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Sistemática vegetal
(Taxonomia vegetal)
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 A Sistemática ou Taxonomia Vegetal é um ramo da Biologia Vegetal que estuda a diversidade das plantas com base na variação morfológica e nas relações evolutivas, produzindo um sistema de classificação, o qual permite estabelecer uma identificação ideal para as plantas (SOUZA & LORENZI, 2005).
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 A sistemática é a ciência dedicada a inventariar e descrever a biodiversidade e compreender as relações filogenéticas entre os organismos. Inclui a taxonomia (ciência da descoberta, descrição e classificação das espécies e grupo de espécies, com suas normas e princípios) e também a filogenia (relações evolutivas entre os organismos).
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O objetivo da classificação dos seres vivos, chamada taxonomia, foi inicialmente o de organizar as plantas e animais conhecidos em categorias que pudessem ser referidas. Posteriormente a classificação passou a respeitar as relações evolutivas entre organismos, organização mais natural do que a baseada apenas em características externas.
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Nos últimos anos têm sido tentadas classificações baseadas na semelhança entre genomas, com grandes avanços em algumas áreas, especialmente quando se juntam a essas informações aquelas oriundas dos outros campos da Biologia;
Nomenclatura é a atribuição de nomes (nome científico) a organismos e às categorias nas quais são classificados
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Segundo as regras, o primeiro nome publicado (a partir do trabalho de Lineu) é o correto, a menos que a espécie seja reclassificada, por exemplo em outro gênero;
O Código Internacional de Nomenclatura Vegetal preconiza que neste caso mantém-se a referência a quem primeiro descreveu a espécie, com o ano da descrição, entre parênteses.
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Figura 1- Membro da Família Heliconiaceae (caeté ou bananeira-do-mato )
Figura 2- Membro da Família Caryiocaraceae (Pequi)
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Figura 3 - Membro da Família Malpighiaceae (acerola)
Figura 4 - Membro da Família Malvaceae (papoula, rosa-de-sarom, vassoura)
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Figura 5 - Membro da Família Fabaceae (Flamboyan, Pau-brasil, Tamboril, Glicínia).
Figura 6 - Membro da Família Poaceae (capins, gramas ou relvas).
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Aristóteles, no século IV a.C ( ordenou os animais pelo tipo de reprodução e por terem ou não sangue vermelho);
Teofrasto (as plantas por seu uso e formas de cultivo);
No século XVII e XVIII, os botânicos e zoólogos (atual sistema de categorias baseados em características anatômicas superficiais);
Lineu, em 1758 (primeiro trabalho extenso de categorização, criando a hierarquia atual);
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A partir de Darwin a evolução passou a ser um paradigma central da biologia (evidências da paleontologia sobre formas ancestrais e a embriologia sobre semelhanças nos primeiros estágios de vida);
No século XX, a genética e a fisiologia tornaram-se importantes na classificação (genética molecular na comparação de códigos genéticos);
Em fevereiro de 2005, Edward Osborne Wilson propôs a criação de uma base de dados digital com fotos detalhadas de todas a s espécies vivas e a finalização do projeto Árvore da vida;
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Ao longo do tempo, foram surgindo numerosos sistemas de classificação que consistiam em reunir um conjunto de unidades taxonômicas nas quais as plantas eram ordenadas, e por ordem cronológica esses sistemas costumam ser agrupados da seguinte forma:
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Sistema baseado no hábito – primeiro que se tem conhecimento. Criado por Theophrastus entre 380-278 a.C., fez a classificação pelo hábito, ou seja, árvores, arbustos, ervas, cultivadas e selvagens.
Também se destacam cientistas como Dioscórides, Albertus Magnus e Andrea Caesalpino (1519-1603), este último foi considerado o primeiro taxonomista vegetal.
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Sistemas artificiais baseados em características numéricas – sistema sexual criado por Linnaeus em 1753 e publicado em seu livro Species Plantarum, o qual evidencia as características florais. Presença e ausência de flores e principalmente no número e posição dos estames dividindo o Reino Vegetal em 24 classes.
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Sistemas Naturais – classificação por semelhanças, ou seja, por compartilhar caracteres em comum;
 Antoine de Jussieu (1686-1758) (sugeriu a classificação em Acotiledônea, Monocotiledônea e Dicotiledônea. Considerando a presença e ausência de pétalas e a soldadura destas reconheceu três grupos, denominando-os de Apetalae, Monopetalae e Polypetalae)
Augustin P. de Candolle (1778-1841), que em seu sistema fez a distinção entre plantas vascularizadas e talófitas, porém houve a inclusão de Pteridófitas como Monocotiledôneas.
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Sistemas baseados em filogenia – baseados na teoria da evolução das espécies de Darwin (1859), relacionando-a com afinidades em relação à ancestralidade e descendência. 
Os sistemas gradistas mais conhecidos dentro da sistemática filogenética são os trabalhos de Engler (1964), Cronquist (1968, 1981 e 1988) e Dahglgren (1985).
 Este último mostrou uma preocupação maior com as abordagens filogenéticas e construiu um tratamento cladístico para Monocotiledôneas. 
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Já a sistemática filogenética ou cladismo criada por Willi Henning (1950), considera que a história evolutiva da relação ancestralidade-descendência dos organismos pode ser reconstruída e representada através de um cladograma;
A partir da década de 90 destacam-se os trabalhos produzidos por Walter Judd (1999), que utilizou também técnicas moleculares para a construção de cladogramas.
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Desde a metade do século XVIII, os nomes das plantas eram formadas por diversas palavras;
Em 1753, Linnaeus propôs os sistema binomial, a qaul a primeira palvra seria usada para indicar o gênero e a segunda seria o epíteto específico;
Em 1867, Alphonse de Candolle sugeriu algumas normas de organização da nomenclatura botânica.
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Segundo o Código Internacional de Nomenclatura Botânica, houve a criação de alguns Princípios, Recomendações e Regras:
Grupos taxonômicos de qualquer categoria são tratados como taxa (singular: taxon);
 Os taxa são arranjados hierarquicamente, sendo a Espécie a unidade básica;
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As principais categorias dos taxa em seqüência descendente são: Reino, Divisão, Classe, Ordem, Família, Gênero e Espécie; 
As categorias secundárias em sequência descendente são: tribo (entre família e gênero), seção e série (entre gênero e espécie) e variedade e forma (abaixo de espécie);
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Caso um maior número de categorias de taxa seja necessário, basta acrescentar o prefixo sub aos termos que indicam as categorias principais ou secundárias: subclasse, subfamília, subgênero e subespécie;
 As seguintes terminações dos nomes designam as categorias taxonômicas em Angiospermas:
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a) Divisão: ophyta (ex.: Magnoliophyta)
 b) Classe: opsida (ex.: Magnoliopsida
 c) Subclasse: idae (ex.: Rosidae)
d) Ordem: ales (ex.: Myrtales)
e) Família: aceae (ex.: Euphorbiaceae)
Gênero e espécie não têm terminações fixas;
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Nomenclatura Binomial. Todo nome deve ser acompanhado pelo nome do autor da espécie, e deve aparecer destacado no texto.
 Ex.: Erythroxylum coca Lam. ou Erythroxylum coca Lam.
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Quando uma espécie muda de gênero, o nome do autor do basiônimo (primeiro nome dado a uma espécie) deve ser citado entre parênteses, seguido pelo nome do autor que fez a nova combinação.
 Ex.: Tabebuia alba (Cham.) Sandwith.; basiônimo: Tecoma alba Cham.
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Plantas e animais;
Em 1866, Ernest Heinrich Harckel: Protista (algas, fungos, protozoários e bactérias);
No século XX : Protista (protozoários e algumas algas), Monera (bactérias procariontes, e cianobactérias ou algas azuis), Fungi, Plantae e Animalia);
Recentemente: Archaea (Archaebactérias) e eucariontes (fungos, plantas e animais)
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A partir de 1998: Monera, Protista, Animalia, Fungi, Plantae e Chromista;
Chromista: grupos de algas (Phaeophyta,
Chrysophyta e Bacillariophyta (Diatomáceas))
Super-reinos: Procariontes e Eucariontes;
Categorias: Domínio (Super-reino), Reino, Filo (ou divisão), Classe, Ordem, Família, Gênero, Espécie
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Domínio (ou Super-Reino) 
Reino 
Subreino 
Ramo 
Infrareino
Superfilo (ou Superdivisão na botânica) 
Filo (ou Divisão na botânica) 
Subfilo (ou Subdivisão na botânica) 
Infrafilo (ou Infradivisão na botânica)
Supercoorte (botânica) 
Coorte (botânica) 
Subcoorte (botânica) 
Infracoorte ( botânica)
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Classificações infra-específicas;
As plantas podem ser classificadas em subespécies (por exemplo Pisum sativum subsp. sativum, a ervilha-de-cheiro), ou variedades (por exemplo, Pisum sativum var. macrocarpon, uma variedade de ervilha)
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