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Resumo Aprender Antropologia LAPLATINE, François

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FACULDADE REGIONAL DA BAHIA
CIÊNCIAS CONTÁBEIS
TURMA: ANTROPOLIGIA TERÇA FEIRA A NOITE
DOCENTE: PAULO ALVES MOREIRA
DISCENTE: AISLENE SATURNINO 
APRENDER ANTROPOLOGIA
LAPLATINE, François. Aprender Antropologia, São Paulo: Brasiliense, 2003
PARTE I 
Capítulo I 
O livro Aprender Antropologia, de François Laplatine, traz os conceitos iniciais do ramo da antropologia. Desde os primórdios, os homens buscam entender seus comportamentos e sua forma de vida em sociedade. 
A reflexão antropológica surgiu com a existência do Novo Mundo. Com o Renascimento que as sociedades geograficamente mais afastadas, as que não pertenciam à civilização ocidental, começaram a ser estudadas. Pois devido a diferença que havia entre eles levantaram – se questões quanto a princípios éticos, morais e comportamentais, como por exemplo, se esses denominados selvagens teriam alma. 
Partindo dessa nova descoberta ouve-se uma grande oposição de pensamentos na Espanha quanto a questão desses povos serem civilizados ou não. Quanto aos índios, por exemplo, alguns à favor, como o dominicano Las Casas, comentando sua ordem política ser até melhor do que a de algumas sociedades, e outros à favor da servidão dos índios, como o jurista Sepulvera, que defendia que suas atitudes eram estranhas aos costumes pacíficos e da vida civil. Neste período, os estereótipos de mau selvagem e bom civilizado ganharam força, com o desejo de expulsão da cultura todos os que não participavam da faixa de humanidade dita como tradicional e os índios, já mencionados, foram julgados por causa de suas crenças religiosas, aparência física, costumes alimentares e até mesmo sua forma de falar. Devido a esse estereótipo e a dualidade de opiniões entre o “mau selvagem e bom civilizado” e o “bom selvagem e mau civilizado”, as populações ditas “selvagens” eram vistas em âmbitos extremos. Por uns considerado um povo ingênuo, religioso e bonito, e por outros como um povo sem almas, sem crença a Deus e feio que mereciam viver a margem da sociedade.
Capítulo III
O conceito de homem, surgiu apenas no século XVIII, com Foucault. Porém é somente no século XIX que se constitui a antropologia como uma ciência autônoma. Pois foi com a revolução industrial inglesa e a revolução política francesa, a Europa percebe que seus modos de vida vem sofrendo mutações constantes e sem precedentes. 
A antropologia moderna, se concretiza apenas no século XIX, juntamente com as medidas de colonização na África, na índia, na Austrália e na Nova Zelândia. É nesse período que a antropologia, o conhecimento do primitivo, fica ligada a nossa origem. Parentesco e a religião são, nessa época, as duas grandes áreas da antropologia, assim como o estudo dos aborígenes australianos, considerados como uma população arcaica. 
A antropologia evolucionista, exercida no século XIX, assemelha-se a do século anterior, visto que buscava demostrar a veracidade de uma tese que se baseava na arrogância de julgamentos sem contestação possível, já que não tinham a preocupação de fundamentar sua reflexão. 
Nesta época, o material de estudo do antropólogo não era colhido de forma direta. O seu estudo se baseava no que era relatado das expedições. Entretanto o mais característico desse período é a intensidade dos trabalhos e a grande curiosidade que rondava os estudiosos, que na verdade, não tinham nenhuma formação antropológica, visto que foram os fundadores dessa disciplina. 
Apesar desses homens obterem suas convicções de mais de forma passional do que racional, eles buscaram explicar a universalidade e as diversidades das populações infinitamente distantes, tanto em questão de espaço quanto de tempo. Eles trouxeram através do estudo do evolucionismo uma porta para o estudo da antropologia, que na realidade só se torna uma ciência quando há uma ruptura dessa forma de pensar.

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