam, pc, e uma diminuição do preço que os vendedores recebem, pv, de tal forma que pc – pv = I 48 Cobrança de um imposto Podemos calcular, em termos percentuais, a distribuição do efeito relativo do imposto no preço dos compradores e dos vendedores. Retomando o Ex.1.12, em termos absolutos, o imposto de 3€/kg repartiu-se 0.27€/kg para os compradores e 2.73€/kg para os vendedores. 49 Cobrança de um imposto Pc passou de 10€/kg para 10.27€/kg Pv passou de 10€/kg para 7.27€/kg Em termos relativos, 9% do imposto será suportado pelos compradores e 91% do imposto será suportado pelos vendedores 50 Cobrança de um imposto Em regra, quanto mais sensível for a curva (da procura ou da oferta) ao preço, menor será a percentagem do imposto suportada (pelo consumidor ou pelo vendedores, respectivamente). 51 Exercício Ex1.13: Num mercado de seguros, a curva de procura e oferta são D(p) = 3000 – 10p S(p) = –750 + 5p preço em €/seguro e quant. em seguros Qual o equilíbrio de mercado? Que alterações induz um imposto de 30€/s e como é distribuído o imposto? 52 Exercício R: O equilíbrio de mercado será D(p) = S(p) 3000 – 10p = –750 + 5p 3750 = 15p p = 250€/s e Q = 500s. 53 Exercício Se for cobrado o imposto de 30€/s, o novo ponto de equilíbrio de mercado ao preço dos vendedores será pc = pv + 30 D(pv + 30) = S(pv) 3000 – 10(pv+30) = –750 + 5pv 3450 = 15pv pv = 230€/s, pc = 260€/s e Q = 400s. 54 Exercício Suportam os compradores (260–250)/30 = 1/3 e os vendedores (250–230)/30 = 2/3 do imposto. 55 Atribuição de um subsídio Em termos algébricos, um subsídio corresponde a um imposto de sinal negativo. A atribuição de um subsídio faz com que o preço que os compradores pagam seja inferior (no valor do subsídio) ao preço que os vendedores recebem. 56 Atribuição de um subsídio 57 Atribuição de um subsídio Na figura, inicialmente no mercado são transaccionadas 110u. ao preço de 3.5€/u. A atribuição de um subsídio de 1€/u. faz aumentar a quantidade transaccionada para 115u., baixa o preço que os compradores pagam para 3€/u. e aumenta o preço que os vendedores recebem para 4€/u. 58 Atribuição de um subsídio Ex1.14: No mercado de bacalhau, a curva de procura e de oferta são D(p) = 1500 – 50p S(p) = 950 + 5p preço em €/kg e quantidade em toneladas Qual o equilíbrio de mercado e que alterações induz a atribuição de 3€/kg de subsídio? 59 Atribuição de um subsídio R: O equilíbrio de mercado inicial é p = 10€/kg e Q = 1000kg. Com o subsídio de 3€/kg, o novo ponto de equilíbrio de mercado (ao pv) será pc = pv – 3 D(pv – 3) = S(pv) 1500 – 50(pv – 3) = 950 + 5pv 700 = 55pv pv = 12.73€/kg, pc = 9.73€/kg e Q = 1013.6kg. 60 Atribuição de um subsídio O subsídio Aumenta a quantidade transaccionada de 1000t para 1013.6t Aumenta o preço dos vendedores de 10€/kg para 12.73€/kg Diminui o preço dos compradores de 10€/kg para 9.73€/kg 61 Atribuição de um subsídio Repartição do subsídio entre vendedores e compradores. O subsídio, S, é um imposto de sinal negativo pelo que virá o preço que os compradores pagam, pc, menor que o preço que os vendedores recebem, pv, de tal forma que pv – pc = S. 62 Atribuição de um subsídio Podemos calcular, em termos percentuais, a distribuição do efeito relativo do subsídio no preço dos compradores e dos vendedores. 63 Atribuição de um subsídio Retomando o Ex.1.13, em termos absolutos, o subsídio de 3€/kg repartiu-se 0.27€/kg para os compradores e 2.73€/kg para os vendedores. Em termos relativos, 9% do subsídio vai para os compradores e 91% do subsídio vai para os vendedores. Semelhante ao caso do imposto 64 Exercício Ex1.15: Num mercado de “tomar conta de crianças ao fim de semana”, a curva de procura e de oferta são D(p) = 500 – 25p S(p) = –250 + 50p preço em €/criança e quant. em crianças Qual o equilíbrio de mercado, que alterações induz a atribuição de 5€/c de subsídio e como é distribuído o subsídio? 65 Exercício R: O equilíbrio de mercado será D(p) = S(p) 500 – 25p = –250 + 50p 750 = 75p p = 10€/c e Q = 250c. 66 Exercício Atribuído 30€/s de subsídio, o novo ponto de equilíbrio de mercado (ao pc) será pc + 5 = pv D(pc) = S(pc + 5) 500 – 25pc = –250 + 50(pc + 5) 500 = 75pc pc = 6.67€/c, pv = 11.67€/c e Q = 333c. 67 Exercício Beneficiam os compradores (10–6.67)/5 = 2/3 e os vendedores (11.67–10)/5 = 1/3 do subsídio. Os compradores são os pais. Matemática financeira conceitos 68 Matemática financeira aplicada ao setor florestal Capital: Real Maquinas e os equipamentos, os imóveis, as estradas, as pontes, árvores em crescimento. Dinheiro (Capital de giro) pagamento de salários, de serviços, de materiais, de juros. Juros Remuneração pelo uso do capital. Juros JUROS COMPOSTOS – Sobre o valor do principal, sobre os juros obtidos em relação ao principal nos períodos anteriores. JUROS DE MORA – Atraso de pagamento. O Código de Defesa do Consumidor estabelece como sendo de no máximo 2%. JURO NOMINAIS – Inclui a correção monetária do valor emprestado. JUROS REAIS – Sem incluir a correção monetária do montante emprestado. Em condições de inflação zero os juros reais e nominais são iguais. Juros JUROS ROTATIVOS – Atraso no pagamento da sua fatura de cartão de crédito, ou sobre a diferença financiada. JUROS SIMPLES – Sobre o valor do principal (ou montante) do empréstimo ou aplicação. JUROS SOBRE CAPITAL PRÓPRIO – Os juros sobre capital próprio são pagos com base no lucro retido pela empresa nos anos anteriores, é uma das formas de remuneração que uma empresa pode dar aos seus acionistas, a outra sendo o pagamento de dividendos. Fatores de produção Trabalho Salário Terra Aluguel Capital Juros (recebimento ou pagamento) Por que existe taxa de juros??? Produtividade do capital Preferência temporal O capital pode ser corrigido à taxa de juros real e nominal. Cálculo dos juros Período de capitalização Regime de juros simples J = C0 . i . N Em que: J = juros C0 = capital inicial i = taxa de juros n = número de anos Cf = C0 + J Cálculo dos juros Regime de juros composto Vn = V0 . (1 + i)n Em que: Vn = Valor final V0 = valor inicial i = taxa de juros n = número de anos Séries de pagamento Periodicidade Periódicas Não-periódicas Duração Temporárias (Limitadas) Perpétuas (Ilimitadas) Valor das parcelas Constantes Variáveis Vencimento Imediatas Diferidas Períodos Unitárias Múltiplas Conjunto de parcelas de pagamentos ou recebimentos destinadas à constituição de capital ou amortização de uma dívida. Séries de pagamento Variáveis Valor das parcelas (R) Taxa de juros (i) Numero de períodos de capitalização dentro do período de ocorrência da parcela (t) Valor inicial (V0) Valor final (Vf) Número total de períodos de capitalização Número de parcelas (N) 77 Teoria da Firma Curva de Oferta Teoria da Produção (relações entre a quantidade produzida e as quantidades de insumos utilizados) Teoria dos Custos de produção (inclui os preços dos insumos) 78 Produção – Conceitos Básicos Produção: o processo pelo qual uma firma transforma os fatores de produção adquiridos em produtos ou serviços para a venda no mercado. Insumos Mão-de-obra Capital Físico Área, Terra Matérias-primas Processo de Produção Produtos Bens & Serviços Finais Eficiência técnica: dados os diferentes processos de produção, é aquele que produzirá uma mesma quantidade de produto porém, com menor quantidade de insumo; Eficiência econômica: dados os diferentes processos de produção, é aquele que permite produzir uma mesma quantidade de produto porém, com o menor custo de produção. 79 Função de produção: é a relação técnica entre a quantidade física de fatores de produção (N, K, M, T) e a quantidade física do produto (q) em determinado período de tempo. Produção – Conceitos Básicos onde: N = mão-de-obra utilizada / tempo K = capital físico (máquinas e equipamentos) / tempo M = matéria-prima utilizada / tempo Observação: função de produção função de oferta Função de oferta: relaciona a produção com os preços dos fatores de produção. Função de produção: relaciona a produção com as quantidades físicas dos fatores de produção. 80 Fatores de produção fixos: permanecem inalterados quando a produção varia. Ex: o capital físico e as instalações da empresa Fatores de produção variáveis: se alteram conforme a quantidade produzida varia. Ex: mão de obra e matérias-primas utilizadas Curto prazo (CP): período no qual existe pelo menos um fator de produção fixo; Longo prazo (LP): todos os fatores de produção são variáveis. Produção – Conceitos Básicos 81 Produto total (PT): é a quantidade total produzida, em determinado período de tempo. Produção: Produto Total, Produtividade Média e Produtividade Marginal Produtividade média (PMe): é a relação entre o nível do produto e a quantidade do fator de produção, em determinado período de tempo. 82 Produção: Produto Total, Produtividade Média e Produtividade Marginal Produtividade marginal (PMg): é a variação do produto, dada uma variação de uma unidade na quantidade de fator de produção, em determinado período de tempo. 83 Lei dos rendimentos decrescentes: ao aumentar o fator variável (N), sendo dada a quantidade de um fator fixo, a PMg do fator variável cresce até certo ponto e, a partir daí, decresce, até tornar-se negativa.” Ex.: Atividade agrícola (Fator fixo: área cultivada). Obs: essa lei só é válida se for mantido um fator fixo (portanto, só vale a curto prazo). Produção: Lei dos Rendimentos Decrescentes Isoquanta: significa de igual quantidade. Pode ser definida como sendo uma linha na qual todos os pontos representam infinitas combinações de fatores, que indicam a mesma quantidade produzida. Uma firma pode apresentar várias isoquantas de produção (mapa de produção). A escolha de uma isoquanta, corresponde à escolha que o fornecedor deseja produzir, dependendo dos custos de produção e da demanda pelo produto. Produção: Isoquanta de produção 85 Definição: análise das vantagens e desvantagens que a empresa tem, a longo prazo, em aumentar sua dimensão, seu tamanho, demandando mais fatores de produção. Rendimentos crescentes de escala: neste caso uma aumento de 10% na quantidade de mão-de-obra ou 10% na quantidade de capital, implica em um aumento de mais de 10% na produção; Rendimentos decrescentes de escala: Ocorre quando todos os fatores de produção crescem numa mesma proporção, e a produção cresce numa proporção menor; Rendimentos constantes de escala: se todos os fatores de produção crescerem numa mesma proporção, a produção cresce na mesma proporção, neste caso, a produtividade média dos fatores de produção são constantes. Produção: Rendimentos de escala ou economia de escala Custos de produção Definições: Custos Dispêndios efetuados por uma firma, nos recursos empregados para produzir o seu produto. Os custos podem ser explícitos ou implícitos. Custos explícitos Dispêndios feitos pela firma, os quais são entendidos como despesas da firma, ou seja, pagamento de fatores de produção utilizados. Custos implícitos Dispêndios provenientes do uso de recursos próprios, não envolvendo desembolso monetário. 86 Custos de produção Custos ≠ Gastos e despesas Despesas são o valo de todo o pagamento que sai da empresa com ou sem compensação produtiva. (Salário e doações) Gastos são todos os desgastes de valores ou de materiais e energia expressos em valores dentro da empresa. (Depreciação) Custos e o tempo Curto prazo – período de tempo em que as firmas não podem variar alguns recursos, como equipamentos, construções, terra etc. Estes são recursos fixos. Longo prazo – Período de tempo em que todos os fatores são variáveis, inclusive a planta ou tamanho da empresa. 87 Curvas de custo Custos fixos (CF) e variáveis (CV) Não varia quando se varia a produção, enquanto o custo variável varia com a produção. Custos total (CT) Soma dos custos fixos e variáveis CT = CF + CV Custo médio É a media dos custos fixo, variável e total. CFMe = CF/Y Custo marginal Representa o aumento no custo total provocado pelo aumento de uma unidade na quantidade produzida e é representado pela inclinação da curva de custo total (CT). 88 89 Avaliação privada: avaliação financeira, específica da empresa. Por exemplo, o aumento da produção de um determinado bem (automóvel); Avaliação social: custos (ou benefícios) para toda a sociedade, derivados da produção da empresa. Por exemplo, a poluição advinda do aumento de automóveis (externalidade negativa). Externalidades: alterações de custos e benefícios para a sociedade, derivadas da produção da empresa, ou então as alterações de custos e receitas da empresa, devidas a fatores externos à empresa. Externalidades positivas Externalidades negativas Custos de Produção: Avaliação privada e avaliação social 90 Custo Fixo Total (CFT): mantém-se fixa, quando a produção varia. Ex.: Aluguéis, depreciação, etc. Custo Variável Total (CVT): varia com a produção, ou seja, depende da quantidade produzida. Ex.: gastos c/ folha de pagamento, despesas com matérias-primas, etc. Custo Total (CT): soma do custo variável total com o custo fixo total. Custos de Produção: Custos a Curto Prazo 91 Custos de Produção: Custos a Curto Prazo OBS: Lei dos Rendimentos Decrescentes = Lei dos Custos Crescentes 92 Custo Fixo Médio (CFMe): Custo Variável Médio (CVMe): Custo Médio (CMe ou CTMe): CTMe = CVMe + CFMe Custos de Produção: Custos a Curto Prazo 93 Custos de Produção: Custos a Curto Prazo O formato de U das curvas CTMe e CVMe “a curto prazo” também se deve à lei dos rendimentos decrescentes, ou lei dos custos crescentes. Custos médios declinantes: Pouca mão-de-obra p/ grande capital. Vantajoso absorver mão-de- obra e aumentar a produção, pois o custo médio cai. Em certo ponto, satura-se a utilização do capital (que é fixo) e a admissão de mais mão-de-obra não trará aumentos proporcionais de produção (custos médios ou unitários começam a elevar-se). 94 Custo Marginal: diferentemente dos custos médios, os custos marginais referem-se às variações de custo, quando se altera a produção, ou seja, é o custo de se produzir uma unidade extra de produto. Custos de Produção: Custos a Curto Prazo OBS: Os custos marginais não são influenciados pelos custos fixos (invariáveis a curto prazo). 95 Custos de Produção: Relação entre Custo Marginal e os Custos Médios Total e Variável (Custos a Curto Prazo) Quando o custo marginal supera o custo médio (total ou variável), significa que o custo médio estará crescendo. Ao mesmo tempo, se o custo marginal for inferior ao médio, o médio só poderá cair. Conclusão: quando o custo marginal for igual ao custo médio (total ou variável), o marginal estará cortando o médio no ponto de mínimo do custo médio. 95 96 No longo prazo não existem custos fixos, todos os custos são variáveis, sendo assim, um agente econômico: Opera no curto prazo e; Planeja no longo prazo. Os empresários têm um elenco de possibilidades de produção de curto prazo, com diferentes escalas de produção (tamanho), que podem escolher. Custos de Produção: Custos a Longo Prazo 96 97 Custos de Produção: Custos a Longo Prazo Supondo 3 escalas de produção: I) 10, II) 15 e III) 30 máquinas. Neste caso, as curvas de custo médio de longo prazo serão: I. Produção de q1 CMeC1 < CMeC2 e CMeC3 II. Produção de q3 CMeC2 < CMeC1 e CMeC3 III. Se planeja produzir em: - q2 CMeC2 = CMeC1 - q4 CMeC2 = CMeC3 - são as opções normalmente escolhidas. 97 98 A curva “cheia” é a curva de custo médio de longo prazo CMeLP) (Curva de Envoltória ou curva de planejamento de longo prazo). Esta curva mostra o menor custo unitário. Custos de Produção: Custos a Longo Prazo Lei dos rendimentos decrescentes (Curto Prazo) Embora, as curvas de custo médio de longo e de curto prazo tenham o mesmo formato em U, elas diferem no sentido de que o formato a curto prazo deve-se a Lei dos rendimentos decrescentes (ou custos crescentes), a uma dada planta ou tamanho, enquanto o formato da curva de longo prazo deve-se aos rendimentos de escala, quando varia o tamanho da empresa. 98 99 Isocusto: conjunto de todas as combinações possíveis de fatores de produção (K, L) que mantém constante o custo ou orçamento total da empresa. Dados os preços dos fatores, se a empresa aumenta a contratação de um fator, deverá reduzir a aquisição de outro fator, se deseja manter constante o orçamento gasto Inclinação negativa. K L Isocusto Custos de Produção: Custos a Longo Prazo Custos na empresa Florestal Custos de salário Salário mensal – Precisão e cuidado, pois requerem qualidade. Salário por empreitada – Não exigem cuidado ou precisão. Produção elevada. Encargos sociais e benefícios Segurança e bem-estar social Obrigatórios (Encargos sociais) e voluntários (benefícios) Benefícios: Seguro, planos de saúde e seguro de vida Melhoria de moradia Melhoria das condições de trabalho Lazer dos funcionários Custos na empresa Florestal Custos de depreciação Uso Tempo Desatualização e obsolência Tipos Taxa constante (linear) Taxa decrescente Taxa crescente D = V-R n V – Valor de aquisição R – Valor do resto N = Vida útil (anos) Custos na empresa Florestal Custos de juros Bens de duração limitada – Máquinas, instalações, etc. J = (V/2) . i Bens de duração ilimitada – Terra R = VT . i Custos de material Óleo, livros, machado, etc. Custo de terceiros Serviços terceirizados – corte, transporte, construção de cercas, vigilância, alimentação. Custos de risco Danos de influência externa – ataques de praga e doenças, incêndios florestais, seca, acidentes. Custos na empresa Florestal Custos de impostos IPTU IPVA IPI Incide sobre os produtos industrializados nacionais e estrangeiros no momento do desembaraço aduaneiro de produto de procedência estrangeira, ou a saída do produto do estabelecimento industrial ou equiparado a industrial. A base de cálculo é o valor total da operação de que decorrer a saída do estabelecimento industrial ou equiparado a industrial. No caso de produto importado, o valor que servir de base para o cálculo dos tributos aduaneiros, acrescido do montante desses tributos e dos encargos cambiais. ICMS ICMS é a sigla que identifica o Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação. É um imposto que cada um dos Estados e o Distrito Federal podem instituir, como determina a Constituição Federal de 1988. Custos envolvidos na atividade florestal Implantação Manutenção Colheita Reforma Administração Custos envolvidos na atividade florestal Implantação Elaboração de projeto: Contratação de técnico especializado Recurso próprio, investimento público, financiamento. Viagens, estadias, trabalho de escritório e despesas administrativas. Desmatamento Mecânico ou manual Licenciamento Destoca Mecanizada Encoivaramento e queima Custos envolvidos na atividade florestal Implantação Locação de talhões, estradas e aceiros: Operações de topografia e estaqueamento Construção de cercas Construção de estradas e aceiros Construção de obras de arte Preparo do solo Alinhamento, marcação e coveamento Combate à formigas Combate à cupins Custos envolvidos na atividade florestal Implantação Produção de mudas Plantio Replantio Irrigação de mudas Manutenção Conservação de estradas e aceiros Capinas e roçadas Conservação de obras de arte Combate à formigas e outras pragas Custos envolvidos na atividade florestal Manutenção Desbastes e desramas Desbrotas Construção de cercas Custos de colheita Abate Desgalhamento Traçamento Extração Empilhamento, carga, transporte e descarga. Custos envolvidos na atividade florestal Reforma Custos de implantação e manutenção Administração Gerenciais Administrativas Contábeis Controle Serviços gerais Fatores que afetam os custos Implantação Fatores locais Qualidade de solos Topografia Pragas e doenças Outros Área a ser plantada Espécies florestais Método de plantio Organização do trabalho Fatores que afetam os custos Produção de mudas Método de produção Quantidade Espécie Produção própria ou por terceiros Embalagem Colheita Condições locais Tipo de floresta Espécies DAP Quantitativo mão-de-obra Salário Equipamento Organização do trabalho Distância de arraste ou extração Densidade e conservação de estradas Distância do local de consumo Tipos de corte Fatores que afetam os custos Estradas Custo de construção (depreciação) Duração da estrada Manutenção Preço do terreno Renúncia de uso Taxa de juros Fatores que afetam os custos Proteção Profilaxia Advertência Combate contra perigos Custo de máquinas Custos fixos – depreciação, consertos, juros, garagem, seguros, impostos. Custos variáveis – manutenção, salário de operador e combustível
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