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16.03.14 Doenças Parasitárias Verminoses em Ovinos e Caprinos

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Doenças Parasitárias
Verminoses em Ovinos e Caprinos
Paulo Henrique da Silva Barbosa
Medicina Veterinária – UFRRJ
A melhor forma de aplicação em pequenos ruminantes é por via oral. É recomendado que se faça pela manhã, ainda em jejum. 
A produção desses animais, no Brasil, é maior nas regiões Sul e Nordeste. A nível mundial, a Índia é o maior produtor. Segundo o IBGE, mais de 90% da população de caprinos está na região nordeste.
Existem trabalhos que mostram que a maior incidência de enfermidades e ovinos é de origem parasitária.
Vermes Pulmonares
Dictyocaulus filaria – Pode ser encontrado também em grades ruminantes como bovinos e búfalos, porém a espécie é diferente. Vai determinar uma pneumonia verminótica.
Muellerius capillaris – parasita alvéolos e parênquima pulmonar.
Dictyocaulus Filaria
Ciclo Biológico: Vive nos brônquios, onde as fêmeas colocam os ovos que podem ser expelidos quando o animal tosse ou tem secreção ou podem ser deglutidos novamente e as larvas eclodem. Ovos eliminados nas fezes.
Achados: Temperatura elevada (40-41ºC), descarga nasal, cianose, estertores, dificuldade respiratória.
Tratamento: Recomenda-se o levamisol para parasitos pulmonares por ser muito efetivo, além de ser imuno estimulante. Além desse, albendazol, fenbendazol, ivermectina. 
Muellerius capillaris
Pequeno ruminante ingere caramujos infectados no pasto. Ovos eliminados pelas fezes.
Achados: Dificuldade respiratória, febre, tosse, exsudatos nos bronquíolos promovem colapso em grandes áreas, bronco pneumonia verminótica. Pulmão edemaciado, pode-se encontrar os parasitos em brônquios e bronquíolos. 
Diagnóstico diferencial: Broncopneumonia bacteriana, abcessos, necrobacilose, tuberculose, actinobacilose, hidatidose. 
Família Trichostrongylidae – Têm ciclo direto: Ovo eliminado nas fezes que liberam larva l1 – l2 – l3, que vai ao pasto, são ingeridas, ganham o abomaso, l4 – l5 – l6, as femeas colocam os ovos que são eliminados nas fezes.
Podem causar: apatia, emagrecimento, diarreia, hipoproteinemia, anemia (principalmente Haemonchus).
Ciclo biológico dos nematoides: Levam de 7 a 10 dias no ambiente. Dentro do organismo, levam de 20 a 30 dias para começar a eliminar ovos nas fezes (período pré patente).
Haemonchus Contortus
Ação hematófaga, causa anemia e hipoproteinemia. Extremamente patogênico e, hoje, muito resistente à maioria dos vermífugos. 
Achados: Apatia, perda de peso, diarreia. “Cordeiro desgarrado”. Existem 5 pontos chave para na observação clínica com a suspeita de parasitose: Anemia; escore corporal normalmente entre 1 e 2; Diarréia escura; Edema submandibular; Descarga nasal. 
Edema submandibular – Popularmente conhecido como “papeira” característica comum por parasitose de Haemonchus. Cuidado, há raças que normalmente apresentam essa característica que não é sinal de patologia. 
Abomaso edemaciado, com lesões, hemorragia. Pode-se encontrar parasitos nas alças intestinais que causam obstrução.
Lesão no abomaso por osteortagia é bem característica, apresentando pontos de fibrose.
Strongyloides
Extremamente importantes para animais jovens. 
Ocorre mais em locais onde há acúmulo de água no solo. Causa lesões na pele e podridão de casco devido à penetração larval. Animais adultos dificilmente irão eliminar ovos nas fezes. Filhotes podem adquirir através do leite materno.
Leva a óbito de animais jovens. Muito importante. Cuidado principalmente com gestantes para evitar a transmissão através do leite.
Oesophagostumum Columbianum
Se localizam principalmente no instestino grosso onde provocam lesões. Normalmente fêmeas gestantes apresentam queda de imunidade, favorecendo o desenvolvimento dos parasitos. Pode-se encontrar grandes quantidades desse parasito nas fezes desses animais.
Achados: Diarréias com fezes verde-escuras com muco e sangue. Animal com perda de peso. Animais jovens podem apresentar diminuição de apetite, diarreia, anemia. 
Post-mortem: Nódulos brancos esverdeados no intestino. Peritonite localizada. Inflamação do intestino médio no estágio agudo. Inflamação do cólon no estágio crônico. Dentro dos nódulos no intestino pode-se encontrar uma massa caseosa com as larvas no interior.
Trichuris ovis
Conhecido como verme chicote. Forma infectante são os ovos larvados que são ingeridos, passam para o estômago e as larvas migram para o intestino grosso, fixando-se na mucosa.
Moniezia 
Parasitos eliminados nas fezes, ácaros ingerem, vão para folhagens, os animais ingerem os ácaros, no estômago são liberadas as larvas que vão para o intestino delgado onde vão se transformar em adultos. Deve-se fazer manejo do pasto, limpeza, corte, etc. 
Normalmente não tem importância patogênica e clínica.
Infecções maciças podem causar inflamação da mucosa intestinal, diarreia, esteatose hepática, anemia, constipação alternada com diarreia, obstrução intestinal, podendo levar até a morte.
Mais comum em animais durante o primeiro ano de vida do animal.
Ovos: formato quadrangular, contém o embrião no interior.
Diagnóstico Parasitário
Coletar diretamente da ampola retal do animal. Faz em 10% dos animais, se possível. Faz-se o diagnóstico de qual parasito está causando a patologia e faz-se o tratamento.
Programa para o controle de parasitos internos em ovinos e caprinos
Parasitos predominantes – Identificar na época do ano em que deve vermifugar – Escolher um produto eficaz.
Controle
Anti-helmínticos (exclusivamente)
Anti-helmínticos + manejo = redução do nº de larvas nas pastagens
Método FAMACHA: exame da mucosa ocular. Vermifugar apenas animais parasitados. 
Aplicação de Anti-helmínticos
Dosificações estratégicas
Dosificações táticas: fatores climáticos
Dosificações curativas: sinais clínicos
Pode-se usar durante o período chuvoso e período seco. Fazer uma aplicação no mês de março, no meio do ano junho-julho uma outra aplicação de reforço e depois uma outra aplicação em Agosto. Outra aplicação em Novembro.

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