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Metodologia - Aula 4 - Hipóteses Científicas

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METODOLOGIA – AULA 04	
- “O pesquisador que não souber o que está procurando não compreenderá o que encontrar” Claude Bernard.
- Quotidiano -> Dúvidas -> Literatura
	1) Você pode conseguir uma resposta explícita para a dúvida.
	2) Pode-se conseguir uma resposta incompleta (não existem dados suficientes)
	3) Pode-se conseguir uma resposta não convincente (criam-se várias outras hipóteses).
	4) Pode-se gerar novas dúvidas.
- A pergunta a ser feita deve ser clara, precisa, livre de conceitos prévios, ou seja, não se deve ter uma resposta pronta para a pesquisa, como o seguinte trabalho “melhor desempenho da droga tal sobre a droga tal”, pois já há um certo preconceito do autor e isso influenciará a metodologia para que ela dê o resultado esperado. Para livrar sua pesquisa do preconceito, deve-se abri-la para que outros leiam, critiquem, etc.
- A partir da dúvida, elabora-se uma hipótese, uma explicação provisória, para ela. Essa hipótese pode ser:
	-> A priori: explicação a partir de lei já conhecida (antes de executar a pesquisa).
	-> A posteriori: explicação a partir da experiência (após a pesquisa).
	-> Analogia: semelhança com fenômeno já explicado.
- Se a hipótese for bem fundamentada, e confirmada, ela vira uma tese. Dentre todas as teses, aquela que for a mais concreta, mais aceita e mais bem fundamentada, torna-se em uma teoria. Essa teoria é aquela que será aceita como verdadeira pelo meio científico no momento. Deve-se lembrar que ela não é fixa, podendo ser alterada, ou desconsiderada mais tarde, por outras teorias.
-Tipos de Hipótese:
	-> Nula (H0): Não há diferença entre os resultados ou grupos. Ao se comparar a eficiência de dois medicamentos, por exemplo, a hipótese nula é que não há diferença entre a eficiência de ambos. Deve-se tomar cuidado para que a hipótese nula não contenha o resultado final, pois isso indica preconceito no início da pesquisa.
	-> Hipótese Alternaiva/ Experimental (H1): Há diferença entre os resultados ou grupos. Pode-se querer descobrir se a eficiência de um medicamento é maior, melhor ou igual a outro medicamento. Criam-se quatro grupos de medicamentos, por exemplo, um com um remédio sabidamente útil, um menos eficiente, um inútil e o que se quer descobrir a eficiência. Compara-se os resultados do ultimo remédio com os três primeiros para se chegar a uma conclusão.
	->Erro Alfa/ Tipo I: Rejeita a hipótese, mas ela é verdadeira. Por exemplo dizer que não há diferença entre a eficiência dos medicamentos, quando, na verdade, há. Indica erro de metodologia. Pode ter ocorrido uma analogia errada, por exemplo.
	-> Erro Beta/ Tipo II: Aceita a hipótese, mas ela é falsa. Por exemplo, dizer que um remédio é melhor que outro, quando, na realidade, não é. Também pode ser causada por erro na metodologia, ou por dados insuficientes. Ao se fazer a pesquisa com um pequeno grupo de participantes, por exemplo, cria-se uma invalidade estatísticas, pois o resultado poderia ser muito diferente do encontrado.
- Deve-se ter o controle das variáveis, fixando todas as possíveis, exceto aquela que se quer investigar. Por isso deve-se conhecer a natureza e a forma das variáveis. 
- Variável é definido como aspecto ou dimensão de um fenômeno que pode assumir diferentes valores. O conhecimento das variáveis é fundamental para elaboração estratégica do método a ser empregado.
- As variáveis podem ser classificadas:
	-> Por gênero: dicotômicas, contínuas e descontínuas. Contínuas são variáveis que podem ser de qualquer valor, por exemplo, temperatura humana pode ser 37, pode ser 37,1. Descontínuas não têm essa possibilidade, como por exemplo o número de filhos pode ser 1, pode ser 2, mas não pode ser 1,5. Se o termômetro não tiver casas decimais, a temperatura pode tornar-se uma variável descontínua. 
	-> Por espécie: Independente, dependente, interveniente. Independente é a variável sobre a qual não se tem controle, pois não se pode interferir nela. Ao se estudar lesões em acidente de carro, o uso de cinto é independente, pois não se pode controlar se a pessoa o usa ou não. Mas a quantidade e a gravidade das lesões causadas é uma variável dependente do uso, ou não, de cinto de segurança. Se quiser controlar mais a pesquisa, pode-se considerar as lesões causadas somente quando o usuário estava com cinto de segurança, delimitando mais a pergunta, e eliminando essa variável independente. A variável interveniente é aquela que se pode modificar. 
	-> Controláveis e não controláveis. Tempo, por exemplo, é uma variável incontrolável, podendo alterar a umidade relativa do ar, de partículas suspensas, etc. Pode-se, todavia, criar um microclima dentro de uma sala, controlando o clima para o experimento. Pode-se também optar por não controlar uma variável.
	-> Ciências biológicas e da Saúde: possui características multivariáveis, pois cada corpo é um corpo. Raramente encontra-se dois corpos que funcionem de forma idêntica. Sendo importante ajustar-se ao paciente. É importante, portanto, criar um número de amostragem maior, para que a possibilidade de eventos adversos torne-se bastante evidente.
- Os tipos de pesquisa são:
	-> Pesquisa Básica Pura ou Fundamental: Estuda-se o fenômeno em si, mesmo que a utilidade prática da pesquisa não seja visível em um primeiro momento. Por exemplo, pesquisar a variação do metabolismo celular dos hepatócitos quando submetidos a variação de pH.
	-> Pesquisa aplicada: Já existe um domínio da pesquisa básica, e agora busca-se utilizar essa pesquisa básica em aplicações práticas para as pessoas.
	-> Pesquisa Histórica: Não se faz novos registros, pesquisa-se os registros pré-existentes. Ao se fazer um registro utilizando-se prontuários médicos, por exemplo.
	-> Pesquisa Descritiva: Não se interfere em um fenômeno, apenas o descreve. É um monitoramento do que ocorre. O censo, por exemplo, é uma pesquisa descritiva.
-> Pesquisa Experimental: O cientista já sabe o que acontece, como acontece e agora quer interferir nos resultados obtidos.
-> Pesquisa Clínica: Deve ser aprovada pelo Conselho. Caso seja sobre medicamentos, deve passar por 5 fases de teste, só sendo liberado para público após a fase 3. O paciente estudado deve estar ciente e disposto a participar. Deve-se avaliar vários hospitais diferentes. Além de se precisar contar com a possível perda de pacientes, seja por morte, seja por desistência, ou qualquer outro motivo. Assim, a pesquisa muitas vezes está além do controle do pesquisador.
-> Pesquisa Monodisciplinar: Possui abordagem exclusiva de uma só ciência sobre ela. Atualmente, está sendo discutida a interdisciplinaridade, pois muitos avanços em muitas áreas se deram graças à participação de muitas disciplinas. Assim, a pesquisa monodisciplinar está caindo em desuso, sendo mais comum atualmente nas pesquisas de ciências básicas. 
- A amostra é o item que será acompanhado e estudado. É importante que ela seja de boa qualidade. Deve-se selecionar, filtrar, aqueles indivíduos que podem e que não podem participar da pesquisa. Deve-se ser uma amostra que tenda para a homogeneidade, para que se possa saber que os resultados obtidos são devidos a interferência do pesquisador e não a fatores intrínsecos e variáveis de cada pessoa. É importante considerar o tamanho da amostra. Quanto maior o tamanho, mais consistente são os resultados. O tamanho ideal depende do tipo de pesquisa a ser realizado, se os objetivos são qualitativos ou quantitativos, etc.
- A técnica de amostragem também deve ser levada em conta. Se você quiser fazer uma amostra sobre opinião política de PG, é importante levar em conta o grau de escolaridade. Deve-se pegar um grupo representante do nível superior, nível médio, nível básico, etc, para que a pesquisa não fique viciada e se tenha a opinião geral de Ponta Grossa, não de um desses níveis. É importante, portanto, tentar contemplar todas as esferas relevantes a pesquisa.

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