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Patologia Clínica e Cirúrgica Oftalmologia Veterinária Paulo Henrique da Silva Barbosa Medicina Veterinária – UFRRJ COMPLEMENTAR COM SLIDES Afecções Clínico-Cirúrgicas da Pálpebra Laceração Palpebral Ideal fazer sutura, cicatrização por primeira intensão. Fazer utilização de colar Elizabetano. Os pontos devem ser feitos com fios finos, voltados para fora, para evitar irritação do olho do animal. Perdi, pegar início. Entrópio Algumas raças como Shar pei têm pré disposição. Pontos não devem ficar muito longos para não machucar a córnea. Perdi, pegar início. Ectrópio Mais comum em cães, principalmente em Cocker. É a inversão palpebral. Pode ser primário ou secundário a um processo cicatricial ou fadiga da musculatura. Os sinais clínicos podem ser uma conjuntivite, uma hiperemia da terceira pálpebra, edema da conjuntiva. Tratamento: Primeiramente deve-se corrigir a inflamação, limpeza, e depois, correção cirúrgica. Existe técnica da Trepanação (Punch 5 a 7mm). Técnica V Plastia, onde remove-se um segmento da pálpebra. No pós operatório, utilizar colar elisabetano, analgésico por 2 a 3 dias, antibiótico tópico. Complicações cirúrgicas: Permanência do extrópio, causar entrópio por remoção de um fragmento maior que o necessário e lesão à córnea pelo fio de sutura. Neoplasias Em cães, as mais comuns são benignas das glândulas tarsais e em gatos, carcinoma epidermóide. Pode haver aumento de volume ou ulceração na pálpebra e se a massa tiver direcionada para dentro do olho pode haver epífora, secreção purulenta, inflamação. Indicado intervenção cirúrgica para saber o que é a massa através da histologia, citologia do linfonodo do lado correspondente ao olho afetado, radiografia torácica. Se, após a remoção da massa, o espaço for menor que 1/3 da pálpebra, pode suturar. Quando for mais de 1/3 da pálpebra, tem que se fazer reconstrutiva. Pós Operatório Complicações: Pode haver deiscência de sutura, pode ter recidiva e o prognóstico vai depender do tipo de neoplasia, da agressividade, do tratamento cirúrgico, etc. Afecções Clínico-Cirúrgicas da Córnea Ulceração Pode ser causada por vírus, bactéria, trauma, idiopática. Sinais são blefaroespasmo, epífora, fotofobia, opacidade estroma, neovascularização. O diagnóstico é feito pelos sinais clínicos e através do exame clínico – Teste de Fluoresceína. A córnea tem quatro camadas: epitélio, estroma, membrana descemet e endotélio. A fluoresceína não cora a membrana de descemet que é hidrofóbica. Se a ulcera for na membrana de descemet, não vai corar. Quando chega a essa profundidade, é mais grave, com chance de perda de líquor. Tratamento para úlceras superficiais e simples: pomada de antibiótico a cada 6 horas, colírio de antibiótico a cala 4 horas, colar. Tratamento para úlceras profundas ou descemetocele: debridar a úlcera, retalho da 3ª pálpebra. A sutura da terceira pálpebra ajuda a proteger, aumenta vascularização e acelera o processo de cicatrização. Complicações: Deiscência de sutura, etc. Prolapso da Glândula da 3ª Pálpebra O olho começa a ficar seco, ocorre secreção ocular, hiperemia da conjuntiva. Deve-se fazer o reposicionamento da glândula, sua retirada não é recomendada pois pode causar olho seco. Técnica de reposição da glândula. Técnica do ancoramento (agulha pelo periósteo). Tem muita taxa de recidiva. Complicações: edema que diminui em cerca de 7 dias e pode haver recidiva. Proptose Ocular Saída do globo ocular da órbita. Causa pode ser trauma ou contensão. Ideal corrigir o mais rápido possível para não haver lesão em nervos, vasos. Pode ser que o animal não volte a enxergar caso haja lesão nessas estruturas. O ideal, caso não haja sinal de infecção, reposionar o globo. As complicações são: infecção/necrose do globo – enucleação (cirúrgico). Estrabismo. 20% dos animais voltam a enxergar, a grande maioria perde a visão do olho afetado. Enucleação: Retirada do globo ocular, pálpebra e . Tem que tirar até a glândula para que não haja secreção. Não é uma cirurgia fácil pois a manipulação ocular faz com que haja reflexo oculocardíaco, podendo causar bradicardia e depressão respiratória e o animal pode vir a óbito. As complicações são hemorragia, infecção e secreção ocular por permanência da glândula. Se houver perda de algum vaso durante a cirurgia, pode-se deixar uma gaze que irá comprimir e cessar o angramento, suturar a região e deixar um espacinho aberto para futura retirada da gaze. Neoplasia Maligna. Sinais podem ser úlcera de córnea. Quando é intraocular, só retira o olho. Quando é periocular tem que retirar também margem de segurança. Exentração: retirada de todo tecido dentro da órbita, o que difere de enucleação. Orbiectomia: retirada de toda a órbita, inclusive do tecido ósseo.
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