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METODOLOGIA – AULA 11 – SENSIBILIDADE, ESPECIFICIDADE, ACURÁCIA, VPP E VPN
- Ao se solicitar um exame, deve-se levar em conta a acurácia, a sensibilidade e a especificidade, pois esses itens nos dirão a eficiência do exame.
ACURÁCIA
- É a medida mais simples de qualidade de um teste diagnóstico.
- É a frequência que o exame acerta, tanto daqueles que possuem doença, quanto aqueles que não possuem.
- É calculada a partir dos doentes com exame positivo + sadios com exame negativo, divididos pelo total de exames realizados.
- A = [ Doentes (+) + Sadios (-) ]/ Total.
- O exame perfeito possui 1 de acurácia, ou seja, 100% de acerto.
SENSIBILIDADE
- O exame é dito sensível, quando consegue identificar na população, com teste positivo, as pessoas que tem a doença.
- Um teste sensível dificilmente deixa escapar uma pessoa que tem a doença.
- 100% de sensibilidade indica que todos que têm a doença serão identificados. Vale lembrar que o exame pode dar falsos positivos.
- É calculada a partir dos doentes com exame positivo dividido pelo total de pessoas doentes.
- S = Doentes (+) / Total de Doentes.
- Exames com alta sensibilidade não indicam que a pessoa tem a doença, com certeza, apenas indica que ela pode ter a doença. Por outro lado, pessoas cujo exame deu negativo, não possuem a doença.
- A TAXA DE FALSO NEGATIVO é o número de indivíduos entre os doentes com teste negativo. É o que falta para chegar em 100%. Por exemplo, se a sensibilidade é de 97%, a taxa de falso negativo é de 3%.
ESPECIFICIDADE
- Proporção de indivíduos sem a doença com teste negativo para a doença.
- Testes com alta especificidade não classificam como doente uma pessoa sadia.
- É calculada pelas pessoas sadias com exame negativo, dividido pelo total de pessoas sadias.
- E = Sadias (-) / Total de Sadios.
- A TAXA DE FALSOS POSITIVOS indica pessoas sadias, cujo exame deu positivo para doença.
VPP – VALOR PREDITIVO POSITIVO
- O paciente teve o teste positivo. Qual a possibilidade de ele realmente ter a doença?
- O melhor exame, ideal, teria 100% de VPP. Ou seja, todas as vezes que o exame indica positivo, a pessoa, de fato, tem a doença.
- É calculado pelas pessoas doentes, com exame positivo, dividido pelo total de pessoas que tiveram o exame positivo (doentes ou não).
- VP+ = Pessoas doentes (+)/ Pessoas com exame (+)
VPN – VALOR PREDITIVO NEGATIVO
- O paciente teve o teste negativo. Qual a possibilidade de ele, na verdade, ter a doença?
- É calculado pelo total de pessoas sadias com teste negativo, pelo total de pessoas cujo teste deu negativo (sadios ou doentes).
- VP- = Pessoas sadias (-)/ Pessoas com exame (-)
EXERCICIOS
1) Está sendo testado um exame para facilitar o diagnóstico de câncer de pulmão. 
- Em 1600 indíviduos, 600 apresentaram-se com câncer, determinado por biópsia.
-O teste deu positivo para 570 pessoas. 
- Qual a sensibilidade e especificidade do teste?
 Doença
 + - Total
Exame + 570 ?
Exame – 30 ?
 Total 600 1000 1600
Resposta)
- Sensibilidade = 570/600 = 0,95 = 95% (Boa sensibilidade – apenas 5% dos doentes não foram detectados).
- Especificidade = Não é possível calcular a informação com os dados fornecidos.
Continuação do exercício 1.
- Sabe-se agora que:
 Doença
 + - Total
Exame + 570 150 720
Exame – 30 850 880
 Total 600 1000 1600
- Caclule Especificidade, Acuracia, Falso Positivo, Falso Negativo, VPP e VPN.
Resposta)
- Especificidade = 850/ 1000 = 0,85 = 85% (Total de pessoas sadias com exame negativo. Ou seja, 15% são sadias e tiveram exame positivo).
- Acuraria = 570 + 850/ 1600 = 0,8875 = 88,75%
- Falso Positivo = 15%
- Falso Negativo = 5%
- VPP = 570/720 = 0,79 = 79%
- VPN =850/880 = 0,965 = 96,5%
Observação: A melhor característica desse exame é seu VPN. Se um exame der negativo, a pessoa PROVAVELMENTE não possui a doença. Se o exame der negativo, as coisas provavelmente estão bem, sendo que o paciente não precisa realizar mais exames, devendo apenas ser acompanhado. Por outro lado, se o exame der positivo, não se pode ter certeza que o paciente está doente, pois seu valor de VPP é baixo, sendo necessário outros exames para confirmar a hipótese. 
2) A tabela demonstra o resultado de estudo de avaliação do teste de supressão da dexametasona (DST) como diagnóstico da depressão. O teste compara o resultado do DST com o obtido no teste ouro (rotina psiquiátrica) em 368 pacientes.
 Doença
 + - Total
Exame + 84 5 89 
Exame – 131 148 279 
 Total 215 153 368
Calcule todos os parâmetros:
Resposta:
- Sensibilidade: 84/215 = 0,39 = 39% (capacidade do exame de achar doentes entre doentes)
- Especificidade = 148/153 = 0,967 = 96,7% (capacidade de achar sadios entre sadios)
- Acurácia = 84 + 148/ 368 = 0,63 = 63% (Taxa de acertos do exame)
	-> 84 é o que o exame acertou, quando deu positivo.
	-> 148 é o que o exame acertou, quando deu negativo.
 
- FP = 3,3%
- FN = 61%
- VPP = 84/89 = 0,94 = 94%
- VPN = 148/ 279 = 0, 53 = 53%
 
- Caso o exame dê positivo, a pessoa muito provavelmente possui a doença (devido a seu alto valor de VPP). Todavia, caso o exame dê negativo, a possibilidade de ela ter a doença não deve ser excluída, pois a sensibilidade do exame é muito pequena e as chances de falso negativa são muito altas. Considerando-se que a função do exame é identificar deprimidos, e que eles não estão identificando cerca de 61% dos deprimidos , o exame – como um todo – não é muito útil.

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