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Resumo de Psicologia Jurídica - NP1

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Campos de atuação de psicologia jurídica 
A psicologia jurídica é a área da psicologia que procura aplicar o conhecimento psicológico a área do 
direito. 
Ambas as áreas, direito e psicologia tem uma aproximação bastante natural, pois é áreas onde o ser 
humano e suas relações são seus objetos principais. 
Aproximação Epistemológica* e Aproximação Pratica 
Na psicologia jurídica de forma mais geral existem dois tipos de atuação profissional. 
A primeira delas esta na produção de conhecimento psicológico, onde sua intenção é de que a concepção, 
aplicação e a interpretação das leis que regem a normatização social e interpessoal adquiram um caráter 
mais justo. 
Funções: 
 Atua no âmbito da Justiça, colaborando no planejamento e execução de politicas de cidadania, direito 
humanos e prevenção da violência, centrando sua atuação na orientação do dado psicológico 
repassado não só para os juristas como também para o individuo. 
 Atua em pesquisas e programas socioeducativos e de prevenção à violência, construindo ou 
adaptando instrumentos de investigação psicológica. 
 Realiza pesquisa visando à construção e ampliação do conhecimento psicológico aplicando ao campo 
do direito. 
 Desenvolve estudos e pesquisas na área criminal, constituindo ou adaptando os instrumentos de 
investigação psicológica 
O segundo tipo de atuação profissional diz respeito ao conjunto de tarefas desenvolvidas pelo psicólogo 
quando o mesmo passa atuar diretamente em uma instituição de direito. 
Possibilidades de atuação nessa área: 
 Profissionais liberais cujos clientes se envolvem em processos judiciais e que recebem a demanda de, 
em funções de seus conhecimentos específicos. 
 Profissionais liberais que se especializam em atuar em processos jurídicos, criminais, família, infância, 
etc. 
 Funcionários dos Tribunais de Justiças que exercem suas funções nos diversos Fóruns daquele Tribunal 
ou Profissionais liberais que por sua experiência na função e reconhecimento e confiança do Juiz 
atuam como Peritos em processos de Varas Criminais, Família, Civil e Infância e Juventude. 
 Psicólogos funcionários do sistema penitenciário. 
 
 
 
 
*(A epistemologia jurídica examina os fatores que condicionam a origem do direito, e tem como um dos seus objetivos tentar definir o seu 
objeto. A epistemologia jurídica é uma área que está ligada à reflexão, que leva a um entendimento das várias formas de compreender o 
conceito de Direito. A epistemologia jurídica aborda o ser humano como um ser único, onde cada um apresenta formas distintas de pensar 
e agir, e por esse motivo, o Direito pode ter várias interpretações.) 
Medidas de colocação em família substituta: Guarda, tutela e adoção 
 
Características Legais: 
A guarda é a forma mais flexível de convivência familiar, podendo ser modificada ou revertida a 
qualquer momento. Esta implica principalmente na questão de divorcio, quando um dos responsáveis 
se torna guardião da criança, este é responsável por criar, educar e prestar assistência no que for 
necessário! 
A tutela é basicamente falando igual a guarda, porem esta implica principalmente quando a perda dos 
pais, e o tutor, tem direito a qualquer bem ( herança, casa , carro , etc.) que esteja em nome da 
criança, tanto este como a guarda são revogáveis e reversíveis. 
Já a adoção é irrevogável e irreversível, uma vez que não pode ser desfeita. 
Implicações psicológicas da Guarda e da Adoção: 
Na adoção, o adulto toma a criança por sua/seu filho(a), é importante que a criança não reconheça 
outra pessoa como figura de pai e mãe. 
Os adotantes devem, na relação com a criança, mais do que criar um vinculo afetivamente intenso e 
positivo, ter a sensação de que são efetivamente o pai e a mãe da criança, ou seja os adotantes 
necessitam além do sentimento de gostar e amar a criança , assumi-lo para a sociedade. 
Avaliação de pretendentes à adoção: 
Não existe um protocolo para avaliação de pretendentes, por outro lado, existem alguns aspectos que 
são sempre abordados e que podem pesar na avaliação geral. 
 1-Motivação: a adoção em hipótese alguma deve ser feita por intenções assistencialistas ou 
caritativas, SER INTEGRADA A UMA FAMILIA É UM DIREITO FUNDAMENTAL E NÃO UM 
FAVOR! 
A criança deve ser recebida como ela é, jamais como forma de substituição ou de qualquer 
outra forma. 
 2-Revelação da adoção: Normalmente na avaliação, os pretendes tem certa dificuldade, 
quando a questão é abordar o esclarecimento ao adotado. 
A não revelação da adoção, deve ter o cadastro negado, uma vez que, o ponto principal é 
que se um adotante se nega a revelar, é visto como algo negativo, do qual a criança precisa 
ser afastada. 
 3-Escolha do perfil da criança: o perfil completo (tal como cor, idade, sexo, aceitação de 
irmãos, doença/deficiência física ou mentais, é escolhido pelo pretendente, é importante 
que o perfil escolhido, seja estreitamente respeitado. [quando o casal optar por adotar um 
bebe (0 a 6 meses), a duas possibilidade: 1) aguardar a vara da infância , uma vez que não 
reconhecido os pais e parentes, processo longo e demorado; 2)é quando ao dar a luz a 
mulher aceita entregar aos pais adotivos, reconhecendo todos os direitos dos mesmos sobre 
a criança] 
 4- Avaliação das características pessoais e conjugais: o desenvolvimento sadio e 
suficientemente adequado da maternagem/paternagem envolve uma gama muito variada de 
características pessoais. É importante ter em mente que o cadastro de pretendentes à 
adoção representa uma indispensável tentativa do estado em garantir que o direito da 
criança. 
A preparação da criança: 
 1- Vinculo com os pais biológicos ou família de origem: A avaliação do vinculo existente entre 
a criança e os pais são importantes porque a ligação entre a criança e os pais adotivos não 
prevê que a criança seja capaz de aceita-los na condição de pais. 
 2- Vinculação com o grupo de irmãos: A convivência fraterna, é um significativo ponto de ser 
estruturante da vida psíquica e afetiva da criança, pois através disso a criança se sente forte 
e confiante. 
Estagio de convivência: 
 Esse estagio é fundamental, pois nesse período grande parte daquelas variáveis que determinam 
o sucesso ou insucesso do encontro entre pretendente(s) e criança/adolescente afloram. 
É importante ser avaliado e acompanhado de perto , pois nessa fase a criança pode apresentar 
resistência para aquele casal. Nesse caso o acompanhamento deve identificar a situação e 
proceder orientação e esclarecimento do pretendente e na escuta da criança, muitas vezes 
sendo necessário encaminhamento para tratamento, e em ultimo caso interrompendo o 
processo de adoção. 
Adoção internacional: 
Quando não ha pretendentes no cadastro nacional, o fórum abre adoção para o cadastro 
internacional, uma vez que as agencias de adoção internacional possam ajudar. 
Estas agências são capacitadas para preparar os pais adotivos. Cada agencia tem somente um 
escritório, no País. Tendo que cumprir requisitos burocráticos, o CEJAI* é responsável pelo 
cadastro dos pretendentes. 
Quando a agencia em questão, consegue cumprir com todos os requisitos recebe um e-mail de 
liberação , para que possam proceder e levar o casal para seu primeiro encontro com a criança. 
Dentro de trinta dias (estagio de convivência), o casal e o advogado ( representante da agencia) 
agilizem a papelada, e tenham reconhecimento em fórum. Passado os 30 dias e com tudo ok o 
casal já pode levar a criança embora! 
 
 
 
 
Resumo de Psicologia Jurídica - NP1- Alexandre Lara.

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