Buscar

Processo coletivo

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 21 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 21 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 21 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

www.cers.com.br 
 
CARREIRA JURÍDICA – MÓDULO III 
Processo Coletivo 
Rodrigo Klippel 
1 
Sumário do Curso 
 
1. Tutela coletiva: introdução 
 
 a) jurisdição civil coletiva 
 b) ação civil pública 
 c) procedimentos coletivos 
 
2. Objeto da tutela coletiva: 
os direitos coletivos 
 
3. Legitimidade ad causam 
4. Custos processuais 
5. Competência 
6. IC e TAC 
7. Provas 
8. Coisa julgada 
9. Recursos 
10. Execução/tutela de urgência 
 
1. Tutela coletiva: introdução 
a) Jurisdição civil coletiva: 
• é a função jurisdicional acionada para a 
tutela dos direitos coletivos lato sensu. 
• surgiu como necessidade da sociedade 
moderna, de massa 
• precisa ser operacionalizada por 
procedimentos coletivos, iniciados por meio do 
exercício do direito de ação 
b) Ação civil pública 
• é um termo com vários significados. 
• Ação coletiva lato sensu 
• Procedimento coletivo ordinário, regulado 
pela Lei 7.347/85 e 8.078/90 
• e para designar a Lei 7.347/85, que regula 
o procedimento coletivo ordinário junto à Lei 
8.078/90. 
1. Tutela coletiva: introdução 
Questão de concurso (PGE AM 2004) 
(26) Jurisprudência e doutrina têm entendido 
que a ação por improbidade administrativa, a 
que se refere a Lei da Improbidade 
Administrativa (Lei n.º 8.429/1992), tem 
natureza de ação civil pública, 
de modo que a Lei da Ação Civil Pública (Lei 
n.o 7.347/1985) se aplica ao regime do 
processo judicial por ato dessa natureza, 
embora subsidiariamente. 
c) procedimentos coletivos 
• vários são os procedimentos que se 
desdobram a partir do ajuizamento de uma 
ação civil pública: 
c.1) Procedimento da LACP/CDC (Leis 
7.347/85 e 8.078/90) – procedimento coletivo 
ordinário 
c.2) Procedimento da LAP (Lei 4.717/65) 
c.3) Procedimento do MS coletivo (Lei 
12.016/09) 
c.4) Procedimento da Lei de Improbidade (Lei 
8.429/92) 
c.5) Procedimento do ECA (Lei 8.069/90) 
c.6) Procedimento do Est. Idoso (Lei 
10.741/03) 
• O conjunto dos diplomas legais destacados 
– e de alguns outros de menor importância – 
forma o chamado MICROSSISTEMA DE 
TUTELA COLETIVA 
• O que significa isso, na prática? 
• 1. Que há um relacionamento entre as 
normas processuais que formam cada 
diploma. 
• 2. É possível aplicar a um dos 
procedimentos regramentos inseridos em lei 
que regula outro procedimento. 
 
 
 
 
 
 
 
www.cers.com.br 
 
CARREIRA JURÍDICA – MÓDULO III 
Processo Coletivo 
Rodrigo Klippel 
2 
• 3. Só se deve buscar o CPC na falta de 
regra inserida em todo o microssistema de 
tutela coletiva. 
• Desdobramentos práticos de existir um 
microssistema de tutela coletiva 
a) Informativo 395 do STJ 
“Na ausência de dispositivo sobre remessa 
oficial na Lei da Ação Civil Pública (Lei n. 
7.347/1985), busca-se norma de integração 
dentro do microssistema da tutela coletiva, 
aplicando-se, por analogia, o art. 19 da Lei n. 
4.717/1965. 
Embora essa lei refira-se à ação popular, tem 
sua aplicação nas ações civis públicas, devido 
a serem assemelhadas as funções a que se 
destinam (a proteção do patrimônio público e 
do microssistema processual da tutela 
coletiva), de maneira que as sentenças de 
improcedência devem sujeitar-se 
indistintamente à remessa necessária”. 
• Desdobramentos práticos... 
b) aplicação das regras da LACP ao 
procedimento da Ação Civil Pública por 
Improbidade Administrativa 
(MPE-MS – Promotor de Justiça – MS/2013) 
Tratando-se de ação de improbidade 
administrativa, assinale a alternativa correta: 
e) O juiz, julgando improcedente a ação de 
improbidade administrativa, deverá sempre 
determinar a condenação do autor ao 
pagamento das custas e honorários 
advocatícios de sucumbência. 
c) Aplicação à Ação Civil Pública regulada pela 
LACP/CDC da regra do art. 21 da LAP: 
Art. 21. A ação prevista nesta lei prescreve em 
5 (cinco) anos. 
(FMP – MP-AC/ 2008) Indique a alternativa 
correta, relativamente ao entendimento do STJ 
acerca da ação civil pública e do inquérito civil. 
a) Na ação ajuizada com o objetivo de anular 
ato administrativo supostamente violador dos 
princípios da moralidade e da impessoalidade 
administrativas, o prazo prescricional, ante a 
omissão da Lei 7.347/85, será, por analogia, o 
previsto no art. 21 da Lei 4,717/65, tendo em 
vista que a pretensão poderia perfeitamente 
ser exercida por meio de ação popular. 
Informativo 430 do STJ 
 “Para o Min. Relator, a prescrição é 
quinquenal, por analogia ao art. 21 da Lei n. 
4.717/1965 (Lei da Ação Popular). No 
julgamento, anotou-se que, apesar de a ação 
civil pública e a ação popular estarem dentro 
do sistema dos direitos coletivos, nesse 
microssistema, como não há previsão do prazo 
prescricional para a propositura da ação civil 
pública, é inafastável a incidência da analogia 
legis, aplicando-se, assim, o prazo de cinco 
anos da Lei de Ação Popular”. 
• Desdobramentos práticos... 
d) o uso de um procedimento coletivo não 
prejudica o outro 
Art. 1º da LACP. Regem-se pelas disposições 
desta Lei, sem prejuízo da ação popular, as 
ações de responsabilidade por danos morais e 
patrimoniais causados: 
A questão é muito lembrada nos concursos 
públicos: 
Questão de concurso (MPE AM 2007) 
(A) As ações popular e civil pública destinam-
se à defesa e à proteção do patrimônio público. 
Todavia, essas ações constituem instrumentos 
processuais reciprocamente excludentes, não 
se admitindo a existência concomitante das 
duas, em face da litispendência. 
 
 
 
 
 
 
 
www.cers.com.br 
 
CARREIRA JURÍDICA – MÓDULO III 
Processo Coletivo 
Rodrigo Klippel 
3 
No mesmo sentido: 
(TRF5 JUIZ 2007) 
(MPE-GO – Promotor de Justiça – GO/2012) 
Em relação à competência em matéria de 
interesses transindividuais, é correto afirmar: 
d) considerando o microssistema de tutela 
coletiva formado pela integração da Lei 
7.347/1985 com a Lei 8.078/1990, nas ações 
civis públicas fundadas no ECA – Estatuto da 
Criança e do Adolescente, a competência é do 
local do dano, conforme previsto no artigo 2° 
da Lei da Ação Civil Pública. 
• Quais as principais diferenças entre os 
procedimentos coletivos? 
 a) legitimidade ativa ad causam 
 b) legitimidade passiva ad causam 
 c) objeto litigioso que pode ser discutido por 
meio do procedimento 
Vamos, então, ao estudo desses temas! 
2. Objeto da tutela coletiva: 
os direitos coletivos 
• Classificação e individualização dos 
direitos coletivos 
Termos metaindividuais, transindividuais e 
pluriindividuais 
Suporte legal: 
a) art. 81, parágrafo único do CDC (Lei 
8.078/90) 
b) art. 21 da LMS (Lei 12.016/09) 
c) art. 1º da LACP (Lei 7.347/85) 
2 temas: 
a) espécies de direito coletivo 
b) tipos de normas que regulam situações 
sociais das quais exsurgem direitos coletivos 
Em resumo 
DIFUSO 
Sujeitos indeterminados + bem indivisível 
COLETIVO 
Sujeitos determináveis + bem indivisível 
INDIVIDUAL HOMOGÊNEO 
Sujeitos determináveis + bem divisível 
 Art. 81 do CDC. A defesa dos interesses 
e direitos dos consumidores e das vítimas 
poderá ser exercida em juízo individualmente, 
ou a título coletivo. 
Parágrafo único. A defesa coletiva será 
exercida quando se tratar de: 
I - interesses ou direitos difusos, assim 
entendidos, para efeitos deste código, os 
transindividuais, de natureza indivisível, de 
que sejam titulares pessoas indeterminadas e 
ligadas por circunstâncias de fato; 
II - interesses ou direitos coletivos, assim 
entendidos, para efeitos deste código, os 
transindividuais,de natureza indivisível de que 
seja titular grupo, categoria ou classe de 
pessoas ligadas entre si ou com a parte 
contrária por uma relação jurídica base; 
III - interesses ou direitos individuais 
homogêneos, assim entendidos os 
decorrentes de origem comum. 
Art. 21. omissis 
Parágrafo único. Os direitos protegidos pelo 
mandado de segurança coletivo podem ser: 
I - coletivos, assim entendidos, para efeito 
desta Lei, os transindividuais, de natureza 
indivisível, de que seja titular grupo ou 
categoria de pessoas ligadas entre si ou com 
 
 
 
 
 
 
 
www.cers.com.br 
 
CARREIRA JURÍDICA – MÓDULO III 
Processo Coletivo 
Rodrigo Klippel 
4 
a parte contrária por uma relação jurídica 
básica; 
II - individuais homogêneos, assim entendidos, 
para efeito desta Lei, os decorrentes de origem 
comum e da atividade ou situação específica 
da totalidade ou de parte dos associados ou 
membros do impetrante. 
Art. 1º Regem-se pelas disposições desta Lei, 
sem prejuízo da ação popular, as ações de 
responsabilidade por danos morais e 
patrimoniais causados: 
l - ao meio-ambiente; 
ll - ao consumidor; 
III – à ordem urbanística (Lei 10.257/01); 
IV – a bens e direitos de valor artístico, 
estético, histórico, turístico e paisagístico; 
V - por infração da ordem econômica e da 
economia popular; 
VI - à ordem urbanística (MP 2.180-35/01). 
• Qualquer direito coletivo pode ser protegido 
a partir do ajuizamento de uma ação coletiva? 
NÃO! 
a) ACP 
 Lei 7.347/85, Art. 1º, parágrafo único. 
Não será cabível ação civil pública para 
veicular pretensões que envolvam tributos, 
contribuições previdenciárias, o Fundo de 
 Garantia do Tempo de Serviço - FGTS ou 
outros fundos de natureza institucional cujos 
 beneficiários podem ser individualmente 
determinados. 
b) Ação Popular 
 CF, art. 5º, LXXIII – qualquer cidadão é 
parte legítima para propor ação popular que 
vise a anular ato lesivo ao patrimônio público 
ou de entidade de que o Estado participe, à 
moralidade administrativa, ao meio ambiente e 
ao patrimônio histórico e cultural, ficando o 
autor, salvo comprovada má-fé, isento de 
custas judiciais e do ônus da sucumbência. 
Lei, 4.717/65, Art. 1º Qualquer cidadão será 
parte legítima para pleitear a anulação ou a 
declaração de nulidade de atos lesivos ao 
patrimônio da União, do Distrito Federal, dos 
Estados, dos Municípios, de entidades 
autárquicas, de sociedades de economia 
mista, 
de sociedades mútuas de seguro nas quais a 
União represente os segurados ausentes, de 
empresas públicas, de serviços sociais 
autônomos, de instituições ou fundações para 
cuja criação ou custeio o tesouro público haja 
concorrido ou concorra com mais de cinqüenta 
por cento do patrimônio ou da receita ânua, de 
empresas incorporadas ao patrimônio da 
União, do Distrito Federal, dos Estados e dos 
Municípios, e de quaisquer pessoas jurídicas 
ou entidades subvencionadas pelos cofres 
públicos. 
c) Ação de Improbidade 
Finalidade é impor as sanções descritas no art. 
12 da Lei 8.429/92 
As sanções são cumulativas? 
O juiz está adstrito a impor só as sanções 
requeridas? 
A nulidade do ato precisa ser objeto do 
pedido? 
• Como o tema do objeto da ação civil pública 
é retratado na jurisprudência? 
Informativo 376 do STJ: Princípio da 
insignificância e Improbidade Administrativa 
“Diante disso, vê-se que o bem jurídico que a 
Lei de Improbidade busca salvaguardar é, por 
excelência, a moralidade administrativa, que 
deve ser, objetivamente, considerada: ela não 
 
 
 
 
 
 
 
www.cers.com.br 
 
CARREIRA JURÍDICA – MÓDULO III 
Processo Coletivo 
Rodrigo Klippel 
5 
comporta relativização a ponto de permitir “só 
um pouco” de ofensa. Daí não se aplicar o 
princípio da insignificância às condutas 
judicialmente reconhecidas como ímprobas, 
pois não existe ofensa insignificante ao 
princípio da moralidade”. 
Informativo 387 do STJ: Preço público ou taxa? 
“A Turma, em atenção à jurisprudência do 
STF, entendeu que a quantia recolhida a título 
de prestação de serviço de água e esgoto é 
preço público (tarifa) e não taxa. 
Consequentemente, é aplicável o CDC em 
casos de aumento de tarifa, inexistindo 
empecilho à defesa da usuária via ação civil 
pública, cuja legitimação é do MP, autorizada 
por lei”. 
Informativo 404 do STJ: Controle judicial de 
políticas públicas 
Trata-se, na origem, de ação civil pública 
(ACP) em que o MP pleiteia do Estado o 
fornecimento de equipamento e materiais 
faltantes para hospital universitário. 
A Turma entendeu que os direitos sociais não 
podem ficar condicionados à mera vontade do 
administrador, sendo imprescindível que o 
Judiciário atue como órgão controlador da 
atividade administrativa. Haveria uma 
distorção se se pensasse que o princípio da 
separação dos poderes, originalmente 
concebido para garantir os direitos 
fundamentais, pudesse ser utilizado como 
empecilho à realização dos direitos sociais, 
igualmente fundamentais. 
Informativo 418 do STJ: Dano moral coletivo 
“o dano extrapatrimonial coletivo prescinde da 
prova da dor, sentimento ou abalo psicológico 
sofridos pelos indivíduos. Como 
transindividual, manifesta-se no prejuízo à 
imagem e moral coletivas e sua averiguação 
deve pautar-se nas características próprias 
aos interesses difusos e coletivos. Dessarte, o 
dano moral coletivo pode ser examinado e 
mensurado”. 
Informativos 444 e 445 do STJ: ACP como 
querela nullitatis 
“Segundo a Min. Relatora, não há justificativa 
para negar a legitimidade ao MP para, por 
meio de ACP, impugnar sentença com vício 
transrescisório. Nesses casos, explica que o 
parquet age como substituto processual da 
coletividade lesada e tem interesse na 
anulação do ato lesivo ainda que o ato seja 
judicial”. 
Informativos 453 e 526 do STJ: cumulação de 
pedidos de reparação in natura e de 
ressarcimento 
“Na ação civil pública ambiental, é possível 
cumular os pedidos de obrigação de fazer 
(reflorestar a área degradada) e de pagamento 
de indenização pecuniária em razão do dano 
material causado”. 
“Na hipótese de ação civil pública proposta em 
razão de dano ambiental, é possível que a 
sentença condenatória imponha ao 
responsável, cumulativamente, as obrigações 
de recompor o meio ambiente degradado e de 
pagar quantia em dinheiro a título de 
compensação por dano moral coletivo”. 
Informativo 455 do STJ: cobrança unificada – 
taxa de iluminação pública e conta de energia 
“Na espécie, a pretensão intentada na ACP ab 
origine não revela hipótese de pretensão 
tributária, pois o que se pretende é resguardar 
interesses dos consumidores e não dos 
contribuintes, na medida em que se insurge 
contra a forma como a concessionária vem 
cobrando os serviços de energia elétrica e a 
contribuição de iluminação pública, o que 
afasta a vedação prevista no art. 1º, parágrafo 
único, da Lei n. 7.347/1985”. 
 
 
 
 
 
 
 
www.cers.com.br 
 
CARREIRA JURÍDICA – MÓDULO III 
Processo Coletivo 
Rodrigo Klippel 
6 
Informativo 459 do STJ: ACP x controle de 
constitucionalidade 
“Conforme a jurisprudência, é cabível a 
declaração de inconstitucionalidade de lei 
incidenter tantum em ação civil pública (ACP)”. 
• Como o tema do objeto da ação coletiva é 
retratado nas questões de concurso público? 
(Cespe – Promotor de Justiça – TO/2012) Com 
relação à teoria constitucional e à tutela dos 
direitos difusos e coletivos, assinale a opção 
correta. 
a) Sãoconsiderados interesses coletivos os 
transindividuais, de natureza indivisível, de 
que sejam titulares pessoas indeterminadas e 
ligadas por circunstâncias de fato. 
b) Direitos ou interesses transindividuais não 
possuem titulares individuais determinados e 
pertencem a uma comunidade ou coletividade. 
(Cespe – Promotor de Justiça – TO/2012) 
cont.. 
c) O interesse público secundário é o 
interesse social, o da sociedade ou da 
coletividade, assim como a proteção ao meio 
ambiente. 
d) Os interesses relacionados a condôminos 
de um edifício excedem o âmbito estritamente 
individual, constituindo interesses públicos. 
e) Direitos difusos e direitos coletivos 
distinguem-se pela coesão como grupo, 
categoria ou classe anterior à lesão, própria 
dos direitos difusos, e não dos coletivos stricto 
sensu. 
(MPE-SC – Promotor de Justiça – SC/2013) 
( ) Na classificação dos direitos difusos, os 
conceitos de transindividualidade e 
indeterminação são sinônimos e expressam 
uma mesma realidade. 
( ) Nos direitos coletivos em sentido estrito, a 
“relação jurídica base” deve ser anterior à 
lesão motivadora da tutela judicial. 
(MPE-SP – Promotor de Justiça – SP/2011) 
Considere as seguintes situações: 
I. responsabilidade do fornecedor em 
relação a vício de qualidade na pintura de um 
modelo de veículo por ele produzido; 
II. responsabilidade do Estado pelo 
fornecimento de um medicamento 
indispensável para um idoso; 
III. responsabilidade do loteador pelo contrato 
de venda de lotes de um loteamento popular 
clandestino; 
IV. responsabilidade do fornecedor em 
relação a vício de segurança nos freios de um 
modelo de veículo por ele produzido; 
V. responsabilidade do empreendedor 
imobiliário quanto à cláusula de reajuste de um 
contrato de venda de lotes de um condomínio 
fechado de luxo. 
(FEPESE – Promotor de Justiça – SC/2014) 
Analise o enunciado da questão abaixo e 
assinale se ele é falso ou verdadeiro: 
( ) Manejando a ação popular, o cidadão eleitor 
faz-se parte legítima para pleitear a anulação 
ou a declaração de nulidade de atos lesivos ao 
patrimônio público, assim como a declaração 
de inconstitucionalidade de lei em tese. 
 Também foi cobrada: AGU 2002; AGU 
2003; PGE CE 2003; TJCE 2004; TJBA 2005; 
PGE CE 2007; TJPI 2007; TJTO 200; etc). 
(MPE MT 2004) + (PGE RR 2004) + (TRF5 
2006) 
 (26) Sendo os conceitos de consumidor e 
de contribuinte categorias distintas, o 
Ministério Público não tem legitimidade para 
propor ação civil pública em defesa de direitos 
 
 
 
 
 
 
 
www.cers.com.br 
 
CARREIRA JURÍDICA – MÓDULO III 
Processo Coletivo 
Rodrigo Klippel 
7 
de contribuintes para pleitear, sob o 
fundamento da inconstitucionalidade de lei que 
instituiu determinado tributo, a restituição de 
valores pagos ao fisco por força desse tributo. 
(PGE AM 2004) 
 (82) A ação popular busca proteger, 
essencialmente, o patrimônio público, ou seja, 
o que comumente se denomina erário; por 
conseguinte, bens jurídicos do poder público 
alheios a essa dimensão patrimonial, 
econômica, não são passíveis de proteção por 
meio desse remédio processual. 
(PGE CE 2007) 
 (D) Ação civil pública por danos causados 
ao meio ambiente pode ter como objeto a 
condenação em dinheiro ou o cumprimento da 
obrigação de fazer ou não fazer. Declarada a 
procedência dos pedidos deduzidos nessa 
ação, a regra é a reparação do dano aos bens 
lesados, e a condenação à indenização em 
dinheiro somente acontecerá quando o dano 
for irreversível. 
3. Legitimidade ad causam 
1. Conceito de legitimidade ad causam: 
• é a pertinência subjetiva da lide – Liebman 
• é a autorização, conferida pela lei, para 
que certa pessoa, física, jurídica ou sem 
personalidade, atue como autora ou ré na 
defesa de uma certa posição jurídica de direito 
material. 
2. A legitimidade na tutela coletiva 
• Legitimidade concorrente – mais de uma 
pessoa simultaneamente legitimada a agir 
• Legitimidade disjuntiva – a legitimidade de 
cada um é independente da que possui o outro 
• Legitimidade extraordinária – corrente 
dominante (Didier) 
• Legitimidade autônoma – corrente 
minoritária (Nery Jr.) 
• Legitimidade coletiva ativa e passiva 
• A legitimidade ad causam no processo civil 
brasileiro se utiliza da idéia norte-americana de 
adequacy of representation (representação 
adequada) 
• Verificar se há representação adequada, a 
depender do procedimento coletivo que se 
pretenda usar, é atividade que será 
implementada em etapas 
• Etapa 1 – análise legislativa 
• Etapa 2 – pertinência temática 
• Etapa 3 – filtros relacionados à boa fé 
processual 
• É a hipótese dos arts. 5°, § 4º da LACP e 
82, § 1º do CDC, atinente às associações 
 “O requisito da pré-constituição poderá ser 
dispensado pelo juiz, quando haja manifesto 
interesse social evidenciado pela dimensão ou 
característica do dano, ou pela relevância do 
bem jurídico a ser protegido” 
3. Rol dos legitimados 
3.1. Procedimento da LACP/CDC (arts. 5º e 
82) 
a) Ministério Público 
b) Defensoria Pública 
c) União, Estados, Municípios e DF 
(administração direta ou indireta, mesmo sem 
personalidade, desde que haja pertinência 
temática) 
d) autarquia e fundação 
e) empresa pública e sociedade de economia 
mista 
 
 
 
 
 
 
 
www.cers.com.br 
 
CARREIRA JURÍDICA – MÓDULO III 
Processo Coletivo 
Rodrigo Klippel 
8 
f) associação 
• Problemas relacionados à legitimidade ativa 
no procedimento da LACP/CDC 
 a) MP 
 a tutela dos direitos individuais 
homogêneos 
 corrente 1 – não possui legitimidade (CF 
129, III); 
 corrente 2 – legitimidade condicionada 
(deve existir relevante interesse social, não se 
podendo falar em tutela de direito individual 
disponível e identificável). Entendimento 
dominante. 
Nesse sentido: 
 “Súmula 470 do STJ: O Ministério Público 
não tem legitimidade para pleitear, em ação 
civil pública, a indenização decorrente do 
DPVAT em benefício do segurado”. 
Em 2014, o STF sabiamente decidiu em 
sentido contrário, admitindo a legitimidade no 
caso em tela. 
corrente 3 – legitimidade irrestrita (tese 
ampliativa). O simples fato da economia 
processual gerada pela tutela coletiva do 
direito individual já justifica a atuação do MP 
Nesse sentido: Informativo 421 
“O Ministério Público tem legitimidade 
processual extraordinária para propor ação 
civil pública (ACP) com o objetivo de que cesse 
a atividade tida por ilegal de, sem autorização 
do Poder Público, captar antecipadamente a 
poupança popular, ora disfarçada de 
financiamento para compra de linha telefônica, 
isso na tutela de interesses individuais 
homogêneos disponíveis. 
Anote-se que o conceito de homogeneidade 
pertinente aos interesses individuais 
homogêneos não advém da natureza 
individual, disponível e divisível, mas sim de 
sua origem comum, enquanto se violam 
direitos pertencentes a um número 
determinado ou determinável de pessoas 
ligadas por essa circunstância de fato (art. 81 
do CDC). Outrossim, conforme precedente, os 
interesses individuais homogêneos possuem 
relevância por si mesmos, o que torna 
desnecessário comprová-la”. 
a tutela de direito indisponível de uma pessoa 
determinada 
Informativo 344 
“A Seção, por maioria, entendeu que o 
Ministério Público tem legitimidade para 
defesa de direitos individuais indisponíveis em 
favor de pessoa carente individualmente 
considerada, na tutela dos seus direitos à vida 
e à saúde (CF/1988, arts. 127e 196). 
Precedentes citados: REsp 672.871-RS, DJ 
1º/2/2006; REsp 710.715-RS, DJ 14/2/2007, e 
REsp 838.978-MG, DJ 14/12/2006”. 
 No mesmo sentido: Informativos 407 
a tutela de direito indisponível de uma pessoa 
determinada 
Informativo 523 
O Ministério Público tem legitimidade para 
ajuizar ação civil pública contra a 
concessionária de energia elétrica com a 
finalidade de evitar a interrupção do 
fornecimento do serviço à pessoa carente de 
recursos financeiros diagnosticada com 
enfermidade grave e que dependa, para 
sobreviver, da utilização doméstica de 
equipamento médico com alto consumo de 
energia. 
legitimidade do MP para a defesa do 
patrimônio público 
Súmula 329 do STJ: 
 
 
 
 
 
 
 
www.cers.com.br 
 
CARREIRA JURÍDICA – MÓDULO III 
Processo Coletivo 
Rodrigo Klippel 
9 
“o Ministério Público tem legitimidade para 
propor ação civil pública em defesa do 
patrimônio público” 
legitimidade do MP para pleitear a nulidade de 
cláusulas em contratos bancários (Informativo 
456 STJ) 
“A Turma reiterou o entendimento de que o 
Ministério Público tem legitimidade para 
demandar em ação civil pública (ACP) que 
busca a declaração de nulidade de cláusula 
contida em contrato padrão de instituição 
financeira – cobrança de comissão de 
permanência relativamente aos dias em 
atraso, calculada à taxa de mercado do dia do 
pagamento –, por se tratar de interesse 
individual homogêneo de usuários de serviços 
bancários (consumidores) nos termos do art. 
127 da CF/1988 e dos arts. 81, parágrafo 
único, III, e 82, I, ambos do CDC”. 
legitimidade do MPF para requerer a nulidade 
do certificado de instituição filantrópica 
Informativo 443 
“Nesta instância especial, observou-se que, no 
caso, a pretensão recursal excede os limites 
de tutela do interesse tributário do Estado, 
atingindo o próprio interesse social que as 
entidades filantrópicas visam promover. 
Ressalte-se que tais entidades, por 
desenvolverem um trabalho de 
complementação das atividades essenciais do 
Estado, possuem um patrimônio social com 
características públicas, uma vez que é de uso 
comum, mas relacionado com o uso da própria 
sociedade”. 
Legitimidade do MP para ACP referente a atos 
de improbidade anteriores à CF/88 
Informativo 426 
“o Parquet estadual tem legitimidade para 
ajuizar ação civil pública (ACP) por atos de 
improbidade administrativa anteriores à 
CF/1988, em defesa do patrimônio público e 
social (art. 1º, IV, da Lei n. 7.347/1985)”. 
legitimidade do MP em ACP referente a 
loteamento irregular 
Informativo 407 
“A Turma decidiu que, na ação civil pública 
(ACP) referente à execução de parcelamento 
de solo urbano com alienação de lotes 
irregulares, sem aprovação dos órgãos 
públicos competentes, o parquet tem 
legitimidade para formular pedido de 
indenização em favor dos adquirentes de tais 
lotes, seja em razão da prerrogativa conferida 
pelos arts. 1º, VI, e 5º, I, da Lei n. 7.347/1985, 
seja por versar sobre direitos individuais 
homogêneos que transbordam o mero caráter 
patrimonial, configurando, ademais, relação de 
consumo na forma dos arts. 81, parágrafo 
único, III, e 82, I, do CDC”. 
legitimidade do MP para agir em defesa de 
mutuários do SFH 
Informativo 407 do STJ 
“O Ministério Público Federal (MPF) tem 
legitimidade para propor ação civil pública 
(ACP) com o objetivo de sobrestar processos 
de execuções extrajudiciais em tutela de 
direito e interesse de mutuários do Sistema 
Financeiro de Habitação (SFH), dado o caráter 
homogêneo deles e a repercussão social 
decorrente de sua ofensa”. 
legitimidade do MP para requerer a 
manutenção de curso noturno em escola 
Informativo 399 
“Trata-se de ação civil pública (ACP) ajuizada 
pelo Ministério Público Federal (MPF) com o 
objetivo de manter curso de ensino médio no 
período noturno de colégio custeado pela 
União o qual o diretor teria ilegalmente 
suprimido. A sentença, por sua vez, extinguiu 
o feito sem resolução de mérito, por considerar 
 
 
 
 
 
 
 
www.cers.com.br 
 
CARREIRA JURÍDICA – MÓDULO III 
Processo Coletivo 
Rodrigo Klippel 
10 
a ilegitimidade do MPF para figurar como parte 
ativa. 
Entretanto, o TRF deu provimento à apelação 
do MPF e anulou a sentença, ao argumento de 
tratar-se de direito coletivo e difuso que, nos 
termos do art. 81, I e II, da Lei n. 8.078/1990 
(CDC)” 
legitimidade do MP para tutelar poluição 
sonora 
Informativo 372 
“a questão cinge-se a saber se o MP tem ou 
não legitimidade para propor ação civil pública 
em se tratando de poluição sonora. A Turma, 
por maioria, deu provimento ao recurso, ao 
entendimento de que a poluição sonora 
enquadra-se em poluição, sendo 
extremamente gravosa à saúde, 
especialmente quando impede que as pessoas 
durmam, não se constituindo somente um 
incômodo. 
Assim, tendo em vista se tratar de poluição, o 
MP tem legitimidade para a propositura de 
ação, conforme prevê o art. 14, § 1º, da Lei n. 
6.938/1981 (Lei da Política Nacional do Meio 
Ambiente)” 
ilegitimidade do MP para a tutela coletiva 
tributária individual homogênea 
Informativo 355 
“O Ministério Público não tem legitimidade 
para propor ação civil pública objetivando ver 
declarada nula portaria da Secretaria da 
Fazenda que autoriza banco estatal a contratar 
financiamento com empresa de telefonia, 
concedendo benefícios fiscais, representados 
por créditos presumidos de ICMS” 
legitimidade do MP para a tutela dos direitos 
de consumidores de serviços médicos 
Informativo 532 
O Ministério Público tem legitimidade para 
propor ação civil pública cujos pedidos 
consistam em impedir que determinados 
hospitais continuem a exigir caução para 
atendimento médico-hospitalar emergencial e 
a cobrar, ou admitir que se cobre, dos 
pacientes conveniados a planos de saúde 
valor adicional por atendimentos realizados 
por seu corpo médico fora do horário 
comercial. 
MP (ou outro legitimado) deve assumir ACP se 
houver desistência infundada ou abandono por 
parte de associação (art. 5º, § 3º da LACP) 
litisconsórcio entre MPF e MPE na ACP 
Previsão legislativa: art. 5º, § 5º da LACP 
Regra viola a partilha de atribuições 
constitucional entre os ministérios públicos dos 
estados e o MPF. Cada um deve atuar em sua 
esfera específica. 
na tutela coletiva em geral: se o MP não for 
autor, deverá atuar como custos legis. (arts. 5, 
§ 1º da LACP; 6, § 4º da LAP; 12 da LMS; 17, 
§ 4º da LI) 
pode o MP entender que não é caso de 
intervenção? 
atuação da Procuradoria, em 2º grau, afasta a 
nulidade pela não participação no 1º grau? 
• Problemas relacionados à legitimidade 
ativa no procedimento da LACP/CDC (cont.) 
 b) Associações 
 pertinência temática (art. 5, V, “b” da 
LACP) 
 pré-constituição de 1 ano (art. 5, V, ‘a” da 
LACP) 
juiz pode dispensar a pré-constituição (art. 5, § 
4º) 
 
 
 
 
 
 
 
 
www.cers.com.br 
 
CARREIRA JURÍDICA – MÓDULO III 
Processo Coletivo 
Rodrigo Klippel 
11 
Jurisprudência: 
 Informativo 369 do STJ: Dispensam-se 
formalidades, tais como a prova de que os 
associados tenham conferido autorização 
expressa ou a evidência de que tenham 
aprovado o ajuizamento da ação em 
assembléia 
O STF pensa de forma distinta: AgRg no Ed no 
RE 520629 – aplica a dispensa somente para 
o MS Coletivo 
• Problemas relacionados à legitimidade ativa 
no procedimento da LACP/CDC (cont.) 
c) Entes da Administração Direta e Indireta, de 
direito públicoe privado 
deve haver pertinência temática entre o ente 
legitimado e a lide coletiva tutelada 
 Informativo 458: 
Para a Min. Relatora, o art. 82, III, do referido 
código apenas determina, como requisito de 
legitimação concorrente para o exercício da 
defesa coletiva, que o órgão atue em prol dos 
direitos dos consumidores, motivo pelo qual a 
exigência mencionada pelo tribunal a quo – de 
que o regimento interno da comissão 
recorrente deveria expressamente prever, à 
época da propositura da ACP, sua 
competência para demandar em juízo – 
constitui excesso de formalismo 
• Problemas relacionados à legitimidade ativa 
no procedimento da LAP 
legitimado para a LAP é o cidadão. O que 
significa ser cidadão? 
à art. 1, § 3º. A prova da cidadania, para 
ingresso em juízo, será feita com o título 
eleitoral, ou com documento que a ele 
corresponda. 
à se o menor já tiver título de eleitor (a partir de 
16 anos), precisa ajuizar a Ação Popular 
assistido ou não? 
o MP poderá ter legitimidade superveniente 
para a Ação Popular 
 é a regra do art. 9º da Lei 4.717/65: 
Art. 9º Se o autor desistir da ação ou der motivo 
à absolvição da instância, serão publicados 
editais nos prazos e condições previstos no art. 
7º, inciso II, ficando assegurado a qualquer 
cidadão, bem como ao representante do 
Ministério Público, dentro do prazo de 90 
(noventa) dias da última publicação feita, 
promover o prosseguimento da ação. 
• Problemas relacionados à legitimidade ativa 
no procedimento da Lei de Improbidade 
quem é legitimado a ajuizar a Ação Civil 
Pública de Improbidade? 
art. 17, caput da Lei 8.429/92: 
“Art. 17. A ação principal, que terá o rito 
ordinário, será proposta pelo Ministério Público 
ou pela pessoa jurídica interessada, dentro 
de trinta dias da efetivação da medida 
cautelar”. 
A pessoa jurídica interessada pode ser de 
direito privado? 
Observe o teor do art. 1º da LIA – Lei 8.429/92 
• Problemas relacionados à legitimidade 
ativa no procedimento do MS coletivo 
podem ser legitimados ativos no MS coletivo 
(art. 21 da Lei 12.016/09): 
a) partido político com representação no 
congresso nacional 
b) sindicato 
c) entidade de classe (OAB, p. exemplo) 
 
 
 
 
 
 
 
www.cers.com.br 
 
CARREIRA JURÍDICA – MÓDULO III 
Processo Coletivo 
Rodrigo Klippel 
12 
d) associação, constituída e em funcionamento 
há 1 ano 
o juiz pode, a exemplo do que ocorre no 
procedimento da LACP/CDC, dispensar a 
prévia constituição? 
• Problemas relacionados à legitimidade ativa 
no procedimento do MS coletivo 
as entidades de classe podem agir na defesa 
de todos ou de parte de seus membros 
tal defesa tem que estar prevista no estatuto 
do ente coletivo 
deve haver pertinência temática entre o direito 
defendido e os fins sociais dos entes coletivos 
não há necessidade de que haja autorização 
assemblear ou procuração para que o MS 
coletivo seja impetrado. 
• Litisconsórcio na tutela coletiva 
a) Litisconsórcio ativo: sempre será facultativo 
e unitário 
b) Ação civil pública ambiental e litisconsórcio 
passivo: será facultativo também, eis que 
existe solidariedade passiva dos responsáveis 
c) Litisconsórcio móvel: é a regra do art. 5, § 2º 
da LACP 
d) Litisconsórcio passivo na ACP de 
Improbidade 
e) Litisconsórcio passivo na AP 
§ 2º Fica facultado ao Poder Público e a outras 
associações legitimadas nos termos deste 
artigo habilitar-se como litisconsortes de 
qualquer das partes. 
Aplica-se também na Ação Popular (art. 6, § 3º 
LAP) e na Ação de Improbidade (art. 17, § 3º 
da LI) 
• A legitimidade ad causam nas questões de 
concurso 
(FEPESE – Promotor de Justiça – SC/2014) 
Analise o enunciado da questão abaixo e 
assinale se ele é falso ou verdadeiro: 
( ) Embora os colegitimados à propositura da 
ação civil pública não sejam os titulares dos 
direitos e interesses que defendem em juízo 
(pois são direitos difusos, coletivos ou 
individuais homogêneos), admite-se a 
possibilidade de celebração de acordos. 
(Cespe – Promotor de Justiça – AC/2014) No 
que concerne à legitimidade para a proposição 
de ACP, assinale a opção correta de acordo 
com o entendimento do STJ. 
A) O MP é parte ilegítima para propor ACP com 
a finalidade de compelir município a efetivar 
matrícula de criança em creche municipal. 
B) O MP é parte ilegítima para propor ACP com 
o fim de compelir plano de saúde a voltar a 
fornecer medicamento específico a 
consumidor que sofra de esclerose múltipla. 
C) O MP é parte legítima para propor ACP com 
o fim de pleitear a defesa de interesses 
individuais, difusos ou coletivos, relativos à 
infância e à adolescência, apesar de não 
haver, a esse respeito, previsão expressa no 
ECA. 
D) Associação civil de defesa do consumidor é 
parte legítima para ajuizar ACP em defesa de 
interesses individuais homogêneos. 
E) O MP é parte ilegítima para propor ACP com 
o fim de obrigar o Estado a fornecer alimento 
especial indispensável à saúde de pessoa 
pobre, mormente quando sofra de doença 
grave que, em razão do não fornecimento do 
aludido alimento, possa causar 
prematuramente a sua morte. 
• A legitimidade ad causam nas questões de 
concurso 
 
 
 
 
 
 
 
www.cers.com.br 
 
CARREIRA JURÍDICA – MÓDULO III 
Processo Coletivo 
Rodrigo Klippel 
13 
(DEF AL 2003) 
(84) O Ministério Público somente tem 
legitimidade para propor ação coletiva em 
defesa do consumidor se comprovar, na 
hipótese, a existência de interesse público ou 
de relevância social. 
(TJSE JUIZ 2003) 
(2) O Ministério Público tem legitimidade para 
propor ação civil pública em defesa do direito 
do consumidor, ainda que a hipótese não verse 
sobre interesse difuso ou coletivo, mas 
individual homogêneo. 
(AGU 2004) 
(58) Em consonância com a jurisprudência do 
STF, nos mandados de segurança coletivos 
impetrados por sindicato em defesa de direito 
subjetivo comum aos integrantes da categoria, 
exige-se, na inicial, a autorização expressa 
dos sindicalizados, uma vez que se trata de 
hipótese de representação e não de 
substituição processual. 
(AGU 2004) 
Um servidor público de nível médio da 
administração direta, selecionado por meio de 
processo seletivo, teve seu ato de nomeação 
e sua posse em cargo público efetivo 
anulados, tendo em vista nulidade posterior 
declarada de seu processo de seleção, em 
face de procedência, com trânsito em julgado, 
de ação popular movida por sindicato da 
categoria que o representaria. 
(32) A ação popular foi movida por parte 
ilegítima. 
11. (MPE TO 2004) Em conformidade com o 
CDC, assinale a opção que não corresponde a 
um ditame normativo relativo ao Ministério 
Público. 
(B) O Ministério Público pode, a requerimento 
de qualquer coletividade, ajuizar a competente 
ação para ser declarada a nulidade de cláusula 
contratual que contrarie o disposto no CDC, 
porém não é admitida a atuação do Ministério 
Público a pedido de consumidor individual. 
(D) Tanto o Ministério Público como o Distrito 
Federal é legitimado para promover a defesa 
coletiva dos interesses e direitos dos 
consumidores e das vítimas. 
 (E) Nas ações coletivas para a defesa de 
interesses individuais homogêneos que não 
tenham sido ajuizadas pelo Ministério Público, 
a ele caberá, de ofício, a atuação como fiscal 
da lei. 
(TJBA JUIZ 2004) 
(33) A ação popular, como remédio processual 
destinado à proteção do princípio da 
moralidade, pode ser validamente ajuizada 
para atacar ato praticado por sociedadede 
economia mista, embora essa categoria de 
ente tenha personalidade jurídica de direito 
privado. 
(TJCE JUIZ 2004) 
(1) A ação popular não pode ser ajuizada pelo 
MP, pois é mecanismo processual 
constitucionalmente deferido ao cidadão. Por 
outro lado, considerando que essa ação visa à 
tutela do patrimônio público, o MP está 
vinculado à defesa das posições adotadas no 
processo pelo autor popular, isto é, não poderá 
o promotor de justiça ou procurador da 
República, conforme o caso, opinar pela 
improcedência do pedido. 
(TRF5 JUIZ 2006) 
(82) Qualquer cidadão brasileiro tem 
legitimidade para propor ação popular de 
invalidação de atos ou contratos 
administrativos ilegais e lesivos ao patrimônio 
público. Para a comprovação da legitimidade, 
exige-se que o litígio seja ajuizado em comarca 
onde o autor possua domicílio eleitoral, ou 
 
 
 
 
 
 
 
www.cers.com.br 
 
CARREIRA JURÍDICA – MÓDULO III 
Processo Coletivo 
Rodrigo Klippel 
14 
seja, que o cidadão pertença à comunidade a 
que diga respeito o litígio. 
(93) A ação civil pública por danos ambientais 
pode ser proposta contra o responsável direto, 
o responsável indireto ou ambos. Por se tratar 
de responsabilidade solidária, os legitimados 
passivos podem ser acionados em 
litisconsórcio facultativo. 
(94) O Ministério Público tem legitimidade ativa 
para propor, na defesa do patrimônio público, 
ação civil pública, admitindo-se, no âmbito 
dessa ação coletiva, a possibilidade de 
declaração incidental de inconstitucionalidade 
de lei, desde que a controvérsia constitucional 
figure como causa de pedir, fundamento ou 
questão indispensável à resolução do litígio 
principal, em torno da tutela do interesse 
público. 
(TRF5 JUIZ 2006) 
(95) A defensoria pública, órgão público 
essencial ao exercício da função jurisdicional, 
tem legitimidade para propor ação civil em 
nome próprio, defendendo interesses 
metaindividuais e individuais homogêneos, 
para a proteção dos direitos constitucionais. 
(TJPI JUIZ 2007) 
(E) A entidade representativa de classe tem 
legitimidade para impetrar mandado de 
segurança para proteção de direitos 
individuais de seus associados. Não se exige, 
no caso, nem que se comprove a constituição 
da entidade, segundo as exigências legais e o 
seu funcionamento de pelo menos um ano, 
não se exigindo, também, autorização desses 
associados. 
(TJAL JUIZ 2008) 
(E) Em ação proposta por associação para 
reparação de dano ao meio ambiente, caso 
haja desistência desprovida de qualquer 
fundamento adequado, assumirá a titularidade 
ativa o MP ou qualquer legitimado. 
(TJSE JUIZ 2008) 
(D) Em caso de desistência ou abandono da 
ação civil pública proposta por algum co-
legitimado, o Ministério Público assumirá a 
legitimidade ativa, devendo prosseguir na ação 
até a prolação da sentença de mérito, por ser 
indisponível o seu objeto. 
(AGU 2007) 
(132) É facultado ao poder público habilitar-se 
como litisconsorte de qualquer das partes na 
ação civil pública. 
(MPE-SP – Promotor de Justiça – SP/2011) A 
ação civil pública para a punição de atos de 
improbidade administrative 
a) será proposta pela pessoa jurídica 
interessada, exclusivamente. 
(PGE PB 2007) 
 (B) O Ministério Público não possui 
legitimidade para propor ação civil pública 
visando à proteção do patrimônio de 
sociedade de economia mista, pois a defesa 
judicial do patrimônio público é atribuição dos 
órgãos da advocacia dos entes públicos. 
(C) O sindicato e a associação civil têm 
legitimidade ativa para propor ação civil 
pública que tenha por objeto a cobrança 
indevida de tributo, taxa ou multa, desde que 
seja de interesse de seus associados e esteja 
incluída, entre suas finalidades institucionais, a 
proteção ao consumidor e à ordem econômica. 
4. Custos processuais 
• Custos processuais e procedimento da 
LACP/CDC 
à art. 18. Nas ações de que trata esta lei, não 
haverá adiantamento de custas, emolumentos, 
honorários periciais e quaisquer outras 
 
 
 
 
 
 
 
www.cers.com.br 
 
CARREIRA JURÍDICA – MÓDULO III 
Processo Coletivo 
Rodrigo Klippel 
15 
despesas, nem condenação da associação 
autora, salvo comprovada má-fé, em 
honorários de advogado, custas e despesas 
processuais. 
à art. 17. Em caso de litigância de má-fé, a 
associação autora e os diretores responsáveis 
pela propositura da ação serão solidariamente 
condenados em honorários advocatícios e ao 
décuplo das custas, sem prejuízo da 
responsabilidade por perdas e danos. 
à essas regras se estendem ao MP e demais 
legitimados? 
SIM 
à Informativo 425 
“(...) em razão do art. 18 da Lei n. 7.347/1985, 
norma disciplinadora da ação civil pública, a 
parte autora só pode ser condenada ao 
pagamento de honorários advocatícios e de 
despesas processuais em caso de 
comprovada má-fé. Precedente citado: REsp 
47.242-RS, DJ 17/10/1994, e REsp 845.339-
to, DJ 3/3/2008”. 
à Informativo 424 
“A 1ª Seção do STJ entendeu que, na condição 
de autor de ação civil pública, o Ministério 
Público, na perícia que requereu, não se 
incumbe de adiantar as despesas referentes a 
honorários do expert, contudo isso não permite 
que o juízo obrigue a outra parte a fazê-lo”. 
à Informativo 404 
Na ação civil pública (ACP) movida pelo 
Ministério Público, a questão da verba 
honorária foge inteiramente das regras do 
CPC, sendo disciplinada pelas normas 
próprias da Lei n. 7.347/1985. Dentro de 
absoluta simetria de tratamento e à luz da 
interpretação sistemática do ordenamento, 
não pode o Parquet beneficiar-se de 
honorários quando for vencedor na ACP 
à Em sentido contrário: RESP 845.339, DJ 
15/10/07 
a) se ou autor coletivo perde, aplica-se o art. 
18 da LACP 
b) se o réu da ACP perde, aplica-se o CPC 
à a isenção do art. 18 se aplica ao MP na ACP 
de improbidade? 
SIM. 
Vide RESP 822.919, DJ 14/12/2006 
à a isenção do art. 18 incide em qualquer etapa 
do processo (cognitiva; executiva) 
 SIM. RESP 896.679 
 NÃO. AgRg no RESP 1.011.073 
• Os custos processuais nos concursos 
públicos 
 (TJSE JUIZ 2008) 
(B) Na ação civil pública, com exceção do 
Ministério Público, todos os outros legitimados, 
em caso de improcedência do pedido, serão 
condenados nos ônus da sucumbência, 
consistentes nas despesas e custas 
processuais e honorários advocatícios. 
5. Competência 
à Competência no procedimento da 
LACP/CDC 
à Art. 2º da LACP; art. 93 do CDC 
art. 2º. As ações previstas nesta Lei serão 
propostas no foro do local onde ocorrer o 
dano, cujo juízo terá competência funcional 
para processar e julgar a causa. 
art. 93. Art. 93. Ressalvada a competência da 
Justiça Federal, é competente para a causa a 
justiça local: 
 
 
 
 
 
 
 
www.cers.com.br 
 
CARREIRA JURÍDICA – MÓDULO III 
Processo Coletivo 
Rodrigo Klippel 
16 
I - no foro do lugar onde ocorreu ou deva 
ocorrer o dano, quando de âmbito local; 
II - no foro da Capital do Estado OU no do 
Distrito Federal, para os danos de âmbito 
nacional ou regional, aplicando-se as regras 
do Código de Processo Civil aos casos de 
competência concorrente. 
à qual é o critério de competência utilizado pelo 
legislador nas duas regras expostas? 
TERRITORIAL 
à por que, então, falou-se em “critério 
funcional” no art. 2º da LACP? 
• A doutrina de Chiovenda e sua aplicação na 
LACP 
à em que casos a competência para a ACP 
será da Justiça Federal? 
Sempre que se verificar a incidência da regra 
do art. 109da CF/88 
Art. 109. Aos juízes federais compete 
processar e julgar: 
I - as causas em que a União, entidade 
autárquica ou empresa pública federal forem 
interessadas na condição de autoras, rés, 
assistentes ou oponentes, exceto as de 
falência, as de acidentes de trabalho e as 
sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do 
Trabalho 
V-A - as causas relativas a direitos humanos a 
que se refere o § 5º deste artigo 
XI - a disputa sobre direitos indígenas 
à a competência e a intervenção anômala do 
art. 5º da Lei 9.469/97 
à aplica-se, em sede de tutela coletiva pelo 
procedimento da LACP/CDC, o art. 109, § 3º 
da CF? 
à art. 109, § 3º da CF: 
§ 3º - Serão processadas e julgadas na justiça 
estadual, no foro do domicílio dos segurados 
ou beneficiários, as causas em que forem parte 
instituição de previdência social e segurado, 
sempre que a comarca não seja sede de vara 
do juízo federal, e, se verificada essa condição, 
a lei poderá permitir que outras causas sejam 
também processadas e julgadas pela justiça 
estadual. 
à Não. 
STF. RE 228.955-9, Rel. Min Ilmar Galvão. 
à Prevenção x tutela coletiva: art. 2º, parágrafo 
único. 
Parágrafo único A propositura da ação 
prevenirá a jurisdição do juízo para todas as 
ações posteriormente intentadas que possuam 
a mesma causa de pedir ou o mesmo objeto. 
à é a propositura da ACP que determina a 
prevenção do juízo? 
TEMA CONTROVERTIDO NA 
JURISPRUDÊNCIA 
• A competência nos concursos públicos 
(AGU 2002) 
(2) Verifica-se a ocorrência de conexão a 
justificar a reunião dos processos, se um deles, 
embora já extinto por sentença, ainda não tiver 
transitado em julgado, pendente o exame de 
apelação. 
(3) A ação civil pública deve ser ajuizada, em 
regra, no foro do local onde ocorreu o dano. 
Tratando-se de comarca em que não haja juiz 
federal, e sendo a União chamada a integrar a 
lide, prorroga-se a competência para o juiz de 
direito do lugar do dano, por força do texto 
constitucional, salvo se na comarca existir vara 
da justiça federal. 
(4) A propositura da ação popular previne a 
jurisdição do juízo para todas as ações 
 
 
 
 
 
 
 
www.cers.com.br 
 
CARREIRA JURÍDICA – MÓDULO III 
Processo Coletivo 
Rodrigo Klippel 
17 
posteriormente intentadas contra as mesmas 
partes e sob os mesmos fundamentos. 
Correndo as ações em juízos de competência 
territorial diversa, torna-se competente aquele 
que primeiro citar validamente o réu. 
(MPE TO 2004) 
(E) ACP proposta contra empresa pública 
federal tramita perante a justiça federal ainda 
que o dano tenha ocorrido em outra localidade 
que não for sede de justiça federal. 
Caiu também:MPE AM 2007 
(AGU 2007) 
(134) Considere que um cidadão tenha 
ajuizado ação popular questionando 
irregularidade nos gastos de um estado-
membro, relativos a recursos públicos 
oriundos de convênio com uma autarquia 
federal, e esta, após intimada, ingresse no feito 
como litisconsorte ativa. Nesse caso, compete 
à justiça federal processar e julgar a causa. 
Por que a assertiva está errada? 
à Por conta deste entendimento jurisprudencial 
do STJ: 
“A INTERVENÇÃO DA UNIÃO FEDERAL, 
AUTARQUIA OU EMPRESA PUBLICA COMO 
ASSISTENTE OU OPOENTE, SO 
DESLOCARA A COMPETENCIA SE 
DEMONSTRADO LEGITIMO INTERESSE 
JURIDICO PROPRIO, FICANDO SEM 
FORÇA ATRATIVA APENAS A 
PARTICIPAÇÃO "AD ADJUVANDUM". 
(CC 20.971/MG, Rel. Ministro MILTON LUIZ 
PEREIRA, PRIMEIRA SEÇÃO, DJ 
08/06/1998) 
(TRF5 JUIZ 2007) 
(85) Se forem propostas separadamente duas 
ações civis públicas em defesa do interesse 
dos consumidores, com alguns pedidos em 
comum contra pessoas jurídicas diversas, tais 
ações deverão ser reunidas perante o mesmo 
juízo prevento, para julgamento conjunto, 
exigindo-se, para essa reunião, que se trate de 
competência relativa e que as causas estejam 
submetidas a juízos que isoladamente são 
competentes para o julgamento dos feitos. 
(86) A competência para processar e julgar a 
ação civil pública por danos ao meio ambiente 
é da justiça estadual, fixada pelo critério 
territorial e delimitada pelo local do dano. No 
entanto, admite-se a prorrogação da 
competência fundada na qualidade da parte. 
Assim, é da competência absoluta da justiça 
federal a ação proposta contra empresa 
privada concessionária de serviço público 
federal, ainda que não evidenciado o interesse 
da União, de suas autarquias ou suas 
empresas públicas. 
(PGE PB 2007) 
(D) Caso sejam propostas separadamente 
duas ações civis públicas em defesa do 
interesse dos consumidores, com o mesmo 
pedido, perante juiz federal e juiz estadual, 
respectivamente, em desfavor de pessoas 
jurídicas diferentes, estas deverão ser 
reunidas, perante o juízo prevento, para 
julgamento conjunto. 
(MPE RO 2008) 
36. (MPE RO 2008) Por meio de inquérito civil 
público, apurou-se dano ambiental em córrego 
que corta o município A (a montante) e o 
município B (a jusante). O promotor de justiça 
do município A entrou com ação civil pública 
(ACP) para reparação do dano e cessação da 
atividade poluidora. Dois dias depois, o 
promotor de justiça do município B também 
entrou com ACP com o mesmo conteúdo e 
objetivo. 
Considerando a situação hipotética 
apresentada e à luz da legislação federal da 
 
 
 
 
 
 
 
www.cers.com.br 
 
CARREIRA JURÍDICA – MÓDULO III 
Processo Coletivo 
Rodrigo Klippel 
18 
ACP, bem como da jurisprudência dominante, 
assinale a opção correta. 
(A) Como o dano ocorreu no território de mais 
de uma comarca, as duas comarcas são 
competentes para julgamento da questão, que 
deverá ter pronunciamento duplo. 
(B) Como o dano ocorreu no território de mais 
de uma comarca, resolve-se a questão da 
competência pela prevenção, sendo 
competente para o trato da questão o juiz que 
primeiro receber a inicial. 
 (C) Como o primeiro promotor de justiça que 
ajuizou a ACP foi o do município A, a ação 
deverá ser julgada nesse município somente. 
 (D) O tribunal de justiça deve avocar e julgar 
essa questão. 
(E) Nesse caso, a matéria torna-se de 
competência do STJ. 
6. IC e TAC 
à Inquérito Civil (IC) – o que é? 
• É um procedimento administrativo 
inquisitório (e não um processo administrativo) 
• Voltado a permitir que o MP reúna 
elementos de convicção para que: 
 a) decisão por ajuizar uma ACP 
 b) decida por não ajuizá-la 
à o MP deverá promover o arquivamento do IC. 
à IC arquivado deve ser remetido, em 3 dias, 
ao Conselho Superior do MP 
à se o Conselho não concordar com o 
arquivamento, designará outro promotor para 
ajuizar a ACP 
• Efeito de ter essa natureza jurídica: não é 
necessário o contraditório em sede de IC 
 
à o juiz, em sede de ação civil pública, pode 
condenar o réu com base, exclusivamente, em 
elementos colhidos na fase de IC? 
NÃO. 
à é obrigatório que o MP realize o IC antes de 
decidir pela propositura de uma ACP? 
NÃO 
à regulamentação legal do IC: arts. 8º e 9º da 
LACP à só o MP é legítimo para realizar o IC? 
SIM. 
à TAC – o que é? 
Termo de ajustamento de conduta às 
exigências legais 
à É um instrumento transacional por meio do 
qual se realiza acordo que permite a pessoa 
que desrespeite direitos coletivos a se 
enquadrar na legalidade. 
à Trata-se de uma transação distinta da que se 
estuda no direito civil, visto que seu objeto são, 
em regra, direitos indisponíveis. 
à previsão legal: art. 5, § 6º da LACP 
§ 6° Os órgãos públicos legitimados poderão 
tomar dos interessados compromissode 
ajustamento de sua conduta às exigências 
legais, mediante cominações, que terá eficácia 
de título executivo extrajudicial 
à o TAC impede que seja instaurada a ACP? 
à quais são os requisitos que o TAC deve 
conter? 
à o TAC pode ser homologado judicialmente? 
E se for realizado antes que exista uma ação 
na justiça? 
43. (MPE TO 2008) Acerca do inquérito civil, 
assinale a opção correta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
www.cers.com.br 
 
CARREIRA JURÍDICA – MÓDULO III 
Processo Coletivo 
Rodrigo Klippel 
19 
(A) O compromisso de ajustamento de conduta 
firmado, no curso do inquérito civil 
extrajudicial, entre o MP e o investigado tem 
força de título executivo extrajudicial. Nesse 
caso, é obrigatório que, no instrumento de 
formalização do acordo, esteja prevista a 
sanção para o caso de descumprimento do 
que ficou acordado. 
(B) Na instrução da ação civil pública, é 
desnecessária a repetição das provas 
produzidas no inquérito civil instaurado pelo 
MP, visto que estas foram produzidas por um 
órgão público e em estrita obediência ao 
princípio do contraditório. No entanto, deverão 
ser necessariamente repetidas as provas 
produzidas no inquérito civil instaurado pelos 
demais co-legitimados à propositura da ação 
civil. 
(C) O compromisso de ajustamento de 
conduta pode ser celebrado entre qualquer 
dos co-legitimados à propositura da ação civil 
pública e o autor do comportamento lesivo a 
interesses difusos ou coletivos. Esse 
compromisso, quando firmado no curso da 
ação civil, com a manifestação favorável do 
MP, será homologado pelo juiz. 
(D) O inquérito civil será arquivado quando o 
representante do MP concluir pela 
desnecessidade da propositura da ação ou se 
convencer da ausência de ofensa ao interesse 
coletivo ou difuso sob tutela. Na hipótese do 
ajuizamento da ação civil pública, a petição 
inicial deverá ser instruída com o inquérito civil, 
em virtude de ser peça imprescindível ao 
convencimento do juiz, para receber a inicial e 
determinar a citação do demandado. 
(TJSE JUIZ 2008) 
(A) O Ministério Público é o único legitimado a 
firmar extrajudicialmente o compromisso de 
ajustamento de conduta lesiva às exigências 
legais do causador do dano a um dos bens 
protegidos, visando prevenir o ajuizamento da 
ação civil pública. 
(PGE PB 2007) 
(E) Se o inquérito civil ou a ação civil pública 
não forem instaurados pelo Ministério Público, 
mas por um dos demais legitimados, o 
compromisso de ajustamento de conduta 
firmado entre as partes, necessariamente, 
deverá ser homologado pelo promotor de 
justiça, e, caso não haja aquiescência do 
parquet, o acordo deverá ser homologado pelo 
juiz. 
30. (MPE AM 2007) Acerca do termo de 
ajustamento de conduta, assinale a opção 
correta. 
(A) O instrumento de transação, previsto na Lei 
dos Juizados Especiais, quando referendado 
pelo MP, equivale ao termo de ajustamento de 
conduta. 
(B) A corrente doutrinária que identifica o termo 
de ajustamento de conduta com a transação 
realça o caráter típico que o instrumento 
assume nessa condição. 
(C) A legitimidade ativa para a celebração do 
termo de ajustamento de conduta é 
concorrente e disjuntiva. 
(D) O Poder Judiciário tem legitimidade para 
celebrar termo de ajustamento de conduta com 
a finalidade de evitar o litígio judicial. 
(E) O termo de ajustamento de conduta é 
aceitável tanto na seara criminal, como na 
seara da improbidade administrativa 
(TJPI JUIZ 2007) 
(B) A ação civil pública depende não só da 
prévia instauração do inquérito civil mas 
também do inquérito penal, visto que só se 
pode propor essa ação relativa a questões 
ambientais quando houver comprovado dano 
ambiental ou crime de risco. 
 
 
 
 
 
 
 
www.cers.com.br 
 
CARREIRA JURÍDICA – MÓDULO III 
Processo Coletivo 
Rodrigo Klippel 
20 
(C) Embora a maior parte das ações civis 
públicas ambientais passe, no Brasil, pela fase 
prévia do inquérito civil, ela pode ser intentada 
sem a instauração de inquérito. 
(D) É necessário que a ação civil pública 
ambiental passe pela fase prévia do inquérito 
civil, não sendo admissível, pela complexidade 
da temática e pela imprevisibilidade dos efeitos 
das ações antrópicas, que ela possa ser 
intentada sem que, preliminarmente, tenha 
sido concluído o referido inquérito. 
(E) O arquivamento da ação civil pública só 
deve, obrigatoriamente, ser examinado pelo 
Conselho Superior do Ministério Público 
quando o respectivo inquérito civil apresentar 
irregularidades insanáveis. 
(TJPI JUIZ 2007) 
(C) Os co-legitimados à propositura da ação 
civil pública poderão, antes de ajuizar a ação, 
instaurar inquérito civil destinado a colher 
provas que instruirão a petição inicial e tentar 
obter o compromisso de ajustamento da 
conduta lesiva às exigências legais, visando 
prevenir o ajuizamento da ação civil pública. 
7. Provas 
à o tema de destaque em matéria de provas na 
tutela coletiva é a inversão do ônus da prova 
à prevista no art. 6º, VIII do CDC: 
Art. 6º São direitos básicos do consumidor: 
VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, 
inclusive com a inversão do ônus da prova, a 
seu favor, no processo civil, quando, a critério 
do juiz, for verossímil a alegação ou quando for 
ele hipossuficiente, segundo as regras 
ordinárias de experiências 
à aplica-se à tutela coletiva, mesmo não 
fazendo parte do Título III do CDC? 
 SIM. 
Nesse sentido: Informativo 404 
 “A Turma entendeu que, nas ações 
civis ambientais, o caráter público e coletivo do 
bem jurídico tutelado – e não eventual 
hipossuficiência do autor da demanda em 
relação ao réu – conduz à conclusão de que 
alguns direitos do consumidor também devem 
ser estendidos ao autor daquelas ações, pois 
essas buscam resguardar (e muitas vezes 
reparar) o patrimônio público coletivo 
consubstanciado no meio ambiente. 
Assim, ao interpretar o art. 6º, VIII, da Lei n. 
8.078/1990 c/c o art. 21 da Lei n. 7.347/1985, 
conjugado com o princípio da precaução, 
justifica-se a inversão do ônus da prova, 
transferindo para o empreendedor da atividade 
potencialmente lesiva o ônus de demonstrar a 
segurança do empreendimento”. 
à o que significa “inverter o ônus da prova”? 
Art. 333. O ônus da prova incumbe: 
I - ao autor, quanto ao fato constitutivo do seu 
direito; 
II - ao réu, quanto à existência de fato 
impeditivo, modificativo ou extintivo do direito 
do autor. 
à quais são os critérios legais para se fazer 
essa inversão? 
à qual o momento mais adequado para ela ser 
posta em prática? 
(MPE-SC – Promotor de Justiça – SC/2011) 
Assinale a alternativa correta 
I. Aplica-se às ações de improbidade 
administrativa destinadas à reparação de 
danos ao erário a inversão do ônus da prova, 
quando houver demonstração de que a 
evolução patrimonial do agente é 
desproporcional aos seus rendimentos. 
Banca, erroneamente, considerou falsa 
 
 
 
 
 
 
 
www.cers.com.br 
 
CARREIRA JURÍDICA – MÓDULO III 
Processo Coletivo 
Rodrigo Klippel 
21 
8. Coisa julgada 
à Coisa julgada – definição 
à A coisa julgada na tutela coletiva – o art. 103 
do CDC 
à limites subjetivos 
à limites objetivos 
à coisa julgada secundum eventum probationis 
à coisa julgada secundum eventum litis 
à coisa julgada in utilibus 
Art. 103. Nas ações coletivas de que trata este 
código, a sentença fará coisa julgada: 
I - erga omnes, exceto se o pedido for julgado 
improcedente por insuficiência de provas, 
hipótese em quequalquer legitimado poderá 
intentar outra ação, com idêntico fundamento 
valendo-se de nova prova, na hipótese do 
inciso I do parágrafo único do art. 81; 
II - ultra partes, mas limitadamente ao grupo, 
categoria ou classe, salvo improcedência por 
insuficiência de provas, nos termos do inciso 
anterior, quando se tratar da hipótese prevista 
no inciso II do parágrafo único do art. 81; 
III - erga omnes, apenas no caso de 
procedência do pedido, para beneficiar todas 
as vítimas e seus sucessores, na hipótese do 
inciso III do parágrafo único do art. 81. 
§ 1° Os efeitos da coisa julgada previstos nos 
incisos I e II não prejudicarão interesses e 
direitos individuais dos integrantes da 
coletividade, do grupo, categoria ou classe. 
§ 2° Na hipótese prevista no inciso III, em caso 
de improcedência do pedido, os interessados 
que não tiverem intervindo no processo como 
litisconsortes poderão propor ação de 
indenização a título individual. 
§ 3° Os efeitos da coisa julgada de que cuida 
o art. 16, combinado com o art. 13 da Lei n° 
7.347, de 24 de julho de 1985, não 
prejudicarão as ações de indenização por 
danos pessoalmente sofridos, propostas 
individualmente ou na forma prevista neste 
código, mas, se procedente o pedido, 
beneficiarão as vítimas e seus sucessores, 
que poderão proceder à liquidação e à 
execução, nos termos dos arts. 96 a 99. 
§ 4º Aplica-se o disposto no parágrafo anterior 
à sentença penal condenatória. 
9. Recursos 
10. Tutela de Urgência/Execução

Outros materiais