Buscar

Direito, Moral e a Mentira Kant

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

TRABALHO INTERDISCIPLINAR – RELAÇÃO JURÍDICA
	Aluno: José Augusto dos Reis
	Curso: 2º PERÍODO DIREITO
FICHAMENTO 01
	Referência Bibliográfica:
SANDEL,Michael j, Justiça:o que é fazer a coisa certa,Rio de Janeiro ;Civilização brasileira 2011;
	
	Resumo, citações, comentários 
Michel Sandel disserta no quinto capitulo do livro Justiça – o que é fazer a coisa certa, se referindo à filosofia de Kantiana começa com uma introdução, expondo duas ideias direcionadas aos Direitos humanos, sem deixar de lado a ideia moral intrínseca a sua pessoa. Sendo o primeiro ideal o Utilitarismo, onde considera o centro a coletividade do todo e não o unitário, ou seja, o respeito não estaria voltado para o individuo, mas sim ter o objetivo de deixar as coisas melhores para a maior quantidade do coletivo, sendo assim alcançaria a moralidade através da justiça e a felicidade do todo. Kant rejeita este sistema de ideias, pois conforme diz, o utilitarismo deixa esses direitos instáveis uma vez que são embasados na vontade e no desejo, sabendo que nem sempre o que proporciona a sensação de prazer está completamente certo, configurando ele como uma maneira errada de abordar a moral.
A moralidade está no que ele denomina de “pura razão pratica”. Denomina Kant afirmando que os seres humanos são dignos de respeito, não por serem donos de si mesmo, mas sim porque somos seres que pensantes, com isso temos a capacidade de escolher, somos retentores de livre-arbítrio. E admite que o raciocínio não seja a única fonte que possuímos, pois segundo Kant, somos capazes de sentir consternação e deleite. Porem ele ressalva que a razão deve ser reinante. Essa disposição de raciocínio é o que nos baliza de meros indivíduos.
Segundo Kant, quando não há autonomia os fatores exteriores são responsáveis pelo ocorrido, como cita um objeto caindo, a culpa de ele cair não é de quem o empunhava, mas da gravidade, temos então um fator externo, chegando a fim então à concepção de liberdade e moral para Kant.
Enfim, Autonomia é obedecermos a uma lei feita por nós mesmo no meio social.
Avaliando Kant, o valor moral de uma da autonomia de uma ação não consiste em seus resultados, mas sim na intenção a qual a ação foi efetuada, valendo o motivo e não o remate. Para que uma ação seja moralmente apropriada, ela deve ser praticada em prol da lei moral. Kant determina isto como fazer a coisa certa pelo pretexto correto.
Um ponto que Kant aloca é sobre o dever de auxiliar ao próximo, para ele as pessoas altruístas sentir compaixão e ter prazer em ajudar, isto é louvável e cordial, porem não tem segundo sua concepção valor moral. Kant não elimina o valor moral quando se ajuda por compaixão, porque na verdade a boa ação deve ser feita por ser a coisa certa.
Moralidade significa agir em função do dever, resta saber em que consiste o dever. Sabendo que temos que agir em função do dever, devemos então saber o princípio da moral. Para explicar esse principio ele correlaciona três conceitos: Moralidade, liberdade e razão, são os três contrastes para Kant. Já foi explicado o primeiro que é dever e inclinação.
Segundo Kant descrevendo duas maneiras de determinar a vontade da liberdade, sendo de forma autônoma ou heteronômica. E o que nos faz livres é a razão, admitindo viver para nós mesmo. A autônoma é respeitar a lei que colocamos a nós mesmos, heteronômica é a vontade determinada externamente, ou seja, fora de mim.
O conceito Kantiano de Razão, é aquela que tem haver com a moralidade, não é de uma razão instrumental (criticando mais uma vez os utilitaristas) e sim “uma razão pratica pura, que cria suas leis a priori, a despeito de quaisquer objetivos empíricos”. Kant divide em duas maneiras pelas quais a razão pode comandar a vontade, o primeiro é imperativos categóricos e imperativos hipotéticos. Se uma ação for boa apenas como um meio para atingir uma determinada coisa, diz Kant, o imperativo é hipotético. Porém se a ação for boa em si, e, portanto necessária para uma vontade, que por si só estejam em sintonia com a razão, o imperativo é categórico.
Para Kant o direito categórico é aquele que deve valer-se em quaisquer circunstancia. E somente o categórico pode ser considerado um imperativo da moralidade. Pois, é uma lei pratica que detém o comando absoluto sem quais quer outros motivos. Sandel destaca dois imperativos:
Imperativo um: Universalize sua máxima. Nada mais é do que Kant denomina de formula da lei universal, que só devemos agir conforme os princípios que podemos universalizar sem entrar em contradição. 
O segundo Imperativo categórico é: Trate as pessoas como fins em si mesmos. Kant destaca que não podemos abordar as pessoas por interesse, isso não é moral, não estaríamos respeitando ela como indivíduo.
Para Kant a única coisa que tem fim em si mesmo é a humanidade. Assim, deve ser respeitada a dignidade que só os seres racionais possuem.
O respeito de Kant tem o ideal de que toda a humanidade deva ser tratada de mesma forma, porque somos seres racionais e acreditando que isto atribui autoridade. Esse ideológico entusiasmou as doutrinas dos direitos humanos universais.
Até então, foi definido a moralidade e liberdade.
Kant aborda a discussão sobre sexo, mentira e justiça.
Primeiro ele opina sobre o sexo casual e a moral. Ele é tradicional e conservador em relação à moralidade sexual. O sexo casual é condenável, ele acredita, porque diz respeito apenas à satisfação sexual e não respeita o parceiro como ser humano.
Em conjunto ele opina sobre a mentira. Kant é extremamente rigoroso quanto á mentira, mesmo quando o questionam sobre mentir, pois o que vale para ele é o dever de dizer a verdade e não sua consequência.
Assim pode-se concluir que, de acordo com a teoria de Kant declarações verdadeiras porem evasivas é moralmente permissível de uma forma que as mentiras puras e simples não são.
	Idéia Central, 	reflexão sobre o problema da mentira
Kant deixa bem claro que é totalmente contra a mentira. Kant é contra a mentira, em qualquer hipótese, mesmo quando está à frente de um assassino, pois para ele a mentira é rigorosamente um comportamento imoral.
Esse posicionamento radical de Kant torna-se um absurdo, porem ele nos dá uma segunda opção, a verdade evasiva, onde se diz uma verdade para fugir daquela pergunta na qual você não pode responder a verdade absoluta. 
Por fim, mentir pode ser imperativo quando necessário, dado que não se deve acontecer sempre e estar preparado a encarar as consequências e também não prejudicar ao próximo. Lembrando que mentira é um direito de todos, desde que não prejudique seu semelhante.

Outros materiais