Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
CURSO ON-LINE DIREITO ADMINISTRATIVO EM EXERCÍCIOS - TRIBUNAIS PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 1 AULA 02 ASSUNTO: Ato administrativo: conceito, requisitos e atributos; anulação, revogação e convalidação; discricionariedade e vinculação. 61. (FCC/Técnico de Controle Externo/TCE-GO/2009) São, dentre outros, elementos do ato administrativo: a) a forma, o mérito e a razoabilidade. b) a discricionariedade, a vinculação e a arbitrariedade. c) o objeto, o motivo e a finalidade. d) o sujeito, a competência e o destinatário. e) a autoexecutoriedade, a imperatividade e a presunção de legalidade. Comentários: Os requisitos ou elementos de validade do ato administrativo são (CoFiFoMoOb): Competência, Finalidade, Forma, Motivo e Objeto. • Competência: é o conjunto de poderes concedidos por lei aos agentes públicos para o exercício de suas funções. • Finalidade: é o objetivo do ato administrativo, ou seja, o efeito mediato produzido pelo ato administrativo. Em sentido amplo, á a satisfação do interesse público. Já em sentido estrito, é o objetivo previsto, implícita ou explicitamente, na lei que determina ou autoriza a prática do ato administrativo. • Forma: é o modo de existir do ato administrativo, ou seja, a maneira como ele se manifesta externamente. Em regra, os atos administrativos são escritos. Entretanto, excepcionalmente, são admitidos atos administrativos não-escritos (orais, sonoros, gestuais etc.) CURSO ON-LINE DIREITO ADMINISTRATIVO EM EXERCÍCIOS - TRIBUNAIS PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 2 • Motivo: é a razão ou circunstância que autoriza ou determina a prática do ato administrativo. Em outros termos, é o pressuposto de direito (jurídico) e de fato (fático) que autoriza ou determina a produção do ato administrativo. O pressuposto de direito é a previsão em lei do motivo pelo qual um ato pode ou deve ser praticado, enquanto o pressuposto de fato é a concretização (ocorrência no mundo real) do pressuposto de direito. • Objeto é a coisa ou relação jurídica sobre a qual o ato administrativo incidirá, ou seja, o conteúdo, o núcleo do ato, aquilo que o ato efetivamente cria, extingue, modifica ou declara. Diz-se que o objeto é o efeito imediato do ato administrativo. Para que o ato administrativo seja válido, seu objeto deve ser lícito, possível, determinado (ou determinável). Finalidade Objeto Efeito mediato Efeito imediato Pelo exposto, a resposta desta questão é a letra c. 62. (FCC/Analista de Controle Externo/TCE-GO/2009) Considere que determinado ato administrativo seja praticado mediante expressa invocação de circunstância de fato que, se existente, realmente permitiria a prática regular do ato. Todavia, posteriormente constatou-se que essa circunstância de fato não existiu, embora no momento da edição do ato a autoridade estivesse legitimamente convencida do contrário. Em tal situação, de acordo com a doutrina e legislação aplicáveis à matéria, o ato administrativo em questão a) é válido e regular, porque a autoridade agiu de boafé. b) será válido e regular se as novas circunstâncias fáticas permitirem o aproveitamento do ato já praticado. c) poderá ser revogado, por motivo de superveniente interesse público. d) é anulável, aplicando-se as regras pertinentes aos vícios do consentimento. e) deverá ser anulado, por inexistência dos motivos. CURSO ON-LINE DIREITO ADMINISTRATIVO EM EXERCÍCIOS - TRIBUNAIS PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 3 Comentários: São nulos os atos nos casos de (Lei Federal nº 4.717/65, art. 2º) : • incompetência; • vício de forma; • ilegalidade do objeto; • inexistência dos motivos; • desvio de finalidade. Ademais, o paragrafo único do referido artigo traz as seguintes regras: • a incompetência fica caracterizada quando o ato não se incluir nas atribuições legais do agente que o praticou; • o vício de forma consiste na omissão ou na observância incompleta ou irregular de formalidades indispensáveis à existência ou seriedade do ato; • a ilegalidade do objeto ocorre quando o resultado do ato importa em violação de lei, regulamento ou outro ato normativo; • a inexistência dos motivos se verifica quando a matéria de fato ou de direito, em que se fundamenta o ato, é materialmente inexistente ou juridicamente inadequada ao resultado obtido; • o desvio de finalidade se verifica quando o agente pratica o ato visando a fim diverso daquele previsto, explícita ou implicitamente, na regra de competência IMPORTANTE: A motivação de determinado ato administrativo invocou a ocorrência de um determinado fato que, posteriormente, provou-se não ter acontecido. Esse ato apresenta vício consistente em inexistência de motivos e em razão disso cabe sua anulação pela Administração. Logo, a resposta desta questão é a letra e. 63. (FCC/Técnico Judiciário/TJ-PI/2009) Com relação ao ato administrativo, é INCORRETO afirmar: a) É espécie do gênero ato da Administração. CURSO ON-LINE DIREITO ADMINISTRATIVO EM EXERCÍCIOS - TRIBUNAIS PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 4 b) Está sujeito ao regime administrativo e é passível de controle jurisdicional. c) Nem sempre produz efeito jurídico. d) Possui não só conteúdo formal, mas também material. e) É todo ato lícito que tenha por fim adquirir, resguardar, transferir, modificar ou extinguir direitos. Comentários: Segundo Hely Lopes Meirelles, “ato administrativo é toda manifestação unilateral de vontade da Administração Pública que, agindo nessa qualidade, tenha por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir e declarar direitos ou impor obrigações aos administrados ou a si própria.” Portanto, são características dos atos administrativos: • Manifestação unilateral de vontade da Administração Pública: diz- se que o ato administrativo é unilateral porque ele é formado com a vontade única da administração. Isso significa que a produção do ato administrativo independentemente da manifestação do seu destinatário. Os atos administrativos diferenciam-se, portanto, dos atos bilaterais (dos quais são exemplos os contratos administrativos), firmados entre a Administração e o particular ou outra entidade administrativa visando à consecução de interesses públicos. Pois, a produção dos atos bilaterais depende da manifestação de ambas as partes. • Supremacia da Administração Pública: para o surgimento do ato administrativo é necessário que a Administração Pública aja nessa qualidade, usando de sua supremacia de Poder Público, decorrente dos atributos dos atos administrativos. • Produção de consequência jurídica: para o surgimento do ato administrativo é necessário que a manifestação de vontade seja capaz de produzir efeitos jurídicos para os administrados ou para a própria Administração (“... tenha por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir e declarar direitos ou impor obrigações aos administrados ou a si própria”). CURSO ON-LINE DIREITO ADMINISTRATIVO EM EXERCÍCIOS - TRIBUNAIS PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 5 IMPORTANTE: São características dos atos administrativos: • Manifestação unilateral de vontade da Administração Pública; • Supremacia da Administração Pública; e • Produção de consequência jurídica. Por fim, convém registrar as seguintes definições: • Ato da Administração: é o ato praticado pela Administração Pública com base em normas de direito público e de direito privado, ou seja, se sujeita a um regime híbrido.A Administração não faz uso de sua supremacia sobre o administrado. São os denominados atos de gestão, dos quais são exemplos: compra e venda de bens, aluguel de imóvel etc. • Fatos administrativos: é toda realização material da Administração, em cumprimento a determinada decisão administrativa. Isso significa que o fato administrativo é, sempre, resultado do ato administrativo que o determina. Por exemplo: construção de um viaduto (fato administrativo) decorrente de uma ordem de serviço da Administração Pública (ato administrativo). Logo, a resposta desta questão é a letra c. 64. (FCC/Analista Judiciário/TJ-PI/2009) O atributo do Ato Administrativo que impõe a coercibilidade para seu cumprimento ou execução é a a) discricionariedade vinculada. b) auto-executoriedade. c) eficácia. d) presunção de veracidade. e) imperatividade. Comentários: São atributos do ato administrativo: presunção de legitimidade, imperatividade e autoexecutoriedade. CURSO ON-LINE DIREITO ADMINISTRATIVO EM EXERCÍCIOS - TRIBUNAIS PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 6 1) Pelo atributo presunção de legitimidade, se presume que o ato administrativo foi produzido em conformidade com a lei. Todavia, a presunção de legitimidade é relativa, isto é, admite prova em contrário. Por conseguinte, ocorre a inversão do ônus da prova, visto que cabe ao particular provar que o ato é ilegal. Logo, a presunção de legitimidade não impede o questionamento do ato administrativo perante o Poder Judiciário. Enquanto não proferida a decisão, administrativa ou judicial, que reconheça a ocorrência alguma ilegalidade, o ato administrativo permanece eficaz, podendo ser imediatamente executado pela Administração Pública. Ressalta-se que a presunção de legitimidade independente de previsão em lei. Ademais, está presente não só nos atos administrativos, praticado à luz do direito público, mas também nos atos de direito privado praticados pela Administração Pública. Segundo Di Pietro, esse atributo pode ser desmembrado da seguinte forma: • Presunção de legitimidade ou de legalidade: presume-se que a interpretação e/ou a aplicação da norma jurídica foi correta; e • Presunção de veracidade: presume-se que os fatos alegados pela administração existem ou ocorreram, são verdadeiros. PRESUNÇÃO DE LEGITIMIDADE OU DE LEGALIDADE PRESUNÇÃO DE VERACIDADE Conformidade com a lei. Os fatos são verdadeiros. 2) O atributo da imperatividade resulta da posição de supremacia da Administração Pública em relação ao particular, nas relações regidas pelo direito público. A imperatividade relaciona-se ao poder extroverso do Estado. Por esse poder, a Administração Pública, unilateralmente, cria obrigações para o administrado, aplica sanções e impõe restrições ao exercício de direitos e atividades. Com efeito, esse atributo distingue os atos administrativos dos atos praticados pelos particulares. A imperatividade não se aplica a todos os atos administrativos. Pois, os atos negociais e enunciativos não gozam desse atributo. CURSO ON-LINE DIREITO ADMINISTRATIVO EM EXERCÍCIOS - TRIBUNAIS PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 7 3) A auto-executoriedade é a prerrogativa que possui a Administração de executar seus atos independentemente de prévia manifestação do Poder Judiciário. Com efeito, os atos que possuem esse atributo ensejam de imediata e direta execução pela própria Administração. Presunção de legitimidade Presume-se que o ato praticado está em conformaidade com a lei. Esse atributo autoriza a imediata execução do ato administrativo, mesmo que eivado de vícios ou defeitos. Imperatividade (ou coercibilidade) O cumprimento do ato é obrigatório, independentemente da anuência do administrado. Auto- executoriedade Autoriza a imediata e direta execução do ato pela própria Administração, independentemente de ordem judicial. Portanto, a resposta desta questão é a letra e. 65. (FCC/Analista Judiciário/TJ-PI/2009) Quanto aos Atos Administrativos, é INCORRETO afirmar: a) Dentre os seus atributos, destaca-se o da autoexecutoriedade pelo qual pode ser posto em execução pela própria Administração Pública, sem necessidade de intervenção do Poder Judiciário. b) Permissão é o ato administrativo bilateral, vinculado e oneroso, pelo qual é facultado ao particular a contratação de bem ou serviço público. c) Complexo é o ato administrativo que resulta da manifestação de dois ou mais órgãos, sejam eles singulares ou colegiados, cuja vontade se funde para formar um único ato. d) Alvará é o instrumento pelo qual a Administração Pública confere licença ou autorização para a prática de ato ou exercício de atividade sujeitos ao poder de polícia do Estado. e) Sendo o motivo pressuposto de fato e de direito que serve de fundamento ao ato administrativo, a sua ausência ou a indicação de motivo falso invalidam o ato. Comentários: CURSO ON-LINE DIREITO ADMINISTRATIVO EM EXERCÍCIOS - TRIBUNAIS PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 8 A letra a está certa. A autoexecutoriedade autoriza a imediata e direta execução do ato pela própria Administração, independentemente de ordem judicial. A letra b está errada. Permissão é ato administrativo unilateral, discricionário e precário, em que há o predomínio do interesse público, mediante o qual a Administração possibilita ao particular interessado a execução de serviços de interesse público ou a utilização de bem público. A permissão pode ser onerosa ou gratuita. A letra c está certa. Quanto à formação de vontade, os atos classificam- se em: • Simples: decorre da manifestação de vontade de um único órgão ou agente público. Esse órgão pode ser singular (quando integrado por um só agente) ou colegiado (quando integrado por mais de um agente, de forma que a vontade do ato provém de concurso de várias vontades unificadas em um mesmo órgão). Exemplos: nomeação de um servidor público, demissão, exoneração, licença para dirigir etc. • Complexo: resulta da manifestação de vontade de dois ou mais diferentes órgãos. Todas as vontades exprimidas são principais, ou seja, não há vontade acessória. Isso significa que isoladamente nenhum dos órgãos é capaz de produzir o ato. Exemplos: investidura de Ministro do STJ, que resulta da soma da vontade do próprio Tribunal, na formação da lista tríplice, com a vontade do Presidente da República na escolha de um nome dessa lista; Portaria Conjunta SRF/STN. • Composto: resulta da manifestação de um só órgão, contudo a produção de seus efeitos depende de outro ato que o aprove. Esse segundo ato é um ato acessório que torna eficaz o ato principal. Exemplos: a nomeação de Ministro do STF pelo Presidente da República depende de aprovação do Senado Federal (lembram-se da recente “sabatina” do Ministro Dias Tóffoli no Senado Federal?), a mesmo procedimento ocorre na nomeação do Procurador-Geral da República. A nomeação é o ato principal e a aprovação prévia é o ato acessório. IMPORTANTE: Enquanto no ato complexo há um único ato, integrado por manifestações homogêneas (não há ato principal e acessório), no ato composto existem dois atos, um principal e outro acessório. Esse ato acessório visa a aprovar o ato principal, dando-lhe eficácia, tornando-o exequível. CURSO ON-LINE DIREITO ADMINISTRATIVO EM EXERCÍCIOS - TRIBUNAIS PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 9 A letra d está certa. Alvará é o instrumento formal expedido pela Administração, que, através dele, expressa aquiescência (anuência, consentimento) no sentido de ser desenvolvidacerta atividade pelo particular. Seu conteúdo é o consentimento dado pelo Estado, e por isso se fala em alvará de autorização, alvará de licença etc. (José dos Santos Carvalho Filho). A letra e está certa. São nulos os atos nos casos de (Lei Federal nº 4.717/65, art. 2º) : incompetência; vício de forma; ilegalidade do objeto; inexistência dos motivos; e desvio de finalidade. Por isso, a resposta desta questão é a letra b. 66. (FCC/Técnico Judiciário/TJ-PI/2009) Em tema de atributos dos atos administrativos, considere: I. Legitimidade é atributo segundo o qual o ato administrativo se impõe ao particular, independentemente de sua concordância. II. Depois de editado o ato, ele produz seus efeitos como se válido fosse até a impugnação administrativa ou jurisdicional. III. Auto-executoriedade significa que a Administração Pública pode executar suas decisões, com coercitividade, desde que submeta o ato previamente ao Poder Judiciário. É correto o que consta APENAS em a) I. b) II. c) I e II. d) II e III. e) I e III. Comentários: Os itens I e III estão errados. CURSO ON-LINE DIREITO ADMINISTRATIVO EM EXERCÍCIOS - TRIBUNAIS PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 10 Presunção de legitimidade Presume-se que o ato praticado está em conformaidade com a lei. Esse atributo autoriza a imediata execução do ato administrativo, mesmo que eivado de vícios ou defeitos. Imperatividade (ou coercibilidade) O cumprimento do ato é obrigatório, independentemente da anuência do administrado. Auto- executoriedade Autoriza a imediata e direta execução do ato pela própria Administração, independentemente de ordem judicial. O item II está certo. A presunção de legitimidade é relativa, isto é, admite prova em contrário. Logo, esse atributo não impede o questionamento do ato administrativo perante o Poder Judiciário. Contudo, enquanto não proferida a decisão, administrativa ou judicial, que reconheça a ocorrência alguma ilegalidade, o ato administrativo permanece eficaz, podendo ser imediatamente executado pela Administração Pública. Assim, a resposta desta questão é a letra b. 67. (FCC/Técnico Judiciário/TJ-PI/2009/Adaptada) O conteúdo do ato corresponde ao seu efeito jurídico. Comentários: O objeto, também chamado de conteúdo, é a alteração no mundo jurídico que o ato administrativo se propõe a processar. Por isso, a assertiva está certa. 68. (FCC/Técnico Judiciário/TJ-PI/2009) Espécie de ato administrativo da competência exclusiva dos Chefes do Executivo, destinado a prover situações gerais ou individuais, abstratamente previstas de modo expresso, explícito ou implícito, pela legislação. Trata-se de a) resolução. CURSO ON-LINE DIREITO ADMINISTRATIVO EM EXERCÍCIOS - TRIBUNAIS PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 11 b) regulamento. c) provimento. d) instrução normativa. e) decreto. Comentários: Decretos são atos administrativos da competência exclusiva dos Chefes do Executivo (Presidente da República, Governador e Prefeito), destinados a prover situações gerais ou individuais, abstratamente previstas de modo expresso ou implícito pela legislação (Hely Lopes Meirelles). Logo, a resposta desta questão é a letra e. 69. (FCC/Analista Judiciário/TJ-SE/2009) A convalidação do ato administrativo a) é sempre possível quando o vício diz respeito à forma. b) não é possível se o vício decorre de incompetência do agente que o praticou. c) pode ocorrer se o vício recair sobre o motivo e à finalidade. d) é admitida nas hipóteses de incompetência em razão da matéria. e) é a supressão do vício existente em ato ilegal, com efeitos retroativos à data em que este foi praticado. Comentários: A convalidação (também denominada de aperfeiçoamento ou sanatória) é o processo de que se vale a Administração Pública para aproveitar atos administrativos com vícios sanáveis, de modo a confirmá-los no todo ou em parte. Produz efeitos ex tunc (retroage ao momento em que foi praticado o ato originário). São pressupostos da convalidação: • ausência de prejuízo a terceiros. • existência de defeitos sanáveis. CURSO ON-LINE DIREITO ADMINISTRATIVO EM EXERCÍCIOS - TRIBUNAIS PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 12 • ausência de má-fé. • ausência de lesão ao interesse público • juízo de conveniência e oportunidade da autoridade competente. • exercício de competência discricionária. • não pode ser determinada pelo Poder Judiciário. IMPORTANTE: Segundo a doutrina, são defeitos sanáveis: a competência não-exclusiva e a forma não-essencial, razão pela qual admitem a convalidação. Os demais defeitos são insanáveis. Por isso, não podem ser convalidados. Logo, a resposta desta questão é a letra e. 70. (FCC/Analista Judiciário/TRE-PI/2009) A licença, a autorização e a permissão são espécies de atos a) normativos. b) negociais. c) ordinatórios. d) enunciativos. e) punitivos. Comentários: A letra a está errada. Atos normativos são aqueles que contêm um comando geral do Poder Executivo, visando à correta aplicação da lei. Por isso, não podem inovar o ordenamento jurídico criando direitos ou deveres para os administrados que não se encontrem previstos em lei. Exemplos: decretos regulamentares, regimentos, resoluções etc. A letra b está certa. Atos negociais são aqueles produzidos quando uma determinada pretensão do particular coincide com a manifestação de vontade da Administração, mesmo que o interesse da Administração seja apenas indireto. Exemplos: licença, permissão, autorização etc. CURSO ON-LINE DIREITO ADMINISTRATIVO EM EXERCÍCIOS - TRIBUNAIS PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 13 Esses atos contêm uma declaração de vontade da Administração apta a concretizar determinado negócio jurídico ou a deferir certa faculdade ao particular, nas condições impostas ou consentidas pelo Poder Público. Portanto, não há imperatividade nos atos negociais. Todavia, esses atos não são contratos. São manifestações unilaterais de vontade da Administração Pública (normalmente provocadas por requerimento ou solicitação do particular) que coincidem com o interesse do particular A letra c está errada. Atos ordinatórios são atos administrativos internos, que visam a disciplinar o funcionamento da Administração e a conduta funcional de seus agentes (Hely Lopes Meirelles). Exemplos: circulares, instruções, avisos, portarias, ordens de serviços, ofícios, despachos etc. A letra d está errada. Atos enunciativos são aqueles atos cujos efeitos certificam ou atestam um fato, ou opinam sobre determinado assunto, sem se vincular a Administração Pública ao seu conteúdo. Exemplos: certidões, atestados, pareceres administrativos. A letra e está errada. Atos punitivos são aqueles que contêm uma sanção aplicada a infratores de normas administrativas. Exemplo: portaria de demissão de servidor público. Com efeito, a resposta desta questão é a letra b. 71. (FCC/Analista Judiciário/TRE-PI/2009) Sobre a revogação do ato administrativo, é correto afirmar que a) existem atos que são irrevogáveis. b) não é privativo da Administração que praticou o ato revogado. c) a revogação produz efeitos a partir da data do ato revogado. d) a revogação tem fundamento no poder vinculado. e) o Judiciário pode revogar ato administrativo emanado do Poder Executivo, se for provocado. Comentários: CURSO ON-LINE DIREITO ADMINISTRATIVO EM EXERCÍCIOS- TRIBUNAIS PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 14 ANULAÇÃO REVOGAÇÃO É o desfazimento do ato ilegal. É o desfazimento de um ato válido, por razões de conveniência e oportunidade. Pode ser determinada pela própria Administração que produziu o ato, bem como pelo Poder Judiciário. Só pode ser realizada pela própria Administração que produziu o ato. Tem efeitos retroativos (ex-tunc). Tem efeitos proativos (ex-nunc). O poder de revogação da Administração Pública não é ilimitado. Pois, há determinados atos que são insuscetíveis de revogação. São irrevogáveis: • Os atos consumados, que já exauriram seus efeitos; • Os atos vinculados; • Os atos que já geraram direitos adquiridos; • Os atos que integram um procedimento; • Os meros atos administrativos. Por isso, a resposta desta questão é a letra a. 72. (FCC/Técnico Judiciário/TRT-18ªRegião/2009) Quanto à discricionariedade e vinculação do ato administrativo, é correto que a) ato discricionário é aquele em que o administrador tem certa liberdade de escolha, especialmente quanto à conveniência e oportunidade. b) discricionariedade e arbitrariedade são expressões sinônimas. c) no ato vinculado a lei estabelece quase todos os requisitos e condições de sua realização, deixando pouca margem de liberdade ao administrador. d) quanto aos elementos competência e finalidade do ato administrativo a lei pode deixar à livre apreciação da autoridade tanto no ato discricionário quanto no ato vinculado. e) o Poder Judiciário pode apreciar o ato administrativo quanto aos aspectos da conveniência e oportunidade. CURSO ON-LINE DIREITO ADMINISTRATIVO EM EXERCÍCIOS - TRIBUNAIS PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 15 Comentários: A letra a está certa. Ato vinculado Ato discricionário Ato em que a lei estabelece todos os requisitos e as condições de sua realização, sem deixar qualquer margem de liberdade para o administrador. Ato que o administrador pode praticar com certa liberdade de escolha quanto à conveniência e oportunidade. A letra b está errada. Discricionariedade (prática de atos conforme os limites da lei) não se confunde com arbitrariedade (prática de ato contrário, ou não previsto em lei). As letras c e d estão erradas. Nos atos administrativos discricionários, os elementos Motivo e Objeto (“MoOb”) são discricionários, enquanto os elementos Competência, Finalidade e Forma (“CoFiFo”) são vinculados. Nos atos vinculados, os cinco elementos dos atos administrativos (CoFiFoMoOb) são vinculados. ELEMENTOS ATOS DISCRICIONÁRIOS ATOS VINCULADOS Competência vinculado vinculado Forma vinculado vinculado Motivo discricionário vinculado Finalidade vinculado vinculado Objeto discricionário vinculado A letra e está errada. O Poder Judiciário não pode apreciar o ato administrativo quanto aos aspectos da conveniência e oportunidade (controle de mérito). CURSO ON-LINE DIREITO ADMINISTRATIVO EM EXERCÍCIOS - TRIBUNAIS PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 16 Assim, a resposta desta questão é a letra a. 73. (FCC/Analista Judiciário/TRT-18ªRegião/2009) A anulação do ato administrativo a) pode ser feita por conveniência e oportunidade. b) pode se feita tanto pela Administração quanto pelo Poder Judiciário. c) não pode ser feita pelo Poder Judiciário, mesmo que provocado pelo interessado. d) vale a partir da decisão anulatória, não retroagindo os seus efeitos. e) é privativa da autoridade no exercício de função administrativa. Comentários: ANULAÇÃO REVOGAÇÃO É o desfazimento do ato ilegal. É o desfazimento de um ato válido, por razões de conveniência e oportunidade. Pode ser determinada pela própria Administração que produziu o ato, bem como pelo Poder Judiciário. Só pode ser realizada pela própria Administração que produziu o ato. Tem efeitos retroativos (ex-tunc). Tem efeitos proativos (ex-nunc). Logo, a resposta desta questão é a letra b. 74. (FCC/Analista Judiciário/TRT-18ªRegião/2009) Quando se fala em ato administrativo discricionário, quer dizer que a) o controle judicial é impossível, pois, a autoridade tem liberdade de atuação na prática do ato administrativo. b) a lei deixa certa margem de liberdade de decisão para a autoridade, diante do caso concreto, de forma que ela poderá optar por uma dentre várias soluções possíveis. CURSO ON-LINE DIREITO ADMINISTRATIVO EM EXERCÍCIOS - TRIBUNAIS PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 17 c) a autoridade competente tem arbitrariedade para atuar, podendo, desde que justificadamente, ultrapassar os limites estabelecidos na lei. d) a autoridade tem liberdade de atuação quanto à finalidade, em sentido estrito, do ato administrativo. e) na parte referente à conveniência, a autoridade não tem liberdade de escolha, devendo obedecer ao que dispõe a lei. Comentários: Segundo Maria Sylvia Zanella Di Pietro, “a atuação é discricionária quando a Administração, diante do caso concreto, tem a possibilidade de apreciá-lo segundo critérios de oportunidade e conveniência e escolher uma dentre duas ou mais soluções, toda válidas para o direito”. Logo, a resposta desta questão é a letra b. 75. (FCC/Analista Judiciário/TRT-18ªRegião/2009) João, como autoridade competente do Tribunal Regional do Trabalho, previamente autorizado, cedeu, gratuitamente, o uso de uma sala no imóvel desse Tribunal para o funcionamento de um serviço de utilidade pública. Um mês depois, verificou que o usuário da referida sala não tinha poderes para firmar o ajuste e desprovido de qualquer habilitação para o serviço, caracterizando um ato ilegal. Nesse caso, João deverá a) anular o ato em face das razões de oportunidade e conveniência, e não por eventual ilegalidade, facultando-se pelos efeitos ex tunc ou ex nunc. b) revogar o ato tendo em vista a ilegalidade desse ato administrativo, que vai gerar efeitos en tunc. c) revogar o ato, que é ilegal, e, em face das razões de oportunidade e conveniência, que vai gerar efeitos ex nunc. d) anular o ato tendo em vista a ilegalidade desse ato administrativo, o qual produzirá efeitos ex tunc. e) requerer à Presidência desse Tribunal que revogue o ato administrativo, por ser inconveniente e ilegal, facultando-se pelos efeitos ex nunc ou ex tunc. Comentários: CURSO ON-LINE DIREITO ADMINISTRATIVO EM EXERCÍCIOS - TRIBUNAIS PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 18 ANULAÇÃO REVOGAÇÃO É o desfazimento do ato ilegal. É o desfazimento de um ato válido, por razões de conveniência e oportunidade. Pode ser determinada pela própria Administração que produziu o ato, bem como pelo Poder Judiciário. Só pode ser realizada pela própria Administração que produziu o ato. Tem efeitos retroativos (ex-tunc). Tem efeitos proativos (ex-nunc). Portanto, a resposta desta questão é a letra d. 76. (FCC/SEFAZ-SP/2009) Em relação às espécies de ato administrativo, é correto afirmar: a) Aprovação é ato unilateral e vinculado via do qual a Administração exerce o controle de outro ato administrativo, antes ou depois de o mesmo ter sido praticado. b) Certidão é ato de natureza constitutiva de direito ou de obrigação expedida pela autoridade competente. c) Autorização é ato administrativo unilateral e vinculado por meio do qual a Administração faculta àquele que preencha os requisitos legais o exercício de uma atividade. d) Homologação é ato unilateral e vinculado mediante o qual a Administração reconhece a legalidade de ato ou de procedimentoadministrativo. e) Licença é ato administrativo unilateral e discricionário pelo qual a Administração faculta ao particular o desempenho de atividade material, em princípio vedada. Comentários: A letra a está errada. Aprovação é ato unilateral e discricionário por meio do qual a Administração Pública exerce o controle prévio ou posterior de outro ato administrativo. CURSO ON-LINE DIREITO ADMINISTRATIVO EM EXERCÍCIOS - TRIBUNAIS PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 19 A letra b está errada. Certidão é ato de natureza enunciativa (apenas atesta determinada situação de fato ou de direito) por meio do qual a Administração Pública declara um fato constante em seus registros que seja de interesse do administrado. A letra c está errada. Autorização: é ato administrativo unilateral, discricionário e precário, em que há o predomínio do interesse particular, mediante o qual a Administração Pública constitui certas situações jurídicas, facultando ao administrado interessado o exercício de determinada atividade material (ex. porte de armas, serviço de taxi), ou para facultá-lo a utilizar bem público em caráter privado (instalar banca de jornal em determinada praça), ou para prestar serviço público (CF, art. 21, XI e XII). A letra d está certa. Homologação é ato unilateral e vinculado pelo qual a Administração Pública, em atividade de controle, reconhece a legalidade de um ato ou procedimento já praticado. Ela é sempre posterior e analisa apenas o aspecto de legalidade, razão pela qual se distingue da aprovação a posteriori, que tem fundamento em um juízo de conveniência e oportunidade. Por exemplo, se o concurso público ou a licitação estiverem de acordo com as normas legais, serão homologados. IMPORTANTE: Enquanto a aprovação a posteriori é ato discricionário, a homologação é ato vinculado. A letra e está errada. Licença é ato administrativo unilateral, vinculado e definitivo mediante o qual a Administração Pública, verificando que o interessado cumpriu todas as exigências legais, faculta-lhe o desempenho de atividades ou a realização de fatos materiais antes vedados ao particular. Por exemplo: o exercício de determinadas atividades profissionais depende de licença (OAB, CRM, CREA etc.); a construção de um imóvel depende de licença. CURSO ON-LINE DIREITO ADMINISTRATIVO EM EXERCÍCIOS - TRIBUNAIS PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 20 IMPORTANTE: Na licença, satisfeitas as exigências legais, a Administração pública está vinculada a concedê-la (ato vinculado). Há direito do particular à obtenção da licença. Distingue-se, portanto, da autorização, que será concedida pela Administração Pública conforme exame de conveniência e oportunidade (ato discricionário). Não há direito do particular à obtenção da autorização. Pelo exposto, a resposta desta questão é a letra d. 77. (FCC/SEFAZ-SP/2009) A respeito dos requisitos, ou elementos, do ato administrativo, considere: I. Competência é o poder legal conferido ao agente público para o desempenho específico das atribuições de seu cargo. II. Delegação de competência é o ato pelo qual o superior hierárquico traz para si o exercício temporário de parte da competência atribuída originariamente a um subordinado. III. Motivo é a situação de direito ou de fato que determina ou autoriza a realização do ato administrativo. É correto o que se afirma em a) I e II, apenas. b) I e III, apenas. c) I, II e III. d) II e III, apenas. e) III, apenas. Comentários: Competência É o poder legal conferido ao agente público para o desempenho específico das atribuições de seu cargo. Motivo É o pressuposto de fato e de direito que serve de fundamento ao ato administrativo. CURSO ON-LINE DIREITO ADMINISTRATIVO EM EXERCÍCIOS - TRIBUNAIS PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 21 Avocação O superior hierárquico traz para si o exercício temporário de parte da competência atribuída originariamente a um subordinado. Delegação O superior hierárquico transfere o exercício temporário de parte de sua competência para um subordinado. Assim, a resposta desta questão é a letra b. 78. (FCC/Auxiliar Judiciário/TJ-PA/2009) Com referência às espécies do ato administrativo, considere: I. Atos ordinatórios são atos administrativos internos, que visam a disciplinar o funcionamento da Administração e a conduta funcional dos seus agentes. II. As circulares internas, os avisos e as ordens de serviço são exemplos de atos normativos. III. Nos atos negociais encontra-se presente o atributo da imperatividade. É correto o que se afirma APENAS em a) I. b) I e II. c) II e III. d) II. e) III. Comentários: O item I está certo. Atos ordinatórios são atos administrativos internos, que visam a disciplinar o funcionamento da Administração e a conduta funcional de seus agentes (Hely Lopes Meirelles). Exemplos: circulares, instruções, avisos, portarias, ordens de serviços, ofícios, despachos etc. O item II está errado. Atos normativos são aqueles que contêm um comando geral do Poder Executivo, visando à correta aplicação da lei. Por isso, não podem inovar o ordenamento jurídico criando direitos ou deveres para os CURSO ON-LINE DIREITO ADMINISTRATIVO EM EXERCÍCIOS - TRIBUNAIS PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 22 administrados que não se encontrem previstos em lei. Exemplos: decretos regulamentares, regimentos, resoluções etc. O item III está errado. Atos negociais são aqueles produzidos quando uma determinada pretensão do particular coincide com a manifestação de vontade da Administração, mesmo que o interesse da Administração seja apenas indireto. Exemplos: licença, permissão, autorização etc. Esses atos contêm uma declaração de vontade da Administração apta a concretizar determinado negócio jurídico ou a deferir certa faculdade ao particular, nas condições impostas ou consentidas pelo Poder Público. Portanto, não há imperatividade nos atos negociais. Todavia, esses atos não são contratos. São manifestações unilaterais de vontade da Administração Pública (normalmente provocadas por requerimento ou solicitação do particular) que coincidem com o interesse do particular. Por isso, a resposta desta questão é a letra a. 79. (FCC/Auxiliar Judiciário/TJ-PA/2009) A anulação do ato administrativo NÃO pode ocorrer a) por questão de mérito administrativo. b) nos atos vinculados. c) com efeito retroativo, valendo a anulação a partir da data da sua decretação. d) por iniciativa da própria Administração. e) por determinação do Poder Judiciário, mesmo que provocado pelo interessado. Comentários: A letra a está certa. O mérito administrativo consiste na margem de liberdade concedida pela lei ao agente público para que ele avalie a conveniência e a oportunidade da prática de um ato administrativo, bem como defina o seu conteúdo. Em outras palavras, é a margem de liberdade conferida por lei ao agente público nas competências discricionárias. Assim, por questões de CURSO ON-LINE DIREITO ADMINISTRATIVO EM EXERCÍCIOS - TRIBUNAIS PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 23 mérito administrativo, ocorre a revogação do ato administrativo. A anulação deve ocorrer por questões de legalidade ou legitimidade. A letra b está errada. Nos atos vinculados, os cinco elementos dos atos administrativos (CoFiFoMoOb) estão detalhadamente previstos em lei. Por conseguinte, não há qualquer margem de liberdadepara o agente público decidir acerca da oportunidade e conveniência da prática do ato. Assim, havendo vício em qualquer elemento, o ato deve ser anulado. A letra c está errada. A anulação consiste na supressão do ato inválido e dos seus efeitos invalidamente produzidos. Destarte, os efeitos da anulação são ex-tunc, retroagindo para desfazer todos os efeitos pretéritos. Portanto, a anulação retroage a origem do ato administrativo. As letras d e e estão erradas. A anulação pode ser feita pela própria Administração (controle interno), de ofício ou mediante provocação, ou pelo Poder Judiciário (controle externo), mediante provocação. Portanto, a respostas desta questão é a letra a. 80. (FCC/Auxiliar Judiciário/TJ-PA/2009) Tocante à revogação e extinção do ato administrativo emanado do Poder Executivo, é correto afirmar que: a) verifica-se a extinção natural quando desaparece o próprio objeto do ato praticado. b) a revogação pode ser determinada pelo Poder Judiciário à vista da ilegalidade do ato. c) o Poder Judiciário pode revogar o ato por inconveniente se for provocado por terceiro prejudicado. d) ocorre a extinção subjetiva quando se verifica o cumprimento normal dos efeitos do ato. e) a revogação é ato exclusivo da Administração e tem cabimento quando o ato tornou-se inoportuno ou inconveniente. Comentários: As letras a e d estão erradas. CURSO ON-LINE DIREITO ADMINISTRATIVO EM EXERCÍCIOS - TRIBUNAIS PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 24 Extinção natural Decorre do cumprimento normal dos efeitos do ato. Ex: autorização por prazo certo para exercício de atividade. Expirado o prazo, há extinção natural do ato. Extinção subjetiva Ocorre com o desaparecimento do sujeito que se beneficiou do ato. Ex: a morte do permissionário. Extinção objetiva Ocorre com o desaparecimento do objeto do ato. Ex: proprietário extingue estabelecimento comercial interditado. A letra b está errada. A anulação (desfazimento do ato ilegal) pode ser determinada pela própria Administração que produziu o ato, bem como pelo Poder Judiciário. A letra c está errada e a letra e está certa. A revogação (desfazimento de um ato válido, por razões de conveniência e oportunidade) só pode ser realizada pela própria Administração que produziu o ato. Portanto, a resposta desta questão é a letra e. 81. (FCC/Oficial de Justiça/TJ-PA/2009) A anulação e a revogação do ato administrativo sujeitam-se às seguintes regras: a) Ato administrativo emanado do Poder Executivo pode ser anulado pela própria Administração, de ofício ou a requerimento do interessado, ou pelo Poder Judiciário, nesta última hipótese. b) A anulação do ato administrativo não pode ser decretada se o ato for vinculado. c) A revogação do ato administrativo produz efeito ex tunc; a anulação efeito ex nunc. d) Revogação é a supressão de um ato administrativo por ilegítimo e ilegal. e) Todo e qualquer ato administrativo pode ser revogado. CURSO ON-LINE DIREITO ADMINISTRATIVO EM EXERCÍCIOS - TRIBUNAIS PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 25 Comentários: A letra a está certa. A anulação pode ser feita pela própria Administração (controle interno), de ofício ou mediante provocação, ou pelo Poder Judiciário (controle externo), mediante provocação. A letra b está errada. Nos atos vinculados, os cinco elementos dos atos administrativos (CoFiFoMoOb) estão detalhadamente previstos em lei. Por conseguinte, não há qualquer margem de liberdade para o agente público decidir acerca da oportunidade e conveniência da prática do ato. Assim, havendo vício em qualquer elemento, o ato deve ser anulado. As letras c e d estão erradas. ANULAÇÃO REVOGAÇÃO É o desfazimento do ato ilegal. É o desfazimento de um ato válido, por razões de conveniência e oportunidade. Tem efeitos retroativos (ex-tunc). Tem efeitos proativos (ex-nunc). A letra e está errada. O poder de revogação da Administração Pública não é ilimitado. Pois, há determinados atos que são insuscetíveis de revogação. São irrevogáveis: • Os atos consumados, que já exauriram seus efeitos; • Os atos vinculados; • Os atos que já geraram direitos adquiridos; • Os atos que integram um procedimento; • Os meros atos administrativos. Com efeito, a resposta desta questão é a letra a. 82. (FCC/Analista/MPE-SE/2009) A Administração Pública pode editar atos administrativos e cumprir suas determinações sem necessidade de oitiva ou CURSO ON-LINE DIREITO ADMINISTRATIVO EM EXERCÍCIOS - TRIBUNAIS PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 26 autorização prévia do Poder Judiciário ou de qualquer outra autoridade. Tem-se aí a definição de um dos atributos do ato administativo, consistente na a) auto-executoriedade. b) insindicabilidade. c) inexorabilidade de seus efeitos. d) inafastabilidade do controle jurisdicional. e) presunção de legitimidade. Comentários: Autoexecutoriedade: é a prerrogativa que possui a Administração de executar seus atos independentemente de prévia manifestação do Poder Judiciário. Com efeito, os atos que possuem esse atributo ensejam de imediata e direta execução pela própria Administração. A resposta da questão, portanto, é a letra a. 83. (FCC/Assessor Jurídico/TCE-PI/2009) Dos elementos do ato administrativo classicamente apontados por parte considerável da doutrina administrativista, a finalidade, o objeto e o motivo assumem sentidos diferentes, podendo-se afirmar que a) o motivo consiste no efeito jurídico imediato que o ato administrativo produz e a finalidade consiste no efeito mediato. b) o objeto consiste no efeito jurídico imediato que o ato administrativo produz e o motivo consiste no efeito mediato. c) o motivo antecede a prática do ato administrativo, enquanto que a finalidade a sucede, correspondendo a algo cujo alcance é pretendido pela Administração. d) o objeto consiste no efeito jurídico mediato que o ato administrativo produz e deve ser lícito, possível e determinado. e) a validade do ato administrativo não se vincula aos motivos eventualmente indicados pela Administração como seu fundamento quando a lei não exigir tal motivação. Comentários: CURSO ON-LINE DIREITO ADMINISTRATIVO EM EXERCÍCIOS - TRIBUNAIS PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 27 As letras a, b e d estão erradas. Finalidade Objeto Efeito mediato Efeito imediato A letra c está certa. Finalidade É o resultado que a Administração quer alcançar com a prática do ato. Motivo É o pressuposto de fato e de direito que serve de fundamento ao ato administrativo. A letra e está errada. IMPORTANTE: A motivação de determinado ato administrativo invocou a ocorrência de um determinado fato que, posteriormente, provou-se não ter acontecido. Esse ato apresenta vício consistente em inexistência de motivos e em razão disso cabe sua anulação pela Administração. Por isso, a resposta desta questão é a letra c. 84. (FCC/Assessor Jurídico/TCE-PI/2009) A convalidação a) produz efeitos retroativos à data em que foi praticado o ato administrativo. b) consiste na validação concomitante de no mínimo dois atos administrativos relacionados entre si quanto ao objeto. c) consiste na reposição ao mundo jurídico de um ato administrativo anteriormente declarado inoportuno e inconveniente. d) não é possível em casos de vício de competência. CURSO ON-LINE DIREITO ADMINISTRATIVO EM EXERCÍCIOS - TRIBUNAIS PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 28 e) depende da apreciaçãojurisdicional para ser aplicada aos atos administrativos. Comentários: A convalidação (também chamada de aperfeiçoamento ou sanatória) é o processo de que se vale a Administração para aproveitar atos administrativos com vícios superáveis, de forma a confirmá-los no todo ou em parte. O ato que convalida tem efeitos ex tunc, uma vez que retoage, em seus efeitos, ao momento em que foi praticado o ato originário (José dos Santos Carvalho Filho). Por isso, a resposta desta questão é a letra a. 85. (FCC/Oficial de Chancelaria/MRE-PI/2009) As portarias, as autorizações e as resoluções são consideradas, respectivamente, espécies de atos administrativos: a) normativos, ordinatórios e negociais. b) punitivos, ordinatórios e normativos. c) normativos, negociais e ordinatórios. d) ordinatórios, negociais e normativos. e) ordinatórios, normativos e negociais. Comentários: ESPÉCIES EXEMPLOS Ordinatórios Circulares, instruções, avisos, portarias, ordens de serviços, ofícios, despachos etc. Negociais Licença, permissão, autorização etc. Normativos Decretos regulamentares, regimentos, resoluções etc. Com efeito, a resposta desta questão é a letra d. CURSO ON-LINE DIREITO ADMINISTRATIVO EM EXERCÍCIOS - TRIBUNAIS PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 29 86. (FCC/Analista Judiciário/TRT-SP/2008) Quanto à administração pública, o atributo do ato administrativo que garante seu integral cumprimento, a terceiros, independentemente de sua concordância, inclusive, se necessário for, com exigibilidade coercitiva, é o denominado de a) tipicidade. b) presunção de veracidade. c) auto-executoriedade. d) imperatividade. e) presunção de legitimidade. Comentários: A imperatividade (ou coercibilidade) é o atributo que torna obrigatória para o administrado a observância do ato administrativo, independentemente de sua anuência. Por isso, a resposta desta questão é a letra d. 87. (FCC/Analista Judiciário/TRT-SP/2008) O juízo de conveniência e oportunidade, presente no ato discricionário, compreende o mérito administrativo, a) ficando o agente público sujeito aos termos da lei quanto às condições e ao momento da prática do ato. b) ficando ao arbítrio do agente público a prática do ato. c) mas o agente público deve obedecer a todos os elementos estabelecidos na lei para a prática do ato. d) mas não afasta a necessidade de submissão do agente público ao princípio da legalidade e ao atendimento do interesse público. e) ficando ao talante do agente público a conduta quanto à finalidade da norma. Comentários: CURSO ON-LINE DIREITO ADMINISTRATIVO EM EXERCÍCIOS - TRIBUNAIS PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 30 Ato discricionário é aquele pode ser praticado pela Administração Pública com certa margem de liberdade, nos limites da lei, em relação ao seu conteúdo, modo de realização, sua oportunidade e conveniência. Com base no poder discricionário, a Administração Pública dispõe de liberdade na valoração do motivo e na escolha do objeto do ato administrativo. Tal libertadade de ação da Administração Pública integra o denominado mérito administrativo. Considerando, especificamente, os atos administrativos discricionários, o núcleo do mérito administrativo é formado pelos elementos Motivo e Objeto. Deve ficar claro, porém, que o ato discricionário, como qualquer outro ato administrativo, sujeita-se à apreciação judicial. Portanto, não fica afastada a necessidade de submissão do agente público ao princípio da legalidade e ao atendimento do interesse público. Assim, a resposta desta questão é a letra d. 88. (FCC/Analista Judiciário/TRT-SP/2008) Sobre as espécies do ato administrativo, considere: I. Licença é ato administrativo vinculado por meio do qual a Administração confere ao interessado consentimento para o desempenho de certa atividade. II. Permissão é ato administrativo vinculado e definitivo, pelo qual a Administração consente que o particular execute serviço de utilidade pública ou utilize privativamente bem público. III. Autorização é ato administrativo pelo qual a Administração consente que o particular exerça atividade ou utilize bem público no seu próprio interesse. É correto o que consta APENAS em a) I e II. b) I e III. c) I, II e III. d) II. e) II e III. Comentários: Licença É ato administrativo vinculado por meio do qual a Administração CURSO ON-LINE DIREITO ADMINISTRATIVO EM EXERCÍCIOS - TRIBUNAIS PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 31 confere ao interessado consentimento para o desempenho de certa atividade. Permissão É ato administrativo discricionário e precário, em que há o predomínio do interesse público, mediante o qual a Administração possibilita ao particular interessado a execução de serviços de interesse público ou a utilização de bem público. Autorização É ato administrativo pelo qual a Administração consente que o particular exerça atividade ou utilize bem público no seu próprio interesse. Assim, a resposta desta questão é a letra b. 89. (FCC/Analista Judiciário/TRT-SP/2008) Atos normativos são a) aqueles editados em situações nas quais uma determinada pretensão do particular coincide com a manifestação de vontade da Administração. b) atos administrativos internos, endereçados aos servidores públicos, que veiculam determinações atinentes ao adequado desempenho de suas funções. c) os que contêm comandos gerais e abstratos aplicáveis a todos os administrados que se enquadrem nas situações nele previstas. d) atos que não contêm uma manifestação de vontade da Administração. e) aqueles pelos quais a Administração pode impor diretamente sanções a seus servidores ou aos administrados em geral. Comentários: Atos normativos são aqueles que contêm um comando geral do Poder Executivo, visando à correta aplicação da lei. Por isso, não podem inovar o ordenamento jurídico criando direitos ou deveres para os administrados que não se encontrem previstos em lei. Exemplos: decretos regulamentares, regimentos, resoluções etc. Com efeito, a resposta desta questão é a letra c. CURSO ON-LINE DIREITO ADMINISTRATIVO EM EXERCÍCIOS - TRIBUNAIS PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 32 90. (FCC/Técnico Judiciário/TRT-SP/2008) Sendo um dos requisitos do ato administrativo, a competência é a) modificável por vontade do agente. b) transferível. c) irrenunciável. d) prescritível. e) de exercício não obrigatório. Comentários: De acordo com Celso Antônio Bandeira de Mello, são características da competência: • É irrenunciável: o exercício da competência é obrigatório para os órgãos e agentes públicos. Ou seja, sempre que necessário, os agentes e órgãos públicos devem exercer suas competências. • É inderrogável: a titularidade da competência não pode ser alterada mediante transação (acordo de vontades) entre os agentes públicos. Isso quer dizer que a competência é imodificável pela vontade do agente. Por exemplo, um Analista não pode fazer um acordo com um Técnico visando à troca de algumas atribuições que lhes são outorgadas por lei. • É improrrogável: os agentes públicos não podem agir além de suas competências definidas em leis. Desta forma, o fato de um órgão ou agente praticar um ato para o qual seja incompetente não faz com que ele passe a ser considerado competente para exercer tal atribuição. A improrrogabilidade, portanto, refere-se ao exercício da competência. Em regra, os agentes públicos não podem praticar atos para os quais a leinão lhes outorgou competência. Contudo, excepcionalmente, são admitidas a delegação e a avocação. • É intransferível: tendo em vista que a delegação e a avocação relacionam-se tão-somente ao exercício, e não à titularidade, a competência também é caracterizada pela intranferibilidade. Isso significa que a titularidade da competência não pode ser transferida. • É imprescritível: as competências podem/devem ser exercidas a qualquer tempo. Ou seja, independentemente do período de inércia, o não exercício da competência não a extingue. Com efeito, a titularidade da competência permanece sob a titularidade do sujeito a que a lei a outorgou. CURSO ON-LINE DIREITO ADMINISTRATIVO EM EXERCÍCIOS - TRIBUNAIS PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 33 Portanto, a resposta desta questão é a letra c. 91. (FCC/Técnico Judiciário/TRT-SP/2008) No que concerne aos atributos do ato administrativo, é INCORRETO afirmar que a a) presunção de legitimidade depende de previsão legal. b) presunção de legitimidade do ato administrativo é relativa. c) imperatividade implica que a imposição do ato independe da anuência do administrado. d) auto-executoriedade consiste na possibilidade que certos atos administrativos ensejam de imediata e direta execução pela própria Administração. e) presunção de legitimidade não impede o questionamento do ato administrativo perante o Poder Judiciário. Comentários: A letra a está errada. A presunção de legitimidade independente de previsão em lei. As letras b e e estão certas. A presunção de legitimidade é relativa, ou seja, admite prova em contrário. Cabe ao particular provar que o ato é ilegal. Logo, esse atributo não impede o questionamento do ato administrativo perante o Poder Judiciário. A letra c está certa. A imperatividade (ou coercibilidade) é o atributo que torna obrigatória para o administrado a observância do ato administrativo, independentemente de sua anuência. A letra d está certa. A autoexecutoriedade é a prerrogativa que possui a Administração de executar seus atos independentemente de prévia manifestação do Poder Judiciário. Assim, os atos que possuem esse atributo ensejam de imediata e direta execução pela própria Administração. Pelo exposto, a resposta desta questão é a letra a. CURSO ON-LINE DIREITO ADMINISTRATIVO EM EXERCÍCIOS - TRIBUNAIS PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 34 92. (FCC/Analista Judiciário/TRT-18ªRegião/2008) Sobre as espécies de atos administrativos, analise: I. Atos que contêm uma declaração de vontade da Administração apta a concretizar determinado negócio jurídico ou a deferir certa faculdade ao particular. II. Atos que visam a disciplinar o funcionamento da Administração e a conduta funcional de seus agentes. III. Atos que contêm um comando geral do Executivo, visando à correta aplicação da lei. Essas afirmações referem-se, respectivamente, aos atos administrativos a) negociais, ordinatórios e normativos. b) ordinatórios, normativos e negociais. c) normativos, negociais e ordinatórios. d) negociais, normativos e ordinatórios. e) ordinatórios, negociais e normativos. Comentários: Atos negociais contêm uma declaração de vontade da Administração apta a concretizar determinado negócio jurídico ou a deferir certa faculdade ao particular. Atos ordinatórios visam a disciplinar o funcionamento da Administração e a conduta funcional de seus agentes. Atos normativos contêm um comando geral do Executivo, visando à correta aplicação da lei. Portanto, a resposta desta questão é a letra a. 93. (FCC/Analista Judiciário/ TRT-18ªRegião/2008) Sobre os atributos do ato administrativo, considere: I. Autoriza a imediata execução do ato administrativo, mesmo que eivado de vícios ou defeitos. CURSO ON-LINE DIREITO ADMINISTRATIVO EM EXERCÍCIOS - TRIBUNAIS PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 35 II. É o que impõe a coercibilidade para o cumprimento ou execução de certos atos administrativos. III. Consiste na possibilidade que certos atos administrativos ensejam de imediata e direta execução pela própria Administração, independentemente de ordem judicial. As assertivas I, II e III referem-se, respectivamente, aos seguintes atributos: a) presunção de legitimidade, imperatividade e auto-executoriedade. b) imperatividade, auto-executoriedade e presunção de legitimidade. c) auto-executoriedade, presunção de legitimidade e imperatividade. d) presunção de legitimidade, auto-executoriedade e imperatividade. e) auto-executoriedade, imperatividade e presunção de legitimidade. Comentários: Presunção de legitimidade Autoriza a imediata execução do ato administrativo, mesmo que eivado de vícios ou defeitos. Imperatividade É o que impõe a coercibilidade para o cumprimento ou execução de certos atos administrativos. Ou seja, o cumprimento do ato é obrigatório, independentemente da anuência do administrado. Autoexecutoriedade Consiste na possibilidade que certos atos administrativos ensejam de imediata e direta execução pela própria Administração, independentemente de ordem judicial. Logo, a resposta desta questão é a letra a. 94. (FCC/Técnico Judiciário/TRT-18ªRegião/2008) Quanto à liberdade que o administrador tem na prática dos atos administrativos, considere: I. Ato em que a lei estabelece todos os requisitos e as condições de sua realização, sem deixar qualquer margem de liberdade para o administrador. II. Ato que o administrador pode praticar com certa liberdade de escolha quanto à conveniência e oportunidade. CURSO ON-LINE DIREITO ADMINISTRATIVO EM EXERCÍCIOS - TRIBUNAIS PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 36 Esses conceitos referem-se, respectivamente, ao ato administrativo a) vinculado e de império. b) de império e de gestão. c) discricionário e de gestão. d) vinculado e discricionário. e) de gestão e de expediente. Comentários: Ato vinculado Ato discricionário Ato em que a lei estabelece todos os requisitos e as condições de sua realização, sem deixar qualquer margem de liberdade para o administrador. Ato que o administrador pode praticar com certa liberdade de escolha quanto à conveniência e oportunidade. Desta forma, a resposta da questão é a letra d. 95. (FCC/Técnico Judiciário/TRT-AL/2008) Ao praticar um ato administrativo a autoridade deve fazêlo de acordo com a lei. Quando a lei estabelece todos os requisitos e condições, não deixando ao Administrador nenhuma liberdade de escolha, estamos diante de um ato a) discricionário ou vinculado a critério do agente que pratica o ato. b) discricionário. c) vinculado. d) arbitrário. e) hierárquico. Comentários: Nos atos vinculados, os cinco elementos dos atos administrativos (CoFiFoMoOb) estão detalhadamente previstos em lei. Por conseguinte, CURSO ON-LINE DIREITO ADMINISTRATIVO EM EXERCÍCIOS - TRIBUNAIS PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 37 não há qualquer margem de liberdade para o agente público decidir acerca da oportunidade e conveniência da prática do ato. Por outro lado, nos atos discricionários, apenas os elementos “CoFiFo” estão detalhadamente previstos em lei. Nos demais (“MoOb”), o agente público dispõe de certa margem de liberdade (dentro dos limites da lei) quanto à conveniência, à oportunidade e ao conteúdo do ato. Desta forma, a resposta desta questão é a letra c. 96. (FCC/Assistente/TCE-AM/2008) A motivação de determinado ato administrativo invocoua ocorrência de um determinado fato que, posteriormente, provou-se não ter acontecido. Esse ato apresenta vício consistente em a) inexistência de motivos e em razão disso cabe sua anulação pela Administração. b) inexistência de motivos e em razão disso cabe sua revogação pela Administração. c) ausência de motivação e em razão disso cabe sua revogação pela Administração. d) ausência de motivação e em razão disso cabe sua anulação pela Administração. e) ilegalidade do objeto e em razão disso cabe sua anulação pela Administração. Comentários: São nulos os atos nos casos de (Lei Federal nº 4.717/65, art. 2º) : • incompetência; • vício de forma; • ilegalidade do objeto; • inexistência dos motivos; • desvio de finalidade. Ademais, o paragrafo único do referido artigo traz as seguintes regras: • a incompetência fica caracterizada quando o ato não se incluir nas atribuições legais do agente que o praticou; CURSO ON-LINE DIREITO ADMINISTRATIVO EM EXERCÍCIOS - TRIBUNAIS PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 38 • o vício de forma consiste na omissão ou na observância incompleta ou irregular de formalidades indispensáveis à existência ou seriedade do ato; • a ilegalidade do objeto ocorre quando o resultado do ato importa em violação de lei, regulamento ou outro ato normativo; • a inexistência dos motivos se verifica quando a matéria de fato ou de direito, em que se fundamenta o ato, é materialmente inexistente ou juridicamente inadequada ao resultado obtido; • o desvio de finalidade se verifica quando o agente pratica o ato visando a fim diverso daquele previsto, explícita ou implicitamente, na regra de competência IMPORTANTE: A motivação de determinado ato administrativo invocou a ocorrência de um determinado fato que, posteriormente, provou-se não ter acontecido. Esse ato apresenta vício consistente em inexistência de motivos e em razão disso cabe sua anulação pela Administração. Assim, a resposta desta questão é a letra a. 97. (ESAF/ATA/MF/2009) Associe os elementos do ato administrativo a seus conceitos, em linhas gerais. Ao final, assinale a opção correspondente. 1. Sujeito 2. Objeto ou conteúdo 3. Forma 4. Finalidade 5. Motivo ( ) É o pressuposto de fato e de direito que serve de fundamento ao ato administrativo. ( ) É o efeito jurídico imediato que o ato produz. ( ) É o resultado que a Administração quer alcançar com a prática do ato. ( ) É aquele a quem a lei atribui competência para a prática do ato. ( ) É a exteriorização do ato e/ou as formalidades que devem ser observadas durante o processo de sua formação. a) 2, 4, 3, 1, 5 CURSO ON-LINE DIREITO ADMINISTRATIVO EM EXERCÍCIOS - TRIBUNAIS PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 39 b) 2, 5, 1, 3, 4 c) 5, 2, 4, 1, 3 d) 5, 4, 2, 1, 3 e) 3, 1, 4, 2, 5 Comentarios: Sujeito ou Competência É aquele a quem a lei atribui competência para a prática do ato. Finalidade É o resultado que a Administração quer alcançar com a prática do ato. Forma É a exteriorização do ato e/ou as formalidades que devem ser observadas durante o processo de sua formação. Motivo É o pressuposto de fato e de direito que serve de fundamento ao ato administrativo. Objeto É o efeito jurídico imediato que o ato produz. Assim, a resposta da questão é a letra c. 98. (ESAF/Analista/ANA/2009) Quanto ao regime jurídico a que se submetem os atos administrativos no ordenamento brasileiro, assinale a opção incorreta. a) Configura desvio de finalidade a prática de ato administrativo visando a fim diverso daquele previsto, explícita ou implicitamente, na regra de competência. b) Em virtude de sua presunção de legitimidade, até prova em contrário, presume-se que os atos administrativos foram emitidos em conformidade com a lei. c) A conveniência e a oportunidade da prática do ato constituem o mérito administrativo e apenas estarão passíveis de ponderação nos atos discricionários. CURSO ON-LINE DIREITO ADMINISTRATIVO EM EXERCÍCIOS - TRIBUNAIS PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 40 d) De acordo com a teoria dos motivos determinantes, a situação fática que determinou e justificou a prática de ato administrativo passa a integrar a sua validade. e) Todos os atos administrativos nulos ou anuláveis são passíveis de convalidação ou saneamento, desde que a prática do novo ato supra a falta anterior. Comentários: A letra a está certa. De acordo com Hely Lopes Meirelles, “o abuso de poder ocorre quando a autoridade, embora competente para praticar o ato, ultrapassa os limites de suas atribuições ou se desvia das finalidades administrativas”. Portanto, o abuso de poder pode ocorrer em duas hipóteses: • Vício no elemento competência: o agente público atua fora dos limites de sua competência. Nesse caso, diz-se que ocorreu abuso de poder na modalidade excesso de poder. • Vício no elemento finalidade: o agente público, embora competente, atua de forma contrária à satisfação do interesse público. Nesse caso, diz- se que ocorreu abuso de poder na modalidade desvio de poder (ou desvio de finalidade). Para facilitar o entendimento de vocês, deixo a tabela abaixo: Abuso de poder Desvio de poder (ou desvio de finalidade) Excesso de poder Vício no elemento finalidade. Vício no elemento competência. A letra b está certa. Pelo atributo presunção de legitimidade, se presume que o ato administrativo foi produzido em conformidade com a lei. Enquanto não proferida a decisão, administrativa ou judicial, que reconheça a ocorrência alguma ilegalidade, o ato administrativo permanece eficaz, podendo ser imediatamente executado pela Administração Pública. CURSO ON-LINE DIREITO ADMINISTRATIVO EM EXERCÍCIOS - TRIBUNAIS PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 41 A letra c está certa. O mérito administrativo é a margem de liberdade, nos limites da lei, que a Administração Pública possui na valoração da conveniência e oportunidade para a prática de ato administrativo discricionário. Considerando, especificamente, os atos administrativos discricionários, o núcleo do mérito administrativo é formado pelos elementos Motivo e Objeto. Ou seja, nos atos discricionários, apenas os elementos “CoFiFo” estão detalhadamente previstos em lei. Nos atos vinculados, os cinco elementos dos atos administrativos (CoFiFoMoOb) estão detalhadamente previstos em lei. Por conseguinte, não há qualquer margem de liberdade para o agente público decidir acerca da oportunidade e conveniência da prática do ato. A letra d está certa. Motivo e motivação não se confundem. Motivo é o pressuposto de direito (jurídico) e de fato (fático) que autoriza ou determina a produção do ato administrativo. A motivação é a indicação, no próprio ato, dos pressupostos de fato e de direito que autorizaram ou determinaram a prática de determinado ato. O art. 50 da Lei nº 9.784/90 cita um rol mínimo de atos que necessariamente serão motivados. Percebam que os atos que sempre serão motivados, em regra, apresentam uma das seguintes características: diminuem direitos; aumentam obrigações; decidem algo; contrariam opiniões anteriores; e geram risco de lesão aos cofres públicos. LEI Nº 9.784/99, ART. 50: Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos, quando: I - neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses; II - imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções; III - decidam processos administrativos de concurso ou seleção pública; IV - dispensemou declarem a inexigibilidade de processo licitatório; V - decidam recursos administrativos; VI - decorram de reexame de ofício; VII - deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou discrepem de pareceres, laudos, propostas e relatórios oficiais; VIII - importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de ato administrativo. CURSO ON-LINE DIREITO ADMINISTRATIVO EM EXERCÍCIOS - TRIBUNAIS PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 42 Como disse acima, esses atos citados nos incisos do art. 50 da Lei representam um rol mínimo de atos que sempre serão motivados. Na verdade, a motivação é necessária para todos os atos administrativos, sejam discricionários, sejam vinculados. Todavia, a Constituição Federal cria algumas exceções ao princípio da motivação obrigatória dos atos produzidos no âmbito da competência discricionária da Administração. Por exemplo: os cargos em comissão são de livre nomeação e exoneração, isto é, independem de motivação (diz-se nomeação e exoneração ad nutum). Ainda assim, quando a Administração declara o motivo que determinou a prática de um ato discricionário, que, em princípio, não precisava ser expressamente motivado, ele fica vinculada à existência do motivo declarado. Isso significa que se houver desconformidade entre a realidade e o motivo declarado, tornar-se-á possível a declaração de invalidade do ato pelo Poder Judiciário, bem como pela própria Administração Pública. Essa é a chamada Teoria dos Motivos Determinantes. A letra e está errada. Segundo o art. 55 da Lei nº 9.784/99, em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse público nem prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser convalidados pela própria Administração. IMPORTANTE: Segundo a doutrina, são defeitos sanáveis: a competência não-exclusiva e a forma não-essencial, razão pela qual admitem a convalidação. Os demais defeitos são insanáveis. Por isso, não podem ser convalidados. Logo, a resposta desta questão é a letra e. 99. (ESAF/STN/AFC/2008) Quanto à discricionariedade e à vinculação da atuação administrativa, pode-se afirmar corretamente: a) a discricionariedade presente num ato administrativo nunca é total, pois, em geral, ao menos a competência, a forma e a finalidade são elementos definidos em lei e, portanto, vinculados. CURSO ON-LINE DIREITO ADMINISTRATIVO EM EXERCÍCIOS - TRIBUNAIS PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 43 b) o ato administrativo será discricionário quando a lei não deixar margem de liberdade para a atuação do administrador e fixar a sua única maneira de agir diante do preenchimento de determinados requisitos. c) a conveniência e a oportunidade de realização dos atos constituem o mérito administrativo, presente nos atos vinculados e passível de controle pelo poder judiciário. d) quando o motivo for um aspecto discricionário do ato administrativo, ainda que expressamente indicado pela administração pública para a prática de determinado ato, não estará passível de controle pelo poder judiciário. e) a admissão de servidor público é ato administrativo discricionário típico, assim como a permissão de uso de bem público é exemplo clássico de ato administrativo vinculado. Comentários: A letra a está certa e as letras b e c estão erradas. Já vimos que, nos atos administrativos discricionários, o núcleo do mérito administrativo é formado pelos elementos Motivo e Objeto. Isto é, nesses elementos (“MoOb”) o agente público dispõe de certa margem de liberdade (dentro dos limites da lei) quanto à conveniência, à oportunidade e ao conteúdo do ato. Todavia, os elementos Competência, Finalidade e Forma (“CoFiFo”) estão detalhadamente previstos em lei. Nos atos vinculados, os cinco elementos dos atos administrativos (CoFiFoMoOb) estão detalhadamente previstos em lei. Por conseguinte, não há qualquer margem de liberdade para o agente público decidir acerca da oportunidade e conveniência da prática do ato. A letra d está errada. A discricionariedade administrativa é limitada pela lei. Com efeito, o ato administrativo discricionário pode ser analisado pelo Poder Judiciário. Nessa situação, o resultado da atividade jurisdicional é a anulação do ato administrativo viciado. A letra e está errada. Em regra, a admissão de servidor público é ato administrativo vinculado. Já a permissão é ato administrativo unilateral, discricionário e precário, em que há o predomínio do interesse público, mediante o qual a Administração possibilita ao particular interessado a execução de serviços de interesse público ou a utilização de bem público. A permissão pode ser onerosa ou gratuita. CURSO ON-LINE DIREITO ADMINISTRATIVO EM EXERCÍCIOS - TRIBUNAIS PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 44 Por isso, a resposta desta questão é a letra a. 100. (ESAF/AFC/STN/2008) O Diretor-Geral do Departamento de Vigilância Sanitária de uma cidade brasileira anulou o ato de concessão de licença de funcionamento de um restaurante ao constatar uma irregularidade em um dos documentos apresentados para sua obtenção, existente desde o momento em que foi apresentado. Em relação a essa situação hipotética, marque a opção correta. a) Sendo o Diretor-Geral a autoridade competente para a concessão da licença, apenas uma autoridade superior a ele poderia tê-la anulado. b) A invalidação da licença tem efeitos ex nunc, ou seja, não retroativos, em respeito aos atos já dela decorridos até então. c) Por haver repercussão no campo de interesses individuais, a anulação da licença deve ser precedida de procedimento em que se garanta o contraditório àquele que terá modificada sua situação. d) Ainda que o documento seja novamente apresentado, desta vez regularmente constituído, não será possível a convalidação da licença anteriormente concedida por ser absolutamente nula. e) Tendo sido uma manifestação legítima de controle de mérito da Administração Pública, avaliados os critérios de conveniência e oportunidade, não é cabível indenização. Comentários: As letras a e b estão erradas. A anulação é extinção do ato administrativo ilegal pela própria Administração Pública que o editou (princípio da autotulela), ou pelo Poder Judiciário. Seus esfeitos serão retoativos (ex-tunc). A letra c está certa. Segundo a doutrina, em respeito aos princípios do contraditório e da ampla defesa (CF, art 5º, LV), deve ser oferecida oportunidade de manifestação ao particular eventualmente atingido pelo ato extintivo. A letra d está errada. Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse público nem prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser convalidados pela própria Administração (Lei nº 9.784/99, art. 55). CURSO ON-LINE DIREITO ADMINISTRATIVO EM EXERCÍCIOS - TRIBUNAIS PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 45 A letra e está errada. Há dois erros na questão. A anulação resulta do controle de legalidade (e não do controle de mérito). Ademais, em relação ao destinatário do ato, diretamente atingido pela anulação, pode haver ou não o direito à indenização. Quando a anulação antecede despesas feitas pelo administrado, não há dever de indenizar para a Administração. Contudo, se for posterior a ocorrência de gastos pelo administrado, este terá direito à indenização pelos prejuízos decorrentes da anulação, desde que não tenha agido com dolo ou culpa, nem com má-fé. Portanto, a resposta desta questão é a letra c. 101. (ESAF/SEFAZ-CE/Analista/2007) Assinale a forma de extinção do ato administrativo
Compartilhar