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Obs.: Recurso cabível para omissão: Embargo de Declaração. Sentença Ilíquida: E aquela na qual o órgão julgador profere uma decisão (sentença) sem valor certo, mesmo havendo pedido certo. CPC - Art. 459. O juiz proferirá a sentença, acolhendo ou rejeitando, no todo ou em parte, o pedido formulado pelo autor. Nos casos de extinção do processo sem julgamento do mérito, o juiz decidirá em forma concisa. Parágrafo único. Quando o autor tiver formulado pedido certo, é vedado ao juiz proferir sentença ilíquida. MODALIDADE DE SENTENÇA: A sentença poderá ser: • TERMINATIVA: Extingue o processo sem analisar/resolver o mérito, possibilitando o autor o manejo de nova ação, visto que, não houve formação de coisa julgada material. • DEFINITIVAS: São todas as hipóteses previstas no art. 169 do CPC, pela qual o órgão julgador cumpri a sua função da fase de conhecimento, sendo esta considerada até mesmo em sede recursal. CPC - Art. 485. A sentença de mérito, transitada em julgado, pode ser rescindida quando: I - se verificar que foi dada por prevaricação, concussão ou corrupção do juiz; II - proferida por juiz impedido ou absolutamente incompetente; III - resultar de dolo da parte vencedora em detrimento da parte vencida, ou de colusão entre as partes, a fim de fraudar a lei; IV - ofender a coisa julgada; V - violar literal disposição de lei; Vl - se fundar em prova, cuja falsidade tenha sido apurada em processo criminal ou seja provada na própria ação rescisória; Vll - depois da sentença, o autor obtiver documento novo, cuja existência ignorava, ou de que não pôde fazer uso, capaz, por si só, de Ihe assegurar pronunciamento favorável; VIII - houver fundamento para invalidar confissão, desistência ou transação, em que se baseou a sentença; IX - fundada em erro de fato, resultante de atos ou de documentos da causa; CLASSIFICAÇÃO DAS SENTENÇAS: SENTENÇAS MERAMENTE DECLARATÓRIAS: É aquela na qual o órgão julgador declara o direito (Art. 4° do CPC), a qual terá efeitos ex-tunc. CPC - Art. 4º O interesse do autor pode limitar-se à declaração: I - da existência ou da inexistência de relação jurídica; II - da autenticidade ou falsidade de documento. Parágrafo único. É admissível a ação declaratória, ainda que tenha ocorrido a violação do direito. SENTENÇAS CONSTITUTIVAS: É aquela que além de declarar; cria, extingue e modifica um direito. Ex.: Decreto de divórcio. SENTENÇAS CONDENATÓRIAS: É aquela que além de declarar, o direito, impõem no requerido, algum tipo de obrigação. SENTENÇA MANDAMENTAL: É aquela na qual o órgão julgador impõe uma ordem requerida, que somente ele poderá cumprir, bem como a sua natureza é por si só é de caráter executivo. Ex.: Sentença do Mandado de Segurança. ALTERAÇÃO DE SENTENÇA: • A sentença poderá ser alterada nas hipóteses do art. 463 CPC, ou então mediante recurso espontâneo, por intermédio do tribunal correspondente. CF - Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da Magistratura, observados os seguintes princípios: (...) IX todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) CPC - Art. 535. Cabem embargos de declaração quando: (Redação dada pela Lei nº 8.950, de 13.12.1994) I - houver, na sentença ou no acórdão, obscuridade ou contradição; (Redação dada pela Lei nº 8.950, de 13.12.1994) II - for omitido ponto sobre o qual devia pronunciar-se o juiz ou tribunal. (Redação dada pela Lei nº 8.950, de 13.12.1994) COISA JULGADA: Conceito: É a qualidade adquirida pela sentença, tornando-se em princípio indiscutível ou imutável. É a imutabilidade decisões. LINDB - Art. 6º A Lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada. (Redação dada pela Lei nº 3.238, de 1957) (...) § 3º Chama-se coisa julgada ou caso julgado a decisão judicial de que já não caiba recurso. (Incluído pela Lei nº 3.238, de 1957) CPC - Art. 184. Salvo disposição em contrário, computar-se-ão os prazos, excluindo o dia do começo e incluindo o do vencimento. (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973) § 1o Considera-se prorrogado o prazo até o primeiro dia útil se o vencimento cair em feriado ou em dia em que: (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973) I - for determinado o fechamento do fórum; II - o expediente forense for encerrado antes da hora normal. COISA JULGADA FORMAL: É aquela que ocorre no caso da sentença terminativa. É que irar gerar efeitos meramente processuais, ou seja, permite que a parte interessada possa manejar nova ação. CPC - Art. 268. Salvo o disposto no art. 267, V, a extinção do processo não obsta a que o autor intente de novo a ação. A petição inicial, todavia, não será despachada sem a prova do pagamento ou do depósito das custas e dos honorários de advogado. Parágrafo único. Se o autor der causa, por três vezes, à extinção do processo pelo fundamento previsto no no III do artigo anterior, não poderá intentar nova ação contra o réu com o mesmo objeto, ficando-lhe ressalvada, entretanto, a possibilidade de alegar em defesa o seu direito. COISA JULGADA MATERIAL: É aquela que além dos efeitos processuais também gera efeitos de ordem material criando, extinguindo, modificando, impondo obrigações. NÃO FAZ COISA JULGADA OS INTENS CONSTANTE NO ART. 469 CPC. Apesar de não fazer coisa julgada, a questão prejudicial (incidental) do Art. 469, caso seja manejada ADI (Ação Declaratória Incidental) na forma do Art. 5° do CPC, aí sim terá coisa julgada. CPC - Art. 5º Se, no curso do processo, se tornar litigiosa relação jurídica de cuja existência ou inexistência depender o julgamento da lide, qualquer das partes poderá requerer que o juiz a declare por sentença. (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1973) LIMITE SUBJETIVO DA SENTENÇA OU EFEITOS DA COISA JULGADA EM RELAÇÃO A TERCEIROS: A sentença gera efeitos, regra geral entre as partes do processo. CPC - Art. 472. A sentença faz coisa julgada às partes entre as quais é dada, não beneficiando, nem prejudicando terceiros. Nas causas relativas ao estado de pessoa, se houverem sido citados no processo, em litisconsórcio necessário, todos os interessados, a sentença produz coisa julgada em relação a terceiros. Esta regra diz respeito de um modo geral, aos direitos patrimoniais disponíveis. Ocorre que a sentença poderá em determinados casos gerar efeitos que atinjam terceiros não integrantes da relação processual.
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