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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
CURSO DE DIREITO
DISCIPLINA: DIREITO CIVIL II
PROFESSOR: MARCIO COSSICH
MATERIAL DE AUXÍLIO ACADÊMICO
DO ADIMPLEMENTO E EXTINÇÃO DAS OBRIGAÇÕES
Do Pagamento – Do lugar do pagamento
Art. 327 do CC: O artigo em si trata do lugar do pagamento, este deve ser o lugar do cumprimento da obrigação, que deve constar em regra, a indicação no título constitutivo do negócio, isto diante do princípio da liberdade de eleição, conforme preceitua o Artigo 78 do CC.
O caput do referido artigo enfatiza que, se as partes nada convencionarem no contrato a respeito do lugar onde o pagamento deverá ser feito, este deverá ser efetuado no domicílio do devedor no tempo do pagamento, uma vez que o legislador favoreceu o interesse do devedor, para evitar maiores despesas no tocante a sua liberação da dívida. Neste caso, podemos afirmar a existência de um pagamento quesível ou quérable, uma vez que deverá o credor procurar o devedor em seu domicílio.
Caso haja estipulação de que competirá ao devedor oferecer o pagamento no domicílio do credor, teremos a existência de uma dívida portável ou portable. 
Art. 328 do CC: O legislador neste artigo, apenas enfatizou algo que podemos visualizar de maneira obvia, ou seja, se o pagamento consistir na tradição ou entrega de um imóvel, ou em prestações de fazer referentes a um imóvel, por exemplo: fazer uma construção ou uma reforma, é óbvio que o cumprimento da prestação somente poderá acontecer no próprio local do imóvel.
Art. 329 do CC: O legislador neste artigo protegeu a figura do devedor no tocante a impossibilidade de cumprimento da obrigação no lugar determinado por motivo grave, uma vez que autoriza o devedor a fazê-lo em outro lugar, desde que não prejudique o credor. Caso o credor recuse injustificadamente a fornecer a quitação, poderá o devedor utilizar-se da consignação em pagamento, e terá assim a quitação através de sentença judicial que condenar o credor em mora.
	
Art. 330 do CC: O citado artigo trata da presunção de renúncia do credor ao local de pagamento, uma vez que, se este for feito de forma reiterada em local diverso do estipulado no negócio jurídico, haverá a presunção de que o credor renunciou o local anteriormente estipulado.
Do Pagamento – Do tempo do pagamento
Art. 331 do CC: Atendendo a regra geral, o pagamento deve ser feito no dia do seu vencimento, porém, no artigo citado, o legislador especificou que, caso não tenha sido ajustada a época para o pagamento, poderá o credor exigi-lo de imediato, uma vez que estará amparado pelo princípio da satisfação imediata, porém, devemos evidenciar que, em alguns casos tal princípio será afastado devido a natureza da obrigação, por exemplo: ninguém pode exigir que seja dada de imediato uma mercadoria que se encontra em Paris; ou a de restituir objeto alugado para certa finalidade antes que esta seja alcançada.
Art. 332 do CC: O artigo em tela trata do vencimento da obrigação condicional, que ocorrerá sempre no dia do implemento da condição, ou seja, no dia em que o devedor cumprir a condição previamente estipulada.
Art. 333 do CC: Os incisos do referido artigo apresentam as exceções para que o credor possa reclamar o cumprimento de uma dívida antecipadamente. A situação de insolvência do devedor faz presumir uma diminuição na possibilidade de recebimento, se o credor tiver de aguardar até o termo final.
Se houver, na dívida, solidariedade passiva, seu vencimento antecipado, nos casos acima arrolados, relativo a um dos co-devedores, não atingirá aos demais. 
Do Pagamento em Consignação
Art. 334 do CC: O pagamento em consignação é o meio indireto de o devedor exonerar-se do liame obrigacional, consistente no depósito judicial (bens móveis ou imóveis), ou em estabelecimento bancário oficial (dinheiro), da coisa devida.
O que caracteriza o pagamento, como modo extintivo da obrigação, é a realização voluntária da prestação devida e a satisfação do interesse do credor. No entanto, também ao devedor interessa o cumprimento, para se liberar do vínculo a que se encontra adstrito. Se não efetuar o pagamento, no tempo, local e forma devida, estará sujeito aos efeitos da mora.
Consistindo a obrigação na entrega da coisa, enquanto não houver a tradição, permanece o devedor responsável pela guarda, respondendo por sua perda ou deterioração. A consignação poderá ser efetuada nos seguintes exemplos: o credor que se recusar a receber a mobília encomendada só porque não está preparado para efetuar o pagamento convencionado dá ensejo ao marceneiro de consigná-la judicialmente; o adquirente de animais que se recusa a recebê-los quando o alienante deseja entregá-los para se libertar do encargo de guardá-los e alimentá-los; ou ainda o que ocorre freqüentemente nas relações de locação, onde o locatário poderá depositar as chaves simbolicamente para se libertar do contrato.
Art. 335 do CC: O citado artigo trata em seus incisos, das possibilidades de utilização da consignação na seguinte forma: o inciso I aborda a mora por parte do credor; o inciso II trata da dívida quesível, e uma vez permanecendo inerte, faculta-se ao devedor consignar judicialmente a coisa devida; o inciso III se refere aos casos de incapacidade do credor e inexistência ou ausência do representante legal, o que faculta ao devedor se utilizar da consignação; o inciso IV assegura ao devedor o direito de consignar para que não tenha que pagar duas vezes, ou seja, “pagar mal”, pois diante do desconhecimento e da incerteza quanto ao credor a satisfação da obrigação se torna difícil; e o inciso V refere-se aos casos em que haja litígio quanto ao objeto que se encontra na posse do devedor, pois estando o credor e terceiro em disputa judicial, não deve o devedor antecipar-se a sentença e entregá-lo a um deles, assumindo o risco, mas sim consigná-lo judicialmente, para ser levantado pelo que vencer a demanda.
Art. 336 do CC: O artigo em pauta trata dos requisitos da consignação como forma de pagamento indireto, ou seja, será necessário a observância de todas as cláusulas estipuladas no ato negocial para que o depósito judicial seja considerado pagamento indireto.
O devedor poderá consignar assim que a dívida estiver vencida, ou seja, quando expirar se o termos convencionado contratualmente em favor do credor e, em qualquer tempo, se tal prazo se convencionou a seu favor.
Art. 337 do CC: A disposição legal trata do local do depósito judicial. Tendo em vista que não se pode obrigar o credor a receber ou o devedor a pagar em lugar diverso do convencionado. A oferta do depósito deverá proceder-se no local convencionado para o pagamento.
Art. 338 do CC: O depositante (devedor), no curso da ação consignatória, poderá requerer o levantamento da coisa depositada, antes da contestação da lide por parte do credor, desde que pague as despesas processuais decorrentes daquela ação. Será extinto o processo, e a dívida permanecerá existindo com todos os seus efeitos, ou seja, juros, cobrança judicial, etc.
Art. 339 do CC: A declaração de procedência do depósito acarreta a extinção da obrigação a que estava adstrito o devedor, com eficácia de pagamento, e, em conseqüência, a exoneração dos fiadores e co-devedores. O referido dispositivo trata da impossibilidade de levantamento do objeto depositado, depois de julgado procedente o pedido, mesmo havendo concordância do credor, quando existirem outros devedores e fiadores, pois desta maneira, estes estariam resguardados, pois a procedência da ação, extingue a obrigação, acarretando a exoneração dos devedores solidários.
Art. 340 do CC: O depositante (devedor) levantará o depósito, no curso da ação consignatória, depois da aceitação ou da impugnação judicial pelo credor, desde que com a concordância deste, que, então, perderá a preferência e garantia que tiver relativamente ao bem consignado, ficando logo desobrigados os co-devedores e fiadores que não concordarem, tendo-se em vista que a renúncia docredor não poderá lesá-los.
Art. 341 do CC: Se a coisa devida for imóvel ou coisa certa que deva ser entregue no mesmo local onde está situada, como por exemplo: uma casa, ou gado, o devedor poderá citar o credor para vir ou mandar recebê-la, sob pena de ser depositada, isentando-se de qualquer responsabilidade.
Art. 342 do CC: Se o objeto do pagamento consistir na entrega de coisa indeterminada, competindo a escolha ao credor, deverá este ser citado para fazê-la, sob pena de perder o direito de escolha e de ver depositada coisa escolhida pelo devedor. Se o credor não atender à citação, o devedor fará a escolha, e a obrigação passará a ser de dar coisa certa, que deverá ser entregue no mesmo local onde estiver, citando-se o credor para vir ou mandar recebê-la, sob pena de ser depositada em juízo.
Art. 343 do CC: O artigo trata das despesas com deposito judicial, que uma vez julgado procedente, estas despesas (guarda, conservação, honorários advocatícios, etc), ficarão por conta do credor, e se improcedente, ficarão por conta do devedor.
Art. 344 do CC: Havendo litígio sobre o objeto do pagamento entre o credor e terceiro, se o devedor ciente da litigiosidade efetuar o pagamento ao credor, em lugar de efetivar a consignação, a validade desse seu ato dependerá do êxito da demanda, ficando sem efeito se o terceiro for o vencedor, hipótese em que o devedor ficará obrigado a pagar ao verdadeiro credor que venceu a demanda, tendo, todavia, o direito de pedir a devolução do que pagou, antes da decisão da ação, ao litigante vencido.
Art. 345 do CC: A ação de consignação é privativa do devedor para liberar-se do débito, mas se a dívida se vencer não tendo havido o depósito pelo devedor, pendendo litígio entre credores que pretendam mutuamente excluir, qualquer deles estará autorizado a requerer a consignação, garantindo, assim, o direito de receber a satisfação do crédito exonerando-se o devedor, pouco importando qual dos credores seja reconhecido como detentor legítimo do direito creditório.
Fontes:
DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil. São Paulo: Saraiva, v. 2, 2009.
DINIZ, Maria Helena. Código civil anotado. São Paulo: Saraiva, 2011.
GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito civil brasileiro: parte geral. São Paulo: Saraiva, v.2, 2010.
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