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PERIODONTITE CRÔNICA (cáp.: 08) É o tipo de periodontite que ocorre com maior frequência; Tem início como uma gengivite durante ou após a puberdade, mas sintomas como perda óssea e de inserção só serão observadas posteriormente. Esta periodontite não afeta todos os dentes igualmente, mas tem predileção por indivíduo e sítio. Embora a periodontite crônica tenha início e continuidade através da placa bacteriana, mecanismos de defesa do hospedeiro, inerentes ao paciente, exercem um papel decisivo na patogenia e na suscetibilidade da doença. As características clínicas são: inflamação gengival (alteração de cor e textura), sangramento à sondagem (bolsa periodontal), perda de inserção gengival e do osso alveolar. Características variáveis: hiperplasia ou recessão gengival, exposição da furca, mobilidade e inclinação dentárias aumentadas e, eventualmente, esfoliação dos dentes. É mais prevalente em adultos, embora possa ser encontrada em crianças e adolescentes. A periodontite crônica é uma forma de progressão lenta da periodontite, que em qualquer fase pode sofrer uma exacerbação aguda, associada à perda de inserção, associada à perda de inserção. Socransky et al. (1984) sugeriram que a periodontite evolui em episódios de exacerbação e regressão, o que denominaram de "hipótese de explosão". A classificação está baseada na extensão e na severidade dos sítios afetados. Quanto à extensão, é classificada como localizada quando menos de 30% dos sítios são afetados e generalizada quando excede esse índice. Quanto à severidade, é diferenciada de acordo com a perda de inserção clínica em leve (1-2mm), moderada (3-4mm) ou severa (≥5mm). FATORES DE RISCO OU SUSCETIBILIDADE PARA A PERIODONTITE CRÔNICA Fatores de risco locais e sistêmicos podem influenciar na velocidade de progressão das lesões e determinar se um indivíduo realmente manifestará doença avançada. Fatores de risco locais incluem qualquer característica que aumente o acúmulo ou retenção de placa em uma área ou predisponha os tecidos locais a uma maior suscetibilidade aos efeitos aos efeitos inflamatórios da placa. Estes fatores apresentam maior probabilidade de contrair a doença ou desenvolvê-la de forma mais grave. Fatores de risco bacterianos: A placa bacteriana (biofilme) é um fator crucial na inflamação dos tecidos periodontais, mas a progressão da gengivite para a periodontite é fortemente influenciada pelos fatores de risco do hospedeiro. Biofilmes bacterianos de composições específicas iniciarão a periodontite crônica em determinados indivíduos, nos quais a resposta do hospedeiro e os fatores de risco cumulativos predispõem à destruição periodontal em lugar da gengivite. Idade: É improvável que o envelhecimento aumente a suscetibilidade para a doença periodontal. É mais provável que os efeitos cumulativos da doença durante toda vida, ou seja, o depósito de placa e o cálculo e o aumento do número de sítios capazes de abrigar tais depósitos, assim como a perda óssea e da inserção, expliquem o aumento de prevalência da doença em pessoas mais idosas. Tabagismo: Não apenas o risco de contrair a doença é aumentado pelo fumo, mas também a resposta da terapia periodontal é prejudicada em fumantes. Uma característica adicional em fumantes é que seus sinais e sintomas tanto da gengivite como da periodontite crônica, principalmente a vermelhidão gengival e o sangramento à sondagem, são mascarados pela exsudação de fluidos inflamatórios observada nos fumantes quando comparada aos não fumantes. Resposta do hospedeiro Doença sistêmica: Uma redução em número ou função dos leucócitos polimorfonucleares geralmente resulta em aumento do índice e da severidade de destruição do tecido. Muitas drogas, tais como a fenitoína, a nifedipina e a ciclosporina, predispõem ao crescimento gengival em resposta à presença de placa e, assim, podem modificar uma periodontite crônica preexistente. Terapia com drogas imunossupressoras e qualquer doença que resulte em supressão de processos inflamatórios e imunológicos (ex.: HIV) podem predispor o indivíduo à destruição de tecido periodontal. Deficiências nutricionais têm sido apontadas no acometimento do tecido periodontal mas não exercem um papel importante na doença periodontal crônica. O sangramento gengival é a característica mais marcante da deficiência de vitamina C ou escorbuto, mas também há alguma evidência que a avitaminose-C pode agravar a periodontite crônica.
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