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Metodologia - Aula 5 - Amostras e Tipos de Estudo

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METODOLOGIA – AMOSTRAS E TIPOS DE ESTUDOS - AULA 5
- Amostra deve ter: qualidade, homogeneidade, tamanho, técnica de amostragem. Se a amostra não tiver qualidade, por exemplo, e morrer, não se saberá se foi por causa do experimento ou se a amostra morreria de qualquer forma. A amostra deve ser homogenia no começo do experimento, para que se saiba que quaisquer diferenças que aparecerem são consequências do experimento. Amostras muito pequenas não possuem força. 
	
 	-> QUALIDADE/HOMOGENEIDADE: Verificar o universo disponível, caso todas as amostras sejam iguais (exemplo de uso de ratos), usa-se o maior numero possível. Caso não sejam iguais, deve-se escolher critérios de inclusão para a pesquisa. Se sabe-se que determinada doença estudada é comum em pessoas 40~60 anos, pode-se eliminar pessoas fora dessa faixa etária. Os Critérios de Exclusão são condições que impedem a participação na amostra, mesmo que atenda os critérios de inclusão.
	-> TAMANHO: ao se estudar uma doença, deve-se pegar uma amostra significativa da população doente, para que se tenha um resultado confiável. Caso a população seja a amostra, o resultado será sempre válido. Também deve-se levar em conta o Intervalo de Confiança. O Intervalo de Confiança é um dado onde está contida a margem de erro.
- Amostragem Probabilista: amostragem aleatória.
- Amostragem Não Probabilista: não depende de sorteio, é uma escolha intencional da amostra. Por exemplo, escolher uma amostragem em que pessoas tenham problemas na perna esquerda. Esse tipo de amostra não representa a população geral.
	-> Por Juris: o pesquisador escolhe por si mesmo a amostragem. É perigoso, pois ele pode terminar escolhendo amostras que ele sabe que irão trazer resultados fáceis/positivos. Muitas vezes, esse estudo pode mostrar um viés do pesquisador, não sendo aplicável em outras populações.
- Tipos de Estudos:
	-> Em relação ao tempo: Horizontal (ou longitudinal), acompanhamento prospectivo (futuro) da amostra, vê-se o que irá acontecer com a amostra, ou acompanhamento retrospectivo (passado), escolhe-se uma amostra e vê-se, através de prontuários, o que houve com a amostra. Na pesquisa longitudinal, a pessoa vai ser vista mais de uma vez na linha do tempo.
	No estudo transversal (ou vertical), somente vê-se a população em um determinado momento. “No atendimento de hoje, quantos pacientes tiveram dor de cabeça?”. Encontra-se determinado paciente uma única vez. Em outros dias, pode-se repetir a pesquisa, mas serão outros pacientes. O estudo do censo, por exemplo, é transversal, mas se você comparar vários censos, em uma história, o estudo é longitudinal.
	-> Documental. Depende da qualidade e da confiabilidade do documento. Pode-se usar prontuários médicos, por exemplo.
	-> Observacional. É importante, nesse tipo de pesquisa, garantir que a observação não altera o processo.
	-> Levantamento (censo ou amostragem).
	-> Estudo de caso. Analisa-se o porquê de determinado paciente ser diferente, por que a doença dele não segue aquilo que está nos livros?
	-> Estudo de campo: sai-se do local controlado, reservado, para ir até onde o paciente se encontra. O censo, por exemplo, é um estudo de campo.
	-> Estudo de Coorte. Provavelmente é o que mais contribuiu para a Medicina. Seleciona-se uma população a partir de uma característica e a acompanha. Geralmente, realiza-se com mais de quinhentas pessoas e as monitora, muitas vezes, por anos. Pode-se criar grandes associações, relacionando-se doenças apresentadas e estilos de vida adotados. Nesse estudo, pode-se verificar a existência da curva de Gauss.
	
	-> Comparativo. Cria-se situações, como caso controle, ou experimento controle, etc. Uma das primeiras pesquisas a descobrir que cigarro estava relacionado a câncer foi do tipo comparativo. Deve-se cuidar da questão ética – é importante ter a autorização da pessoa, sendo que ela está devidamente consciente do que está sendo pesquisado.
	-> Experimental: o pesquisador interfere no meio, para que possa analisar o comportamento.
	-> Controle. Cria-se um grupo controle e um grupo experimento (caso). No grupo controle, costuma-se colocar a terapia convencional, atualmente usado, e no grupo experimento usa-se a terapia que está em teste. O grupo controle é aquele em que se sabe o que irá ocorrer. Também pode-se criar um grupo placebo, contra um grupo controle. É polêmico, pois não se pode dizer a um paciente que ele está sendo tratado, quando na verdade ele não está. Não se pode testar analgésico ou antibiótico contra um placebo, pois você estará deixando uma pessoa sentindo dor, quando ela pode ser tratada. O placebo é aceito em alguns estudos de psiquiatria, nos quais não existam riscos para o paciente.
	Pode ser um estudo auto-controlado, em que o mesmo elemento que serviu de controle, passa pelo tratamento e serve-se de experimento. Possui um estado “antes” e um estado “depois”.
	- “Conto dos dois médicos” – “La Fonteine” 
	-> Estudo Duplo-Cego: possui-se dois grupos de avaliação. Cada grupo toma determinado medicamento, sem saber exatamente o que está tomando. A equipe avaliadora também não sabe dizer quem está tomando o quê.
	
	-> Estudo Triplo-Cego: Os pacientes, a equipe avaliadora e o pesquisador desconhecem quem toma o quê. O pesquisador mantém a informação fechada e só quando a pesquisa acaba ele verifica quem tomou o quê. Esse tipo de pesquisa, junto com o duplo-cego, reduz a possibilidade de viés.

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