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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
CURSO DE DIREITO
DISCIPLINA: DIREITO CIVIL II
PROFESSOR: MARCIO COSSICH
 
MODALIDADES DAS OBRIGAÇÕES
Obrigação de dar: Modalidade de obrigação que se desmembra em duas, ou seja, obrigação de dar coisa certa, e obrigação de dar coisa incerta, no entanto, em ambas as modalidades a obrigação consistirá na entrega de um ou mais bens ao credor, e esta se dará no momento em que ocorrer a tradição da coisa, ou seja, pela entrega do bem ao credor.
Obrigação de dar coisa certa: Nesta modalidade de obrigação, não poderá o credor ser constrangido a receber outra, haja vista que na relação contratual estabelecida originalmente, ficou acordado entre as partes, que ele receberia um bem individualizado e perfeitamente determinado.
	Evidencia-se que, mesmo que o devedor, no instante da entrega da coisa, venha oferecer um bem ainda mais valioso que o avençado, será lícito ao credor a recusa deste, justamente por possuir direito subjetivo a uma prestação especializada, não sendo obrigado a aceitar uma coisa por outra. Entretanto, caso consinta em receber prestação diversa em substituição à originária, estará praticando um modo extintivo da obrigação.
Obrigação de dar coisa incerta: Nesta modalidade de obrigação, as partes não convencionam a entrega de coisa individualizada; a relação jurídica tem como objeto uma dívida de gênero, ou seja, a prestação só é definida pelo gênero e pela quantidade. 
Evidencia-se que em princípio, a dívida não é determinada, mas será possível ocorrer a identificação e escolha dos bens, pois trata-se de negócio jurídico que atende aos requisitos de validade, uma vez que o objeto é determinável. 
Obrigação de fazer: Nesta modalidade de obrigação, o credor pretende a prestação de um fato, consistente na realização de uma atividade pessoal ou serviço pelo devedor ou por um terceiro. Enfatiza-se aqui, a conduta do devedor, e não o bem que eventualmente dela resulte.
Destaca-se que esta modalidade pode se apresentar nas seguintes formas: consistir em um serviço de natureza física. Exemplo: empreitada; consistir de forma intelectual. Exemplo: composição de música; ou mesmo na prática de um ato jurídico. Exemplo: como na outorga de escritura definitiva pelo promitente vendedor.
As obrigações de fazer podem ser classificadas em duradouras ou instantâneas. Na primeira a execução da obrigação ocorre de forma continuada. Exemplo: na pintura em tela; ou de modo periódico, mediante trato sucessivo. Exemplo: o funcionário encarregado da abertura de salas de aula todas as manhãs. Na segunda, aperfeiçoa-se em único momento. Exemplo: registrar aquisição de um bem. 
As obrigações de fazer, também podem se apresentar como: infungível - quando obrigatoriamente só possa ser prestada pelo devedor, ou seja, atingem as qualidades pessoais do devedor. Exemplo: pintura de tela por grande artista, cirurgia por um cirurgião habilidoso; e será fungível a obrigação quando outra pessoa possa lhe dar cumprimento sem prejuízo ao credor, ou seja, mesmo que o devedor se recuse a prestar, poderá o credor ordenar que seja executada por terceiro à custa do devedor, sem prejuízo da indenização cabível.
Obrigação de não fazer: Esta modalidade de obrigação é também conhecida como obrigação negativa, pois implica em uma abstenção, impedindo que o devedor pratique um ato que normalmente não lhe seria vedado. Exemplo: o de não construir acima de certo gabarito.
O inadimplemento desta obrigação faz-se presente quando o devedor pratica o ato proibido, sendo obrigatória a sua constituição em mora, e conseqüentemente a reparação se faz pelo desfazimento daquilo que foi indevidamente realizado, ou pelo refazimento do que foi indevidamente desfeito. Caso a reposição ao estado anterior seja impraticável, aplica-se a devida ação de ressarcimento.
As obrigações de não fazer, se apresentam como: instantâneas – se torna impossível o seu desfazimento com uma restituição ao estado originário. Exemplo: o de não divulgar segredo industrial de empresa; e ainda como permanentes - quando mesmo após o descumprimento admite a recomposição à condição anterior. Exemplo: a obrigação de não poluir, sanada pela instalação de aparelhos poluentes.
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