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Questionário Direito Empresarial

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FACULDADE REGIONAL DA BAHIA
CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
DIREITO EMPRESARIAL
DOCENTE: GILENO RÊGO
DISCENTE: AISLENE SATURNINO
DIREITO EMPRESARIAL
AULA – 01
EXERCÍCIOS
1) Que época marca o início do Direito Comercial como direito autônomo?
Esse ramo do Direito surgiu na Idade Média, entre os séculos V e XV, muito em função de o Direito Civil não satisfazer as necessidades do comércio. Esse contexto fez com que o Direito Comercial nascesse de forma fragmentária, baseado nos usos e costumes mercantis da época, órfão de consistência científica. Era um Direito costumeiro.
Nesse período, começou a surgir o Direito Comercial, como consequência natural das regras das Corporações e, especialmente, dos assentos jurisprudenciais de seus cônsules, revelando-se um direito corporativo, profissional e autônomo em relação ao Direito Territorial e Civil da época.
2) Cite o conceito de Direito Comercial
Direito comercial ou Direito empresarial é um ramo do direito privado que pode ser entendido como o conjunto de normas disciplinadoras da atividade negocial do empresário, e de qualquer pessoa física ou jurídica, destinada a fins de natureza econômica, desde que habitual e dirigida à produção de bens ou serviços conducentes a resultados patrimoniais ou lucrativos, e que a exerça com a racionalidade própria de "empresa", sendo um ramo especial de direito privado. 
3) O que eram as corporações de mercadores?
Era a corporação que representava os comerciantes, tendo como principais funções dirimir conflitos envolvendo os comerciantes que nelas estivessem matriculados, garantindo o monopólio do comércio e controlando os preços das mercadorias. Para tanto aplicavam as normas provindas dos costumes mercantis. Podendo ser a nível local ou regional.
4) Como eram resolvidos os conflitos nas corporações de mercadores?
Os comerciantes faziam as leis que lhes seriam aplicadas pelos cônsules (também comerciantes), com função jurisdicional dentro da corporação de ofício. Tinham essas normas caráter internacional, passando as regras comerciais a regular as transações de todos que compareciam às feiras (locais onde se realizava o comércio). Os cônsules podiam não só dirimir as questões que lhes fossem apresentadas, como também punir os culpados.
5) Com a independência do Brasil, o pais necessitou de organizar a legislação comercial, surgindo, então, que principal norma?
6) Cite as características do Direito Comercial?
  - Universalismo:  diz respeito ao foto do Direito Empresarial receber constantemente influências do exterior, desta forma, o direito empresarial vive de práticas idênticas ou semelhantes adotadas no mundo inteiro, principalmente com o advento da globalização da economia.
- Individualismo: o lucro como resultado a ser alcançado é um objetivo individual.
- Simplicidade ou Informalismo:  Em relações habituais de mercado, é possível realizar um contrato de compra e venda, por exemplo usando a oralidade, sem maiores formalismos e tramites, o que visa dentro do pensamento empresarial o desenvolvimento econômico.
 - Fragmentalismo:  Apresar de características próprias (autonomia) o Direito Empresarial esta vinculado a outros ramos do Direito, sua existência depende da harmonia desde com outros diplomas legislativos.
- Elasticidade: Por estar ligado a um mercado não só nacional, mas internacional, as regras do Direito Empresarial estão em constantes mudanças e atualizações, adaptam-se as relações de comercio.
- Dinamismo: Por estar sempre se adaptando às novas formas de produção, novas tecnologias, acarretando assim a existência de novas práticas comerciais.
7) Cite as três fases de formação do Direito Comercial e as defina. 
A primeira fase, conhecida como subjetiva-corporativista, era caracterizada por uma tônica subjetiva que ligava o mercador a uma corporação de ofício mercantil. Em seu conceito, o comerciante era aquele que praticava a mercancia, subordinando-se à corporação de mercadores e sujeitando-se às decisões dos cônsules dessas corporações.
A segunda fase foi denominada objetiva, era a fase da Teoria dos Atos do Comércio cuja origem é francesa. Tinha como traço marcante o objeto da ação do agente, ou seja, o próprio ato do comércio que caracterizava a profissão dos mercadores. Segundo Vivante, "comerciante é aquele que pratica com habitualidade e profissionalismo os atos do comércio".
A terceira fase é a empresarial, a fase subjetiva moderna de origem italiana adotada pelo Código Civil Brasileiro, cujo conteúdo vem sendo construído nos últimos cem anos. De acordo com o artigo 966 e parágrafo único do Código Civil, "considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens e serviços, excluída a profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa".
8) Quais as diferenças entre a teoria dos atos de comércio e a teoria de empresa?
Em linhas muito gerais, de acordo com a teoria dos atos de comércio, parte da atividade econômica era comercial, isto é tinha um regime jurídico próprio, diferenciado do regime jurídico de outra parte da atividade econômica, que se sujeitava ao direito civil. Isso significava dizer que certos atos estavam sujeitos ao direito comercial e outros não. Os atos de comércio eram os atos sujeitos ao direito comercial; os demais eram sujeitos ao direito civil. Ou seja, atos com conteúdo econômico poderiam ser civis ou comerciais. Na verdade a questão não era tão simples, pois a doutrina não conseguia estabelecer exatamente um conceito científico do que seria o ato de comércio, sendo mais fácil admitir que ato de comércio seria uma categoria legislativa, ou seja, ato de comércio seria tudo que o legislador estabelece que teria regime jurídico mercantil.
           A teoria da empresa não divide os atos em civis ou mercantis. Para a teoria da empresa, o que importa é o modo pelo qual a atividade econômica é exercida. O objeto de estudo da teoria da empresa não é o ato econômico em si, mas sim o modo como a atividade econômica é exercida, ou seja, a empresa, com os sentidos que veremos adiante.
9) Qual a teoria atualmente adotada pelo Brasil e onde está prevista?
Com a vigência do Código Civil de 2002 passou a adotar de forma expressa a Teoria da Empresa, ainda que apenas formalmente, como querem alguns doutrinadores, em substituição à Teoria dos Atos do Comércio, que foi adotada pelas partes já revogadas do Código Comercial.
10) Quais são os princípios que regem a atividade empresarial?
-Princípio da livre iniciativa: é a garantia de concessão de liberdade a qualquer pessoa que preencha os requisitos legais para o exercício da atividade empresarial;
- Princípio da dignidade da pessoa humana: tal princípio exige que a empresa viabilize os ditames da justiça social e prime pela redução das desigualdades regionais e sociais;
-Princípio da boa-fé: a interpretação dos negócios não depende mais exclusivamente do conteúdo da contratação, devendo prevalecer também à intenção das partes na hora de contratar;
- Princípio da soberania nacional: deve as empresas contribuir para a manutenção da soberania nacional, respeitando, nos negócios internacionais, apenas as normas que não ferem a soberania de nosso país;
- Princípio da propriedade privada: esta é protegida justamente para que as pessoas possam realizar seus negócios balizados pela segurança jurídica;
-Princípio da função social da empresa: deve respeitar a necessidade de criação de postos de trabalho e respeito ao meio ambiente e ao seu público consumidor;
-Princípio da livre concorrência: todos os exercentes devem respeitar a existência plúrima de participantes do mercado, consequência natural na livre iniciativa; 
-Princípio da defesa do consumidor: cabe a todos respeitar os direitos dos consumidores, principalmente os exercentes de atividade empresarial;-Princípio do tratamento favorecido à micro e pequena empresa: aparece de modo a incentivar a intensificação da atividade empresarial, respeitando as dificuldades econômicas próprias dos micro e pequenos negócios, exigindo assim tratamento favorecido.
DIREITO EMPRESARIAL
AULA – 02
EXERCÍCIOS
1) Qual o conceito de empresário, de acordo com o artigo 966 do Código Civil?
 Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços.
Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento da empresa.
2) Quais os requisitos para a caracterização do empresário?
Da definição legal de empresário, extraímos alguns requisitos necessários para a caracterização do exercício da atividade empresarial. São eles: profissionalismo, atividade econômica, atividade organizada, produção e circulação de bens e serviços.
3) Os profissionais liberais são considerados empresários? Justifique.
O profissional que atua exercendo apenas sua atividade intelectual, mesmo com a ajuda de auxiliares, não é considerado um empresário para os efeitos da lei. Contudo, na hipótese da sua atividade implicar em manter outros profissionais,  e o  resultado do trabalho não for apenas fruto do seu intelecto, ou seja, sofrer contribuição também de terceiros, sua atividade será considerada empresarial.
4) Explique a diferença entre empresário e empreendedor.
Empresário é aquele responsável por administrar uma empresa. É ele que traça os planos e metas da empresa, além de delegar funções. Um empresário é alguém que cria uma nova atividade de negócio na economia. Os gestores tornam-se também empresários ao levarem suas empresas para outros mercados ou ao desenvolverem novas linhas de produtos.
O empreendedor é o inovador, o grande estrategista, o criador de novos métodos para penetrar ou criar novos mercados; é a personalidade criativa, sempre lidando com o desconhecido, perscrutando o futuro, transformando possibilidades em probabilidades, caos em harmonia.
Pode-se afirmar que todo empreendedor é um empresário, mas nem todo empresário é
um empreendedor. 
5) A Sociedade Simples é composta por empresários?
Não. Pois são sociedades que exploram a atividade de prestação de serviços decorrentes de atividades intelectuais e de acordo com o Art. 966 não se considera empresário quem exerce profissão intelectual.
6) Qual o objeto da sociedade empresária?
Uma sociedade empresária tem a necessidade de um objetivo de uma atividade própria de um empresário, ou seja, que exerce atividade econômica organizada para a produção ou circulação de bens ou serviços, além das sociedades acionárias.
7) As cooperativas podem ser sociedades empresárias?
As COOPERATIVAS são necessariamente “sociedades simples”, porque todo o comércio, todos os negócios, todas as atividades a serem desenvolvidas por tais sociedades, são realizadas por e para seus sócios, com indeclináveis interesses pessoais e direitos, focados por esta AFINIDADE entre o comércio realizado e a atuação direta destes (sócios).
8) Sociedades formadas por administradores ou médicos são consideradas de que tipo?
São consideradas sociedades simples. Pois são caracterizadas pela formação de uma pessoa jurídica apenas para o esforço de profissionais desempenharem melhor suas funções
Exemplo: O trabalho desenvolvido por um médico, ainda que tenha assistente e secretária, é meramente intelectual e não o confunde com a figura do empresário. Vários médicos atuando em conjunto, somando seus conhecimentos intelectuais,  empregados um dos outros ou não,  onde a relação com o consumidor não é com o profissional individual e sim com o conjunto de profissionais, caracteriza uma atuação empresarial.
DIREITO EMPRESARIAL
AULA – 03
QUESTIONÁRIO
1. Que lei e decreto regulamentam o registro de empresas mercantis?
LEI Nº 8.934, DE 18 DE NOVEMBRO DE 1994. 
Art. 1º O Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins, subordinado às normas gerais prescritas nesta lei, será exercido em todo o território nacional, de forma sistêmica, por órgãos federais e estaduais, com as seguintes finalidades:
        I - dar garantia, publicidade, autenticidade, segurança e eficácia aos atos jurídicos das empresas mercantis, submetidos a registro na forma desta lei;
II - cadastrar as empresas nacionais e estrangeiras em funcionamento no País e manter atualizadas as informações pertinentes;
III - proceder à matrícula dos agentes auxiliares do comércio, bem como ao seu cancelamento.
Art. 2º Os atos das firmas mercantis individuais e das sociedades mercantis serão arquivados no Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins, independentemente de seu objeto, salvo as exceções previstas em lei.
Parágrafo único. Fica instituído o Número de Identificação do Registro de Empresas (NIRE), o qual será atribuído a todo ato constitutivo de empresa, devendo ser compatibilizado com os números adotados pelos demais cadastros federais, na forma de regulamentação do Poder Executivo.
2. O que é o NIRE e quem o fornece?
NIRE é a sigla de Número de Identificação do Registro de Empresas. O NIRE é o registro de legalidade da empresa na Junta Comercial do Estado. É um número único que comprova que a empresa existe oficialmente.
NIRE - Numero de Inscrição do Registro de Empresas, é o número fornecido pela Junta Comercial confirmando a formalização do MEI.
3. O que é o SINREM e como se compõe?
Sistema Nacional de Registro de Empresas Mercantis - SINREM, composto pelos seguintes órgãos:
I - o Departamento Nacional de Registro do Comércio, órgão central do SINREM, com funções supervisora, orientadora, coordenadora e normativa, no plano técnico; e supletiva, no plano administrativo;
II - as Juntas Comerciais, como órgãos locais, com funções executora e administradora dos serviços de registro.
4. Quais são as atividades compreendidas pelo Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins?
5. Qual a finalidade do Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins?
O Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins, subordinado às normas gerais prescritas nesta lei, será exercido em todo o território nacional, de forma sistêmica, por órgãos federais e estaduais, com as seguintes finalidades:
        I - dar garantia, publicidade, autenticidade, segurança e eficácia aos atos jurídicos das empresas mercantis, submetidos a registro na forma desta lei;
II - cadastrar as empresas nacionais e estrangeiras em funcionamento no País e manter atualizadas as informações pertinentes;
III - proceder à matrícula dos agentes auxiliares do comércio, bem como ao seu cancelamento.
6. O que são as Juntas Comerciais e quais suas finalidade e atribuições?
Junta Comercial é o órgão de registro, a partir do qual a empresa pode requerer sua inscrição em outros órgãos necessários ao seu funcionamento, como por exemplo, a Receita Federal, Secretaria da Fazenda e Prefeitura
Às Juntas Comerciais incumbe:
I - executar os serviços previstos no art. 32 desta lei;
II - elaborar a tabela de preços de seus serviços, observadas as normas legais pertinentes;
III - processar a habilitação e a nomeação dos tradutores públicos e intérpretes comerciais;
IV - elaborar os respectivos Regimentos Internos e suas alterações, bem como as resoluções de caráter administrativo necessárias ao fiel cumprimento das normas legais, regulamentares e regimentais;
V - expedir carteiras de exercício profissional de pessoas legalmente inscritas no Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins;
 
VI - o assentamento dos usos e práticas mercantis
7. Defina o arquivamento e cite as situações que estão sujeitas a este procedimento.
8. Que documentos estão sujeitos à autenticação?As juntas comerciais autenticarão:
I - os instrumentos de escrituração das empresas mercantis e dos agentes auxiliares do comércio;
II - as cópias dos documentos assentados.
 Parágrafo único. Os instrumentos autenticados, não retirados no prazo de 30 (trinta) dias, contados da sua apresentação, poderão ser eliminados.
9. Pelo princípio da publicidade do registro mercantil, que pode ter acesso a esse registro?
Art. 54. A prova da publicidade de atos societários, quando exigida em lei, será feita mediante anotação nos registros da junta comercial à vista da apresentação da folha do Diário Oficial, ou do jornal onde foi feita a publicação, dispensada a juntada da mencionada folha.
10. Que agentes do comércio estão sujeitos à matrícula no Registro Público de Empresas e Atividades Afins?
A matrícula não mais possui caráter de inscrição, ficando restrita a alguns agentes auxiliares do comércio, devendo-se matricular os leiloeiros, tradutores públicos e intérpretes comerciais, trapicheiros e administradores de armazéns gerais. 
DIREITO EMPRESARIAL
AULA – 04
QUESTIONÁRIO
1) Quais são as funções da escrituração mercantil?
Função gerencial, documental e fiscal. Desta forma, em linhas gerais, a escrituração tem como função geral permitir o controle endógeno e exógeno do empresário e da sociedade empresária. 
2) Defina cada uma das funções da escrituração mercantil.
-Função gerencial relaciona-se à necessidade de o empresário e administradores da sociedade empresária conhecerem o próprio negócio, para avaliar os resultados de suas operações e, com base neste conhecimento, tomar decisões para negócios futuros. 
-Função documental traz a possibilidade de sócios e stakeholders também conhecerem os negócios do empresário ou sociedade empresária e, com base nas informações disponibilizadas, pautarem suas decisões. Por exemplo um banco, para emprestar recursos a uma sociedade empresária, avaliará as informações disponibilizadas na escrituração da sociedade. Serve, assim, a escrituração como um documento de análise de terceiros.
-Função fiscal relaciona-se com o controle da incidência e pagamento de tributos. Com base nas informações que de modo geral constam da escrituração da sociedade, o Fisco imporá a cobrança de tributos. 
3) Existe exceção que exclua a obrigação da escrituração contábil da empresa?
O Código Civil Brasileiro - Lei 10.406/2002, a partir do artigo 1.179, versa sobre a obrigatoriedade da escrituração contábil, para o empresário e para a sociedade empresária:
Art. 1.179. O empresário e a sociedade empresária são obrigados a seguir um sistema de contabilidade, mecanizado ou não, com base na escrituração uniforme de seus livros, em correspondência com a documentação respectiva, e a levantar anualmente o balanço patrimonial e o de resultado econômico.
§ 2º É dispensado das exigências deste artigo o pequeno empresário a que se refere o art. 970.
A Lei é clara em estabelecer que o empresário e a sociedade empresária estão obrigados e a única exceção é para o produtor rural e o pequeno empresário.
4) Cite cinco vantagens de manter a correta escrituração contábil.
1. Oferece maior controle financeiro e econômico à entidade.
2. Comprova em juízo fatos cujas provas dependam de perícia contábil.
3. Contestação de reclamatórias trabalhistas quando as provas a serem apresentadas dependam de perícia contábil.
4. Imprescindível no requerimento de recuperação judicial (Lei 11.101/2005).
5. Evita que sejam consideradas fraudulentas as próprias falências, sujeitando os sócios ou titulares ás penalidades da Lei que rege a matéria.
5) Cite duas consequências para o empresário em caso de falta de escrituração contábil?
2(duas) ordens de consequências à falta de escrituração : as sancionadoras e as motivadoras
 
- sancionadoras : importam penalização do empresário, inclusive penal, como, por exemplo, crime falimentar (se falir sem escrituração, conforme artigo 178 da Lei 11.101/05)
 
- motivadoras : negam acesso do empresário ao benefício de que poderia usufruir caso tivesse cumprido a obrigação. Exemplos : inacessibilidade à recuperação de empresas (art. 48 da Lei 11.101/05), ineficácia probatória, impossibilidade parcial de verificação de conta, aplicação do artigo 359 do Código de Processo Civil (prosperidade de alegação da parte contrária) na hipótese de determinação judicial de exibição de livros
6. Defina as duas formas de exibição da escrituração contábil.
Existe duas maneiras de exibição, a parcial e a total, sendo a primeira destinada a garantir o principio do sigilo, resguardando da curiosidade alheia as partes da escrituração mercantil que não interessam a uma certa demanda judicial, alem de não dificultar a sua elaboração e utilização. Fez-se a extração da parte que interessa, e imediatamente é restituído o livro ao empresário.
A exibição total pode importar na sua retenção em cartório, durante o curso da ação, não sendo assegurado o sigilo de seus dados e dificultando a sua utilização e escrituração pelo empresário.
7. Quais são as consequências para o empresário que se recusar a cumprir ordem judicial de exibição dos livros mercantis?
Na hipótese de recusa quanto à exibição total seria obrigado o comerciante cumprir a ordem judicial sob pena de prisão.
O Código de Processo Civil regulou a solução dos problemas derivados da recusa de "exibição de documento ou coisa", cabendo ao juiz ordenar que a parte exiba os livros comerciais, por exemplo, cabendo o requerido responder no prazo de cinco dias. Se o requerido nada alegar no prazo de cinco dias, nem efetuar a exibição, ou se a recusa for tida como ilegítima, o juiz admitirá como verdadeiro os fatos que a outra parte pretendia provar.
8. Conceitue balanço patrimonial. 
O balanço patrimonial é a demonstração contábil destinada a evidenciar, quantitativa e qualitativamente, numa determinada data, a posição patrimonial e financeira da Entidade.
9. Como são agrupadas as contas no balanço patrimonial?
No balanço patrimonial as contas são agrupadas pelo ativo e pelo passivo.
10. Qual o livro de escrituração contábil obrigatório por excelência?
O Livro Diário é de uso obrigatório por exigência da legal e nele será lançado, todas as operações ocorridas, incluídas as de natureza aleatória, e quaisquer outros fatos que provoquem variações patrimoniais.

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