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circulação sangüínea leitura complementar

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Universidade Federal do Espírito Santo 
Centro de Ciências Agrárias 
Departamento de Medicina Veterinária 
Disciplina de Anatomia I – Prof. Douglas Severo 
 
 
CIRCULAÇÃO DO SANGUE 
A circulação é a passagem do sangue através do coração e dos vasos. A circulação se faz por meio de duas 
correntes sangüíneas, as quais partem ao mesmo tempo do coração. 
A primeira corrente (Pequena Circulação) sai do ventrículo direito através do tronco pulmonar e se dirige aos 
capilares pulmonares, onde se processa a hematose, ou seja, a troca de CO2 por O2. O sangue oxigenado resultante é 
levado pelas veias pulmonares e lançado no átrio esquerdo, de onde passará ao ventrículo esquerdo. 
A outra corrente sangüínea (Grande Circulação) sai do ventrículo esquerdo, pela artéria aorta, a qual vai-se 
ramificando sucessivamente e chega a todos os tecidos do organismo, onde existem extensas redes de vasos capilares 
nos quais se processam as trocas entre o sangue e o tecido. Após as trocas, o sangue carregado de resíduos e CO2 
retorna ao coração através de numerosas veias, as quais em última instância, são tributárias de dois grandes troncos 
venosos, veia cava caudal e veia cava cranial, as quais desembocam no átrio direito, juntamente com a veia ázigos e o 
seio coronário, de onde o sangue passará para o ventrículo direito. 
 
 Alguns tipos de circulação: 
a) Circulação pulmonar - ou pequena circulação, tem início no ventrículo direito de onde o sangue é bombeado para a 
rede capilar dos pulmões. Depois de sofrer hematose, o sangue oxigenado retorna ao átrio esquerdo pelas veias 
pulmonares. Em síntese, é uma circulação coração-pulmão-coração. 
 
b) Circulação sistêmica - ou grande circulação, tem início no ventrículo esquerdo, de onde o sangue é bombeado para 
a rede capilar dos tecidos de todo o organismo. Após as trocas, o sangue retorna pelas veias ao átrio direito. Em 
resumo, é uma circulação coração-tecidos-coração. 
 
 
c) Circulação colateral - normalmente, existem anastomoses entre os ramos de artérias e veias entre si. Estas são em 
maior ou em menor número dependendo da região do corpo. Em condições normais, não há muita passagem de 
sangue através destas comunicações, mas no caso de haver obstrução parcial ou total de um vaso mais calibroso 
que participe da rede anastomótica, o sangue passa a circular ativamente por estas variantes, estabelecendo-se 
uma efetiva circulação colateral. É provável que a circulação colateral possa estabelecer-se a partir de capilares, 
pela adição de tecidos as suas paredes, convertendo-se em artéria ou veia. Conclui-se que a circulação colateral é 
um mecanismo de defesa do organismo, para irrigar ou drenar determinado território quando há obstrução de 
artérias ou veias de relativo calibre. 
 
d) Circulação portal - neste tipo de circulação, uma veia interpõe-se entre duas redes de capilares, sem passar por um 
órgão intermediário. Isto acontece na circulação portal-hepática, provida de uma rede capilar no intestino (onde há a 
absorção dos alimentos) e outra rede de capilares sinusóides no fígado (onde ocorrem complexos processos 
metabólicos), ficando veia porta interposta entre as duas redes. É formada pelas veias esplênica (gastroesplênica) e 
mesentérica cranial e caudal. 
 
CIRCULAÇÃO SANGÜÍNEA NO FETO 
Durante o período em que o feto permanece no interior do útero materno, há necessidade da oxigenação 
constante de seu próprio sangue, a fim de que sejam mantidas as reações metabólicas do ser em desenvolvimento. 
Como não há funcionamento dos pulmões e consequentemente respiração pulmonar, o oxigênio deve provir do 
organismo materno, o que se faz através da placenta ao umbigo do feto, onde há o cordão umbilical, constituído por 
uma veia e duas artérias umbilicais (além do úraco, que vai a bexiga urinária). Paradoxalmente, pela veia umbilical 
corre sangue arterial, enquanto as duas artérias umbilicais servem de condução de sangue venoso que corre em 
direção contrária ao coração do feto. 
 Do umbigo, a veia umbilical se dirige ao fígado, onde se anastomosa com a veia porta e penetra na glândula, 
após ramifica-se nos capilares deste órgão que também recebe sangue venoso provindo da circulação portal-hepática e 
o sangue, agora misturado, é levado pelas veias hepáticas, a veia cava caudal, essa última desemboca no átrio direito 
do coração. 
No bovino e no cão, a veia umbilical antes de chegar ao fígado se bifurca e um ramo denominado ducto venoso 
desemboca diretamente na veia cava caudal, enquanto outro ramo se anastomosa com a veia porta para então penetrar 
no fígado. 
 Do átrio direito o sangue é conduzido totalmente a artéria aorta, mesmo que para isso tome caminhos diferentes. 
A maior parte do sangue contido no átrio direito (sangue arterial misturado com venoso) passa para o átrio 
esquerdo através de um orifício existente no septo interatrial que é o forame oval, e deste vai ao ventrículo esquerdo 
atravessando o óstio átrioventricular esquerdo. O sangue do ventrículo esquerdo atinge a aorta para se distribuir, por 
suas ramificações, a todo o organismo do feto. 
Outra parte do sangue do átrio direito, e em menor quantidade, passa para o ventrículo direito através do óstio 
átrioventricular direito. Do ventrículo direito segue pelo tronco pulmonar, o qual se liga a aorta por um ducto 
anastomótico denominado ducto arterioso, e dessa forma vai ter também a aorta. Quantidade mínima de sangue do 
tronco pulmonar que posa ir aos pulmões, retorna pelas veias pulmonares ao átrio esquerdo, sem apresentar 
modificações muito sensíveis. A aorta difunde o sangue arterial (misturado com o venoso) por todo o corpo fetal, o qual, 
ao atingir as artérias ilíacas internas, direita e esquerda, em parte segue pelos ramos destas existentes somente no feto, 
que são as artérias umbilicais. As artérias umbilicais vão até ao cordão umbilical para tingirem a placenta, onde o sangue 
misturado é novamente oxigenado para retornar ao feto, pela veia umbilical. Por ocasião do nascimento e desde que os 
pulmões comecem a respirar, modifica-se completamente a circulação sangüínea, que passa a ser encontrada no animal 
adulto. 
São os seguintes os fenômenos que ocorrem: 
 
1- A veia umbilical se oblitera, constituindo-se o ligamento redondo do fígado. 
2- No bovino e cão o ducto venoso (que une a veia umbilical a veia cava caudal) também se oblitera, passando a 
constituir o ligamento venoso, encontrado no fígado destas espécies. 
3- O forame oval fecha-se permanecendo-se em seu lugar uma depressão, que é a fossa oval. 
4- O ducto arterioso (que une o tronco pulmonar a aorta) oblitera-se, sendo representado por um travessão conjuntivo, 
o ligamento arterioso. 
5- As artérias umbilicais tornam-se cordões fibrosos, passando a constituir os ligamentos redondos da bexiga. 
 
A seguir esquemas da circulação no feto:

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