INTRODUÇÃO A ZOOTECNIA - DIG RUMINANTES

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AGRONOMIA 
INTRODUÇÃO À ZOOTECNIA 
 
Carla Wanderley Mattos 
25/04/2013 
DE ACORDO COM O HÁBITO ALIMENTAR 
INTRODUÇÃO 
ONÍVOROS 
CARNÍVOROS 
HERBÍVOROS 
2 
 COMPONENTES BÁSICOS DA DIETA: 
 
 MACRONUTRIENTES 
• Carboidratos. 
• Gorduras/Lipídeos. 
• Proteínas. 
 MICRONUTRIENTES 
• Vitaminas. 
• Minerais. 
 ÁGUA 
 FIBRA DIETÉTICA 
INTRODUÇÃO 
3 
INTRODUÇÃO 
 TOTAL = 155 espécies catalogadas. 
 DOMESTICADAS (bovinos, ovinos, caprinos, 
bubalinos, renas, iaques...). 
 NÃO DOMESTICADAS (AMEAÇA DE EXTINÇÃO). 
4 
POR QUE OS ANIMAIS SE ALIMENTAM? 
5 
INDRODUÇÃO 
+ 
COMO? 
6 
 IMPORTÂNCIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO 
 
INTRODUÇÃO 
Compreende o CONJUNTO DE ÓRGÃOS com os quais o animal ASSIMILA 
ALIMENTO extra-somático para seu organismo. 
FUNÇÕES DO 
SISTEMA 
DIGESTÓRIO 
 INGESTÃO (alimentos). 
 DIGESTÃO (componentes do alimento). 
 ABSORÇÃO (nutrientes obtidos). 
 REABSORÇÃO (secreções do TGI). 
 EGESTÃO (componentes não absorvidos). 
 EXCREÇÃO (resíduos). 
 PROTEÇÃO (substâncias tóxicas). 
7 
CHO, LIPÍDEOS e PROTEÍNAS  UNIDADES MAIS SIMPLES 
(sucos digestivos, enzimas). 
 TRATO GASTRINTESTINAL (TGI) 
PROCESSO DIGESTIVO É O MESMO (DIFERENTES MORFOLOGIAS) 
transformar 
INTRODUÇÃO 
8 
OBJETIVO 
 Boca. 
 Faringe. 
 Esôfago. 
 Pré-estômagos. 
 Estômago. 
 ID. 
 IG. 
 Glândulas anexas. 
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FISIOLOGIA DA DIGESTÃO DE 
HERBÍVOROS PRÉ-GASTRICOS 
RUMINANTES 10 
TIPOS DE RUMINANTES 
 CLASSIFICAÇÃO DOS RUMINANTES 
 
 SELECIONADORES DE CONCENTRADOS (cervos). 
 CONSUMIDORES INTERMEDIÁRIOS (caprinos). 
 CONSUMIDORES DE GRAMÍNEAS E FORRAGENS (bovinos e ovinos). 
ADAPTAÇÃO 
AO 
ALIMENTO 
Parótida (0,22% PC) Parótida (0,06% PC) 
Parótida e mandibular superpostas 
Parótida Bucal 
Mandibular 
11 
 1. BOCA 
 
 Lábios. 
 Língua. 
 Dentes. 
 Glândulas salivares. 
SISTEMA DIGESTÓRIO 
C
A
P
R
I
N
O
S
 
O
V
I
N
O
S
 
APREENSÃO DOS ALIMENTOS 
BOVINOS 
12 
 DENTES 
 
 Incisivos – cortam. 
 Caninos – rasgam; ponto de apoio. 
 Pré-molares – trituram. 
 Molares – trituram. 
GRANDE DIFERENCIAÇÃO? 
 Função – REDUÇÃO MECÂNICA. 
SISTEMA DIGESTÓRIO 
13 
 LÍNGUA 
 
 Função: 
 REDUÇÃO MECÂNICA. 
 UMIDIFICAÇÃO. 
 DIFERENCIAÇÃO DE TOXINAS. 
SISTEMA DIGESTÓRIO 
14 
 RUMINANTES (“moagem” do alimento ← natureza grosseira da dieta). 
 1ª MASTIGAÇÃO x REGURGITAÇÃO DO CONTEÚDO DO RÚMEN. 
MASTIGAÇÃO/DEGLUTIÇÃO 
15 
 SALIVA 
 
 FUNÇÃO: 
 Agregar H2O ao conteúdo ruminal (diluir ácidos; fluxo de partículas). 
 Lubrificar alimento (formação do BA). 
 Fornecer nutrientes (uréia, P, Na). 
 Propriedades anti-timpanismo (mucina). 
 Colabora na manutenção da “saúde” do rúmen. 
 
SISTEMA DIGESTÓRIO 
16 
 2. ESÔFAGO 
 
 Conduz o BA da faringe ao retículo-rúmen. 
 Esfíncter superior e inferior (cárdia). 
SISTEMA DIGESTÓRIO 
17 
 3. RÚMEN 
 
 Maior dos pré-estômagos. 
 Numerosas papilas. 
 Armazenamento e mistura. 
 Ambiente anaeróbio. 
 Câmara de fermentação. 
SISTEMA DIGESTÓRIO 
18 
19 
 4. RETÍCULO 
 
 Saco crâneo-ventral do rúmen. 
 Epitélio (opérculos). 
 Recebe porções mais pesadas. 
 Conectado ao omaso (ORO 
 retém alimentos). 
SISTEMA DIGESTÓRIO 
 Menor dos quatro 
compartimentos. 
20 
21 
 5. OMASO 
 
 Recebe partículas mastigadas 
e digeridas pelos g. 
 Esférico. 
 Grandes pregas longitudinais 
ou “folhas” (pequenas papilas). 
 Absorve água e minerais dos 
alimentos. 
 Retém partículas de alimento 
entre suas “folhas”. 
SISTEMA DIGESTÓRIO 
22 
DIGESTÃO NOS RUMINANTES 
23 
OMASO 
RÚMEN 
RETÍCULO 
RETÍCULO 
PAPILAS RUMINAIS 
24 
 6. ABOMASO 
 
SISTEMA DIGESTÓRIO 
 Estômago verdadeiro (suco gástrico). 
 
 Regula a passagem de alimento para o 
intestino. 
 Digestão de partículas alimentares não 
fermentadas, subprodutos da fermentação 
microbiana e Pb. 
CHEGA NO ABOMASO (resumo): 
25 
 PRINCIPAL SÍTIO DE DIGESTÃO QUÍMICA E ABSORÇÃO. 
 Absorção dos nutrientes (microvilosidades). 
 7. INTESTINO DELGADO 
SISTEMA DIGESTÓRIO 
26 
8. INTESTINO GROSSO 
 CONSTITUIÇÃO 
• Ceco. 
 PRINCIPAL FUNÇÃO 
• Reabsorção de água e eletrólitos. 
• Formação das fezes. 
• Cólon. 
• Reto. 
SISTEMA DIGESTÓRIO 
27 
 NUTRIÇÃO É CONCLUÍDA COM DOIS PROCESSOS: 
 Egestão ou defecação (principalmente: substâncias NÃO DIGERIDAS). 
 Excreção (eliminação de RESÍDUOS TÓXICOS resultantes do metabolismo - URINA). 
SISTEMA DIGESTÓRIO 
28 
FISIOLOGIA DIGESTIVA 
COMO FUNCIONA O ESTÔMAGO DE UM RUMINANTE? 
 
BEZERROS, CORDEIROS OU CABRITOS SÃO RUMINANTES QUANDO 
NASCEM? 
29 
FISIOLOGIA DIGESTIVA 
ADAPTAÇÕES DO PROCESSO DIGESTIVO 
 
 PRÉ-RUMINANTE (goteira esofágica). 
COLOSTRO 30 
DESENVOLVIMENTO DO RÚMEN 
ADAPTAÇÕES DO PROCESSO DIGESTIVO 
 
 PRÉ-RUMINANTE A RUMINANTE. 
• Lenta. 
• A partir da 2ª semana de vida (grãos e forragens). 
ALIMENTAÇÃO COM LEITE E FENO 
RÚMEN DE BEZERRO COM QUATRO SEMANAS DE IDADE 
31 
RÚMEN DE BEZERRO COM QUATRO SEMANAS DE IDADE 
ALIMENTAÇÃO COM LEITE, FENO E GRÃOS 
DESENVOLVIMENTO DO RÚMEN 
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 SEIS SEMANAS DE IDADE 
Dieta só com leite 
Dieta com leite e grão 
Dieta com leite e feno 
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 RESUMINDO.... 
 Só com DIETAS LÁCTEAS – pré-estômagos rudimentares por 14 a 15 semanas ou 
mais. 
 Alimentos altamente digeríveis (CONCENTRADOS) – maior produção de AGV e 
desenvolvimento epitelial mais rápido. 
 Alimentos VOLUMOSOS (FORRAGENS) – ajudam a desenvolver a musculatura dos 
pré-estômagos. 
DESENVOLVIMENTO DO RÚMEN 
34 
FISIOLOGIA DIGESTIVA 
ESTABELECIMENTO DA MICROBIOTA 
 
 NAS DIVERSAS PARTES DO TGI: 
• Stretococus e Clstridia (a partir das 16 primeiras horas). 
 
 NO RÚMEN: 
• UREOLÍTICAS (a partir dos dois dias de vida) 
• CELULOLÍTICAS (a partir dos quatro dias de vida). 
• FUNGOS (de oito a 10 dias). 
• PROTOZOÁRIOS (de 12 a 20 dias). 
35 
 Fase de NÃO RUMINANTE (nascimento até terceira semana). 
 Fase TRANSITÓRIA (da terceira à oitava semana). 
 Fase RUMINANTE (a partir da oitava semana  acesso a alimentos sólidos). 
DESENVOLVIMENTO DO RÚMEN 
36 
DESENVOLVIMENTO DO RÚMEN 
MANUTENÇÃO DO ESTÁGIO DE PRÉ-RUMINANTE 
Produção do VITELO (alimentação com leite). 
 115 a 200 kg de PC (70 – 125 
kg de carcaça). 
 
 3 a 4,5 meses (seis meses). 
 
 Rentável (machos leiteiros). 
37 
Melhor digestão aqui 
Melhor produção aqui 
DIGESTÃO NOS RUMINANTES 
38 
FISIOLOGIA DIGESTIVA 
DIGESTÃO EM RUMINANTES 
 Consumo. 
 Mastigação (bocada). 
 Deglutição. 
 Regurgitação. 
 Remastigação. 
 Redeglutição. 
 Fermentação. 
 Eructação. 
 Digestão. 
 Absorção. 
 Egestão. 
BOCA 
RÚMEN 
 
 
RETÍCULO 
 
 
OMASO 
 
 
ABOMASO 
INTESTINO 
1 
2 
3 
5 
4 
PERCURSO DO 
ALIMENTO NO TGI 
RUMINAÇÃO 
39 
RÚMEN 
um universo no interior do animal ruminante 
40 
ECOSSISTEMA MICROBIANO RUMINAL 
FERMENTAÇÃO 
 
ATIVIDADE METABÓLICA DOS G RUMINAIS. 
 Substratos são DEGRADADOS (bactérias e outros g). 
 
 HIDRÓLISE ENZIMÁTICA semelhante à digestão glandular. 
• Diferença maior: ENZIMAS SÃO DE ORIGEM b. 
 
 Digestão FERMENTATIVA (MAIS LENTA e os substratos são ALTERADOS EM 
MAIOR GRAU. 
 
 MEIO ANAERÓBIO. 
41 
 DESVANTAGENS DA FERMENTAÇÃORUMINAL 
 
 VANTAGENS DA FERMENTAÇÃO RUMINAL 
 
 Obtenção de energia (CHO estruturais). 
 Conversão de NNP em proteína microbiana. 
 Síntese de vitaminas do complexo B, K e C. 
 Perda de energia (metano e CO2). 
 Degradação da proteína de elevado valor nutricional. 
 Tempo de fermentação (fibra). 
ECOSSISTEMA MICROBIANO RUMINAL 
42 
Microorganismos 
Motilidade 
Temperatura Meio Aquoso 
Substrato 
Anaerobiose pH 
CONDIÇÕES RUMINAIS 
43 
 POPULAÇÃO MICROBIANA  BACTÉRIAS, PROTOZOÁRIOS e FUNGOS. 
 BACTÉRIAS – 109 – 1010 células/mL de conteúdo ruminal. 
 PROTOZOÁRIOS – 1.000.000/mL de conteúdo ruminal. 
 FUNGOS ANAERÓBIOS – 103 – 106 fungos/mL de conteúdo ruminal. 
ECOSSISTEMA MICROBIANO RUMINAL 
44 
 MICRORGANISMOS ANAERÓBIOS 
 
 FUNÇÃO: 
 Fermentação. 
 Digestão de polissacarídeos da parede vegetal. 
 Conversão de proteínas em Pb. 
 Síntese de vitaminas. 
 
PROMOVEM A DIGESTÃO DE: 
 CHOs. 
 Proteínas. 
 Lipídeos. 
ECOSSISTEMA MICROBIANO RUMINAL 
45 
 MICRORGANISMOS ANAERÓBIOS 
 
 Mais de 28 espécies funcionalmente importantes (bactérias – mais 
da metade da biomassa b total). 
• De acordo com o substrato que 
degradam: 
 Celulolíticas. 
 Hemicelulolíticas. 
 Amilolíticas. 
 Pectinolíticas. 
 Proteolíticas. 
 Lipolíticas. 
Ureolíticas. 
 Produtoras de Metano. 
 Produtoras de Amônia . 
 Bactérias que utilizam ácidos. 
 Bactérias que utilizam AA e 
açúcares como fonte de energia. 
• De acordo com sua repartição no 
rúmen: 
 Bactérias aderidas a partículas. 
 Bactérias livres no líquido. 
 Bactérias fixadas à parede do 
rúmen. 
ECOSSISTEMA MICROBIANO RUMINAL 
MISTURA PROMOVE A ESTRATIFICAÇÃO 
46 
 PROTOZOÁRIOS 
 
ECOSSISTEMA MICROBIANO RUMINAL 
 Sensíveis a alterações na dieta. 
 Aumentam (dietas - açúcares e amido e de elevada 
digestibilidade). 
 Ingerem bactérias (controle). 
 NÃO SÃO ESSENCIAIS PARA A DIGESTÃO. 
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 FUNGOS 
 
ECOSSISTEMA MICROBIANO RUMINAL 
 Anaeróbios estritos. 
 Associam-se à fração de fibra. 
 Aumentam em dietas com elevado teor em fibra. 
 “Atacam” frações de menor digestibilidade da PC (podem 
fermentar celulose). 
48 
METABOLISMO RUMINAL 
49 
CARBOIDRATOS 
NITROGÊNIO 
MICRORGANISMOS 
CH4 
AGV Pb 
CO2 RÚMEN 
50 
METABOLISMO RUMINAL 
PROTEÍNA 
AA’s 
URÉIA 
AMÔNIA 
Pb 
C-C-C 
Amônia 
Uréia 
Fígado 
Saliva 
Rúmen 
Retículo 
Proteína “by pass” 
Urina Pb 
51 
 LIPÍDEOS DIETÉTICOS (INSATURADOS). 
 Após degradação ruminal  AG e glicerol 
 INSATURADO → SATURADO biohidrogenação 
 ID (absorção) explica 
Tecido adiposo (↑ AGS) 
INGESTÃO (AGI) 
apesar 
METABOLISMO RUMINAL 
52 
 ASPECTOS PRINCIPAIS 
BACTÉRIAS + 
PROTOZOÁRIOS + 
FUNGOS 
g do rúmen 
efetuam FERMENTAÇÃO 
 Digestão da fibra. 
 Utilização do NNP. 
 Detoxificação. 
Alteração da gordura. 
atuando 
METABOLISMO RUMINAL 
PROCESSOS METABÓLICOS NO RÚMEN 
ALIMENTO 
Degradação 
Proteína microbiana AGV 
RÚMEN 
Passagem Absorção Passagem 
53 
54 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
O QUE TORNA O RUMINANTE 
MAIS EFICIENTE NO USO DE 
MATÉRIA VEGETAL EM RELAÇÃO 
A OUTRAS ESPÉCIES? 
? 
55 
56 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
ASPECTOS IMPORTANTES PARA O FUNCIONAMENTO DO RÚMEN 
CONDIÇÕES RUMINAIS 
pH 
Nutrientes 
RUMINAÇÃO 
PRODUÇÃO DE SALIVA 
↑ FIBRA 
> Tempo de ruminação 
↑ pH ruminal 
pH favorece a digestão 
da CELULOSE 
(g celulolíticos) 
↑ CONCENTRADO 
< Tempo de ruminação 
↓ pH ruminal 
pH favorece a digestão 
do AMIDO 
(g amilolíticos) 
Produção de 
lactato 
 REGULAÇÃO DO pH RUMINAL 
57 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
PARA REALIZAR A NUTRIÇÃO, O ORGANISMO 
NECESSITA DE CINCO SISTEMAS: 
 DIGESTÓRIO – apreensão, digestão e absorção. 
 CIRCULATÓRIO – transporte dos produtos digeridos e absorvidos, assim 
como os resíduos (metabólitos). 
 RESPIRATÓRIO – uso do O2 do ambiente e expulsa o CO2. 
 EXCRETOR – concentra e expulsa as substâncias tóxicas produzidas 
durante o processo de nutrição. 58 
 ENDÓCRINO – produção de hormônios, essenciais no processo de digestão. 
Estômago 
SISTEMA DIGESTÓRIO 
59