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IDPP Gabarito da AD2 (2016.1) (1)

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Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro 
Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro 
 
AVALIAÇÃO À DISTÂNCIA 2 – AD 2 – PERÍODO – 2016/1º 
 
Disciplina: Instituições de Direito Público e Privado 
Coordenador: Prof. Afranio Faustino de Paula Filho 
 
Conteúdo: Aulas 9 a 12 
Data-limite para entrega: 02/05/2016 (23:55h) 
Total de Pontos: 100 (Cem) 
GABARITO: 
 
Após estudar as aulas 1 a 4 desta disciplina, escreva um texto on-line, respondendo às 
questões que se seguem: 
 
1. Como podem ser classificados os órgão públicos, levando-se em conta a sua posição estatal? 
Explique-os e exemplifique-os: (25 pontos) 
 
Expectativa de Resposta: 
 
Podem ser independentes, autônomos, superiores e subalternos. 
 
 Independentes: são aqueles originários da Constituição, sendo representativos dos 
Poderes de Estado (Legislativo, Executivo e Judiciário). Por esse motivo, são também 
denominados órgãos primários do Estado. 
Ex.: Poder Legislativo - Congresso Nacional (Senado Federal e Câmara dos Deputa-
dos), Assembléias Legislativas, Câmaras de Vereadores; Poder Executivo: Presidência 
da República, Governadorias dos Estados e do Distrito Federal, Prefeituras Municipais; 
Poder Judiciário: Tribunais (Supremo Tribunal Federal, Tribunais Superiores Federais e 
demais Tribunais Federais e Estaduais), Juizes (Federais e dos Estados); Ministério 
Público (federal e estaduais); e Tribunais de Contas. 
 
 Autônomos: são aqueles localizados na cúpula da Administração Pública, imediata-
mente abaixo dos órgãos independentes e diretamente subordinados a seus chefes. 
Têm autonomia administrativa, financeira e técnica. Participam das decisões governa-
mentais segundo as diretrizes dos órgãos independentes, que expressam as opções 
políticas do governo. Seus dirigentes, em regra, são agentes políticos nomeados em 
comissão. 
Ex.: Ministérios, Secretarias de Estado e de Município, Procuradorias-Gerais de Esta-
do, dentre outros. 
 
 Superiores: são aqueles que possuem o poder de direção, chefia ou comando dos as-
suntos de sua competência específica, mas estão sempre subordinados a uma chefia 
mais alta. Situam-se entre os órgãos autônomos e os subalternos. Não gozam de auto-
nomia administrativa, nem financeira, que são atributos dos órgãos independentes e 
autônomos a que pertencem. 
Ex.: Gabinetes, Secretarias-Gerais, Coordenadorias, Divisões, Inspetorias-Gerais, Ins-
petorias, Procuradorias Administrativas e Judiciais, Departamentos, Divisões dentre 
outros. 
 
O nome do órgão é irrelevante; o que importa para caracterizá-lo como superior 
é a posição hierárquica de suas atribuições dentro da estrutura organizacional. 
 
 Subalternos: são todos aqueles que se acham subordinados a órgãos mais elevados. 
Têm atribuições de execução. Destinam-se à realização de serviços de rotina, tarefas 
de formalização de atos administrativos, cumprimento de decisões superiores e aten-
dimento ao público, prestando-lhe informações e encaminhando seus requerimentos. 
Ex.: Protocolos, Portarias, Seções de Expediente, Serviços, dentre outros. 
 
2. Os direitos e garantias fundamentais surgem em decorrência da própria condição humana, 
garantidos constitucionalmente a todo e qualquer cidadão. Dessa maneira, independente-
mente do seu conteúdo específico, a expressão “direitos fundamentais” não deixa dúvidas: 
estamos diante de bens jurídicos extremamente importantes, fundamentais, pois sem eles 
nenhum outro direito poderia fazer sentido. Alguns desses principais direitos fundamentais 
garantidos constitucionalmente pelo Estado são: a vida; a liberdade; a igualdade; a seguran-
ça; e – é proibida a tortura e a propriedade. Estes direitos e garantias do ser humano apre-
sentam algumas características comuns. Quais são e o que significam essas características? 
(25 pontos) 
 
Expectativa de Resposta: 
 
 São elas: a imprescritibilidade; a inalienabilidade; a irrenunciabilidade e a universali-
dade. 
 A imprescritibilidade desses direitos significa dizer que eles não se perdem pelo de-
curso do tempo, ou seja, não prescrevem (não têm prazo de validade). 
 A inalienabilidade significa a impossibilidade de transferência dos direitos a outra 
pessoa, seja a título gratuito, seja a título oneroso. Isso significa que uma pessoa não pode 
doar ou vender seus direitos a outra pessoa. 
 Por irrenunciabilidade entende-se que não se pode renunciar a nenhum desses direi-
tos. Hoje há uma grande discussão a respeito dessa característica, quando pensamos em te-
mas como eutanásia, aborto e suicídio. Assim, o direito à vida e o direito à liberdade, ambos 
fundamentais, muitas vezes colidem entre si. 
 Finalmente, a universalidade reflete a abrangência desses direitos, englobando todos 
os indivíduos, independentemente de seu sexo, cor, credo ou nacionalidade. 
 
3. Você já teve a oportunidade de estudar que a Teoria da Tripartição dos Poderes estabeleceu 
o exercício do poder estatal fracionado por poderes diferentes, cuja chefia seria exercida por 
pessoas diferentes, de forma equilibrada e em consonância com a lei. A cada um desses po-
deres cabe exercer uma função predominante, ou seja, essas funções não são exclusivas de 
um poder específico. Com base nestas informações, indique quais os poderes do Estado bra-
sileiro de hoje, ressaltando as respectivas atribuições de cada um e o órgão ou órgãos que as 
exercem, segundo a Constituição Federal.(25 pontos) 
 
Expectativa de Resposta: 
 
 Poder Legislativo – tem a função principal de elaborar as leis (função legislativa). A 
função legislativa é voltada à elaboração das normas que irão disciplinar a vida em so-
ciedade. Esta função é exercida pelo Poder Legislativo, representado no Brasil pelo 
Congresso Nacional, no âmbito federal; pelas Assembléias Legislativas, na esfera es-
tadual; pelas Câmaras de Vereadores, nos municípios; e pela Câmara Legislativa do 
Distrito Federal, no Distrito Federal (Brasília). Perceba que a formulação das regras que 
norteiam a administração do seu município compete à Câmara dos Vereadores de sua 
cidade. Esse órgão legislará com relativa autonomia. Suas decisões, porém, como já 
vimos, não poderão jamais contrariar o que diz a Constituição. 
 
 Poder Executivo – tem a função principal de administrar de acordo com as leis (fun-
ção administrativa). É exercida pela Presidência da República (plano federal), pelas go-
vernadorias do Estado e do Distrito Federal e pelas prefeituras municipais. A função 
administrativa busca essencialmente o atendimento das necessidades materiais do 
povo (elemento humano do Estado), sobretudo pela prestação de serviços públicos. 
 
 Poder Judiciário – tem a função principal de julgar de acordo com as leis (função juris-
dicional). A função jurisdicional ou judiciária consiste na interpretação e na aplicação 
do Direito em situações concretas, exercida pelo Poder Judiciário, por meio dos juízes 
e tribunais competentes. 
 
Podemos concluir, portanto, que a função administrativa é exercida predominantemen-
te pelo Poder Executivo, a quem incumbe prestar a grande maioria dos serviços considerados 
públicos (saúde, Educação, segurança etc.). Entretanto, o Poder Legislativo e o Poder Judiciá-
rio também a exercem, por exemplo, quando administram os bens públicos afetados às suas 
atividades, quando promovem a organização de seus servidores, quando realizam licitações e 
firmam contratos. 
 
4. Em relação aos crimes de corrupção passiva e corrupção ativa, previstos no Código Penal 
Brasileiro, responda: 
 Em que artigos do Código Penal Brasileiro estão previstos; e 
 Quais as características que identificam cada um e os diferencia. 
(25 pontos) 
Expectativa de Resposta: 
 
 Previsão Legal: artigos 317 (Corrupção Passiva) e 333 (Corrupção Ativa). Características e diferenças: 
 A corrupção passiva materializa-se quando o funcionário público solicita ou recebe, 
para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-
la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceita promessa de tal vantagem. Tem, portanto, 
caráter mais brando do que a concussão, em que o verbo caracterizador do crime é o “exigir”. 
A jurisprudência tem-se pronunciado no sentido de que estão excluídas do crime de corrupção 
passiva pequenas doações ocasionais recebidas por funcionários em razão de suas funções. 
O Poder Judiciário confirma que, em tais casos, não há da parte do funcionário público a 
consciência de aceitar retribuição por um ato funcional nem a vontade de se corromper, que 
são dois elementos essenciais à configuração do delito. A venda de carteiras de motorista por 
funcionário público ou a solicitação de propina por patrulheiro rodoviário para não efetivar 
uma multa são exemplos de corrupção passiva. 
 Ao contrário da corrupção passiva, que é crime que só pode ser praticado por funci-
onário público, a corrupção ativa pode ser praticada por qualquer pessoa. Esse crime se con-
suma quando o oferecimento ou promessa chega ao conhecimento do funcionário, ainda que 
ele o recuse, rechaçando o suborno. Na corrupção passiva é o funcionário público quem pede 
a propina; na corrupção ativa, ele aceita aquela que lhe é oferecida. 
 
Boa atividade! 
 
Em caso de dúvida, procure preferencialmente o seu TUTOR PRESENCIAL, 
pois a correção da AD é de responsabilidade dele(a). 
 
As regras das ADs estão discriminadas no Guia da Disciplina.

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