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Zoonoses: Brucelose Paulo Henrique da Silva Barbosa Medicina Veterinária – UFRRJ É considerada zoonose por excelência pois causa grande mortalidade em todo o mundo. Causada por Brucella spp. Conhecida como febre de malta, febre do mediterrâneo. O agente é um pequeno cocobacilo gram negativo intracelular facultativo e sensível ao calor. É uma doença com sintomatologia fácil de se confundir. Brucelose Humana Doença de morbidade significativa (500 mil casos/ano) e baixa mortalidade. Relacionada à prevalência de infecção nos animais. Aspectos Zoonóticos Brucella melitensis – Infecta caprinos e ovinos, é a mais patogênica para o homem. Brucella suis – infecta primariamente suínos, está presente no Brasil, mas com uma prevalência muito baixa. Brucella abortus – Infecta bovinos e bubalinos, além do homem – causa prejuízos à bovinocultura no pais em função. Mais importância no Brasil. Suis, abortus e canis: Maior prevalência no Brasil. Aspectos Epidemiológicos Enfermidade de caráter ocupacional (acidentes vacinais), sendo mais frequente em homens. Doença sub diagnosticada e subnotificada. Estrutura ainda pequena para diagnóstico em humanos. Considerada pela OMS como doença emergente e agente potencial para bioterrorismo – Baixas doses infectantes necessárias. Período de Incubação: Muito variável, de semanas a muitos meses até a manifestação dos primeiros sintomas. Duração: poucas semanas, meses ou anos. Terapêutica: associação de antibióticos: redução da duração e das recaídas. Homem: Custos com diagnóstico e tratamento. Ausência no trabalho. Transmissão Para Humanos Contato com mucosas ou solução de continuidade da pele. Manipulação de material de aborto ou parto e de carcaças de animais infectados. Dose infectante muito alta. Outras formas de transmissão: Inalação de aerossóis contaminados. Inoculação acidental de vacinas. Ingestão de produtos lácteos e carne crua contaminados. A carne geralmente está relacionada à vísceras. Fatores de Risco Aquisição de animais sem atestado de negativo para brucelose. Ausência ou baixa taxa de vacinação. Elevada densidade do rebanho. Demora na eliminação de animais infectados. Grupos de Risco Tratadores e veterinários; Magarefes, trabalhadores de laticíneos e donas de casa; Laboratoristas; O homem não é reservatório natural de Brucella a infecção se mantém apenas em populações animais. O homem dificilmente transmite para outro. Manifestações Clínicas nos Humanos Doença sub clínica: Geralmente assintomática. Detectada por exames sorológicos Doença aguda e subaguda: Sintomas inespecíficos: fadiga, febre, calafrios, cefaleia, anorexia, emagrecimento, mialgias e sudorese noturna. Pode ser confundida com uma gripe, por exemplo. Infecção localizada e Complicações: Ossos, articulações, SNC, coração, pulmões, baço, fígado, testículos, vesícula biliar, rins, próstata e pele. Recorrência de infecção: Decorrente da localização intracelular de Brucella sp. Ocorre meses após o tratamento inicial. Infecção Crônica: Após 1 ano de doença. Devido a tratamento inadequado ou doença localizada no fígado, ossos ou baço. Prevenção Controle nos Animais: Eliminação dos positivos; Imunização dos bovinos; Cães: castração, tratamento e orientação; Fervura ou pasteurização do leite e derivados; Matadouros com bom sistema de ventilação. Utilização de EPI. Vacina: B19 Não existe vacina para humanos. Fêmeas grávidas não devem receber vacinas: Aborto. Machos não devem receber vacinas: Orquite. Tratamento Associação de antibióticos: Tetraciclina, Gentamicina e Doxiciclina – 6 semanas.
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