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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA CAMPUS DIADEMA LABORATÓRIO DE OPERAÇÕES UNITÁRIAS Curva Característica de Bomba Centrífuga UC: Operações Unitárias I Professor: Igor Tadeu Lazzarotto Bresolin Equipe: Daniel De Carvalho Albertini Larissa Domingues Marcelo Zorzetto Francatto Thales Veronesi Carvalho Diadema - SP Junho / 2013 UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA CAMPUS DIADEMA LABORATÓRIO DE OPERAÇÕES UNITÁRIAS SUMÁRIO 1. Introdução ............................................................................................................................ 1 2. Objetivos ............................................................................................................................... 4 3. Materiais e Métodos ............................................................................................................ 5 4. Resultados e Discussões ................................................................................................... 8 5. Conclusão ............................................................................................................................13 6. Sugestão ...............................................................................................................................13 7. Referências Bibliográficas ..............................................................................................14 UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA CAMPUS DIADEMA LABORATÓRIO DE OPERAÇÕES UNITÁRIAS ÍNDICE DE TABELAS Tabela 1: Dados para a água e aceleração da gravidade (Cengel, 2007). ..................................8 Tabela 2: Vazão, pressão de entrada e de saída da bomba e carga da bomba. ..........................8 Tabela 3: Velocidade de rotação e diâmetro do rotor. ............................................................ 11 ÍNDICE DE FIGURAS Figura 1: Bomba de deslocamento positivo (rotativa) .............................................................2 Figura 2: Bomba rotodinâmica (centrífuga) ............................................................................2 Figura 3: Curvas características de uma bomba .......................................................................3 Figura 4: Bancada Experimental. ............................................................................................5 Figura 5: Carga da Bomba em Função da Vazão. .................................................................. 10 Figura 6: Curva X e ................................................................................ 11 Figura 7: Carga da Bomba em Função da Vazão com Formação de Cavitação. ..................... 12 UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA CAMPUS DIADEMA LABORATÓRIO DE OPERAÇÕES UNITÁRIAS TERMO DE HONESTIDADE E AUTENTICIDADE Os autores deste relatório atestam que não houve plágio, fraude e/ou falta de honestidade na confecção deste documento. Os autores confirmam que o conteúdo deste relatório (incluindo texto, dados, figuras, tabelas e entre outros) foi resultado de observações do próprio grupo de autores, excluídas as citações devidamente referenciadas. Os autores também atestam que não foram utilizados relatórios de outros grupos como referência na preparação deste relatório. ENSAIO: Curva Característica de Bomba Centrífuga DATA: 05/06/2013 AUTORES: _______________________________________________ Daniel De Carvalho Albertini _______________________________________________ Larissa Domingues _______________________________________________ Marcelo Zorzetto Francatto _______________________________________________ Thales Veronesi Carvalho UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA CAMPUS DIADEMA LABORATÓRIO DE OPERAÇÕES UNITÁRIAS Resumo Neste experimento foram determinados, a curva, os parâmetros de funcionamento e a utilidade da bomba centrífuga. O procedimento foi realizado com um sistema de reciclo total, com uma bomba centrífuga, três válvulas, dois rotâmetros de diferentes escalas, um tanque, um vacuômetro e um manômetro. Utilizando as válvulas para controlar as vazões, tanto a montante, quanto a jusante da bomba, e anotando as pressões necessárias para os resultados, obtivemos que os dados obtidos durante o experimento estão coerentes com os fornecidos pela Dancor, fabricante da bomba utilizada. Entretanto erros de leitura ocasionados pelos manômetros contribuíram para que a curva característica da bomba não fosse muito precisa, obtendo R²=0,9719 para a função da vazão e de R²=0,9375 para a relação X . A cavitação se mostrou uma grande fonte de erros de leitura, apresentado um comportamento incoerente com o observado sem a formação de cavitação no sistema. UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA CAMPUS DIADEMA LABORATÓRIO DE OPERAÇÕES UNITÁRIAS 1 1. Introdução Bombas Para que seja possível o escoamento de um líquido em uma tubulação a uma vazão, pressão e altura manométrica específica é necessária a utilização de uma máquina denominada de bomba. A função da bomba é transformar energia potencial (provida de um motor ou turbina), em energia cinética (movimento) e energia de pressão (força) para o fluido a ser escoado, permitindo ter as especificações de desempenho requeridas pelo sistema. As bombas são classificadas de acordo com a forma em que elas cedem energia ao fluido, as classificações mais usuais são: (FOUST et al,. 2011). Bombas de deslocamento positivo: As bombas de deslocamento positivo também podem ser chamadas de “bombas volumétricas”, assim são chamadas porque deslocam uma quantidade fixa de volume de fluido por cada ciclo independentemente das condições de pressão na saída, o que não é conseguido nas bombas centrífugas. São subdivididas em dois grupos: bombas alternativas e bombas rotativas. Exemplo ilustrado pela Figura 1. (FOUST et al,. 2011). Bombas rotodinâmicas: Turbo-bombas ou bombas rotodinâmicas são bombas onde a movimentação do fluido é provida de forças que se desenvolvem na massa líquida através da rotação de uma peça interna, ou um conjunto de peças, dotadas de aletas ou pás conhecidas como rotor, impulsor ou impelidor. Exemplo ilustrado pela Figura 2. (FOUST et al,. 2011). UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA CAMPUS DIADEMA LABORATÓRIO DE OPERAÇÕES UNITÁRIAS 2 Figura 1: Bomba de deslocamento positivo (rotativa) (www.manutencaoesuprimentos.com.br). Figura 2: Bomba rotodinâmica (centrífuga) (www.reidaverdade.net/bomba-centrifuga- imagens.html). Curvas características de bombas. As curvas características de bombas traduzem em gráficos o seu funcionamento, onde são explicitas a interdependência entre as grandezas operacionais. Estas curvas dependem principalmente das características da bomba, entre elas, do tipo de bomba, tipo de rotor, das dimensões da bomba, do número de rotações por unidade de tempo e da rugosidade interna do material da bomba. Paracada modelo de bomba, os fabricantes fornecem as curvas características, que são obtidas por meio de testes em laboratórios utilizando água a 20ºC como fluido. Uma bomba destina-se a elevar um volume de fluido a uma determinada altura, em um certo intervalo de tempo, consumindo energia para desenvolver este trabalho e para seu UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA CAMPUS DIADEMA LABORATÓRIO DE OPERAÇÕES UNITÁRIAS 3 próprio movimento, implicando, pois, em um rendimento característico. Estas, então, são as chamadas grandezas operacionais das bombas, isto é, vazão (Q), altura manométrica (H), rendimento (e potência (P). A Figura 3 mostra um gráfico que relaciona as grandezas operacionais, são as curvas características de uma bomba específica. (FOUST et al,. 2011). Figura 3: Curvas características de uma bomba (areamecanica.wordpress.com). Toda curva possui um ponto de trabalho característico, chamado de “ponto ótimo”, onde a bomba apresenta o seu melhor rendimento ( ), sendo que, sempre que deslocar-se, tanto a direita como a esquerda deste ponto, o rendimento tende a cair. Para evitar gastos financeiros demasiados no processo, é importante levantar a curva característica do sistema, para confrontá-la com uma curva característica de bomba que se aproxime ao máximo do seu ponto ótimo de trabalho. Cavitação A cavitação é um fenômeno de ocorrência limitada a líquidos, com consequências danosas para o escoamento e para as regiões solidas onde a mesma ocorre. Isso ocorre quando a pressão absoluta do líquido, em qualquer ponto do sistema de bombeamento for igualada ou reduzida a sua pressão de vapor na temperatura de bombeamento, parte deste líquido se vaporizará, formando “cavidades” no interior da massa líquida. As bolhas de vapor são UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA CAMPUS DIADEMA LABORATÓRIO DE OPERAÇÕES UNITÁRIAS 4 conduzidas pelo sistema até atingirem um ponto no sistema onde a pressão é maior que sua pressão de vapor, onde então ocorre a implosão dessas bolhas, e o fluido volta a ter uma única fase líquida (www.schneider.ind.br). Esse processo é normalmente acompanhado por ruídos, vibrações e possíveis erosões nas peças das superfícies sólidas. NPSH (net positive suction head) Afim de quantizar e evitar o processo de cavitação em um sistema hidráulico, o processo usual para analisarmos a operação de determinada bomba num sistema é através do conceito de NPSHreq e NPSHdisp. O NPSH(disponível) é uma característica do sistema e representa, ou define, a quantidade de energia absoluta disponível no flange de sucção da bomba, acima da pressão de vapor do fluído naquela temperatura. O NPSH(requerido) representa a carga exigida pela bomba para poder succionar o fluido, nas condições apresentadas. Este geralmente é fornecido pelo fabricante da bomba, através de uma curva NPSHreq x Vazão, para cada bomba de sua linha de fabricação, sendo uma das curvas características da bomba (www.schneider.ind.br). Assim, para que haja cavitação no sistema é necessário que: (NPSH)disp. > (NPSH)req. 2. Objetivos Compreender o funcionamento da bomba centrífuga e comparar a curva característica determinada na bancada com a fornecida pelo fabricante, assim como analisar o comportamento do sistema durante a ocorrência da cavitação. UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA CAMPUS DIADEMA LABORATÓRIO DE OPERAÇÕES UNITÁRIAS 5 3. Materiais e Métodos Neste item é explicitada a lista de materiais utilizados no experimento, bem como o procedimento experimental utilizado. Materiais A Figura 4 apresenta a bancada para a realização do experimento. Os números em destaque são utilizados para facilitar a apresentação dos métodos experimentais. Figura 4: Bancada Experimental. Em que temos: (1) tanque reservatório; (2) vacuômetro à montante da bomba; (3) bomba centrífuga; (4) manômetro à jusante da bomba; UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA CAMPUS DIADEMA LABORATÓRIO DE OPERAÇÕES UNITÁRIAS 6 (5) rotâmetro de menor vazão; (6) rotâmetro de maior vazão; (V1) válvula à montante da bomba; (V2) válvula à jusante da bomba ligada ao rotâmetro menor; (V2) válvula à jusante da bomba ligada ao rotâmetro maior. Métodos Utilizando a Figura 4 como base para os códigos destacados. O experimento se divide em basicamente duas partes. A primeira consistiu em deixar a válvula (V1) completamente aberta, então foi variado a vazão com a válvula (V2) mantendo a válvula (V3) completamente fechada, depois ainda com a válvula (V1) completamente aberta foi variado a vazão da válvula (V3) mantendo a válvula (V2) completamente fechada, anotando sempre a pressão no ponto 2 e no ponto 3 a cada vazão medida. Na segunda parte foram determinados pontos de vazões próximos aos realizados na primeira, porem inicialmente foi mantido a válvula (V2) completamente fechada e a válvula (V3) completamente aberta variando a vazão com a válvula (V1), depois com a válvula (V3) completamente fechada e a válvula (V2) completamente aberta variou-se a vazão com a válvula (V1), anotando sempre a pressão no ponto 2 e no ponto 3 a cada vazão medida. Descrição dos Cálculos Para determinar a curva da bomba, partiu-se dos valores obtidos de pressão para cada vazão, e se fez uso do balanço de energia (Equação 1). (Curva característica de bomba centrífuga, 2013). (1) Em que: H = carga da bomba (m); P = pressão (N/m 2 ); UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA CAMPUS DIADEMA LABORATÓRIO DE OPERAÇÕES UNITÁRIAS 7 = peso específico do fluido (N/m3); v = velocidade do fluido (m/s); g = aceleração da gravidade (m/s 2 ); z = carga de elevação (m); hL = perda de carga (m). Entretanto para os cálculos foram desconsiderados a perdas de carga do sistema e considerando que a diferença de altura entre entrada e saída da bomba é aproximada à zero, ficando a equação para o cálculo da carga da bomba (Equação 2). (Curva característica de bomba centrífuga, 2013) (2) Para o cálculo da carga não foi necessário considerar a pressão atmosférica, pois se trabalhou com a pressão manométrica do sistema. Em um líquido livre de gases dissolvidos que passa por uma bomba, o aumento da pressão é função da vazão (Q), da massa específica (ρ), de sua viscosidade dinâmica ( ), da velocidade de rotação da bomba (N) e também do diâmetro do rotor (D), logo: P = f (Q,ρ,μ,N,D) (3) Sabendo-se então que as variáveis envolvidas no bombeamento de um fluido através de um sistema qualquer, aplicaram-se o Teorema de Buckingham para situações de turbulência, ou seja, quando o Número de Reynolds tem valor superiora de 4000. (Curva característica de bomba centrífuga, 2013). (4) UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA CAMPUS DIADEMA LABORATÓRIO DE OPERAÇÕES UNITÁRIAS 8 Essa relação foi utilizada para obter o gráficode ΔP/N2D2 por Q/ND3. 4. Resultados e Discussões Os dados da água utilizada durante o experimento, assim como considerações feitas para possibilitar os cálculos, encontram-se na Tabela 1. Tabela 1: Dados para a água e aceleração da gravidade (Cengel, 2007). Temperatura (ºC) Massa Específica (kg/m³) Aceleração da Gravidade (m/s²) Viscosidade Dinâmica (Pa.s) 21 997,8 9,81 09798 E-4 As pressões manométricas medidas na entrada e saída da bomba, durante a primeira tomada de dados, e as vazões referentes são apresentadas na Tabela 2. Após as devidas conversões para o Sistema Internacional, foi possível calcular a carga da bomba em metros. Tabela 2: Vazão, pressão de entrada e de saída da bomba e carga da bomba. Q (L/h) Pentrada (mm.hg) Psaída (psi) H (m) 0 0 35 24,653 65 0 34 23,949 100 0 33 23,244 150 0 33 23,244 200 0 32 22,540 250 0 32 22,540 300 0 32 22,540 350 0 32 22,540 400 0 31 21,836 500 0 31 21,836 600 0 31 21,836 UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA CAMPUS DIADEMA LABORATÓRIO DE OPERAÇÕES UNITÁRIAS 9 Tabela 2: Vazão, pressão de entrada e de saída da bomba e carga da bomba. Q (L/h) Pentrada (mm.hg) Psaída (psi) H (m) 700 -10 30 21,268 800 -10 30 21,268 900 -20 30 21,404 1000 -30 29 20,836 1200 -40 28 20,267 1400 -50 28 20,404 1600 -60 27 19,835 1800 -80 26 19,403 2000 -120 25 19,244 2200 -140 24 18,812 2400 -180 23 18,652 2600 -210 22 18,357 2800 -250 21 18,197 3000 -280 20 17,901 3500 -400 17 17,423 A partir dos dados apresentados na Tabela 2, juntamente com dados do fabricante da bomba (DANCOR S.A. INDÚSTRIA MECÂNICA, 2013), foi possível esboçar o gráfico presente na Figura 5, que apresenta as perdas de carga experimental e teórica (estabelecida pelo fabricante) em relação à vazão do sistema. UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA CAMPUS DIADEMA LABORATÓRIO DE OPERAÇÕES UNITÁRIAS 10 Figura 5: Carga da Bomba em Função da Vazão. A Figura 5 permite afirmar que o a carga da bomba diminui conforme aumenta a vazão do sistema. Pode-se constatar que a curva característica de bomba tem sua importância ao apresentar a energia que a bomba fornece ao fluido em cada vazão de operação. Porém, para saber o ponto de operação da bomba é preciso relacionar essa curva característica da bomba com a curva característica de instalação. Esta última tem a função de informar, também para um regime permanente, a energia que deverá ser fornecida ao fluido para cada vazão de operação. Portanto, o ponto de operação representa as condições operacionais de uma determinada bomba em uma determinada instalação e para encontrar o ponto de operação da bomba é necessário conhecer a perda de carga do sistema. Observa-se também que os valores para a carga da bomba fornecidos pela Dancor estão próximos dos valores obtidos experimentalmente, e é possível considerar que a diferença existente está relacionada à erros de leitura dos manômetros, pois os mesmos apresentam uma variação constante mesmo com o regime permanente estabelecido. Tal afirmação pode ser comprovada pelo valor da correlação linear para os valores experimentais UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA CAMPUS DIADEMA LABORATÓRIO DE OPERAÇÕES UNITÁRIAS 11 que é de R²=0,9719, indicando uma boa relação entre os dados coletados, mas muito inferior se comparada à relação teórica que é de R²=0,9991. Outros dados fornecidos pelo fabricante como velocidade de rotação e diâmetro do rotor estão presentes na Tabela 3. Tabela 3: Velocidade de rotação e diâmetro do rotor. Fornecido pelo Fabricante Sistema Internacional N (rpm) D (mm) N (1/s) D (m) 3500 110 366,33333 0,11 Aplicando-se o Teorema de Buckngham, para um escoamento de alta turbulência, as razões resultam na construção da curva característica da bomba utilizada, em que a velocidade de rotação (N) e o diâmetro do rotor (D) sejam constantes. Tal curva esta apresentada pela Figura 6. Figura 6: Curva X e UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA CAMPUS DIADEMA LABORATÓRIO DE OPERAÇÕES UNITÁRIAS 12 A Equação 3 determina que a variação da pressão (∆P) varia apenas em função da vazão volumétrica (Q), já que a velocidade de rotação (N) e o diâmetro do rotor (D) são constantes para cada tipo de bomba, de modo a concluir que, o comportamento esperado do gráfico é a de uma reta, por esse motivo traçou-se uma reta linear através dos pontos obtidos, apesar do R² ser igual a 0,9375 não apresentar um valor ideal (R²=0,998, ou maior). Percebe-se que, quanto maior a vazão do sistema, menor sua variação de pressão, ou seja, à medida que a vazão aumenta sua velocidade e, por consequência, sua energia cinética também aumentam e a pressão diminui. O próximo passo do experimento consistiu no estudo do comportamento da bomba com a formação de cavitação. Os dados coletados estão presentes na Figura 7. Figura 7: Carga da Bomba em Função da Vazão com Formação de Cavitação. Observa-se uma grande discrepância entre a carga da bomba encontrada e o comportamento observado sem cavitação, isto pode ser explicado pela formação de bolhas de UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA CAMPUS DIADEMA LABORATÓRIO DE OPERAÇÕES UNITÁRIAS 13 vapor no sistema ocasionado um erro de leitura no vacuômetro, pois o mesmo mede uma pressão média da região, então há pontos específicos em que a pressão se igualou à pressão de vaporização, e em outros pontos da região não. Como a água que passa pela bomba possui gases dissolvidos, com a formação de cavitação não há aplicabilidade para o Teorema de Buckingham. 5. Conclusão O experimento utiliza-se de uma bomba centrifuga para determinar experimentalmente a curva característica deste tipo de bomba, assim na primeira parte do experimento pode-se concluir que para pequenas vazões a curva característica experimental se assemelha a especificada pelo fornecedor, entretanto com o aumento da vazão, ocorre um aumento na perda de carga, o que distancia a curva experimental da teórica, já que experimentalmente a perda de carga do sistema foi desconsiderada. Na segunda parte do experimento foi observada uma discrepância entre a carga da bomba experimental e o comportamento observado sem cavitação, isso ocorreu devido a formação de bolhas de vapor no sistema, ocasionando o erro da leitura no vacuômetro, já que houveram marcações onde a pressão se igualou a pressão de vaporização da água, porem isso não ocorreu em todos os pontos. Assim o bom funcionamento de um sistema de bomba depende não apenas do conhecimento do equipamento, mas também do conhecimento das características do sistema e suas relações como demonstrados nos gráficos. Lembrando sempre que os resultados obtidos podem ter sido encobertos por erros experimentais como erros de leitura do equipamento ou danificação dos instrumentos. 6. Sugestão Devido à dificuldade na analise das pressões de entrada e saída da bomba centrifuga, pode-se trocar os manômetros atuais por manômetros que oscilem menos, o que diminuiria as diferenças entre a pressão real e a observada, pois em todos os casos foi tirado uma media das pressões devido as oscilações do manômetro. UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA CAMPUS DIADEMALABORATÓRIO DE OPERAÇÕES UNITÁRIAS 14 Outro fator que ajudaria na coleta de dados experimentais seria a troca das válvulas, pois foram utilizadas neste experimento válvulas de bloqueio o que impede um ajuste fino da vazão, neste caso válvulas de controle seriam mais apropriadas. Uma analise da perda de carga do sistema também seria interessante, já que os acessórios e a tubulação tornam a perda de carga significativa, desfavorecendo a consideração de perda de carga nula. 7. Referências Bibliográficas FOUST, A. S., WENZEL, L. A., CLUMP, C. W., MAUS, L., ANDERSEN, L. B., Princípios das Operações Unitárias. Tradução Horacio Macedo. 2. Ed. Rio de Janeiro: LTC, 2011 BRANCO, R. Bombas de deslocamento positivo. Disponível em: <http://www.manutencaoesuprimentos.com.br/conteudo/5486-bombas-de-deslocamento- positivo/> Acesso em 3 Jun. 2013 Bomba Centrífuga – Imagens. Disponível em: < http://www.reidaverdade.net/bomba- centrifuga-imagens.html> Acesso em 3 Jun. 2013 Ingeniería Mecánica: Curvas características de una bomba centrífuga (II). Disponível em: <http://areamecanica.wordpress.com/2011/06/16/ingenieria-mecanica-curvas- caracteristicas-de-una-bomba-centrifuga-ii/> Acesso em 3 Jun. 2013 Bombas Centrífugas. Disponível em: <www.dec.ufcg.edu.br> Acesso em 3 Jun. 2013 SCHNEIDER MOTOBOMBAS. NPSH e Cavitação – Manual Técnico. Disponível em: <www.schneider.ind.br> Acesso em 3 Jun. 2013 UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA CAMPUS DIADEMA LABORATÓRIO DE OPERAÇÕES UNITÁRIAS 15 DANCOR S.A. INDÚSTRIA MECÂNICA. Linha Dancor PRAT IKA CP-4C / CP-4R: Centrífuga Multiuso. Disponível em: < http://www.dancor.com.br/catalogos/cp-4r- pbe_cat.pdf> Acessado em: 4 Jun. 2013 CENGEL, Y.U, & CIMBALA, J.M., Mecânica dos Fluidos: Fundamentos e Aplicações. McGraw Hill, 2007. DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA, UNIFESP, CAMPUS DIADEMA. Curva característica de bomba centrífuga. Curso de Engenharia Química, UC: Operações Unitárias I. 2013
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