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APOSTILA-ZOOTECNIA

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Fundamentos em Zootecnia 
 1 
ZOOTECNIA 
 
 
Técnica ou arte de criar animais 
 
 É o ramo das ciências biológicas que estuda os métodos de criação dos 
animais domésticos visando aumentar a produtividade e conseqüentemente a 
lucratividade. Para que isso seja possível, ela se fundamenta em 5 pilares: 
 
1. NUTRIÇÃO 
2. MANEJO 
3. GENÉTICA 
4. SANIDADE 
5. AMBIÊNCIA 
 
1. NUTRIÇÃO 
 
 Estuda o conjunto de processos físicos, químicos e biológicos mediante 
os quais o animal utiliza o alimento a fim de repor tecidos gastos, promover 
crescimento ou atender produções, ou seja, visa fornecer todos os nutrientes 
necessários para o bom desenvolvimento e a produção. 
 
 INGREDIENTE ou ALIMENTO: é o alimento em si. Toda substância que 
contem um ou mais nutrientes que dado ao animal sacia a sensação de 
fome ou a sede. (ex: grão de milho, arroz, soja). 
 NUTRIENTE: é o componente do alimento, é toda substancia química 
com estrutura definida capaz de desempenhar uma função do processo 
de manutenção da vida ou da produção. (ex: lisina ácidos graxos). 
 PROTEÍNA DE ORIGEM VEGETAL: Farelo de soja, farelo de canola, 
farelo de amendoim, farelo de girassol. Tem que ser torrado para eliminar a surgina (deixa 
os ossos quebradiços). 
 PROTEÍNA DE ORIGEM ANIMAL: Farinha de carne, farinha de sangue, 
farinha de vísceras, farinhas de penas. Altamente protéico porém de baixa 
digestibilidade; Não é feita para alimentação animal devido aos surtos da vaca louca. 
 ENERGÉTICO DE ORIGEM VEGETAL: Milho, trigo, arroz, sorgo, aveia. 
 ENERGÉTICO DE ORIGEM ANIMAL: Sebos, gorduras. 
 CÁLCIO: farinha de ossos calcinada, calcário calcítico (Mg= diarréia), 
farinha de ostras. 
 FÓSFORO: fostato bicálcico (fornece fósforo e cálcio). 
 VITAMINAS E MINERAIS: Premix de vitaminas e minerais (pastagens, 
fenos e grãos). 
 
 
 
Fundamentos em Zootecnia 
 2 
 A nutrição é diferenciada por categoria animal e por fase de vida. 
a) Categoria: bovino de corte, bovino de leite, frango de corte, postura, 
suíno de corte, reprodução, matriz, ovinos de corte e lã. 
b) Fase de vida: Inicial, crescimento, final, gestação, lactação (PROTEÍNA 
para crescer; energia para manter). 
 
 Para cada categoria e fase de vida existem tipos de exigência 
nutricional. O objetivo final da nutrição é obter excelente taxa de 
conversão alimentar (CA). A CA é a quantidade de alimento consumido 
para se produzir 1 Kg de carne, 1dúzia de ovos ou 1 litro de leite. 
 
Quantidade de alimento consumido para se produzir 1 unidade de 
produto: 
- Carne: kg-kg. 
 - Leite: kg-L 
 - Ovos: kg-dz 
 
 
2. MANEJO 
 
 O criador deve conhecer os princípios de criação de cada espécie para 
trabalhar de acordo com os animais. Deve-se conhecer a lotação para cada 
espécie animal, fazer as vacinas preventivas, vermifugações, épocas de banho 
carrapaticida e bernicida, época de acasalamento, etc. 
 
2.1 Lotação por área: 
 
- Suínos em crescimento 1:m² 
- Cama sobre posta 1,2 – 1,4 m²/animal 
- Terminação ~= 35 animais por baia 
- Bovinos a campo 0,5 – 0,8 cabeça/ha 
- Voizin 1,5 – 2,0 cabeça/ha 
- Bezerro desmamado com suplementação ~=40 cm cocho/animal 
- Lotação de frango de corte Verão: 12 a 14/m² 
 Inverno: 15 a 18/m² 
- Matrizes 4 a 5/ m² 
 
 
3. GENÉTICA 
 
 É o melhoramento das raças e dos vários propósitos a que os animais se 
destinam (carne, leite, ovos, lã). 
 
 
 
Fundamentos em Zootecnia 
 3 
- Melhorar o ganho médio diário (GMD): - bovino corte: 800 g /dia (1000 a 1200/dia) 
 - suíno: 30 – 90 dias (905 g/dia) 
 - frango: 67 g/dia 
- Conversão, quantidade de leite, etc 
- Melhorar ossos, grãos, órgãos internos e qualidade de carcaça. 
 
4. SANIDADE 
 
 Para que a criação tenha sucesso é muito importante fazer a prevenção 
de doenças, pois somente o animal saudável poderá responder plenamente ao 
manejo, à genética, nutrição e ambiente, além de que sempre é mais 
econômico fazer a prevenção das doenças do que se utilizar de medidas 
curativas, pois além do custo do medicamento ainda tem-se o custo da redução 
de ganho pelo próprio animal. 
 O Brasil é o maior exportador bovino por possuir “boi verde” (criado em 
pasto) e é o maior exportador de aves (gripe aviária). 
 
5. AMBIÊNCIA 
 
 A melhor raça ou o melhor animal é aquele que melhor se adapta ao meio 
em que vive. Cada espécie possui uma zona de conforto térmico ideal para 
melhor produzir. 
Ex.: Uma vaca leiteira em temperatura acima de 35º pode perder até 40% da 
produção diária. 
Uma galinha poedeira em estresse calórico (calor excessivo) diminui a postura, 
os ovos são de tamanho menor, casca mole e as aves podem morrer (não 
possui glândulas sudoríparas, perdem calor pela crista e respiração – sofre 
alcalose respiratória). 
Em suínos, os leitões nascem com frio (hipoglicemia – injeção de ferro) e 
adultos sofrem com o calor (camada de gordura e sem glândulas), entram em 
estado latente (hibernação). 
Quando ocorre frio também pode ocorrer perda de peso e morte. É mais fácil 
ganhar do que perder calor. 
 Nesse contexto, podemos concluir que para haver êxito na criação 
comercial, estes cinco fatores devem interagir entre si, eles não serão 
eficientes se tratarmos cada um de forma isolada. 
 Ex.: De nada adianta ter genética se a nutrição não for equilibrada, se o 
manejo for precário, ambiente inadequado e sem sanidade. 
 
 
 
 
 
 
Fundamentos em Zootecnia 
 4 
 A zootecnia se divide em geral e especial. 
 
GERAL 
 
 Estuda os princípios gerais de criação aplicados a todas as espécies ou 
raças. 
 
ESPECIAL 
 
 A especial particulariza, estuda os princípios de criação de cada espécie 
ou raça em particular. 
Ex.: suinocultura, bubalinocultura, avicultura, cunicultura, 
bovinocultura, zebuinocultura, equideocultura, ostreicultura, 
sericicultura, apicultura, estrutiocultura (avestruz), ranicultura, 
piscicultura, caturnicultura (codorna), ovinocultura, caprinocultura, 
carcinocultura (camarão). 
 
 
 Origem da Zootecnia 
 
 
COMO ARTE: 6000 a.C, com o aprisionamento e domesticação dos animais. 
 Primeiramente foram aprisionados com a finalidade de idolatria, ou seja, 
os animais eram oferecidos aos Deuses, da mesma forma eram aprisionados 
com a finalidade de aproveitar a pele e o couro para vestimenta, como também 
para companhia. 
 Somente mais tarde é que foram aprisionados com a finalidade para a 
alimentação. 
 
COMO CIÊNCIA: Progressos importantes sobre a criação dos animais 
surgiram em fins do século XVIII com o surgimento de ciências como a 
genética, fisiologia e a bromatologia (qualidade, composição de alimentos). 
Com a instalação do Instituto Agronômico de Versailles, em 1848 na França, 
passa a técnica de criação de animais no ensino de agricultura a ter forma 
própria, vindo a constituir um ramo de conhecimento especifico, é criado então 
naquele estabelecimento o curso de zootecnia com o conceito atual de que a 
exploração animal além de procurar aumentar a produtividade, deve ser 
baseada em economicidade. 
 
RELAÇÃO DA ZOOTECNIA COM AS DEMAIS CIÊNCIAS: Estabelecido que 
a zootecnia seja uma ciência, pois se constitui de um conjunto organizado de 
conhecimentos sobre a criação econômica dos animais é evidente seu 
intercâmbio com as demais ciências, inclusive com outras que não só da área 
biológica onde está inserida. 
Fundamentosem Zootecnia 
 5 
 
 
DOMESTICAÇÃO DOS ANIMAIS 
 
ANIMAL DOMÉSTICO: é o animal que criado e reproduzido pelo homem 
perpetua tais condições geração após geração por hereditariedade, oferecendo 
utilidades e prestando serviços em mansidão. 
 
Atributos dos animais domésticos: Para que haja domesticidade, exige-se 
que os animais transmitam hereditariamente seus atributos, enquanto vivem 
sob a custódia do homem os quais são agrupados em: 
1. Sociabilidade 
2. Mansidão 
3. Função especializada 
4. Reprodução em cativeiro 
5. Fácil adaptação ao meio 
 
Passam por 3 fases: cativeiro, mansidão e domesticação. 
 
A domesticação surgiu da necessidade de sobrevivência do homem: 
1. Alimentação 
2. Sobrevivência ambiental 
3. Aproveitamento da força motriz 
4. Inspiração religiosa 
 
Fundamentos em Zootecnia 
 6 
 De acordo com o grau de domesticação, os animais classificam-se em 
quatro grupos: 
1º grupo: Cão, carneiro, cabra, boi, bicho-de-seda, porco, gato, jumento, cavalo 
e camelo, galinha. 
2º grupo: Zebra, macaco, ganso, pato, peru, pombo, lhama, cisne, pavão. 
3º grupo: Búfalo, rena, galinha d’angola, coelho, avestruz, faisão, alpaca. 
4º grupo: Abelha, carpa, tilápia, jundiá. 
 
1º e 2ª grupos não voltam com facilidade à vida selvagem. 
3º e 4º grupos voltam com facilidade à vida selvagem. 
 
DIFERENÇAS ENTRE BOVINOS E ZEBUINOS 
 
Bos indicus (zebuínos) Bos taurus (bovinos) 
Presença de Giba ou Cupim Ausência de Giba ou Cupim 
48 vértebras 52 vértebras 
Chifres erguidos Chifres erguidos acontecem em 
poucas espécies bovinas 
Orelhas longas e caídas Orelhas geralmente retas 
Linha de dorso ascendente até a 
anca, garupa caída 
Linha de dorso reta até a anca, 
garupa arredondada 
Barbela na papada Sem barbela 
Maior numero de glândulas 
sudoríparas 
Menor numero de glândulas 
sudoríparas 
Ubre defeituoso, caído, tetos ora 
grossos ora finos 
Quartos dianteiros produzem mais 
Ubre bem inserido, tetos simétricos 
Inguinais (traseiros) produzem mais 
Pele frouxa, pigmentada Pele normal 
Comportamento vivo, agressivo Comportamento dócil 
Gestação 9,5 meses Gestação 9 meses 
 
 
 
MODIFICAÇÕES APRESENTADAS PELOS ANIMAIS APÓS A 
DOMESTICAÇÃO 
 
Se comparados aos seus congêneres selvagens as modificações são 
bastante significativos. Elas são conseqüência dos processos evolutivos 
dinâmicos que tendem a ampliar-se cada vez mais em virtude da ampliação 
dos conhecimentos da genética e das inesgotáveis possibilidades de 
biotecnologia. Elas podem ser agrupadas em: morfológicas, fisiológicas e 
etológicas. 
 
Fundamentos em Zootecnia 
 7 
MORFOLÓGICAS: Dizem respeito à estrutura do organismo dos animais 
como conseqüências sobre suas atividades fisiológicas. 
 
- Qualidade dos pelos: Nos selvagens são grosseiros, mal distribuídos e as 
vezes com maior concentração na cintura escapular. Enquanto que nos 
domésticos são mais finos, sedosos (alimentação proteínas) distribuídos 
uniformemente e com características próprias como nos caprinos, ovinos e 
coelhos. 
- Coloração da pelagem: Nos selvagens geralmente uniforme, discreta, 
normalmente parda. Nos domésticos, combinações das mais variadas, 
facilitando muitas vezes a identificação das raças. 
- Tamanho e dimensões corporais: Mais ou menos uniforme nos selvagens 
havendo muitas vezes maior desenvolvimento da região escapular (parte 
dianteira). Nos domésticos o tamanho varia com a raça havendo equilíbrio 
entre as regiões escapular e pélvica, com exceção da vaca leiteira. 
- Orelhas: Em geral são pequenas e bastante móveis nos animais selvagens, 
devido à função auditiva aguçada. Nos domésticos dimensões e 
posicionamento dos mais variados. 
- Defesas: Chifres, garras e dentes fortes nos selvagens com oposição nos 
animais domésticos. 
- Gordura: Nos animais selvagens reduzidas a suprir períodos de carência 
alimentar. Nos animais domésticos o depósito as vezes é exagerado. 
- Esqueleto ósseo: É sempre forte nos animais que não sofrem seleção artificial 
ou natural. Nos animais selecionados pelo homem a estrutura é relativamente 
fraca e leve. 
 
FISIOLÓGICAS: dizem respeito à produção animal, pois dependendo da maior 
ou menor intensidade fisiológica é que haverá maior ou menor produção. São 
eles: 
- Velocidade de locomoção: De maneira geral é mais desenvolvida nos 
selvagens pelo instinto de defesa, nos domésticos é menos desenvolvida com 
exceção do cavalo e de algumas raças de cães. 
- Vôo: Todas as aves têm capacidade de vôo, com exceção das aves 
adaptadas a vida terrestre como ema, avestruz, nhandu e dos pingüins. As 
domésticas perderam quase que totalmente a capacidade de vôo. 
- Fertilidade: Pouco acentuada nos selvagens, pois tendem a ter cios 
estacionais, inclusive com anestros (ausência de cio) o que não acorre com os 
domésticos que são mais férteis e repetem sucessivamente seu ciclo. 
- Prolificidade: Os selvagens têm numero limitado de filhos, devido a 
necessidade de proteger a cria, os domésticos são bem mais prolíferos. 
- Lactação: Nos selvagens está restrita a amamentação da cria, tendo sido 
bastante aumentada nos animais domésticos, quer na sua quantidade diária 
quanto na longevidade produtiva. 
Fundamentos em Zootecnia 
 8 
- Choco: Característica própria das aves para incubar seus ovos utilizando o 
calor e a umidade corporal, ainda esta presente nas aves caipiras, quase que 
totalmente ausente nas aves domésticas. 
 GEN DO CHOCO: Durante os 21 dias de choco, não são colocado ovos, com o calor aumenta a prolactina. 
 COR DA CASCA: Depende do caroteno(presente no grão de milho) 
- Velocidade de crescimento: É muito lenta nos animais selvagens e bastante 
acelerada nos animais domésticos principalmente nos destinados a produção 
de carne, alto índice de conversão alimentar. 
 
ETOLÓGICAS: Dizem respeito ao comportamento individual e social dos 
animais. 
- Instinto de defesa: Bastante aguçado nos animais selvagens, com audição, 
visão e olfato muito evoluídos e adaptados, ocorrendo o contrário nos animais 
domésticos. 
- Comportamento sexual: Nos animais selvagens ocorre a monogamia na 
maioria das espécies mantendo seu instinto reprodutivo limitado a temporada 
de reprodução. Nos domésticos a população geralmente tem a reprodução 
orientada pelo homem, não existindo uma hierarquia social, com exceção das 
aves. 
Ex.: 
Galinha 1 macho / 10-12 fêmeas 
Marreca 1 macho / 4-5 fêmeas 
Bovinos 1 macho / 25 fêmeas 
Ovinos 1 macho / 25 fêmeas 
Suínos 1 macho / 20-25 fêmeas 
Coelhos 1 macho / 10 fêmeas 
 
- Relacionamento com o homem: Totalmente ausente nos selvagens, nos 
domésticos a interação é constante, podendo haver dependência 
principalmente nas espécies que alcançaram os mais altos índices de 
produtividade. 
 Os principais fatores responsáveis por todas essas modificações foram: a 
mudança de meio, o regime de criação (seleção) e alimentação (nutrição). 
 
 
FUNÇÕES ECONÔMICAS DOS ANIMAIS DOMÉSTICOS: 
 
- Produção de alimentos: Carnes, vísceras e toucinho. Derivados como os 
enlatados, embutidos, pastas, banha, óleos, tendões (gelatinas). 
Leite: leite condensado, leite em pó. Derivados como manteiga, queijo, ricota. 
Ovos: de galinha, marreca, gansa, codorna e pata. 
- Produção de alimentos não comestíveis: Quase todos são obtidos como 
subprodutos de abatedouros, são destinados ao preparo de material não 
destinado a alimentação humana e mesmo animal. 
Fundamentos em Zootecnia 
 9 
Ex.: Cerdas, crinas, pelos, chifres, cascos, peles e couros, gorduras não 
comestíveis (sebos e graxas) penas e plumas,bile, cálculo renal, adubo 
orgânico, produtos farmacêuticos (cérebro, pâncreas, hipófise, sangue). 
- Alimento para animais: Subprodutos da indústria de carnes, como farinha de 
carnes, sangue, vísceras, tancagem, penas (80% proteínas) e ossos. 
- Trabalho e esporte: 
 Animal de carga (lhama) 
 Animal de tração (boi) 
 Animal de Cela: camelo ou cavalo 
 Esporte: galos, “galo”, jumento, cavalo. 
 Guarda e aproveitamento do faro: cão e ganso 
- Elementos científicos: Serviços prestados a humanidade por intermédio da 
ciência e tecnologia. Coelho, cavalo na equoterapia. 
- Elementos decorativos e de companhia: Não considerados de exploração 
econômica, porém de comercialização muito proveitosa, principalmente como 
aves (ex.: faisão), peixes ornamentais, cisnes, galinha japonesa, cães e gatos. 
 Cães guias de cego: Companhia e serviço 
-Capital vivo: Função de todas as espécies, pois no final da vida produtiva são 
vendidas para o abate. O produtor nunca deve deixar o animal atingir a velhice 
zootécnica. Quando a produção decresce ocorre prejuízo. 
 
 
 
TERMINOLOGIA ZOOTÉCNICA 
 
 
A terminologia técnica empregada deve ser perfeitamente conhecida de 
forma a evitar confrontações e dúvidas, assim teremos que entender: 
- Indivíduo: Unidade biológica básica do ser vivo, constitui-se do animal 
isoladamente em relação a espécie. Um indivíduo nunca é igual ao outro com 
exceção dos gêmeos univitelinos e dos clones. 
- Genótipo: Conjunto de genes que ocupam o lócus cromossômicos de um 
determinado indivíduo. Resulta de sua capacidade genética e potencial 
hereditário. 
- Fenótipo: É tudo aquilo que em relação a uma determinada característica 
pode ser vista, ou seja, as características morfológicas. É o resultado da ação 
conjunta do genótipo e do meio ambiente. 
- Espécie: É o agrupamento de indivíduos suficientemente diferenciados de 
outros para receber um nome em comum (zebuíno e bovino). 
- Raça: É dentro da espécie, um grupo de indivíduos com determinadas 
características morfológicas e fisiológicas semelhantes e que quando 
acasalados entre si as transmitem aos seus descendentes. Algumas raças são 
consideradas naturais (primitivas) por terem surgido espontaneamente no 
Fundamentos em Zootecnia 
 10 
espaço geográfico que ocuparam sem a intervenção do homem, não são 
espécies especializadas, são mais rústicas, resistentes com maior robustez. 
Ex.: Caracu e Alantejana (bovino) e cavalo pantaneiro. 
 As raças artificiais ou programadas são as que se originaram de várias 
outras raças e sobre elas incidiram trabalhos de melhoramento genético 
altamente criterioso podendo ser consideradas melhoradas ou aperfeiçoadas. 
. 
APERFEIÇOADA QUANDO: 
- Boa conversão alimentar 
- Precocidade 
- Volume de produção 
- Qualidade de carcaça e precocidade 
Ex.: Bovino de corte: Aberdeen Angus 
 Zebuínos: Nelore 
 Leiteira bovina: Holandesa e Jersey 
 Suínos: Large White: orelha erguida 
 Landrace: orelha caída 
 Frango de corte: Ross, Cobb, Hubbord 
 Poedeira: Leghorn 
 Cavalo de corrida: PSI 
 Cavalo de carga: Percheron 
 
 Diz-se que uma raça é melhorada quando apresenta uma ou outra dessas 
características, porém, o melhoramento ininterrupto de uma raça pode torná-la 
aperfeiçoada. 
Ex.: Girolanda 
 
Variedade de uma raça 
 É uma variação da raça original em que são mantidas as características 
gerais e comuns, diferindo apenas por algum ponto particular. 
Ex.: holandesa vermelha e branca, variedades mochas, variedades minis. 
 
Sangue 
 Está ligado ao conceito de herança e na prática ao referir-se a um animal 
puro sangue, refere-se a um animal registrado (raça pura registrada = PO ou 
ainda os puros de origem importados = POI) 
 
 P.O – Puro de origem 
 Termos reservado a animais puros. 
 
 P.P.C – Puro por cruz 
 São animais que chegaram a uma raça que absorveu sangue de outra por 
gerações sucessivas. 
 
Fundamentos em Zootecnia 
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Meio sangue 
 É reservado a produtos de cruzamentos ou também chamado mestiço 
 
Linhagem 
 É o grupamento constituído por indivíduos descendentes diretos de um 
genitor ou genitora, sendo muitas vezes um indivíduo citado como descendente 
da linhagem de um ancestral famoso. 
 
Família 
 Conjunto de indivíduos, descendentes diretos e colaterais (primos) de um 
casal, considerando-se para isso até a 5º geração. 
 
Rebanho 
 Conjunto de famílias e linhagens criadas dentro de um mesmo ambiente 
sujeitos as mesmas condições de manejo, alimentação e seleção 
 
Plantel 
 Animais de um mesmo criador, geralmente formados de indivíduos 
parentes entre si e geralmente formados de mesma raça 
 
Monorquideo 
 Animal que conservou um testículo na cavidade abdominal e o outro na 
bolsa escrotal, porém é fértil. 
 
Criptorquideo 
 Macho que conservou os dois testículos na cavidade abdominal, sendo 
este infértil. 
 
Machorra 
 É a fêmea com problemas de ovário ou distúrbio hormonal que impede a 
ovulação, tem comportamento de macho. 
 
Toruno 
 Macho mal castrado, porém é fértil. 
 
Rufião 
 Macho inteiro (dois testículos), com desvio lateral de pênis, caracterizado 
pela impossibilidade de concluir a monta. Serve para marcar as fêmeas em cio 
utilizados em bovinos e ovinos. 
 
Cabanha 
 São as instalações e os animais destinados ao melhoramento genético. 
 
 
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Haras 
 São as instalações e plantel de éguas com garanhões. 
 
Pocilgas 
 É as instalações destinadas a criação de suínos. 
 
 
TERMINOLOGIA DAS ESPÉCIES 
 
BOVINOS 
- Novilho precoce: Animal abatido até 24 meses. 
- Novilho sobre-ano: Tem mais de um ano e menos de dois anos 
-Vaca de invernar: Vaca que foi retirada da reprodução por problemas de 
ovário, idade avançada ou por problemas físicos. 
- Vaca falhada: Vaca que não fertilizou (não pegou cria) 
- Vaca seca: É a que não está lactando (não produz leite) 
- Vaca solteira ou novilha: É a fêmea em crescimento que ainda não atingiu 
peso para ser coberta. 
 
EQUINOS 
- Garanhão: Macho reprodutor 
- Potro e potranca: animais em crescimento 
- Potrilho: Animal do nascimento ao desmame 
 
OVINOS 
- Capão: Animal castrado destinado ao abate (4 D – quatro dentes) 
- Cordeiro: Do nascimento ao desmame (D.L – dente de leite) 
- Borrego: Acima de 2 dentes (1 ano) 
- Carneiro ou chibarro: Macho reprodutor 
 
SUÍNOS 
- Cachaço ou barrasco: Macho reprodutor 
- Leitão ou bácaro: Do nascimento ao desmame 
- Marrã: Fêmea em crescimento 
 
AVES 
- Frango de corte (peito duplo): Animal destinado ao abate 
- Poedeira comercial: aves de postura 
- Matriz de corte: pais do frango de corte 
- Matriz de postura: pais da poedeira comercial 
- Pintainho: primeiros 10 -15 dias de vida 
 
COELHO 
- Láparos: Animais do nascimento ao desmame. 
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 13 
MELHORAMENTO GENÉTICO 
 
 
 Métodos de reprodução aos tipos de acasalamento 
Consangüinidade (endogamia): É o método de acasalamento em que os 
parceiros são selecionados forçosamente entre indivíduos parentes. 
 Podemos considerar consangüinidade: 
*Quanto ao parentesco: 
Estreita: Quando o grau de parentesco entre os pais é igual a 50% 
 Pai x Filha 
 Mãe x Filho 
 Irmãos Completos 
Larga: Quando o grau de parentesco é menos que 50% 
 Entre Primos 
 Meio Irmãos 
 
*Quanto à situação dos reprodutores na genealogia em linha 
(linebreeding): 
 Quando os reprodutores se encontram em linha reta no pedigree, isto é, 
um deles é ancestral comum. 
 A x C 
 A x E 
*Cruzamento ou exogamia:É o acasalamento entre indivíduos de raças diferentes, ou quando dentro 
da mesma raça, entre linhagens diferentes (Crossbreeding) 
 O objetivo principal dos cruzamentos é a obtenção do vigor híbrido ou 
heterose. 
 
 Heterose: Superioridade média de produção dos filhos em relação a média 
dos pais, é dada pela seguinte fórmula: 
 
%H = XF1 – XP x 100 
XP 
 
Exemplo: Girolanda (giroles x holandesa) 
Gir produz: 20L de leite 
Holandesa produz: 22L de leite girolanda: 22L de leite 
Média dos pais: 42/2: 21L de leite 
 
%H = 22-21 x 100 = 4,7% 
 21 
 
 
Fundamentos em Zootecnia 
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SISTEMA DE CRUZAMENTO 
 
 
* Cruzamento simples ou industrial: 
 Este tipo de cruzamento permite a máxima obtenção de heterose, 
comumente usado em aves, suínos, bovinos de corte e leite. Os machos F1 
são destinados ao abate, enquanto que as fêmeas são comercializadas para 
reprodução ou utilizadas como passo inicial para outro cruzamento. 
Ex.: raça: AxB 
 F1 AB 
 
* Cruzamento alternativo: 
 É o cruzamento rotacional com duas ou três raças, consiste na utilização 
alternada de reprodutores de raças diferentes, tem sido utilizado em raças de 
corte. 
Exemplo: 
 
raça A x raça B 
 
 F1 AB (100% de heterose) 
 
AB x A 
 
 F2 AAB (67% de heterose) 
 
AAB x B 
 
 F3 AABB (85% de heterose) 
 
Ex.: com três raças 
 A x B 
 F1 AB 
 
 AB x C 
 F2 ABC Three cross 
 
 
*Cruzamento Contínuo ou de absorção 
 Por este processo, a tendência é absorver-se a raça nativa ou a da 
população base através do uso contínuo de reprodutores da raça 
geneticamente superior até formar o PPC. 
 O processo exige mudanças graduais a cada geração, pois à medida que 
a composição genética dos animais cresce em direção da raça especializada, 
as exigências quanto à nutrição, sanidade e instalação são maiores. 
Fundamentos em Zootecnia 
 15 
Exemplo 
 
Charolês x Nativo 
 C x N 
 F1 ½ C + ½ N (0,50 fração charolês) 
 
Cruzamento com charolês teremos 
½ C + ½ N x C 7/8C + 1/8N x C 
½ (½C + ½N) + ½C ½(7/8C + 1/8N + ½C 
¼C + ¼N + 2/4C onde 7/16C + 1/16N + 8/16C 
F2= ¾C + ¼N (0,75) F4: 15/16C + 1/16N (0,9375) 
¾C + ¼N + C 15/16C + 1/16N x C 
½ (¾C + ¼N) + ½ x C ½(15/16C + 1/16N) + ½C 
3/8C + ¼N + 4/8C 15/32C + 1/32N + 16/32C 
F3: 7/8C + 1/8N (0,875 C) F5: 31/32C + 1/32N (0,9687C) 
 
 
 
MELHORAMENTO NAS DIFERENTES ESPÉCIES 
 
 
 BOVINOS 
 
Raças formadas a partir de cruzamentos: 
 
- Santa Gertrudis: 5/8 shorthorn + 3/8 brahman 
- Braford on Pampeana: Hereford x Brahman 
-Chancim: Charolês x Nelore 
- Ibagé: Aberdeen x Nelore 
- Girolanda: Gir x Holandesa 
- Tabapuã: Nelore x Guzerá x gir 
- Lavínia: Pardo suíço x Guzerá 
- Indubrasil: Nelore x Gir x Guzerá 
- Pitangueiras: Red Angus x Guzerá 
- principais raças leiteiras: Holandesa, Jersey, Parda Suíça, Gir, Guzerá, 
Guernsey, Ayrshire. 
 
 
 
 
 
 
 
Fundamentos em Zootecnia 
 16 
 RAÇAS AVÍCOLAS 
 
INTRODUÇÃO 
- Década de 70: consumo de 5 kg/pessoa/ano 
- Em 2000: consumo de 30 kg/pessoa/ano 
- Profissionalização da avicultura: Inicio do século passado 
- 1928: frango pesava 1,5 kg em 15 semanas 
- Consumia mais de 5 kg de ração 
- 1945: II guerra mundial 
- EUA: desenvolveram e cruzaram raças como a New Hampshire e a Plymouth 
Rocke. 
-1948: Red Cornish, seguida pela White Cornish e White Rock. 
 
 
 COMPOSIÇÃO DO FRANGO 
 
 Produto hibrido resultante do cruzamento de três ou quatro linhagens 
puras. 
 Normalmente duas linhagens dão origem à fêmea e duas linhagens dão 
origem ao macho. 
 Quatro anos são necessários para que se transfiram os ganhos genéticos 
obtidos nas linhas puras com controles de pedigree, para o frango selecionam-
se as linhas puras através das famílias (pedigree). 
 A partir do cruzamento destas, obtêm-se as bisavós (1º ano), cruzando as 
bisavós obtêm-se as avós (2º ano) e cruzando-se as avós obtêm-se as 
matrizes (3º ano). Cruzando-se a matriz fêmea da linha fêmea com a matriz 
macho da linha macho, obtêm-se a linha pura, sendo frango de corte ou 
poedeira comercial (4º ano). 
 
 RAZÕES PARA UM FRANGO SER HÍBRIDO 
 
 Heterose (vigor híbrido) 
 Efeito benéfico da combinação de linhagens distintas que fazem com que 
o híbrido tenha um desempenho superior ao desempenho médio das linhagens 
puras dos pais. É importante para as características reprodutivas. Para ovos 
aproximadamente 10% de heterose e para matrizes aproximadamente 20% de 
heterose. 
 
 Complementaridade 
 As linhagens de macho são fortes em ganho de peso, eficiência alimentar 
(complementam as deficiências da linha fêmea) e conformação. 
 
 
 
Fundamentos em Zootecnia 
 17 
 Especificidade 
 O ganho genético em uma característica inversamente proporcional ao 
numero de características sob seleção. Quando maior o numero de 
características selecionadas, menor o ganho em cada uma. 
 
 Proteção do patrimônio genético 
 Somente os híbridos são comercializados e o uso de um hibrido jamais 
voltará a sua origem de pureza, isso assegura o investimento de quem trabalha 
com genética. 
 
 
CRITÉRIOS DE SELEÇÃO NO MELHORAMENTO GENÉTICO 
 
Passado: ganho de peso e conversão alimentar. 
Atualmente: vários, principalmente os ligados ao rendimento de carcaça. 
 
 Ao frango vivo: 
- Peso corporal; 
- Eficiência alimentar (conversão alimentos); 
- Conformação da carcaça (melhorar asas e outras características); 
-Empenamento (para proteger a carcaça de “choques mecânicos”); 
-Pigmentação de pernas e penas (fator comercial); 
-Aspecto físico de peito (quanto mais arredondado, mais carne). 
 
 A carcaça: 
-Rendimento da carcaça eviscerada; 
-Rendimento de carne do peite; 
-Rendimento de carne de perna; 
-Teor de gordura. 
 
 A reprodução: 
-Produção de ovos incubáveis (aumentar a quantidade de ovos por ciclo) 
-Fertilidade (90 – 95%) 
-Eclodibilidade (até 5% - total menos os chocos e os que nasceram) 
 
 A resistência: 
-Viabilidade do frango (numero de animais retirados para abate) 
-Viabilidade da matriz 
-Resistência às doenças 
-Melhorar a resistência óssea 
-Órgãos internos (tamanho - coração e pulmão) 
-Qualidade da carne (características organolépticas – textura, maciez, cor, 
sabor) 
-Saúde e bem estar humano e animal. 
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 18 
Progresso genético: Ganho genético 
 _1957: frango produzia 63 g de peito (42 dias) 
 _ 1991: 272 g (16 g de ganho anual) 
 _ 1085 a 1997: ganho anual observado de 77g 
 
Característica /ano 1976 1987 1997 2001 2007 
Peso vivo/42 dias 1050 1775 2450 2650 3000 
Dias p/ atingir 2 Kg 63 45 37 35 33 
Rend. carcaça/ 2Kg 66,7 67,8 69,5 70,3 71,5 
Rend carne peito/2 Kg 12,6 14,5 16,1 17,3 1931 
Ração/ carne de peito 20 13 10 8,7 6,5 
Taxa de crescimento: 1ª semana até 20% ao dia 
CV: piora com o aumento da idade 
 
POTÊNCIAL GENÉTICO DAS MATRIZES DE CORTE 
- Produção de ovos/ave: 170-180 (incubáveis 160 – 170) 
- Pintos produzidos matriz alojada: 145 – 150 
- Marcas comerciais: 
 .Ross 
 .Hubbard 
 .Arbor Acress 
 .Isa Vedette 
 .Avian 
 .Cobb 
 .Hybro 
 
POTÊNCIAL GENÉTICO DAS POEDEIRAS 
 Poedeira de ovos brancos 
- Produção de ovos/ave às 72 semanas = 280 ovos 
 80 semanas = 320 ovos 
-Indice de conversão: 1,6 – 1,7 kg/dz 
- Marcas comerciais: 
 .Bad cock 
 .Hy-line 
 .Hissex White 
 .Lohmann 
 Poedeira de ovos marrons 
-Produção de ovos/aveàs 75 semanas = 250 – 260 ovos 
-Índice de conversão: 1,7 – 1,8 kg/dz 
-Marcas comerciais: 
 .Isa Brown 
 .Hy-line Brown 
 .Harco 
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 19 
 RAÇAS SUÍNAS 
 
 
MELHORAMENTO GENÉTICO DOS SUÍNOS 
- Raças suínas nacionais: Piau, Canastra, Canastrão, Caruncho, Pereira, 
Junqueira, Moura, Sorocaba, Macau. 
 
Características morfológicas: Animais curtos, com rugas na pele e com 
papada. 
Características produtivas: Baixo rendimento e qualidade de carcaça, baixo 
ganho de peso e alta conversão alimentar. 
Características reprodutivas: Baixa prolificidade (8-10 filhotes) e habilidade 
materna. Alta rusticidade e são tardios. 
 
Suínos Embrapa 
MS 58 (Hampshire x Duroc x Pietrain) 
MS 60 (Large White x Duroc x Pietrain) 
Desempenho: 
- Ótimo comportamento sexual 
- Idade média para chegar a 90 kg = 139 dias 
- Ganho médio diário dos 30 até 90 dias = 906g 
- Conversão alimentar dos 30 até 90 kg = 2,33 kg para cada 1 kg 
- Rendimento de carne magra = 62,4% 
Como utilizar: 
♂ MS x ♀híbridos (LD x LW / LW x LD) 
Pietrain= 4 pernil 
 
 Características dos filhos 
- mais de 3 – 3,5% de carne magra 
- menor espessura de toucinho 
- melhor conformação de pernil 
- maior quantidade de pernil e lombo 
- melhor conversão 
 
MS 115 (Large White x Duroc x Pietrain) 
Desempenho: 
- Idade media para chegar a 115 kg = 163 dias 
- Ganho médio do nascimento aos 115 kg = 709g/dia 
- Conversão alimentar dos 23 até 115 dias = 2,21kg para cada 1 kg 
- Rendimento de carne magra = 62,9% 
 
 
 
 
Fundamentos em Zootecnia 
 20 
- Raças suínas estrangeiras: 
 
LARGE WHITE (LW): tem origem na Inglaterra. 
Características morfológicas: Linha de dorso lombar reta, boa morfologia dos 
terços posteriores e anteriores, grande perímetro torácico (bem desenvolvidos), 
bons aprumos. 
Características produtivas: Maior rendimento de carcaça, ótima qualidade de 
carcaça, boa conversão. 
Características reprodutivas: Ótima habilidade materna, alta prolificidade e 
precocidade. Machos e fêmeas podem ser usados na reprodução. 
 
LANDRACE (LD) – origem: Dinamarca 
Características morfológicas: Linha do dorso lombar reta, pele 
despigmentada, pelos brancos e mamas bem inseridas. 
Características produtivas: Alto rendimento de carcaça, maior porcentagem 
de cortes nobres (pernil e lombo) e bom ganho médio diário (GMD) 
Características reprodutivas: Ótima habilidade materna, alta prolificidade e 
precocidade reprodutiva, tanto machos como fêmeas usados na reprodução. 
 Algumas linhagens apresentam PSE (carcaça mole, aguada, pálida: 
características do gene braloctina – estresse). 
 
DUROC (D) – origem: EUA 
Características morfológicas: Pele totalmente pigmentada, pelagem 
vermelha variando do dourado ao castanho e lombo arqueado. 
Características produtivas: Boa qualidade de carcaça, alto rendimento, ótima 
conversão e marmorização da massa muscular (maciez da carne). 
Características reprodutivas: Média prolificidade, baixa habilidade materna, 
alta rusticidade e apenas machos usados na reprodução (linha macho por 
excelência). 
 
PIETRAIN (P) – origem: Bélgica 
Características morfológicas: Faixa de pelagem branca, despigmentada e 
com manchas vermelhas ou escuras pigmentadas 
Características produtivas: alto rendimento, carne de boa qualidade e ótima 
CV. 
Características reprodutivas: Boa prolificidade, baixa habilidade materna e 
linha apenas masculina para cruzamentos (resistência ao gene braloctina). 
 
HAMPSHIRE (H) – origem:EUA 
Características morfológicas: Faixa de pelagem branca despigmentada 
circulando toda parte dianteira das cruzes. 
Características produtivas e reprodutivas: Boa prolificidade, baixa 
habilidade materna e linha apenas masculina para cruzamentos (resistência ao 
gene braloctina). 
Fundamentos em Zootecnia 
 21 
 
CRUZAMENTOS COMERCIAIS 
Fêmeas cruzadas Macho Preferencial Macho Alternativo 
LW x LD D LW ou LD 
D x LD LW D ou LD 
LD x LW D LD ou LW 
 
 Características observadas para cruza 
 
Linha Macho: Velocidade de crescimento, conversão alimentar, mérito 
(desenvolvimento) e qualidade de carcaça. 
Linha fêmea: Velocidade de crescimento, CA, capacidade leiteira, habilidade 
materna e prolificidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fundamentos em Zootecnia 
 22 
INTRODUÇÃO A BIOCLIMATOLOGIA 
 
 
 Influencia do clima nos animais: 
- Regula ou limita a produção animal, intimamente associado ao rendimento 
zootécnico. 
 
 Importância: 
- Interação ambiente x animal x homem 
- Técnicas de manejo adequadas 
- Diminuição dos efeitos negativos do clima sobre a produtividade animal 
- Instalações, manejo sanitário e profilático, melhoramento genético, manejo 
nutricional, delimitações corretas da estação de monta. 
 
 Conceito de bioclimatologia: 
- Enfoca os efeitos diretos e indiretos dos elementos climáticos, geográficos, 
geológicos e suas influências sobre os organismos animais. 
- Interação: Clima, solo, plantas e animais. 
- Média de todas as espécies: Tº: 13 – 18 ºC 
 Umidade relativa do ar: 60 – 70% 
 Radiação solar: Primavera e outono 
 Velocidade dos ventos: 5 – 8 km/h 
 
 
1- MECANISMOS FISIOLÓGICOS FUNDAMENTAIS 
 
- Termoregulação: controle de temperatura em um sistema físico qualquer: 
 
 1.1- Homeotermia e Poiquilotermia 
Homeotermia: Animais de sangue quente, conseguem manter a temperatura do 
corpo relativamente constante. 
Poiquilotermia (pecilotérmicos): Animais de sangue frio, animais cuja 
temperatura varia diretamente com a temperatura ambiental. 
 
 1.2 – Temperatura Corporal 
 Está associada a cada animal doméstico. 
 Fatores que afetam a temperatura corporal nos homeotérmicos 
- Alimentação x Jejum 
- Sexo 
- Idade (quanto mais jovem suporta maiores temperaturas) 
- Espécie e raça 
- Exercício muscular 
- Entre cio e final de prenhes 
- Quantidade de água ingerida 
 
1.2.1 – Equilíbrio térmico: Manutenção da homeotermia depende do 
equilíbrio dinâmico entre a produção e a perda de calor. Em curtos períodos de 
tempo pode haver excesso de perda ou produção de calor que pode causar um 
pequeno desequilíbrio térmico. 
Fundamentos em Zootecnia 
 23 
 
 1.2.2 – Zona de Conforto: A zona de conforto térmico é delimitada 
pelas temperaturas críticas inferior e superior. 
- Hipertermia: Temperatura corporal superior daquela considerada normal. 
- Hipotermia: Temperatura corporal abaixo daquela considerada normal para a 
espécie. 
 
TABELA ZONA DE CONFORTO TÉRMICO 
Bovinos europeus de corte 0,5 – 16ºC 
Raças leiteiras 10 – 20ºC 
Bovinos indianos 15 – 26ºC 
Carneiros 21 – 25ºC 
Caprinos 13 – 21ºC 
Coelhos 15 – 18ºC 
Aves 12 – 25ºC 
Homem 18 – 27ºC 
Suínos produção 18 – 21ºC 
Lactação 12 – 16ºC 
 
 
1.2.2.1 – Perda de calor: 
Termólise: 
Radiação: As superfícies mais quentes emitem calor na forma de ondas 
eletromagnéticas. 
Convecção: O calor é removido através do movimento do ar mais frio sobre a 
superfície corporal com maior temperatura. 
Condução: Transferência de energia térmica entre dois corpos ou parte de um 
corpo, através da energia cinética de movimentação de moléculas. 
Evaporação: Pode ocorrer pela pele e pelos condutos respiratórios. 
Excreção fecal e urinária: A umidade do ar junto com a temperatura ambiente 
influencia muito a perda ou o ganho de calor, quanto mais alta a umidade 
relativa do ar, maior é a dificuldade em perder calor principalmente por 
evaporação. 
 
1.2.2.2 – Produção de calor 
- Termogênese: Produção de energia térmica pelo organismo, através de 
processos metabólicos e de radiação solar. 
 
Fatores que afetam a produção do calor 
- Ingestão de alimentos: Proteínas produzem mais calor, depois carboidratos e 
gorduras. 
- Ruminantes 
- Atividade muscular 
- Prenhes 
- Lactação 
 
 
 
 
 
Fundamentos em Zootecnia 
 24 
 
1.2.2.3 – Variação de temperatura corporal 
- Temperatura diurna e temperatura noturna 
 
 Hipotálamo Anterior 
Células termorepectoras periféricas Perda de calor Vasodilatação 
 Suor 
 Nº de respirações 
 Hipotálamo posterior 
Receptores caloríficos hipotalâmicos Ganho de calor Vasoconstricção 
 (frio) Prod. de calor 
 
2- Mecanismos de controle térmico: 
- Comportamentais: Dizem a respeito à alteração do comportamento do animal 
- Autônomos 
- Adaptativos 
 
3- Aspectos fisiológicos de adaptação dos animais domésticos: 
- Regulação endócrina 
- Mecanismos vasomotor e circulatório 
- Sistema respiratório: Polipnéia 
 Ofegar 
 
 
4- Aclimatação 
 Habituação do organismo ao efeito do estresse causado por fatores 
climáticos específicos: 
- Aclimatação ao frio 
- Aclimatação ao calor 
 
5- Adaptação morfológica e anatômica 
- Tamanho: Quanto maior a superfície em relação à massa corporal, maior a 
facilidade em perder calor 
- Apêndices: Cupim, barbela 
- Capa externa: Pelos, velo, pena 
- Cor da pele e dos pelos 
- Sudorese: Equinos, asininos, bovinos, bubalinos, caprinos. 
 
 
 EFEITOS DA TEMPERATURA SOBRE A PRODUÇÃO 
 
- SUÍNOS: Maior a temperatura menor o consumo de alimentos, menor o 
ganho de peso animal. Entra em toportermia, se isola, não come e fica deitado 
com 35ºC pode entrar em hipotermia e morrer. Sofre tanto com a menor 
temperatura na fase jovem e maior temperatura na fase adulta. 
 
- Aves: Menor o consumo, menor o ganho de peso, postura de ovos, ovos com 
casca fina, pequenos podem morrer por alcalose respiratória. 
 
Fundamentos em Zootecnia 
 25 
- Bovinos: Quando a temperatura atingir 35ºC as holandeses perdem 40% da 
produção diária de leite. 
 
 
 
 Medidas nutricionais usadas para menores efeitos de calor nas 
espécies que não suam 
 
- Temperatura da água de beber: 20ºC 
- Trocar quando possível CHO por lipídeos 
- Trocar quando possível proteína por aminoácido 
- Substituir 1/3 de sal por bicarbonato de sódio 
- Adicionar 50 Mg de ácido ascórbico/Kg dieta 
- Maior a fibra menor a energia dietética 
- Acidificar a água de beber com ácidos orgânicos 
- Menor a granulometria dos alimentos 
- Restrição alimentar em horas de menor calor (11 – 17hrs) 
- Proporcionar alimentação noturna 
- Separar e alimentar diferentemente machos e fêmeas.

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