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História do Direito Brasileiro

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História do Direito do Brasil – Professora Alexândria
22/02/2016
Bibliografia:
“História do Direito Brasileiro” – BITTAR, Eduardo
	Texto da copiadora – “Notícias da inquisição no Brasil”
	Texto da copiadora – “Notícia Histórica do Direito Penal no Brasil”
Livros do Laurentino
“História do Rio de Janeiro” – ENDERS, Armelle
“A nova história do Brasil” – ENDERS, Armelle
“A cruz, a coroa e a espada” – BUENO, Eduardo
Biografia do Barão de Mauá
Biografia do Chatô
Dos delitos e das penas – Cesarie Beccaria – base dos princípios do código penal
ORDENAÇÕES DO REINO PORTUGUÊS
	Ordenações Afonsinas (1500 – 1514 no Brasil, mas criada em 1446)
	Composta por 5 livros
	Cargos da administração e da justiça;
	Relação entre Estado e Igreja;
	Processo Civil;
	Direito Civil;
	Direito Penal.
	Ordenações Manuelinas (1514 – 1603)
	Período das grandes navegações, foi então inserido o direito das navegações.
	Ordenações Filipinas (1603 – 1916)
	Mesmo com a independência do Brasil em 1822, mas continuamos usando as ordenações e os direitos romano e canônico.
	Os cristãos-novos vieram para o Brasil (Pernambuco). Arrendaram o Brasil por 10 anos em troca de enviar navios de suprimentos e riquezas para Portugal
	Os condenados eram enviados para o Brasil como pena por seus crimes
	Com a chegada desses colonizadores precisou-se do Direito. Assim foram trazidas as Ordenações de Portugal
	Os cargos eram irrelevantes no momento
	Por que demorou quase 100 anos para sair o código civil?
	O Brasil tinha três academias de Direito: Rio de Janeiro, São Paulo e Pernambuco;
	Em 1850 o primeiro Código Comercial é editado, sendo separado do Código Civil – a primeira parte do Código Civil é revogada.
CONSTITUIÇÃO DE 1824
	Convocação – 03/05/1822
	Abertura – 03/05/1823
	Pessoas com direito à voto:
	Casados ou solteiros;
	Emancipados;
	Maiores de 20 anos.
	Excluídas do direito à voto:
	Religiosos regulares;
	Estrangeiros ou não naturalizados;
	Criminosos;
	Assalariados;
	Soldados;
	Criados da casa real;
	Administradores de fazendas e fabricas.
	Chamada de Constituição da mandioca (1823) pois as pessoas votavam com base na quantidade de alqueires de mandioca que possuíam
	Tópicos da Constituição de 1824
	Censura à imprensa;
	272 artigos;
	Soberania nacional: governo próprio;
	Democracia formada pela menor parte da população;
	Senado eleito;
	Separação das forças armadas;
	Indissolubilidade da Câmara.
	Conselho de Estado formado por juristas exclusivamente
	Era como o parlamento;
	Escolhido pelo Imperador.
	O Poder Judiciário
		Juízes e jurados;
	Membros perpétuos (hoje vitalícios);
	Transferências liberadas sem prova (hoje a prova e necessária);
	Jurados denunciavam o caso, como hoje faz o Ministério Público.
	Eram responsabilizados nos casos de:
	Abuso de poder;
	Suborno;
	Peculato (apropriar-se ou desviar dinheiro púbico);
	Concussão (exige para si ou terceiro(s) dinheiro ou vantagem(ns)).
	Criação dos tribunais de 2ª e 3ª instâncias
	Supremo Tribunal de Justiça (2ª);
	Supremo Tribunal Federal (3ª);
	Substituí a Casa de Suplicação da inquisição.
	Funções regulamentadas em 1828;
	Princípio da publicidade;
	Possibilidade de arbitragem;
	Criação de uma equipe para analisar o caso e dar um parecer, laudo ou sentença arbitral que tinha força de sentença judicial.
	Necessidade de tentativa de reconciliação.
	Legislativo
	Interpretação da lei, antes era função do Executivo;
	Em 1841 passam a ser o Conselho de Estado.
	Liberdade de imprensa
	Escravidão
	Liberdade de religião
	Atos da vida civil regulados pela Igreja
	Liberdade religiosa desde que fossem católicos.
	Rui Barbosa separa o Estado da Religião
	Inspirada nos princípios iluministas da revolução francesa.
TEXTO – NOTÍCIAS DA INQUISIÇÃO NO BRASIL
	INTRODUÇÃO
	A religiosidade é latente no brasileiro, um sincretismo;
	Fé católica para uns é mais reverencial e ortodoxa, para outros mais displicente e flexível;
	Mante a homogeneidade da fé à distância, mediante instrumentos opressores bastante presentes e bem aquartelados;
	O Brasil recebia todo o tipo de gente, de diversas religiões, inclusive cristãos-novos, criminosos e colonizadores. Um importante centro para o afluxo de degredados;
	Preocupações com o estado da fé na colônia deram início à formação de um extenso e bem formado aparato burocrático inquisitorial;
	Investida muito forte da Santa Inquisição para salvar as almas desencaminhadas em nome da Igreja Católica.
	A INQUISIÇÃO: FORMAÇÃO E CHEGADA À COLÔNIA
	Origem no século XIII com o tratado de Paris;
	O herético, aquele que fez uma escolha diferente daquela apregoada pelo dogma católico cristão;
	Herege era aquele definido pela Igreja;
	A atuação do Santo Ofício foi se expandindo a ponto de constituir-se num poder temporal irretratável;
	A atuação dos inquisidores era através de bulas, manuais de atuação e procedimentos;
	Em Portugal, a Inquisição (1547) atuava através de três grandes centros: Coimbra, Lisboa e Évora;
	A jurisdição do Tribunal instalado em Lisboa abrange as colônias, através de:
	Visitações – presença periódica;
	Comissários – estrutura permanente;
	Familiares – funcionários da Inquisição escolhidos entre a população;
	O Brasil só teve uma estrutura burocrática permanente, através de comissários e visitações;
	A implantação seguiu a lógica de vigília sobre as regiões de maior prosperidade;
	Foco nos cristãos-novos, alvo principal;
	Converteu-se quase que num movimento silencio e disfarçado de dizimação étnico religiosa.
	O DIREITO CANÔNICO E SUAS FONTES DE APLICAÇÃO NO BRASIL COLÔNIA
	Interferir sobre os comportamento desviantes do cânones e imposições de fé;
	Direito Canônico é o direto da comunidade religiosa dos cristãos (espiritual) e não o civil (temporal);
	A aplicação da pena de execução era do poder temporal;
	Diversas fontes legislativas, civis e religiosas, manuais de inquisidores, julgadores funcionários, uma larga e ampla burocracia, bem como fontes de Direito Canônico bem organizadas e sistematizadas;
	No plano civil aplicavam-se as Ordenações Filipinas.
	PROCESSO INQUISITORIAL: PROCEDIMENTO PELA SALVAÇÃO DAS ALMAS?
	Liberdade de investigação, acusação e prova pelo próprio juiz da causa;
	Repreensão social e comportamental;
	Deixou de ser um meio para a colheita de provas e julgamento de culpados para tornar-se fim em si mesmo;
	Uma bem organizada forma para ceifar cabeças;
	Informação que o Tribunal desejava ver aparecer (falácia real);
	Todo tipo de expediente passou a ser aceitável para se obter essa informação (tortura, supressão de termos, etc);
	O processo inquisitorial tinha duas fases:
	Acusações iniciais, mandados, prisão;
	Sequestro de bens;
	As linhas formais do processa inquisitorial eram, nesta ordem:
		Espionagem, delação, denuncia e editais;
	Confissão;
	Tortura;
	Julgamento;
	Auto-de-fé.
		ESPIONAGEM, DELAÇÃO, DENÚNCIA E EDITAIS
		Os editais declaravam abertas as sessões de denúncia, levando à delação;
	Toda a comunidade era envolvida pelas sessões de depoimentos, criando-se um clima de suspeita e denúncia aterrorizante;
	Da denúncia entram os aguazis com a ordem de prisão e mandato específico;
	Da prisão, oitiva de testemunhas e obtenção de provas em desfavor da pessoa;
	Tudo provinha da boca dos próprios membros da comunidade.
		SISTEMA PROBATÓRIO E A CONFISSÃO
		O procedimento inquisitório tornou-se um procedimento em busca da confissão, também não importando como se obteve essa confissão;
	A Igreja tinha sofisticados métodos de infligir sofrimento e de obter confissões;
	Havia três graus de provas:
	Notorium;
	Prova plena;
	Prova semiplena;
Indícios;
	O interrogatório podia ser feito a qualquer momento, de modo genérico ou específico, com a intensidade e com a conveniência que competirem ao inquisidor aplicar, com vista, especificamente, em que confessasse;
	In dubio, pro ecclesial.
		TORTURA
		Para produção de provas e obtenção de confissões;
	Autorizada;
	Tecnologia específica;
	Ampla cultura da tortura;
	Colocar à prova a resistência ao sofrimento físico que habilitavam à remissão de seus pecados e expiações perante Deus;
	Ordálias: prova pelo fogo ou água;
	Meio de chamar o acusado à consciência de si e de sua heresia;
	Não há muita regra, estava no juízo da autoridade inquisitorial.
		JULGAMENTO
		Uso de fórmulas prontas;
	Julgamentos tendenciosos, conduzidos pela mesma autoridade que denunciava, investigava, julgava e executava a sentença;
	Penas:
	Confiscação dos bens;
	Prisão;
	Pena de morte;
	O réu podia apelar para autoridades eclesiásticas superiores;
	Publicidade à sentença.
		AUTOS-DE-FÉ
		Praça pública;
	Demonstração da pujança de seu cetro, na representação de Deus perante os homens;
	Presenciava-se a libertação das almas da ameaça causadora de todos os malefícios mundanos vividos pela comunidade.
CÓDIGO CRIMINAL DE 1830
	Noções gerais
	Criação prevista na Constituição de 1824.
	Elaboração do projeto
	1827 – Proposta pelo Imperador;
	1828 – Criação da comissão bicameral;
	Responsável pela votação dos artigos.
	1831 – Vigência.
	Janeiro de 1831, um ano de vacatio legis.
	Divisão:
	313 artigos;
	Parte geral (I e II) e Especial (III e IV)
	I – Dos crimes e das penas
	II – Dos crimes públicos
	III – Dos crimes particulares
	IV – Dos crimes policiais (praticados por agentes da polícia).
	Previsão da pena de morte, embora proibisse torturas (exceto para escravos).
	Pena de morte para grávidas
	Cumpriam a pena 40 dias depois do parto.
	Penas
	De galés – o preso ficava preso a uma bola de ferro;
	Prisão com trabalho – trabalho forçado em minas de ouro, carvão. Poderia ser combinada com a pena de galés;
	Prisão simples – reclusão;
	Banimento – tinha que se retirar do Brasil;
	Degredo – tinha que se retirar da província;
	Desterro – sairia do lugar do delito;
	Para todas essas penas havia a suspensão dos direitos políticos + pegamento de “dias multa” + perda do emprego público.
	Proibição
	Penas de açoites, torturas, marcas de ferro. Mesmo com a previsão de pena de morte.
	Inimputáveis
	Menores de 14 anos;
	Pena: Levados para a casa de correção;
	Loucos de todo gênero;
	Pena: reparar o mal causado;
	Levados pela força do medo – legítima defesa;
	Pena: reparar o mal causado.
	Crimes culposos
	Não há previsão;
	Só existe a modalidade dolosa.
	Crimes sexuais
	Somente mulheres como sujeitos passivos;
	Mulheres de família;
	Defloração.
	Adultério;
	Pena para os homens de prisão;
	Penas para as mulheres de prisão e trabalho.
	Roubo e furto
	Não havia distinção nesse código;
	Pena de prisão.
	Crimes religiosos
	Celebração de outros cultos.
	Previsão da responsabilidade sucessiva
	Fabricante da arma, distribuidor, vendedor, quem comprou e quem matou;
	Sucessão de eventos que levam ao crime.
	Liberdade de imprensa.
CÓDIGO DE PROCESSO CRIMINAL DE 1832
	Competência policial e judiciária
	Prevista dentro do mesmo código.
	Juízes de paz
	Hoje substituído pelo promotor, pois hoje só celebra casamentos.
	Divisão do código em circunscrição
	Distrito;
	Termo;
	Comarca.
	Juízes municipais e promotores
	Juízes de Direito.
MATÉRIA DA P2
Código Civil de 1916
	Previsão constitucional
	Convocatória de 1854 – Augusto Teixeira de Freitas é convidado por Joaquim Nabuco e faz o esboço do Código Civil através da consolidação das leis civis – 1333 artigos
	Decreto 2318/58 – providência sobre a confecção e organização do Código Civil do Império
	1867 – abandono do processo por Teixeira de Freitas
	1867 a 1872 – assume o Ministro Joaquim Nabuco
	Década de 90 do Século 19 – Campos Sales retoma o projeto
	Escola do Recife – Tobias Barreto, Clovis Bevilacqua, Silvio Romero e Joaquim Nabuco
	Escola de São Paulo – Rui Barbosa – separa a igreja do estado, o casamento religioso do civil
	1890 – Clóvis Bevilácqua conclui o projeto que é enviado para Câmara, depois para o Senado onde Rui Barbosa faz as revisões ortográficas até 1912
	1912 – São retomadas as discussões
	1915 – Código aprovado
	1° de janeiro de 1916 – Código sancionado
	Decreto 3725/19 – Faz diversas correções no Código Civil
	Elaborado pelo método científico-racional de Savigny
	Romano em ideologia
	Europeu em estrutura
	Dividido em
	Parte Geral
	Pessoa natural e jurídica
	Domicílio
	Bens
	Fatos jurídicos
	Parte especial
	Direito de família
	Direito das coisas
	Direito das obrigações
	Direito das sucessões
	Artigo 1807 – “Ficam revogadas as Ordenações, Alvarás, Leis, Decretos, Resoluções, Usos e Costumes concernentes às matérias de direito civil reguladas neste Código”
	Sistema patriarcal, individualista e voltado para o patrimônio agrário.
Constituição de 1891
	22/06/1890 – Marechal Deodoro convoca eleições para votar a Constituição
	Eleitores – Brasileiros que saibam ler e escrever
	Não-eleitores – analfabetos e mulheres
	“Comissão dos Cinco” ou “Comissão de Petrópolis” – incumbida de preparar o projeto a ser apresentado ao Congresso Nacional Constituinte. 
	Pontos da Constituição
	Influência norte-americana
	Estados Unidos do Brasil
	República Federativa
	Poderes
	Moderador - Extinto
	Executivo – Presidente da República
	Judiciário
	Criação do sistema dual
	Judiciário Estadual
	Judiciário Federal
	Criação do Supremo Tribunal Federal
	Legislativo
	Câmara dos Deputados
	Senado Federal
	Inovações em matéria geral
	Previu a mudança da Capital
	Separação do Estado e Igreja
	Reconhecimento apenas do casamento civil
	Princípio da individualidade das penas
	Fim da pena de morte, banimento e galés
	Previsão de Marcas e Patentes
Período Vargas (1930 – 1946)
	Período de 16 anos em que ocorreram muitas alterações no Direito. Foi majoritariamente governado por decretos. Caracterizado por muitos projetos sociais e trabalhistas
	1930 – Washington Luiz é deposto
	Decreto 19398/30 – Getúlio Vargas assume o poder
	Poderes discricionários – concede a prática de atos administrativos com liberdade na escolha de sua conveniência, oportunidade e conteúdo (similar ao poder moderador)
	Dissolução do Congresso Nacional
	Dissolução das Casas Legislativas estaduais e municipais
	Suspensão das garantias constitucionais
	Decreto 19408/30
	Extinção do STF
	Organização das Cortes de Apelação do Distrito Federal
	Criação da OAB para fiscalizar e punir advogados
	Decreto 19459/30 – estudar e propor a reforma da lei e processo eleitorais
	Código Eleitoral de1932
	Criação da Justiça Eleitoral
	Voto das mulheres casadas (com autorização do marido), viúvas e solteiras com renda própria
	Voto secreto
Constituição de 1934
	1932 – Revolução Constitucionalista com o objetivo de derrubar o governo de Getúlio Vargas e convocar uma Assembleia Nacional Constituinte
	1933 – Composição da Assembleia Constituinte
	Composta por 254 integrantes, sendo 20 deputados classistas representantes dos empregados e 20 dos empregadores
	Alterações
	Criação da Corte Suprema
	Garantias individuais como o habeas-corpus
	Garantias trabalhistas
	CTPS
	CLT
	Justiça do trabalho
	Assistência aos “desvalidos”
Constituição de 1937 – Estado Novo
	Europa no pós primeira guerra
	Decretado estado
de sítio
	10/11/1937 – Getúlio Vargas decreta o fechamento do Congresso Nacional
	A ditadura fica caracterizada
	Retorno do STF
Fim do Estado Novo e a Constituição de 1946
	1943 – termina o prazo para legitimar a Constituição de 1932
	02/11/45 – Getúlio Vargas é deposto. Golpe militar
	02/12/45 – Inicia-se o processo da Constituição de 1946
	Setembro/46 – Aprovada a Constituição
	Poder Executivo – mantido
	Poder Legislativo – retorno da Câmara e do Senado
	Poder Judiciário – STF restaurado
	Ministério público
	Não foi legitimada como deveria ter sido pois em 1943 deveria ter sido legitimada a de 1937 por plebiscito que não ocorreu
Constituição de 1967
	Mantido o texto da Constituição de 1946 com a extração dos pontos democráticos e inclusão dos atos institucionais (AIs) para compor a Constituição de 1967
	O Poder Executivo passa a ter poderes para apurar crimes contra a segurança nacional e a ordem pública. Poderes absolutos, discricionários
	AI 4 – Convocação do congresso para votar a Constituição
	AI 5 – “Intentona” (1969)
	EC/1969 – Confiscava os bens
Redemocratização
	1978/80 – Fim do governo Geisel
	Início da greve dos metalúrgicos de São Paulo
	1983 – Campanha para eleições diretas – Constituinte de 1987
	Presidente Figueiredo substituí AI 5 por “salva guardas” e estados de emergência

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