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DP Geral Parte II

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DP	
  –	
  Parte	
  Geral	
  -­‐	
  complemento	
  
Causas	
  de	
  ex6nção	
  da	
  punibilidade	
  
marcelo.monteiro@monteiroegodoy.com.br	
  
marcelovaldir@hotmail.com	
  
O	
  dever	
  de	
  punir	
  pertence	
  
exclusivamente	
  ao	
  Estado.	
   Auto	
  tutela	
  é	
  crime	
  !!	
  
Portanto	
  o	
  Estado	
  tem	
  o	
  
DEVER	
  LEGAL	
  de	
  punir	
  
Mas	
  a	
  própria	
  LEI	
  traz	
  causas	
  em	
  
que	
  o	
  Estado	
  perde	
  este	
  DEVER	
  
São	
  as	
  causas	
  de	
  EXTINÇÃO	
  DA	
  PUNIBILIDADE	
  
Exercício	
  arbitrário	
  das	
  próprias	
  razões	
  
Art.	
  345,	
  CP	
  -­‐	
  Fazer	
  jus6ça	
  pelas	
  próprias	
  
mãos,	
  para	
  sa6sfazer	
  pretensão,	
  embora	
  
legí6ma,	
  salvo	
  quando	
  a	
  lei	
  o	
  permite.	
  
Hipóteses de extinção do art. 107, CP 
•  1- Morte do agente; 
•  2- anistia, graça ou indulto; 
•  3- abolitio criminis; 
•  4- prescrição, decadência ou perempção; 
•  5- renúncia ou perdão; 
•  6- retratação do agente; 
•  7- perdão judicial 
Formas de classificação das hipóteses de extinção 
da punibilidade 
- Gerais (comuns): as que se aplicam a 
todos os delitos (morte, prescrição etc). 
- Específicas (particulares): as que 
somente se aplicam a alguns tipos de 
delitos (retratação do agente, nos crimes 
contra a honra, perdão judicial etc). 
Este	
  rol	
  do	
  art.	
  107	
  é	
  taxa6vo	
  ??	
  
Não	
  !!	
  O	
  rol	
  é	
  apenas	
  exemplifica6vo	
  !!	
  
Existem	
  várias	
  outras	
  causas	
  de	
  ex6nção	
  da	
  
punibilidade,	
  mas	
  todas	
  previstas	
  em	
  lei	
  !!	
  
-­‐	
  Ressarcimento	
  do	
  dano,	
  no	
  peculato	
  culposo	
  (art.	
  312,	
  
§	
  3º,	
  CP)	
  
-­‐	
  Morte	
  do	
  ofendido	
  (ví6ma),	
  no	
  caso	
  do	
  art.	
  236,	
  CP	
  
-­‐	
  Pagamento	
  do	
  tributo	
  antes	
  do	
  oferecimento	
  da	
  
denúncia,	
  nos	
  crimes	
  de	
  sonegação	
  fiscal	
  (art.	
  34,	
  Lei	
  
9.249/95).	
  
-­‐	
  Homologação	
  da	
  composição	
  civil	
  dos	
  danos	
  nas	
  
infrações	
  de	
  menor	
  potencial	
  ofensivo	
  de	
  ação	
  privada	
  
ou	
  pública	
  condicionada	
  à	
  representação	
  (art.	
  74,	
  
parágrafo	
  único,	
  Lei	
  9.099/95).	
  
-­‐	
  Término	
  do	
  período	
  de	
  prova	
  da	
  suspensão	
  condicional	
  
do	
  processo,	
  sem	
  que	
  o	
  agente	
  tenha	
  dado	
  causa	
  à	
  
revogação	
  do	
  benedcio	
  (art.	
  89,	
  Lei	
  9.099/95)	
  
Causas	
  ExNnNvas	
  da	
  Punibilidade	
  	
  	
  x	
  	
  	
  Escusas	
  Absolutórias	
  
O	
  Direito	
   de	
   punir	
   surge,	
  
mas,	
   posteriormente	
   é	
  
fulminado	
   pela	
   causa	
  
ex6n6va	
  da	
  punibilidade	
  
São	
   excludentes	
   da	
  
punibilidade:	
   não	
  
surge	
   para	
   o	
   Estado	
  
o	
  direito	
  de	
  punir.	
  
Ex.:	
  filho	
  que	
  furta	
  o	
  
pai	
  para	
  comprar	
  
drogas	
  (art.	
  181,	
  II,	
  CP)	
  
ou	
  
Favorecimento	
  pessoal	
  
pelo	
  CADI	
  (art.	
  348,	
  CP)	
  
1-­‐	
  Morte	
  do	
  agente	
  
Para	
  quê	
  punir	
  o	
  morto	
  ??	
  
Caso	
  Tiradentes	
  !!	
  
Funções	
  da	
  pena:	
  
Prevenção	
  geral	
  e	
  
especial	
  e	
  repressão	
  
MarCrio	
  de	
  Tiradentes,	
  óleo	
  sobre	
  tela	
  de	
  
Francisco	
  Aurélio	
  de	
  Figueiredo	
  e	
  Melo	
  (1854	
  —	
  1916). 	
   	
  	
  
Nome	
  completo 	
  Joaquim	
  José	
  da	
  Silva	
  Xavier 	
  	
  
Nascimento 	
  12	
  de	
  novembro	
  de	
  1746	
  
Fazenda	
  do	
  Pombal,	
  Minas	
  Gerais,	
  Brasil	
  colonial	
  
	
  Portugal 	
  	
  
Morte 	
  21	
  de	
  abril	
  de	
  1792	
  (45	
  anos)	
  
Rio	
  de	
  Janeiro,	
  Brasil	
  colonial	
  
	
  Portugal 	
  	
  
Nacionalidade 	
  	
  Português 	
  	
  
Ocupação 	
  Den6sta,	
  militar	
  e	
  a6vista	
  polí6co 	
  	
  
Ideias	
  notáveis 	
  Már6r	
  da	
  Inconfidência	
  Mineira 	
  	
  
Juízo	
  Final:	
  DEUS	
  
JUSTIÇA	
  que	
  a
Rainha	
  Nossa	
  Senhora	
  manda	
  fazer	
  a	
  este	
  infame	
  Réu	
  Joaquim	
  José	
  da	
  
Silva	
  Xavier	
  pelo	
  horroroso	
  crime	
  de	
  rebelião	
  e	
  alta	
  traição	
  de	
  que	
  se	
  
cons6tuiu	
  chefe,	
  e	
  cabeça	
  na	
  Capitania	
  de	
  Minas	
  Gerais,	
  com	
  a	
  mais	
  
escandalosa	
  temeridade	
  contra	
  a	
  Real	
  Soberana	
  e	
  Suprema	
  Autoridade	
  
da	
  mesma	
  Senhora,	
  que	
  Deus	
  guarde.	
  
MANDA	
  que	
  com	
  baraço	
  e	
  pregão	
  seja	
  levado	
  pelas	
  ruas	
  públicas	
  desta	
  
Cidade	
  ao	
  lugar	
  da	
  forca	
  e	
  nela	
  morra	
  morte	
  natural	
  para	
  sempre	
  e	
  que	
  
separada	
  a	
  cabeça	
  do	
  corpo	
  seja	
  levada	
  a	
  Vila	
  Rica,	
  donde	
  será	
  
conservada	
  em	
  poste	
  alto	
  junto	
  ao	
  lugar	
  da	
  sua	
  habitação,	
  até	
  que	
  o	
  
tempo	
  a	
  consuma;	
  que	
  seu	
  corpo	
  seja	
  dividido	
  em	
  quartos	
  e	
  pregados	
  
em	
  iguais	
  postes	
  pela	
  estrada	
  de	
  Minas	
  nos	
  lugares	
  mais	
  públicos,	
  
principalmente	
  no	
  da	
  Varginha	
  e	
  Sebollas;	
  que	
  a	
  casa	
  da	
  sua	
  habitação	
  
seja	
  arrasada,	
  e	
  salgada	
  e	
  no	
  meio	
  de	
  suas	
  ruínas	
  levantado	
  um	
  padrão	
  
em	
  que	
  se	
  conserve	
  para	
  a	
  posteridade	
  a	
  memória	
  de	
  tão	
  abominável	
  
Réu,	
  e	
  delito	
  e	
  que	
  ficando	
  infame	
  para	
  seus	
  filhos,	
  e	
  netos	
  lhe	
  sejam	
  
confiscados	
  seus	
  bens	
  para	
  a	
  Coroa	
  e	
  Câmara	
  Real.	
  Rio	
  de	
  Janeiro,	
  21	
  de	
  
abril	
  de	
  1792,	
  Eu,	
  o	
  desembargador	
  Francisco	
  Luiz	
  Álvares	
  da	
  Rocha,	
  Escrivão	
  da	
  
Comissão	
  que	
  o	
  escrevi.	
  Sebão.	
  Xer.	
  de	
  Vaslos.	
  Cout.	
  
ArNsta 	
  [Expandir]	
  
Pedro	
  Américo	
  (1843–1903)	
  	
   	
  	
  
Título 	
  English:	
  Quartered	
  Tiradentes	
  
Português:	
  Tiradentes	
  Esquartejado 	
  	
  
Data 	
  1893 	
  	
  
Técnica 	
  Óleo	
  sobre	
  tela 	
  	
  
Dimensões 	
  270	
  ×	
  165	
  cm 	
  	
  
Localização	
  atual 	
  [Expandir]	
  
(Inventário)	
  
Museu	
  Mariano	
  Procópio 	
  	
  
	
   	
  	
  
Fonte/Fotógrafo 	
  Museu	
  Mariano	
  
Procópio 	
  	
  
Previsão	
  consNtucional	
  
Art.	
  5º,	
  XLV,	
  CF/88	
  -­‐	
  nenhuma	
  pena	
  passará	
  da	
  pessoa	
  
do	
   condenado,	
   podendo	
   a	
   obrigação	
   de	
   reparar	
   o	
  
dano	
  e	
  a	
  decretação	
  do	
  perdimento	
  de	
  bens	
   ser,	
  nos	
  
termos	
  da	
  lei,	
  estendidas	
  aos	
  sucessores	
  e	
  contra	
  eles	
  
executadas,	
   até	
   o	
   limite	
   do	
   valor	
   do	
   patrimônio	
  
transferido;	
  
	
  
A	
  morte	
  ex6ngue	
  a	
  punibilidade,	
  mas	
  	
  o	
  que	
  é	
  morte	
  ?	
  
Lei	
  9.434/97	
  (Lei	
  de	
  Transplante	
  de	
  órgãos)	
  
	
  
Art.	
  3º.	
  A	
  re6rada	
  post	
  mortem	
  de	
  tecidos,	
  órgãos	
  e	
  
partes	
  do	
  corpo	
  humano	
  des6nados	
  a	
  transplante	
  ou	
  
tratamento	
   deverá	
   ser	
  precedido	
   de	
   diagnós6code	
  
morte	
   encefálica,	
   constatada	
   e	
   registrada	
   por	
   dois	
  
médicos	
  não	
  par6cipantes	
  das	
  equipes	
  de	
  remoção	
  e	
  
transplante,	
  mediante	
   u6lização	
   de	
   critérios	
   clínicos	
  
e	
   tecnológicos	
   definidos	
   por	
   resolução	
   do	
   Conselho	
  
Federal	
  de	
  Medicina	
  
Como	
  se	
  prova	
  a	
  morte	
  ?	
  
Art.	
   62,	
   CPP.	
   	
   No	
   caso	
   de	
  morte	
   do	
   acusado,	
   o	
   juiz	
  
somente	
   à	
   vista	
   da	
   cerNdão	
   de	
   óbito,	
   e	
   depois	
   de	
  
ouvido	
   o	
   Ministério	
   Público,	
   declarará	
   ex6nta	
   a	
  
punibilidade.	
  
Atenção:	
  A	
  simples	
  declaração	
  de	
  ausência	
  da	
  legislação	
  
civil	
  não	
  prova	
  a	
  morte.	
  
Art.	
   22,	
   C.C.	
   Desaparecendo	
   uma	
   pessoa	
   do	
   seu	
  
domicílio	
  sem	
  dela	
  haver	
  no|cia,	
  se	
  não	
  houver	
  deixado	
  
representante	
  ou	
  procurador	
  a	
  quem	
  caiba	
  administrar-­‐
lhe	
   os	
   bens,	
   o	
   juiz,	
   a	
   requerimento	
   de	
   qualquer	
  
interessado	
   ou	
   do	
   Ministério	
   Público,	
   declarará	
   a	
  
ausência,	
  e	
  nomear-­‐lhe-­‐á	
  curador.	
  
Mas	
  morte	
  presumida	
  da	
  legislação	
  civil	
  pode	
  ex6nguir	
  
a	
  punibilidade	
  
Art.	
  7º,	
  C.C.	
  Pode	
  ser	
  declarada	
  a	
  morte	
  presumida,	
  sem	
  
decretação	
  de	
  ausência:	
  
I	
  -­‐	
  se	
  for	
  extremamente	
  provável	
  a	
  morte	
  de	
  quem	
  estava	
  
em	
  perigo	
  de	
  vida;	
  
II	
   -­‐	
   se	
   alguém,	
   desaparecido	
   em	
   campanha	
   ou	
   feito	
  
prisioneiro,	
   não	
   for	
   encontrado	
   até	
   dois	
   anos	
   após	
   o	
  
término	
  da	
  guerra.	
  
Parágrafo	
   único.	
   A	
   declaração	
   da	
   morte	
   presumida,	
  
nesses	
   casos,	
   somente	
   poderá	
   ser	
   requerida	
   depois	
   de	
  
esgotadas	
  as	
  buscas	
  e	
  averiguações,	
  devendo	
  a	
  sentença	
  
fixar	
  a	
  data	
  provável	
  do	
  falecimento.	
  
Art.	
  88,	
  LRP	
  (Lei	
  6.015/73).	
  Poderão	
  os	
  Juízes	
  togados	
  
admi6r	
   jusNficação	
   para	
   o	
   assento	
   de	
   óbito	
   de	
  
pessoas	
   desaparecidas	
   em	
   naufrágio,	
   inundação,	
  
incêndio,	
   terremoto	
   ou	
   qualquer	
   outra	
   catástrofe,	
  
quando	
   es6ver	
   provada	
   a	
   sua	
   presença	
   no	
   local	
   do	
  
desastre	
   e	
   não	
   for	
   possível	
   encontrar-­‐se	
   o	
   cadáver	
  
para	
  exame.	
  
A	
  morte	
  presumida	
  também	
  pode	
  ser	
  reconhecida	
  
pela	
  Lei	
  de	
  Registros	
  Públicos	
  (LRP)	
  
Com	
  a	
  juntada	
  cer6dão	
  de	
  óbito	
  ou	
  sentença	
  de	
  
morte	
  presumida	
  o	
  juiz,	
  a	
  qualquer	
  momento	
  do	
  
processo,	
  ex6ngue	
  a	
  punibilidade	
  POR	
  SENTENÇA.	
  
E	
  se	
  a	
  cer6dão	
  de	
  óbito	
  for	
  falsa	
  ?	
  
A	
  decisão	
  que	
  decreta	
  a	
  ex6nção	
  da	
  punibilidade	
  pela	
  
morte	
   do	
   agente,	
   como	
   nas	
   demais	
   hipóteses	
  
contempladas	
  no	
  art.	
  107,	
   transita	
  em	
   julgado.	
  Assim,	
  
ainda	
  que	
  se	
  demonstre	
  a	
  falsidade	
  da	
  prova	
  do	
  óbito,	
  
não	
  pode	
  ser	
  ela	
   revista,	
  porque	
  não	
  existe	
  em	
  nosso	
  
direito	
   revisão	
   pro	
   societate.	
   Somente	
   será	
   possível	
  
intentar-­‐se	
   uma	
   ação	
   penal	
   pelos	
   crimes	
   de	
   falsidade	
  
ou	
   de	
   uso	
   de	
   documento	
   falso.	
   (MIRABETE,	
   Julio	
  
Fabbrini;	
   FABBRINI,	
   Renato	
   N.	
   Manual	
   de	
   direito	
  
penal,	
  volume	
  1:	
  parte	
  geral,	
  arts.	
  1°	
  ao	
  120	
  do	
  CP.	
  São	
  
Paulo:	
  Atlas,	
  2008,	
  p.	
  403).	
  
Entendimento	
  doutrinário	
  
Se	
   com	
   a	
   u6lização	
   da	
   cer6dão	
   for	
   declarada	
   a	
  
ex6nção	
   da	
   punibilidade	
   de	
   determinado	
   fato	
   em	
  
virtude	
   do	
   qual	
   o	
   agente	
   estava	
   sendo	
   processado,	
  
ou	
  mesmo	
   já	
   tendo	
  sido	
  por	
  ele	
  condenado,	
  deverá	
  
ser	
   responsabilizado	
   somente	
   pelo	
   crime	
   de	
   falso,	
  
uma	
  vez	
  que	
  nosso	
  ordenamento	
  jurídico	
  não	
  tolera	
  
a	
   chamada	
   revisão	
   pro	
   societate.	
   (GRECO,	
   Rogério.	
  
Código	
  penal	
   comentado.	
  Niterói:	
   Ímpetus,	
   2010,	
   p.
216).	
  
Entendimento	
  doutrinário	
  
Pensamos	
   inexis6r	
   qualquer	
   possibilidade	
   de	
  
reabertura	
   do	
   caso.	
   Se	
   o	
   juiz	
   reconheceu	
   ex6nta	
   a	
  
punibilidade,	
   pela	
   exibição	
   de	
   cer6dão	
   de	
   óbito	
   falsa,	
  
nada	
   mais	
   pode	
   ser	
   feito,	
   a	
   não	
   ser	
   processar	
   quem	
  
falsificou	
  e	
  u6lizou	
  o	
  documento.	
  Outra	
  solução	
  estaria	
  
impondo	
   a	
   revisão	
   em	
   favor	
   da	
   sociedade,	
   o	
   que	
   é	
  
vedado	
   em	
   processo	
   penal.	
   (NUCCI,	
   Guilherme	
   de	
  
Souza.	
   Código	
   penal	
   comentado.	
   São	
   Paulo:	
   Revista	
  
dos	
  Tribunais,	
  2010,	
  p.	
  177).	
  
Entendimento	
  doutrinário	
  
Se	
   a	
   sentença	
   ex6n6va	
   da	
   punibilidade	
   já	
   6ver	
  
transitado	
  em	
  julgado,	
  mesmo	
  no	
  caso	
  de	
  cer6dão	
  
falsa,	
   só	
   será	
   possível	
   processar	
   os	
   autores	
   da	
  
falsidade,	
   tendo	
   em	
   vista	
   que	
   não	
   há	
   no	
   Brasil	
  
revisão	
  pro	
  societate.	
   (CAPEZ,	
  Fernando.	
  Curso	
  de	
  
Direito	
  Penal.	
  São	
  Paulo:	
  Saraiva,	
  2000,	
  p.	
  603).	
  
Entendimento	
  doutrinário	
  
EXTINÇÃO.	
  PUNIBILIDADE.	
  CERTIDÃO	
  FALSA.	
  ÓBITO.	
  
A	
  Turma,	
  entre	
  outras	
  questões,	
  entendeu	
  que	
  pode	
  ser	
  
revogada	
  a	
  decisão	
  que,	
  com	
  base	
  em	
  cer6dão	
  de	
  óbito	
  
falsa,	
   julga	
   ex6nta	
   a	
   punibilidade	
   do	
   ora	
   paciente,	
  
uma	
  vez	
  que	
  não	
  gera	
  coisa	
  julgada	
  em	
  sen6do	
  estrito.	
  A	
  
formalidade	
   não	
   pode	
   ser	
   levada	
   a	
   ponto	
   de	
   tornar	
  
imutável	
   uma	
   decisão	
   lastreada	
   em	
   uma	
   falsidade.	
   O	
  
agente	
  não	
  pode	
  ser	
  beneficiado	
  por	
  sua	
  própria	
  torpeza.	
  
Precedente	
   citado	
   do	
   STF:	
   HC	
   84.525-­‐8-­‐MG,	
   DJ	
  
3/12/2004.	
   HC	
   143.474-­‐SP,	
   Rel.	
   Min.	
   Celso	
   Limongi	
  
(Desembargador	
   convocado	
   do	
   TJ-­‐SP),	
   julgado	
   em	
  
6/5/2010.	
  
Jurisprudência	
  
HABEAS	
  CORPUS.	
  PROCESSUAL	
  PENAL.	
  EXTINÇÃO	
  DA	
  PUNIBILIDADE	
  
AMPARADA	
  EM	
  CERTIDÃO	
  DE	
  ÓBITO	
  FALSA.	
  DECISÃO	
  QUE	
  
RECONHECE	
  A	
  NULIDADE	
  ABSOLUTA	
  DO	
  DECRETO	
  E	
  DETERMINA	
  
O	
  PROSSEGUIMENTO	
  DA	
  AÇÃO	
  PENAL.	
  INOCORRÊNCIA	
  DE	
  REVISÃO	
  
PRO	
  SOCIETATE	
  E	
  DE	
  OFENSA	
  À	
  COISA	
  JULGADA.	
  PRONÚNCIA.	
  
ALEGADA	
  INEXISTÊNCIA	
  DE	
  PROVAS	
  OU	
  INDÍCIOS	
  SUFICIENTESDE	
  AUTORIA	
  EM	
  RELAÇÃO	
  A	
  CORRÉU.	
  INVIABILIDADE	
  DE	
  REEXAME	
  DE	
  
FATOS	
  E	
  PROVAS	
  NA	
  VIA	
  ESTREITA	
  DO	
  WRIT	
  CONSTITUCIONAL.	
  
CONSTRANGIMENTO	
  ILEGAL	
  INEXISTENTE.	
  ORDEM	
  DENEGADA.	
  1.	
  A	
  
decisão	
  que,	
  com	
  base	
  em	
  cer6dão	
  de	
  óbito	
  falsa,	
  julga	
  ex6nta	
  a	
  
punibilidade	
  do	
  réu	
  pode	
  ser	
  revogada,	
  dado	
  que	
  não	
  gera	
  coisa	
  julgada	
  
em	
  sen6do	
  estrito.	
  2.	
  Não	
  é	
  o	
  habeas	
  corpus	
  meio	
  idôneo	
  para	
  o	
  
reexame	
  aprofundado	
  dos	
  fatos	
  e	
  da	
  prova,	
  necessário,	
  no	
  caso,	
  para	
  a	
  
verificação	
  da	
  existência	
  ou	
  não	
  de	
  provas	
  ou	
  indícios	
  suficientes	
  à	
  
pronúncia	
  do	
  paciente	
  por	
  crimes	
  de	
  homicídios	
  que	
  lhe	
  são	
  imputados	
  
na	
  denúncia.	
  3.	
  Habeas	
  corpus	
  denegado.	
  (HC	
  104998,	
  Relator(a):	
  Min.	
  
DIAS	
  TOFFOLI,	
  Primeira	
  Turma,	
  julgado	
  em	
  14/12/2010,	
  DJe-­‐085	
  DIVULG	
  
06-­‐05-­‐2011	
  PUBLIC	
  09-­‐05-­‐2011	
  EMENT	
  VOL-­‐02517-­‐01	
  PP-­‐00083)	
  
Pacto	
  de	
  San	
  Jose	
  da	
  Costa	
  Rica	
  (Decr.	
  678/92)	
  
ArNgo	
  8º	
  –	
  Garan6as	
  judiciais	
  
4.	
  O	
  acusado	
  absolvido	
  por	
  sentença	
  transitada	
  em	
  
julgado	
  não	
  poderá	
  ser	
  submeNdo	
  a	
  novo	
  processo	
  
pelos	
  mesmos	
  fatos.	
  
Art.	
   5º,	
   §	
   2º,	
   CF/88	
   -­‐	
   Os	
   direitos	
   e	
   garanNas	
  
expressos	
   nesta	
   Cons6tuição	
   não	
   excluem	
   outros	
  
decorrentes	
   do	
   regime	
   e	
   dos	
   princípios	
   por	
   ela	
  
adotados,	
  ou	
  dos	
   tratados	
   internacionais	
  em	
  que	
  a	
  
República	
  FederaNva	
  do	
  Brasil	
  seja	
  parte.	
  
Art.	
   623,	
   CPP.	
   	
   A	
   revisão	
   poderá	
   ser	
   pedida	
   pelo	
  
próprio	
  réu	
  ou	
  por	
  procurador	
  legalmente	
  habilitado	
  
ou,	
   no	
   caso	
   de	
   morte	
   do	
   réu,	
   pelo	
   cônjuge,	
  
ascendente,	
  descendente	
  ou	
  irmão.	
  
Revisão	
  criminal	
  é	
  exclusiva	
  a	
  favor	
  do	
  condenado.	
  
Não	
  existe	
  revisão	
  criminal	
  pro	
  societa.	
  
Homônimo	
  =	
  erro	
  material	
  =	
  sentença	
  
inexistente	
  (RT	
  691/323)	
  
Efeitos	
  da	
  exNnção	
  da	
  punibilidade	
  pela	
  morte:	
  
ex6ngue	
  todos	
  os	
  efeitos	
  penais	
  da	
  sentença	
  
condenatória,	
  principais	
  e	
  secundários.	
  
Pena	
  de	
  multa:	
  é	
  pena	
  criminal,	
  portanto	
  estará	
  
ex6nta,	
  não	
  se	
  transmite	
  aos	
  herdeiros.	
  
	
  
Art.	
  5º,	
  XLV,	
  CF/88	
  -­‐	
  nenhuma	
  pena	
  passará	
  da	
  
pessoa	
  do	
  condenado,	
  podendo	
  a	
  obrigação	
  de	
  
reparar	
   o	
   dano	
   e	
   a	
   decretação	
   do	
   perdimento	
  
de	
   bens	
   ser,	
   nos	
   termos	
   da	
   lei,	
   estendidas	
   aos	
  
sucessores	
  e	
  contra	
  eles	
  executadas,	
  até	
  o	
  limite	
  
do	
  valor	
  do	
  patrimônio	
  transferido;	
  
	
  
	
  
2- Anistia, graça ou indulto 
Anistia: ato legislativo do CN, com sanção do PR 
 
Graça: benefício individual, concedido pelo PR (tb. 
chamado de indulto individual) 
Indulto: de caráter coletivo, concedido 
espontaneamente pelo PR 
AnisNa	
  própria:	
  antes	
  da	
  condenação	
  
Ex.:	
   Governo	
   Jucelino	
   Kubistchek,	
   com	
   relação	
   aos	
  
revoltosos	
  de	
  Aragarças	
  e	
  Jacareacanga	
  (militares	
  da	
  
aeronáuXca	
  que	
  tentaram	
  um	
  golpe	
  de	
  Estado)	
  
AnisNa	
  imprópria:	
  depois	
  da	
  condenação	
  
Ex.:	
  Lei	
  de	
  anisXa	
  (15/08/79)	
  para	
  os	
  condenados	
  por	
  
crime	
   políXco,	
   enquadrados	
   na	
   LSN,	
   no	
   regime	
  
militar.	
  
	
  
ANISTIA:	
  formas	
  de	
  classificação	
  
AnisNa	
  restrita	
  (ou	
  parcial):	
  limitada	
  a	
  determinado	
  
autores	
  de	
  crimes	
  específicos.	
  
Ex.:	
  anisXa	
  que	
  só	
  aXnge	
  réus	
  primários.	
  
AnisNa	
  ampla	
  (geral,	
  plena	
  ou	
  irrestrita):	
  concedida	
  a	
  
todos	
   os	
   autores	
   do	
   delito,	
   sem	
   limitações	
   de	
  
qualquer	
  espécie.	
  
Ex.:	
  Lei	
  da	
  anisXa	
  de	
  1979.	
  
AnisNa	
  incondicionada:	
  não	
  há	
  imposição	
  de	
  
qualquer	
  requisito	
  para	
  sua	
  concessão	
  
AnisNa	
  condicionada:	
  são	
  estabelecidos	
  requisitos	
  
para	
  sua	
  concessão.	
  
Ex.:	
  obrigação	
  de	
  reparar	
  o	
  dano;	
  deposição	
  de	
  
armas.	
  
AnisNa	
  comum:	
  concedida	
  em	
  delitos	
  comuns	
  
AnisNa	
  especial:	
  concedida	
  para	
  crimes	
  polí6cos	
  
Art.	
   48,	
   CF/88.	
   Cabe	
   ao	
   Congresso	
  Nacional,	
   com	
   a	
  
sanção	
  do	
  Presidente	
  da	
  República,	
  não	
  exigida	
  esta	
  
para	
   o	
   especificado	
   nos	
   arts.	
   49,	
   51	
   e	
   52,	
   dispor	
  
sobre	
   todas	
   as	
   matérias	
   de	
   competência	
   da	
   União,	
  
especialmente	
  sobre:	
  
(…)	
  
	
  VIII	
  -­‐	
  concessão	
  de	
  anis6a;	
  
Competência:	
  AnisNa	
  =	
  Lei	
  Federal	
  
Art.	
  21,	
  CF/88.	
  Compete	
  à	
  União:	
  
(…)	
  
XVII	
  -­‐	
  conceder	
  anis6a;	
  
Procedimento	
  para	
  exNnção	
  da	
  punibilidade	
  
pela	
  concessão	
  da	
  anisNa	
  
Art.	
  187,	
  LEP.	
  Concedida	
  a	
  anis6a,	
  o	
   Juiz,	
  de	
  odcio,	
  a	
  
requerimento	
   do	
   interessado	
   ou	
   do	
   Ministério	
  
Público,	
  por	
  proposta	
  da	
  autoridade	
  administra6va	
  ou	
  
do	
   Conselho	
   Penitenciário,	
   declarará	
   ex6nta	
   a	
  
punibilidade.	
  
Limitação	
  cons6tucional	
  à	
  anis6a	
  
Art.	
   5º,	
   XLIII,	
   CF/88	
   -­‐	
   a	
   lei	
   considerará	
   crimes	
  
inafiançáveis	
  e	
  insusce|veis	
  de	
  graça	
  ou	
  anis6a	
  a	
  
prá6ca	
   da	
   tortura	
   ,	
   o	
   tráfico	
   ilícito	
   de	
  
entorpecentes	
   e	
   drogas	
   afins,	
   o	
   terrorismo	
   e	
   os	
  
definidos	
   como	
   crimes	
   hediondos,	
   por	
   eles	
  
respondendo	
   os	
  mandantes,	
   os	
   executores	
   e	
   os	
  
que,	
  podendo	
  evitá-­‐los,	
  se	
  omi6rem;	
  
Tortura:	
  Lei	
  nº	
  9.455/97	
  
Tráfico	
  de	
  entorpecentes:	
  Lei	
  nº	
  11.343/06	
  
Terrorismo:	
  Art.	
  20,	
  Lei	
  7.170/83	
  –	
  LSN	
  (majoritário)	
  
Crimes	
  Hediondos:	
  Lei	
  8.072/90	
  
-­‐	
  Anis6a	
  pode	
  ser	
  revogada	
  ?	
  	
  
Art.	
  5º,	
  XL,	
  CF/88	
  -­‐	
  a	
  lei	
  penal	
  não	
  retroagirá,	
  salvo	
  
para	
  beneficiar	
  o	
  réu;	
  
Comissão	
   da	
   verdade	
   instalada	
   no	
   Governo	
   Dilma	
  
para	
  apurar	
  os	
  fatos	
  pra6cados	
  na	
  época	
  do	
  regime	
  
militar	
  ??	
  
Efeitos	
  da	
  anisNa	
  
Não	
   gera	
   reincidência,	
   abolindo	
   todos	
   os	
   efeitos	
  
penais.	
  Mas	
   não	
   afeta	
   a	
   responsabilidade	
   civil	
   pelos	
  
danos	
  causados.	
  	
  
Ex.:	
  ações	
  de	
  indenização	
  contra	
  oEstado	
  movida	
  por	
  
familiares	
  das	
  víXmas	
  do	
  regime	
  militar	
  
Graça	
  (ou	
  indulto	
  individual)	
  
Competência:	
  Presidente	
  da	
  República	
  
	
  
Pressuposto:	
  Condenação	
  criminal	
  
Art.	
   84,	
   CF/88.	
   Compete	
   priva6vamente	
   ao	
  
Presidente	
  da	
  República:	
  
(…)	
  
XII	
   -­‐	
   conceder	
   indulto	
   e	
   comutar	
   penas,	
   com	
  
audiência,	
   se	
   necessário,	
   dos	
   órgãos	
   ins6tuídos	
   em	
  
lei;	
  
Art.	
  64,	
  LEP.	
  Ao	
  Conselho	
  Nacional	
  de	
  PolíNca	
  Criminal	
  
e	
   Penitenciária,	
   no	
   exercício	
   de	
   suas	
   a6vidades,	
   em	
  
âmbito	
  federal	
  ou	
  estadual,	
  incumbe:	
  
I	
   -­‐	
   propor	
   diretrizes	
   da	
   polí6ca	
   criminal	
   quanto	
   à	
  
prevenção	
  do	
  delito,	
  administração	
  da	
   Jus6ça	
  Criminal	
  
e	
  execução	
  das	
  penas	
  e	
  das	
  medidas	
  de	
  segurança;	
  
II	
   -­‐	
   contribuir	
   na	
   elaboração	
   de	
   planos	
   nacionais	
   de	
  
desenvolvimento,	
   sugerindo	
  as	
  metas	
  e	
  prioridades	
  da	
  
polí6ca	
  criminal	
  e	
  penitenciária;	
  
III	
  -­‐	
  promover	
  a	
  avaliação	
  periódica	
  do	
  sistema	
  criminal	
  
para	
  a	
  sua	
  adequação	
  às	
  necessidades	
  do	
  País;	
  
	
  
Procedimento	
  para	
  concessão	
  da	
  graça	
  (ou	
  indulto	
  
individual)	
  –	
  art.	
  188/192,	
  LEP	
  e	
  art.	
  734/740,	
  CPP	
  
Pe6ção	
  do	
  condenado,	
  MP,	
  
conselho	
  penitenciário	
  ou	
  
autoridade	
  administra6va	
  	
  
Parecer	
  do	
  Conselho	
  
Penitenciário	
  
Ministério	
  da	
  Jus6ça	
  
Presidente	
  da	
  
República	
  
rejeita	
   concede	
  
Decreto	
  
Presidencial	
  
Juiz	
  da	
  Execução	
  
Indulto	
  
Tem	
  caráter	
  cole6vo	
  e	
  é	
  concedido	
  espontaneamente	
  
pelo	
  Presidente	
  da	
  República	
  
Competência:	
  Presidente	
  da	
  República	
  
	
  
Pressuposto:	
  condenação	
  criminal	
  
Art.	
  84,	
  CF/88.	
  Compete	
  priva6vamente	
  ao	
  Presidente	
  
da	
  República:	
  
(…)	
  
XII	
  -­‐	
  conceder	
  indulto	
  e	
  comutar	
  penas,	
  com	
  audiência,	
  
se	
  necessário,	
  dos	
  órgãos	
  ins6tuídos	
  em	
  lei;	
  
INDULTO:	
  Formas	
  de	
  classificação	
  
Indulto	
  pleno:	
  ex6ngue	
  totalmente	
  a	
  pena	
  
Indulto	
  parcial:	
  impõe	
  a	
  diminuição	
  da	
  pena	
  ou	
  a	
  
comutação	
  
Procedimento	
  para	
  o	
  Indulto	
  (coleNvo)	
  
Art.	
   193,	
   LEP.	
   Se	
   o	
   sentenciado	
   for	
   beneficiado	
   por	
  
indulto	
   cole6vo,	
   o	
   Juiz,	
   de	
   odcio,	
   a	
   requerimento	
   do	
  
interessado,	
   do	
   Ministério	
   Público,	
   ou	
   por	
   inicia6va	
   do	
  
Conselho	
   Penitenciário	
   ou	
   da	
   autoridade	
   administra6va,	
  
providenciará	
   de	
   acordo	
   com	
   o	
   disposto	
   no	
   ar6go	
  
anterior.	
  
Art.	
  192,	
  LEP.	
  Concedido	
  o	
   indulto	
  e	
  anexada	
  aos	
  autos	
  
cópia	
   do	
   decreto,	
   o	
   Juiz	
   declarará	
   ex6nta	
   a	
   pena	
   ou	
  
ajustará	
  a	
  execução	
  aos	
   termos	
  do	
  decreto,	
  no	
  caso	
  de	
  
comutação.	
  
Questão	
  do	
  indulto	
  para	
  crimes	
  hediondos	
  e	
  assemelhados	
  
Art.	
   5º,	
   XLIII,	
   CF/88	
   -­‐	
   a	
   lei	
   considerará	
   crimes	
  
inafiançáveis	
   e	
   insusceyveis	
   de	
   graça	
   ou	
   anisNa	
   a	
  
prá6ca	
  da	
   tortura	
   ,	
  o	
   tráfico	
   ilícito	
  de	
  entorpecentes	
  e	
  
drogas	
   afins,	
   o	
   terrorismo	
  e	
   os	
   definidos	
   como	
   crimes	
  
hediondos,	
   por	
   eles	
   respondendo	
   os	
   mandantes,	
   os	
  
executores	
  e	
  os	
  que,	
  podendo	
  evitá-­‐los,	
  se	
  omi6rem;	
  
Art.	
  2º,	
  Lei	
  8.072/90.	
  Os	
  crimes	
  hediondos,	
  a	
  prá6ca	
  da	
  
tortura,	
  o	
  tráfico	
  ilícito	
  de	
  entorpecentes	
  e	
  drogas	
  afins	
  e	
  
o	
  terrorismo	
  são	
  insusceyveis	
  de:	
  
I	
  -­‐	
  anisNa,	
  graça	
  e	
  indulto;	
  
	
  
Indulto	
  de	
  natal	
  e	
  evasão	
  prisional	
  
-­‐	
   Aproximadamente	
   5%	
   não	
   retornam	
   ao	
   sistema	
  
prisional	
  
-­‐	
  Apesar	
  das	
  más	
  condições	
  do	
  sistema	
  prisonal	
  95%	
  
retornam	
  !!	
  
3-­‐	
  Aboli6o	
  criminis:	
  Lei	
  posterior	
  que	
  deixa	
  de	
  considerar	
  
o	
  fato	
  criminoso.	
  
Previsão	
  consNtucional	
  
Art.	
  5º,	
  XL,	
  CF/88	
  -­‐	
  a	
  lei	
  penal	
  não	
  retroagirá,	
  salvo	
  
para	
  beneficiar	
  o	
  réu;	
  
Previsão	
  legal	
  
Art.	
   2º,	
   CP	
   -­‐	
   Ninguém	
  pode	
   ser	
   punido	
   por	
   fato	
   que	
   lei	
  
posterior	
  deixa	
  de	
  considerar	
  crime,	
  cessando	
  em	
  virtude	
  
dela	
   a	
   execução	
   e	
   os	
   efeitos	
   penais	
   da	
   sentença	
  
condenatória.	
  	
  
Parágrafo	
  único	
   -­‐	
  A	
   lei	
  posterior,	
  que	
  de	
  qualquer	
  modo	
  
favorecer	
   o	
   agente,	
   aplica-­‐se	
   aos	
   fatos	
   anteriores,	
   ainda	
  
que	
   decididos	
   por	
   sentença	
   condenatória	
   transitada	
   em	
  
julgado.	
  
Competência	
  para	
  ex6nção	
  da	
  punibilidade	
  pela	
  aboliXo	
  
criminis:	
  
-­‐	
   Se	
   o	
   processo	
   esNver	
   em	
   andamento:	
   Juiz	
   de	
   1ª	
  
instância	
   (art.	
  61,	
  CPP:	
  Em	
  qualquer	
   fase	
  do	
  processo,	
  o	
  
juiz,	
  se	
  reconhecer	
  exXnta	
  a	
  punibilidade,	
  deverá	
  declará-­‐
lo	
  de	
  odcio.)	
  
-­‐	
  Se	
  o	
  processo	
  esNver	
  em	
  grau	
  de	
  recurso:	
  Tribunal	
  
-­‐	
  Se	
  já	
  ocorreu	
  o	
  trânsito	
  em	
  julgado…	
  
…	
  Competência	
  pela	
  aboliXo	
  criminis:	
  
-­‐	
  Se	
  já	
  ocorreu	
  o	
  trânsito	
  em	
  julgado:	
  juízo	
  da	
  execução	
  
(art.	
  66,	
  II,	
  LEP;	
  art.	
  13,	
  LICPP,	
  Súm.	
  611,	
  STF)	
  
Art.	
  66,	
  CPP:	
  Compete	
  ao	
  Juiz	
  da	
  execução:	
  
II	
  -­‐	
  declarar	
  ex6nta	
  a	
  punibilidade;	
  
Art.	
  13,	
  LICPP.	
  A	
  aplicação	
  da	
  lei	
  nova	
  a	
  fato	
  julgado	
  por	
  
sentença	
  condenatória	
  irrecorrivel,	
  nos	
  casos	
  previstos	
  
noo	
  art.	
  2º	
  e	
  seu	
  parágrafo,	
  do	
  Código	
  Penal,	
  far-­‐se-­‐á	
  
mediante	
  despacho	
  do	
  juiz,	
  de	
  odcio,	
  ou	
  a	
  
requerimento	
  do	
  condenado	
  ou	
  do	
  Ministério	
  Público.	
  
Súmula	
  611,	
  STF:	
  Transitada	
  em	
  julgado	
  a	
  sentença	
  
condenatória,	
  compete	
  ao	
  juízo	
  das	
  execuções	
  a	
  aplicação	
  
de	
  lei	
  mais	
  benigna.	
  
Efeitos	
  da	
  aboli6o	
  criminis	
  
1-­‐	
  a	
  persecução	
  criminal	
  
ainda	
  não	
  se	
  iniciou	
  
O	
  Processo	
  não	
  pode	
  
ser	
  iniciado	
  
2-­‐	
  O	
  processo	
  está	
  
em	
  andamento	
  
Deve	
  ser	
  “trancado”	
  
mediante	
  declaração	
  da	
  
ex6nção	
  da	
  punibilidade	
  
3-­‐	
  Já	
  existe	
  sentença	
  
condenatóriacom	
  
trânsito	
  em	
  julgado	
  
A	
  pena	
  não	
  poderá	
  ser	
  
executada,	
  ante	
  a	
  ex6nção	
  
da	
  punibilidade	
  
4-­‐	
  O	
  condenado	
  está	
  
cumprindo	
  a	
  pena	
  
Decretada	
  a	
  ex6nção	
  da	
  
punibilidade,	
  deve	
  ser	
  solto	
  
Os	
  efeitos	
  penais	
  são	
  afastados	
  com	
  o	
  reconhecimento	
  
da	
  aboliXo	
  criminis:	
  
-­‐  Reincidência	
  (art.	
  61,	
  I,	
  CP);	
  
-­‐  Impedimento	
  à	
  Suspensão	
  condicional	
  da	
  pena	
  (sursis)	
  
–	
  art.	
  77,	
  I,	
  CP;	
  
-­‐  	
  revogação	
  do	
  sursis	
  (	
  art.	
  81,	
  I,	
  CP);	
  
-­‐  Revogação	
  do	
  livramento	
  condicional	
  (art.	
  86,	
  I	
  e	
  II);	
  
-­‐  Suspensão	
  da	
  prescrição	
  da	
  pretensão	
  executória	
  (art.	
  
116,	
  par.	
  ún.);	
  
-­‐  Reabilitação	
  revogada	
  (art.	
  95);	
  
-­‐  Influência	
  sobre	
  a	
  exceção	
  da	
  verdade	
  no	
  crime	
  de	
  
calúnia	
  (art.	
  138,	
  §	
  3º)	
  
E	
  os	
  efeitos	
  extra-­‐penais	
  ??	
  
Art.	
  2º,	
  CP	
  -­‐	
  Ninguém	
  pode	
  ser	
  punido	
  por	
  fato	
  que	
  lei	
  
posterior	
   deixa	
   de	
   considerar	
   crime,	
   cessando	
   em	
  
virtude	
   dela	
   a	
   execução	
   e	
   os	
   efeitos	
   penais	
   da	
  
sentença	
  condenatória.	
  	
  
	
  
Portanto,	
  a	
  obrigação	
  de	
  ressarcir	
  os	
  prejuízos	
  
causados	
  pelo	
  dano	
  permanecem	
  intáctos	
  
Se	
  a	
  lei	
  nova,	
  trazendo	
  a	
  aboli6o	
  criminis	
  ainda	
  não	
  
entrou	
  em	
  vigor,	
  já	
  pode	
  ser	
  uNlizada	
  pelo	
  juiz	
  para	
  
exNnguir	
  a	
  punibilidade	
  ?	
  
-­‐  Sim,	
  pela	
  falta	
  de	
  interesse	
  social;	
  
-­‐  Não,	
  pois	
  ainda	
  não	
  possui	
  eficácia	
  e	
  ainda	
  não	
  
subs6tuiu	
  a	
  lei	
  an6ga	
  e,	
  eventualmente,	
  pode	
  ser	
  
revogada	
  antes	
  de	
  entrar	
  em	
  vigor	
  !!	
  
NP	
  em	
  branco	
  e	
  aboli6o	
  criminis	
  
Caso	
  do	
  cloreto	
  de	
  e6la	
  (lança-­‐perfume)	
  e	
  a	
  lei	
  de	
  
drogas.	
  
4-­‐	
  Prescrição,	
  decadência	
  e	
  perempção	
  
Prescrição: perda pelo Estado do direito de punir 
ou de executar a pena pelo decurso do prazo. 
 
Decadência: Perda do direito de ação ou de 
representação, pelo decurso do prazo estabelecido 
em lei. 
 
Perempção: desídia ou morte do querelante, nos 
casos previstos em lei. 
4.1-­‐	
  Decadência	
  
Perda do direito de ação ou de representação, 
pelo decurso do prazo estabelecido em lei. 
 
Prazo decadencial: 6 meses (regra) 
	
  
Decadência	
  do	
  direito	
  de	
  queixa	
  ou	
  de	
  representação	
  
Art.	
  103,	
  CP	
  -­‐	
  Salvo	
  disposição	
  expressa	
  em	
  contrário,	
  o	
  
ofendido	
  decai	
  do	
  direito	
  de	
  queixa	
  ou	
  de	
  representação	
  
se	
   não	
   o	
   exerce	
   dentro	
   do	
   prazo	
   de	
   6	
   (seis)	
   meses,	
  
contado	
  do	
  dia	
  em	
  que	
  veio	
  a	
  saber	
  quem	
  é	
  o	
  autor	
  do	
  
crime,	
  ou,	
  no	
  caso	
  do	
  §	
  3º	
  do	
  art.	
  100	
  deste	
  Código,	
  do	
  
dia	
   em	
   que	
   se	
   esgota	
   o	
   prazo	
   para	
   oferecimento	
   da	
  
denúncia.	
  	
  
Art.	
   38,	
   CPP.	
   	
   Salvo	
   disposição	
   em	
   contrário,	
   o	
  
ofendido,	
   ou	
   seu	
   representante	
   legal,	
   decairá	
   no	
  
direito	
   de	
   queixa	
   ou	
   de	
   representação,	
   se	
   não	
   o	
  
exercer	
  dentro	
  do	
  prazo	
  de	
  seis	
  meses,	
  contado	
  do	
  
dia	
   em	
  que	
   vier	
   a	
   saber	
  quem	
  é	
  o	
   autor	
  do	
   crime,	
  
ou,	
   no	
   caso	
  do	
   art.	
   29,	
   do	
  dia	
   em	
  que	
   se	
   esgotar	
   o	
  
prazo	
  para	
  o	
  oferecimento	
  da	
  denúncia.	
  
Prazo	
  decadencial	
  –	
  regra	
  (art.	
  103,	
  CP	
  e	
  38,	
  CPP)	
  
Ação Penal 
Pública 
Privada 
incondicionada 
condicionada 
Propriamente dita ou exclusiva 
personalíssima 
Subsidiária da pública 
Representação da vítima 
Requisição Min. Justiça 
denúncia 
queixa 
Representação	
  da	
  víNma	
  
Art.	
  100,	
  CP	
  -­‐	
  A	
  ação	
  penal	
  é	
  pública,	
  salvo	
  quando	
  a	
  
lei	
  expressamente	
  a	
  declara	
  priva6va	
  do	
  ofendido.	
  	
  
	
  
§	
   1º	
   -­‐	
   A	
   ação	
   pública	
   é	
   promovida	
   pelo	
   Ministério	
  
Público,	
   dependendo,	
   quando	
   a	
   lei	
   o	
   exige,	
   de	
  
representação	
   do	
   ofendido	
   ou	
   de	
   requisição	
   do	
  
Ministro	
  da	
  Jus6ça.	
  	
  
Exemplos	
  de	
  necessidade	
  de	
  representação	
  da	
  víNma	
  
Ameaça	
  
Art.	
  147,	
  CP	
  -­‐	
  Ameaçar	
  alguém,	
  por	
  palavra,	
  escrito	
  ou	
  
gesto,	
  ou	
  qualquer	
  outro	
  meio	
  simbólico,	
  de	
  causar-­‐lhe	
  
mal	
  injusto	
  e	
  grave:	
  
Pena	
  -­‐	
  detenção,	
  de	
  um	
  a	
  seis	
  meses,	
  ou	
  multa.	
  
Parágrafo	
  único	
  -­‐	
  Somente	
  se	
  procede	
  mediante	
  
representação.	
  
	
  
Art.	
  182,	
  CP	
  -­‐	
  Somente	
  se	
  procede	
  mediante	
  
representação,	
  se	
  o	
  crime	
  previsto	
  neste	
  |tulo	
  é	
  come6do	
  
em	
  prejuízo:	
  
I	
  -­‐	
  do	
  cônjuge	
  desquitado	
  ou	
  judicialmente	
  separado;	
  
II	
  -­‐	
  de	
  irmão,	
  legí6mo	
  ou	
  ilegí6mo;	
  
III	
  -­‐	
  de	
  6o	
  ou	
  sobrinho,	
  com	
  quem	
  o	
  agente	
  coabita.	
  
	
  
Art.	
  183	
  -­‐	
  Não	
  se	
  aplica	
  o	
  disposto	
  nos	
  dois	
  ar6gos	
  
anteriores:	
  
I	
  -­‐	
  se	
  o	
  crime	
  é	
  de	
  roubo	
  ou	
  de	
  extorsão,	
  ou,	
  em	
  geral,	
  
quando	
  haja	
  emprego	
  de	
  grave	
  ameaça	
  ou	
  violência	
  à	
  
pessoa;	
  
II	
  -­‐	
  ao	
  estranho	
  que	
  par6cipa	
  do	
  crime.	
  
III	
  –	
  se	
  o	
  crime	
  é	
  pra6cado	
  contra	
  pessoa	
  com	
  idade	
  igual	
  
ou	
  superior	
  a	
  60	
  (sessenta)	
  anos.	
  
Art.	
  88,	
  Lei	
  9.099/95	
  (JECrim).	
  Além	
  das	
  hipóteses	
  do	
  
Código	
  Penal	
  e	
  da	
  legislação	
  especial,	
  dependerá	
  de	
  
representação	
  a	
  ação	
  penal	
  relaNva	
  aos	
  crimes	
  de	
  
lesões	
  corporais	
  leves	
  e	
  lesões	
  culposas.	
  
Lesão	
  corporal	
  
	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  Art.	
  129,	
  CP.	
  Ofender	
  a	
  integridade	
  corporal	
  ou	
  a	
  
saúde	
  de	
  outrem:	
  
	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  Pena	
  -­‐	
  detenção,	
  de	
  três	
  meses	
  a	
  um	
  ano.	
  
Lesão	
  corporal	
  culposa	
  
	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  Art.	
  129,	
  §	
  6°,	
  CP.	
  Se	
  a	
  lesão	
  é	
  culposa:	
  
	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  Pena	
  -­‐	
  detenção,	
  de	
  dois	
  meses	
  a	
  um	
  ano.	
  
Onde	
  se	
  faz	
  a	
  representação	
  da	
  víNma	
  ?	
  
-­‐  Na	
  delegacia	
  de	
  polícia;	
  
-­‐  No	
  Ministério	
  Público	
  ou;	
  
-­‐  Diretamente	
  ao	
  magistrado	
  
Obs.:	
  deve	
  ficar	
  constando	
  por	
  escrito	
  o	
  desejo	
  da	
  víXma	
  
representar	
  contra	
  seuagressor.	
  O	
  simples	
  BoleXm	
  de	
  
Ocorrência,	
  sem	
  esta	
  declaração	
  de	
  vontade	
  da	
  víXma	
  
não	
  é	
  suficiente.	
  
É	
  possível,	
  após	
  fazer	
  a	
  representação,	
  a	
  víNma	
  se	
  
arrepender	
  e	
  se	
  retratar	
  ?	
  
Irretratabilidade	
  da	
  representação	
  
	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  Art.	
  102,	
  CP	
  -­‐	
  A	
  representação	
  será	
  irretratável	
  
depois	
  de	
  oferecida	
  a	
  denúncia.	
  	
  
Sim,	
  desde	
  que	
  ainda	
  não	
  tenha	
  sido	
  oferecida	
  denúncia.	
  
Art.	
  16,	
  Lei	
  11.340/06	
  (Violência	
  DomésNca).	
  	
  Nas	
  ações	
  
penais	
  públicas	
  condicionadas	
  à	
  representação	
  da	
  
ofendida	
  de	
  que	
  trata	
  esta	
  Lei,	
  só	
  será	
  admiNda	
  a	
  
renúncia	
  à	
  representação	
  perante	
  o	
  juiz,	
  em	
  audiência	
  
especialmente	
  designada	
  com	
  tal	
  finalidade,	
  antes	
  do	
  
recebimento	
  da	
  denúncia	
  e	
  ouvido	
  o	
  Ministério	
  Público.	
  
As	
  lesões	
  corporais	
  leves	
  do	
  CPM,	
  exige	
  
representação	
  do	
  ofendido	
  ?	
  
A	
  contravenção	
  penal	
  de	
  vias	
  de	
  fato	
  exige	
  
representação	
  do	
  ofendido	
  ?	
  
A	
  lesão	
  corporal	
  leve	
  praNcada	
  em	
  violência	
  
domésNca	
  contra	
  a	
  mulher	
  exige	
  representação	
  do	
  
ofendido	
  ?	
  
A	
  ADIN	
  4424	
  e	
  ADECON	
  19	
  entenderam	
  que	
  a	
  lesão	
  leve,	
  sendo	
  em	
  
violência	
  domés6ca,	
  será	
  de	
  ação	
  pública	
  incondicionada.	
  
Ação Penal 
Pública 
Privada 
incondicionada 
condicionada 
Propriamente dita ou exclusiva 
personalíssima 
Subsidiária da pública 
Representação da vítima 
Requisição Min. Justiça 
denúncia 
queixa 
Art.	
  100,	
  CP	
  -­‐	
  A	
  ação	
  penal	
  é	
  pública,	
  salvo	
  quando	
  a	
  
lei	
  expressamente	
  a	
  declara	
  privaNva	
  do	
  ofendido.	
  	
  
	
  
	
  	
  §	
  3º	
  -­‐	
  A	
  ação	
  de	
  inicia6va	
  privada	
  pode	
  intentar-­‐se	
  
nos	
  crimes	
  de	
  ação	
  pública,	
  se	
  o	
  Ministério	
  Público	
  
não	
  oferece	
  denúncia	
  no	
  prazo	
  legal.	
  	
  
	
  	
  	
  
§	
  4º	
  -­‐	
  No	
  caso	
  de	
  morte	
  do	
  ofendido	
  ou	
  de	
  ter	
  sido	
  
declarado	
  ausente	
  por	
  decisão	
  judicial,	
  o	
  direito	
  de	
  
oferecer	
  queixa	
  ou	
  de	
  prosseguir	
  na	
  ação	
  passa	
  ao	
  
cônjuge,	
  ascendente,	
  descendente	
  ou	
  irmão.	
  	
  
Exemplos	
  de	
  ação	
  penal	
  privada	
  
Art.	
  145,	
  CP	
  -­‐	
  Nos	
  crimes	
  previstos	
  neste	
  Capítulo	
  
somente	
  se	
  procede	
  mediante	
  queixa,	
  salvo	
  quando,	
  
no	
  caso	
  do	
  art.	
  140,	
  §	
  2º,	
  da	
  violência	
  resulta	
  lesão	
  
corporal.	
  
	
  	
  	
  	
  Parágrafo	
  único.	
  	
  Procede-­‐se	
  mediante	
  requisição	
  do	
  
Ministro	
  da	
  Jus6ça,	
  no	
  caso	
  do	
  inciso	
  I	
  do	
  caput	
  do	
  art.	
  
141	
  deste	
  Código,	
  e	
  mediante	
  representação	
  do	
  
ofendido,	
  no	
  caso	
  do	
  inciso	
  II	
  do	
  mesmo	
  ar6go,	
  bem	
  
como	
  no	
  caso	
  do	
  §	
  3o	
  do	
  art.	
  140	
  deste	
  Código.	
  
Induzimento	
  a	
  erro	
  essencial	
  e	
  ocultação	
  de	
  
impedimento	
  
	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  Art.	
  236,	
  CP	
  -­‐	
  Contrair	
  casamento,	
  induzindo	
  em	
  
erro	
  essencial	
  o	
  outro	
  contraente,	
  ou	
  ocultando-­‐lhe	
  
impedimento	
  que	
  não	
  seja	
  casamento	
  anterior:	
  
	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  Pena	
  -­‐	
  detenção,	
  de	
  seis	
  meses	
  a	
  dois	
  anos.	
  
	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  Parágrafo	
  único	
  -­‐	
  A	
  ação	
  penal	
  depende	
  de	
  queixa	
  
do	
  contraente	
  enganado	
  e	
  não	
  pode	
  ser	
  intentada	
  
senão	
  depois	
  de	
  transitar	
  em	
  julgado	
  a	
  sentença	
  que,	
  
por	
  mo6vo	
  de	
  erro	
  ou	
  impedimento,	
  anule	
  o	
  
casamento.	
  
Morte	
  do	
  ofendido	
  ou	
  declarado	
  ausente:	
  direito	
  de	
  
queixa	
  poderá	
  ser	
  exercído	
  pelo	
  CADI	
  
Art.	
  31,	
  CPP.	
  No	
  caso	
  de	
  morte	
  do	
  ofendido	
  ou	
  quando	
  
declarado	
  ausente	
  por	
  decisão	
  judicial,	
  o	
  direito	
  de	
  
oferecer	
  queixa	
  ou	
  prosseguir	
  na	
  ação	
  passará	
  ao	
  
cônjuge,	
  ascendente,	
  descendente	
  ou	
  irmão.	
  
Companheiro	
  ??	
  Sim	
  
Separado	
  judicialmente??	
  Sim	
  
Divorciado??	
  Não	
  
Art.	
  37,	
  CPP.	
  	
  As	
  fundações,	
  associações	
  ou	
  sociedades	
  
legalmente	
  cons6tuídas	
  poderão	
  exercer	
  a	
  ação	
  penal,	
  
devendo	
  ser	
  representadas	
  por	
  quem	
  os	
  respec6vos	
  
contratos	
  ou	
  estatutos	
  designarem	
  ou,	
  no	
  silêncio	
  
destes,	
  pelos	
  seus	
  diretores	
  ou	
  sócios-­‐gerentes.	
  
VíNma:	
  pessoa	
  jurídica	
  
-­‐  Menor	
  de	
  idade	
  =	
  representante	
  legal	
  que	
  
pode	
  exercer	
  o	
  direito	
  de	
  queixa;	
  
Art.	
  30,	
  CPP.	
  Ao	
  ofendido	
  ou	
  a	
  quem	
  tenha	
  
qualidade	
  para	
  representá-­‐lo	
  caberá	
  intentar	
  a	
  ação	
  
privada.	
  
Art.	
  5º,	
  CC.	
  A	
  menoridade	
  cessa	
  aos	
  dezoito	
  anos	
  
completos,	
  quando	
  a	
  pessoa	
  fica	
  habilitada	
  à	
  
prá6ca	
  de	
  todos	
  os	
  atos	
  da	
  vida	
  civil.	
  
Art.	
  34,	
  CPP.	
  	
  Se	
  o	
  ofendido	
  for	
  menor	
  de	
  21	
  
(vinte	
  e	
  um)	
  e	
  maior	
  de	
  18	
  (dezoito)	
  anos,	
  o	
  
direito	
  de	
  queixa	
  poderá	
  ser	
  exercido	
  por	
  ele	
  
ou	
  por	
  seu	
  representante	
  legal.	
  
	
  
Menor	
  de	
  idade:	
  Art.	
  34,	
  CPP	
  x	
  Art.	
  5º,	
  C.C.	
  
	
  
Representante	
  legal	
  do	
  menor	
  de	
  idade	
  deixa	
  de	
  
oferecer	
  representação	
  no	
  prazo	
  de	
  6	
  meses,	
  pode	
  
o	
  menor,	
  quando	
  completar	
  18	
  anos,	
  oferecer	
  a	
  
representação	
  ?	
  
Prazos	
  decadenciais	
  especiais	
  
A	
  Lei	
  de	
  Imprensa	
  –	
  Lei	
  5.250/67	
  –	
  cuja	
  parte	
  criminal	
  
está	
  suspensa	
  por	
  decisão	
  STF,	
  previa	
  um	
  prazo	
  de	
  3	
  
meses	
  para	
  oferecimento	
  da	
  queixa.	
  	
  
Crime	
  de	
  induzimento	
  a	
  erro	
  essencial	
  ao	
  matrimônio,	
  
o	
  prazo	
  de	
  6	
  meses	
  se	
  inicia	
  da	
  data	
  do	
  trânsito	
  em	
  
julgado	
  da	
  decisão	
  que	
  anulou	
  o	
  casamento	
  (art.	
  236,	
  
parágrafo	
  único,	
  CP).	
  	
  
Prazos	
  decadenciais	
  especiais	
  
Nos	
   crimes	
   contra	
   a	
   propriedade	
   industrial	
   o	
   prazo	
  
para	
  oferecimento	
  da	
  queixa	
  é	
  de	
  30	
  dias	
  da	
  data	
  da	
  
homologação	
  do	
  laudo	
  pericial	
  (art.	
  529,	
  CPP).	
  	
  
Se	
   a	
   ví6ma	
   tem	
  menos	
   de	
   18	
   anos	
   ou	
   é	
   incapaz,	
   os	
  
prazos	
   para	
   o	
   cônjuge,	
   ascendente,	
   descendente	
   ouirmão	
   são	
   independentes,	
   ou	
   seja,	
   6	
  meses	
  quando	
  o	
  
CADI	
  toma	
  conhecimento	
  da	
  autoria	
  do	
  fato	
  e	
  6	
  meses	
  
quando	
  a	
  ví6ma	
  completar	
  18	
  anos	
  (Súmula	
  594,	
  STF).	
  	
  
O	
  ajuizamento	
  da	
  queixa-­‐crime	
  feita	
  em	
  juízo	
  
incompetente	
  interrompe	
  o	
  prazo	
  decadencial	
  ?	
  
Sim,	
  pois	
  não	
  houve	
  inércia	
  do	
  querelante	
  
(precedentes	
  do	
  STJ)	
  
Depende,	
   se	
   o	
   juiz	
   recebeu	
   a	
   queixa	
   e	
   depois	
   se	
  
declarou	
  incompetente	
  deve-­‐se	
  interromper	
  o	
  prazo	
  e	
  
encaminhar	
   para	
   o	
   juízo	
   competente.	
  Mas,	
   se	
   o	
   juiz	
  
rejeitou	
   a	
   queixa	
   não	
   há	
   como	
   ser	
   interrompido	
   o	
  
prazo	
   decadencial,	
   pois	
   o	
   querelante	
   deve	
   ingressar	
  
com	
  nova	
  ação,	
  que	
  estará	
  fora	
  do	
  prazo.	
  
-­‐	
  Procuração	
  com	
  poderes	
  especiais	
  para	
  
ingressar	
  com	
  queixa-­‐crime	
  
Art.	
   44,	
   CPP.	
   	
   A	
   queixa	
   poderá	
   ser	
   dada	
   por	
  
procurador	
   com	
   poderes	
   especiais,	
   devendo	
  
constar	
   do	
   instrumento	
   do	
   mandato	
   o	
   nome	
   do	
  
querelante	
   e	
   a	
   menção	
   do	
   fato	
   criminoso,	
   salvo	
  
quando	
   tais	
   esclarecimentos	
   dependerem	
   de	
  
diligências	
   que	
   devem	
   ser	
   previamente	
   requeridas	
  
no	
  juízo	
  criminal.	
  
-­‐  Início	
  da	
  contagem	
  do	
  prazo	
  decadencial	
  
(art.	
  10,	
  CP)	
  
Contagem	
  de	
  prazo	
  
	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  Art.	
  10,	
  CP	
  -­‐	
  O	
  dia	
  do	
  começo	
  inclui-­‐se	
  no	
  
cômputo	
  do	
  prazo.	
  Contam-­‐se	
  os	
  dias,	
  os	
  meses	
  e	
  os	
  
anos	
  pelo	
  calendário	
  comum.	
  	
  
Obs.1:	
  Crime	
  conNnuado:	
  o	
  prazo	
  decadencial	
  é	
  contado	
  
separadamente	
  para	
  cada	
  delito.	
  
Crime	
  conNnuado	
  
Art.	
  71,	
  CP	
  -­‐	
  Quando	
  o	
  agente,	
  mediante	
  mais	
  de	
  uma	
  ação	
  ou	
  
omissão,	
  pra6ca	
  dois	
  ou	
  mais	
  crimes	
  da	
  mesma	
  espécie	
  e,	
  pelas	
  
condições	
  de	
  tempo,	
  lugar,	
  maneira	
  de	
  execução	
  e	
  outras	
  
semelhantes,	
  devem	
  os	
  subseqüentes	
  ser	
  havidos	
  como	
  con6nuação	
  
do	
  primeiro,	
  aplica-­‐se-­‐lhe	
  a	
  pena	
  de	
  um	
  só	
  dos	
  crimes,	
  se	
  idên6cas,	
  
ou	
  a	
  mais	
  grave,	
  se	
  diversas,	
  aumentada,	
  em	
  qualquer	
  caso,	
  de	
  um	
  
sexto	
  a	
  dois	
  terços.	
  	
  
Parágrafo	
  único	
  -­‐	
  Nos	
  crimes	
  dolosos,	
  contra	
  ví6mas	
  diferentes,	
  
come6dos	
  com	
  violência	
  ou	
  grave	
  ameaça	
  à	
  pessoa,	
  poderá	
  o	
  juiz,	
  
considerando	
  a	
  culpabilidade,	
  os	
  antecedentes,	
  a	
  conduta	
  social	
  e	
  a	
  
personalidade	
  do	
  agente,	
  bem	
  como	
  os	
  mo6vos	
  e	
  as	
  circunstâncias,	
  
aumentar	
  a	
  pena	
  de	
  um	
  só	
  dos	
  crimes,	
  se	
  idên6cas,	
  ou	
  a	
  mais	
  grave,	
  
se	
  diversas,	
  até	
  o	
  triplo,	
  observadas	
  as	
  regras	
  do	
  parágrafo	
  único	
  do	
  
art.	
  70	
  e	
  do	
  art.	
  75	
  deste	
  Código.	
  
Obs.2:	
  Crime	
  habitual:	
  o	
  prazo	
  decadencial	
  é	
  contado	
  a	
  
par6r	
  do	
  úl6mo	
  fato	
  pra6cado	
  pelo	
  agente.	
  
Exemplo:	
  
Curandeirismo	
  
Art.	
  284,	
  CP	
  -­‐	
  Exercer	
  o	
  curandeirismo:	
  
I	
  -­‐	
  prescrevendo,	
  ministrando	
  ou	
  aplicando,	
  
habitualmente,	
  qualquer	
  substância;	
  
II	
  -­‐	
  usando	
  gestos,	
  palavras	
  ou	
  qualquer	
  outro	
  meio;	
  
III	
  -­‐	
  fazendo	
  diagnós6cos:	
  
Pena	
  -­‐	
  detenção,	
  de	
  seis	
  meses	
  a	
  dois	
  anos.	
  
Parágrafo	
  único	
  -­‐	
  Se	
  o	
  crime	
  é	
  pra6cado	
  mediante	
  
remuneração,	
  o	
  agente	
  fica	
  também	
  sujeito	
  à	
  multa.	
  
4.2- Perempção 
Perempção	
   é	
   uma	
   sanção	
   aplicada	
   ao	
   querelante,	
  
consistente	
   na	
   perda	
   do	
   direito	
   de	
   prosseguir	
   na	
  
ação	
   penal	
   privada,	
   em	
   razão	
   de	
   sua	
   inércia	
   ou	
  
negligência	
  processual.	
  
	
  Somente	
  é	
  possível	
  após	
  o	
  início	
  da	
  ação	
  penal	
  e,	
  uma	
  
vez	
   reconhecida,	
   estende-­‐se	
   a	
   todos	
   os	
   autores	
   do	
  
delito.	
  
Obs. :	
   Somente	
   nas	
   ações	
   penais	
   pr ivadas	
  
propriamente	
   dita	
   (ou	
   exclusiva)	
   e	
   personalíssima.	
  
Não	
   se	
   aplica	
   nas	
   ações	
   penais	
   públicas	
   e	
   nem	
   na	
  
ação	
  penal	
  privada	
  subsidiária	
  da	
  pública.	
  
Ação Penal 
Pública 
Privada 
incondicionada 
condicionada 
Propriamente dita ou exclusiva 
personalíssima 
Subsidiária da pública 
Representação da vítima 
Requisição Min. Justiça 
denúncia 
queixa 
Art.	
  60,	
  CPP.	
  	
  Nos	
  casos	
  em	
  que	
  somente	
  se	
  procede	
  
mediante	
  queixa,	
  considerar-­‐se-­‐á	
  perempta	
  a	
  ação	
  penal:	
  
I	
  -­‐	
  quando,	
  iniciada	
  esta,	
  o	
  querelante	
  deixar	
  de	
  promover	
  o	
  
andamento	
  do	
  processo	
  durante	
  30	
  dias	
  seguidos;	
  
II	
  -­‐	
  quando,	
  falecendo	
  o	
  querelante,	
  ou	
  sobrevindo	
  sua	
  
incapacidade,	
  não	
  comparecer	
  em	
  juízo,	
  para	
  prosseguir	
  no	
  
processo,	
  dentro	
  do	
  prazo	
  de	
  60	
  (sessenta)	
  dias,	
  qualquer	
  
das	
  pessoas	
  a	
  quem	
  couber	
  fazê-­‐lo,	
  ressalvado	
  o	
  disposto	
  
no	
  art.	
  36;	
  
III	
  -­‐	
  quando	
  o	
  querelante	
  deixar	
  de	
  comparecer,	
  sem	
  moXvo	
  
jusXficado,	
  a	
  qualquer	
  ato	
  do	
  processo	
  a	
  que	
  deva	
  estar	
  
presente,	
  ou	
  deixar	
  de	
  formular	
  o	
  pedido	
  de	
  condenação	
  
nas	
  alegações	
  finais;	
  
IV	
  -­‐	
  quando,	
  sendo	
  o	
  querelante	
  pessoa	
  jurídica,	
  esta	
  se	
  
ex6nguir	
  sem	
  deixar	
  sucessor.	
  
Perempção 
Hipóteses (art. 60, CPP): 
 
1- querelante que deixa de dar andamento ao 
processo durante 30 dias seguidos; 
2- morte ou incapacidade do querelante, deixando 
“seus parentes” de assumir a ação em 60 dias; 
3- deixa de comparecer, sem motivo justificado, a 
qualquer ato do processo; 
Perempção 
4- deixa de formular pedido de condenação nas 
alegações finais; 
5- quando o querelante, pessoa jurídica, extingue-
se, sem deixar sucessor; 
6- morte do querelante nas ações penais privadas 
personalíssimas. 
Hipóteses (art. 60, CPP): 
 
1- querelante que deixa de dar andamento ao 
processo durante 30 dias seguidos; 
O	
   querelante	
   deve	
   ser	
   in6mado	
   para	
   que	
   tome	
  
providências	
   no	
   sen6do	
   de	
   dar	
   andamento	
   ao	
  
processo,	
   só	
   se	
   jus6ficando	
   a	
   decretação	
   de	
  
perempção	
  na	
  sua	
  inércia.	
  
Exemplos:	
  -­‐	
  deixa	
  de	
  pagar	
  despesas	
  do	
  processo;	
  
-­‐  Re6ra	
  os	
  autos	
  por	
  mais	
  de	
  30	
  dias	
  semdevolver;	
  
-­‐  Não	
  oferece	
  alegações	
  finais.	
  
•  Juiz	
  deve	
  verificar,	
  com	
  atenção,	
  antes	
  de	
  decretar	
  a	
  
perempção:	
  
-­‐  Se	
  o	
  querelante	
  foi	
  in6mado	
  pessoalmente	
  a	
  dar	
  
prosseguimento	
  na	
  ação;	
  
-­‐  Se	
  o	
  mo6vo	
  da	
  paralisação	
  não	
  cons6tuiu	
  força	
  
maior,	
  como	
  por	
  exemplo,	
  greve	
  os	
  funcionários	
  do	
  
Poder	
  Judiciário;	
  
-­‐  Se	
  a	
  desídia	
  foi	
  do	
  querelante	
  e	
  não	
  de	
  serventuário	
  
da	
  jus6ça	
  ou	
  do	
  próprio	
  querelado.	
  
No	
  caso	
  de	
  ação	
  penal	
  privada	
  subsidiária	
  da	
  pública	
  o	
  
que	
  acontece	
  se	
  o	
  querelante	
  deixa	
  de	
  dar	
  
andamento	
  na	
  ação	
  por	
  mais	
  de	
  30	
  dias	
  ?	
  
Art.	
   29,	
   CPP.	
   	
   Será	
   admi6da	
   ação	
   privada	
   nos	
  
crimes	
  de	
  ação	
  pública,	
  se	
  esta	
  não	
  for	
  intentada	
  
no	
   prazo	
   legal,	
   cabendo	
   ao	
   Ministério	
   Público	
  
aditar	
   a	
   queixa,	
   repudiá-­‐la	
   e	
   oferecer	
   denúncia	
  
subs6tu6va,	
   intervir	
   em	
   todos	
   os	
   termos	
   do	
  
processo,	
   fornecer	
   elementos	
  de	
  prova,	
   interpor	
  
recurso	
  e,	
  a	
  todo	
  tempo,	
  no	
  caso	
  de	
  negligência	
  
do	
   querelante,	
   retomar	
   a	
   ação	
   como	
   parte	
  
principal.	
  
Decorridos	
   os	
   trinta	
   dias,	
   deverá	
   ser	
   declarada	
   a	
  
perempção	
  e	
  a	
  ação	
  não	
  poderá	
  ser	
  reproposta.	
  Não	
  
se	
  deve	
  confundir	
  essa	
  regra	
  com	
  as	
  do	
  processo	
  civil,	
  
que	
   permitem	
   ao	
   autor	
   propor	
   novamente	
   a	
   ação	
  
quando	
  o	
  juiz	
  ex6ngue	
  o	
  processo	
  sem	
  julgamento	
  do	
  
mérito	
  (pela	
  não-­‐movimentação	
  do	
  mesmo),	
  hipótese	
  
em	
   que	
   só	
   será	
   decretada	
   a	
   perempção	
   no	
   CPC	
   na	
  
terceira	
  vez	
  em	
  que	
  tal	
  ex6nção	
  se	
  repe6r,	
  diferente	
  
portanto,	
  da	
  legislação	
  penal.	
  
Declarada	
  exNnta	
  a	
  punibilidade	
  pela	
  perempção	
  
pode	
  o	
  querelante	
  propor	
  nova	
  ação	
  ?	
  
Querelante	
  não	
  comparece	
  na	
  audiência	
  do	
  art.	
  520,	
  
CPP,	
  exNngue-­‐se	
  a	
  punibilidade	
  pela	
  perempção	
  ?	
  
Art.	
  519,	
  CPP.	
  	
  No	
  processo	
  por	
  crime	
  de	
  calúnia	
  ou	
  
injúria,	
  para	
  o	
  qual	
  não	
  haja	
  outra	
  forma	
  estabelecida	
  em	
  
lei	
  especial,	
  observar-­‐se-­‐á	
  o	
  disposto	
  nos	
  Capítulos	
  I	
  e	
  III,	
  
Titulo	
  I,	
  deste	
  Livro,	
  com	
  as	
  modificações	
  constantes	
  dos	
  
ar6gos	
  seguintes.	
  
	
  
Art.	
  520,	
  CPP.	
  	
  Antes	
  de	
  receber	
  a	
  queixa,	
  o	
  juiz	
  
oferecerá	
  às	
  partes	
  oportunidade	
  para	
  se	
  reconciliarem,	
  
fazendo-­‐as	
  comparecer	
  em	
  juízo	
  e	
  ouvindo-­‐as,	
  
separadamente,	
  sem	
  a	
  presença	
  dos	
  seus	
  advogados,	
  
não	
  se	
  lavrando	
  termo.	
  
Querelante	
  não	
  comparece	
  na	
  audiência	
  do	
  art.	
  520,	
  
CPP,	
  ex6ngue-­‐se	
  a	
  punibilidade	
  pela	
  perempção	
  ?	
  
Sim,	
  pois	
  seu	
  comparecimento	
  é	
  obrigatório	
  e	
  
determinado	
  por	
  lei.	
  
Não,	
  pois	
  ainda	
  não	
  existe	
  processo	
  regularmente	
  
instaurado	
  (ver	
  art.	
  363,	
  CPP:	
  O	
  processo	
  terá	
  completada	
  
a	
  sua	
  formação	
  quando	
  realizada	
  a	
  citação	
  do	
  acusado.)	
  
Esta	
  é	
  a	
  posição	
  do	
  STJ:	
  “o	
  não	
  comparecimento	
  do	
  
querelante	
  à	
  audiência	
  de	
  conciliação	
  prevista	
  no	
  art.	
  520,	
  
CPP	
  não	
  implica	
  na	
  ocorrência	
  da	
  perempção,	
  visto	
  que	
  
esta	
  pressupõe	
  a	
  existência	
  de	
  ação	
  penal	
  privada	
  em	
  
curso,	
  o	
  que	
  se	
  dá	
  apenas	
  com	
  o	
  devido	
  recebimento	
  da	
  
exordial	
  acusatória”	
  (Resp	
  605.871/SP,	
  DJ	
  14.06.2004)	
  
2- morte ou incapacidade do querelante, 
deixando “seus parentes” de assumir a ação em 
60 dias; 
Entende-­‐se	
   que	
   não	
   é	
   necessária	
   a	
   in6mação	
   dos	
  
parentes	
   do	
   querelante,	
   visto	
   a	
   impossibilidade	
   de	
   a	
  
jus6ça	
   penal	
   realizar	
   inves6gação	
   em	
   cada	
   caso	
  
concreto	
   para	
   o	
   descobrimento	
   de	
   parentes	
   do	
  
falecido.	
  	
  
Art.	
   31,	
   CPP.	
   	
   No	
   caso	
   de	
  morte	
   do	
   ofendido	
   ou	
  
quando	
   declarado	
   ausente	
   por	
   decisão	
   judicial,	
   o	
  
direito	
   de	
   oferecer	
   queixa	
   ou	
   prosseguir	
   na	
   ação	
  
passará	
   ao	
   cônjuge,	
   ascendente,	
   descendente	
   ou	
  
irmão.	
  
Art.	
  36,	
  CPP.	
  	
  Se	
  comparecer	
  mais	
  de	
  uma	
  pessoa	
  
com	
  direito	
  de	
  queixa,	
  terá	
  preferência	
  o	
  cônjuge,	
  
e,	
  em	
  seguida,	
  o	
  parente	
  mais	
  próximo	
  na	
  ordem	
  
de	
  enumeração	
  constante	
  do	
  art.	
  31,	
  podendo,	
  
entretanto,	
  qualquer	
  delas	
  prosseguir	
  na	
  ação,	
  caso	
  
o	
  querelante	
  desista	
  da	
  instância	
  ou	
  a	
  abandone.	
  
Obs.1:	
  Assim,	
  sob	
  o	
  prisma	
  da	
  ação	
  penal,	
  a	
  subs6tuição	
  
é	
  uma	
  condição	
  de	
  prosseguibilidade.	
  Não	
  sa6sfeita	
  
essa	
  condição,	
  a	
  ação	
  está	
  perempta.	
  
	
  
	
  
Obs.2:Veja-­‐se	
  que,	
  nos	
  termos	
  do	
  art.	
  36	
  do	
  Código	
  de	
  
Processo	
  Penal,	
  se	
  após	
  a	
  subsNtuição	
  houver	
  
desistência	
  por	
  parte	
  do	
  novo	
  querelante,	
  os	
  outros	
  
sucessores	
  poderão	
  prosseguir	
  na	
  ação.	
  
3- deixa de comparecer, sem motivo justificado, a 
qualquer ato do processo; 
A	
  ausência	
  do	
  querelante	
  a	
  qualquer	
  ato	
  do	
  processo	
  
(desde	
  que	
  sua	
  presença	
  seja	
  essencial)	
  
Obs.:	
   basicamente	
   não	
   há	
   casos	
   em	
  que	
  o	
   querelante	
  
deva	
  estar	
  presente,	
  mas	
  se	
  ele	
  e	
  seu	
  defensor	
  faltam	
  à	
  
audiência,	
   sem	
   jus6fica6va,	
   é	
   caso	
   de	
   ex6nção	
   da	
  	
  
punibilidade	
   pela	
   perempção	
   ou	
   também	
   quando	
  
in6mado	
   para	
   prestar	
   depoimento	
   em	
   juízo	
   e	
   falta	
   à	
  
audiência.	
  
4- deixa de formular pedido de condenação nas 
alegações finais; 
“Alegações	
  finais”	
  era	
  a	
  úl6ma	
  manifestação	
  do	
  
querelante	
  na	
  ação	
  penal	
  antes	
  da	
  manifestação	
  do	
  
querelado	
  e	
  da	
  sentença.	
  Com	
  a	
  Lei	
  11.719/08	
  que	
  
alterou	
  os	
  ritos	
  do	
  CPP	
  esta	
  nomenclatura	
  sofreu	
  
algumas	
  alterações.	
  
Procedimento	
  ordinário	
  
Art.	
  404,	
  CPP.	
  	
  Ordenado	
  diligência	
  considerada	
  
imprescindível,	
  de	
  odcio	
  ou	
  a	
  requerimento	
  da	
  parte,	
  
a	
  audiência	
  será	
  concluída	
  sem	
  as	
  alegações	
  
finais.	
  (Redação	
  dada	
  pela	
  Leinº	
  11.719,	
  de	
  2008).	
  
	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  Parágrafo	
  único.	
  	
  Realizada,	
  em	
  seguida,	
  a	
  
diligência	
  determinada,	
  as	
  partes	
  apresentarão,	
  no	
  
prazo	
  sucessivo	
  de	
  5	
  (cinco)	
  dias,	
  suas	
  alegações	
  
finais,	
  por	
  memorial,	
  e,	
  no	
  prazo	
  de	
  10	
  (dez)	
  dias,	
  o	
  
juiz	
  proferirá	
  a	
  sentença.	
  
Procedimento	
  Sumário	
  
Art.	
  534,	
  CPP.	
  	
  As	
  alegações	
  finais	
  serão	
  orais,	
  
concedendo-­‐se	
  a	
  palavra,	
  respec6vamente,	
  à	
  acusação	
  e	
  à	
  
defesa,	
  pelo	
  prazo	
  de	
  20	
  (vinte)	
  minutos,	
  prorrogáveis	
  por	
  
mais	
  10	
  (dez),	
  proferindo	
  o	
  juiz,	
  a	
  seguir,	
  
sentença.	
  (Redação	
  dada	
  pela	
  Lei	
  nº	
  11.719,	
  de	
  2008).	
  
	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  §	
  1o	
  	
  Havendo	
  mais	
  de	
  um	
  acusado,	
  o	
  tempo	
  previsto	
  
para	
  a	
  defesa	
  de	
  cada	
  um	
  será	
  individual.	
  
(Incluído	
  pela	
  Lei	
  nº	
  11.719,	
  de	
  2008).	
  
	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  §	
  2o	
  	
  Ao	
  assistente	
  do	
  Ministério	
  Público,	
  após	
  a	
  
manifestação	
  deste,	
  serão	
  concedidos	
  10	
  (dez)	
  minutos,	
  
prorrogando-­‐se	
  por	
  igual	
  período	
  o	
  tempo	
  de	
  
manifestação	
  da	
  defesa.	
  
(Incluído	
  pela	
  Lei	
  nº	
  11.719,	
  de	
  2008).	
  
Procedimento	
  Sumaríssimo	
  
Art.	
  81,	
  Lei	
  9.099/95	
  (JECrim).	
  Aberta	
  a	
  audiência,	
  será	
  
dada	
  a	
  palavra	
  ao	
  defensor	
  para	
  responder	
  à	
  acusação,	
  
após	
  o	
  que	
  o	
  Juiz	
  receberá,	
  ou	
  não,	
  a	
  denúncia	
  ou	
  queixa;	
  
havendo	
  recebimento,	
  serão	
  ouvidas	
  a	
  ví6ma	
  e	
  as	
  
testemunhas	
  de	
  acusação	
  e	
  defesa,	
  interrogando-­‐se	
  a	
  
seguir	
  o	
  acusado,	
  se	
  presente,	
  passando-­‐se	
  
imediatamente	
  aos	
  debates	
  orais	
  e	
  à	
  prolação	
  da	
  
sentença.	
  
4- deixa de formular pedido de condenação nas 
alegações finais; 
Obs.3:	
  Tratando-­‐se	
  de	
  dois	
  crimes	
  e	
  havendo	
  pedido	
  de	
  
condenação	
  somente	
  em	
  relação	
  a	
  um,	
  haverá	
  perempção	
  
em	
  relação	
  ao	
  outro.	
  
Obs.1:	
  Alegações	
  finais,	
  memoriais	
  ou	
  debates	
  orais	
  devem	
  
ser	
  entendidos	
  como	
  expressões	
  sinônimas	
  para	
  os	
  fins	
  do	
  
art.	
  60,	
  CPP	
  
Obs.2:	
  Deve	
  haver	
  o	
  pedido	
  expresso	
  de	
  “condenação”;	
  o	
  
simples	
  pedido	
  de	
  “jusNça”	
  pode	
  levar	
  à	
  perempção.	
  Deve	
  
haver	
  bom-­‐senso	
  do	
  magistrado	
  caso	
  todo	
  o	
  conteúdo	
  das	
  
alegações	
  foram	
  no	
  sen6do	
  de	
  condenação,	
  mas	
  para	
  quê	
  
correr	
  o	
  risco	
  ?	
  
5- quando o querelante, pessoa jurídica, 
extingue-se, sem deixar sucessor; 
Obs.:	
  se	
  a	
  empresa	
  for	
  incorporada	
  por	
  outra	
  ou	
  apenas	
  
alterada	
  a	
  razão	
  social,	
  poderá	
  haver	
  o	
  prosseguimento	
  
da	
  ação.	
  
Art.	
   37,	
   CPP.	
   	
   As	
   fundações,	
   associações	
   ou	
  
sociedades	
   legalmente	
   cons6tuídas	
   poderão	
  
exercer	
   a	
   ação	
   penal,	
   devendo	
   ser	
   representadas	
  
por	
   quem	
   os	
   respec6vos	
   contratos	
   ou	
   estatutos	
  
designarem	
   ou,	
   no	
   silêncio	
   destes,	
   pelos	
   seus	
  
diretores	
  ou	
  sócios-­‐gerentes.	
  
6- morte do querelante nas ações penais privadas 
personalíssimas. 
Entende-­‐se,	
  também,	
  que	
  na	
  ação	
  penal	
  
PERSONALÍSSIMA	
  do	
  crime	
  de	
  induzimento	
  a	
  erro	
  
essencial	
  e	
  ocultação	
  de	
  impedimento	
  (art.	
  236,	
  CP),	
  a	
  
morte	
  do	
  querelante	
  impede	
  o	
  prosseguimento	
  da	
  ação	
  
penal.	
  	
  
	
  
Qual	
  a	
  diferença	
  entre	
  decadência	
  e	
  perempção	
  ?	
  
A	
  decadência	
  a6nge	
  o	
  direito	
  de	
  iniciar	
  a	
  ação	
  penal;	
  a	
  
perempção,	
  o	
  de	
  nela	
  prosseguir.	
  
5.1- Renúncia ao direito de queixa 
•  É o ato pelo qual o ofendido abre mão do direito 
de oferecer a queixa. 
•  Antes do início da ação penal 
 
•  Contra um dos ofensores aproveita a todos 
Art.	
  49,	
  CPP.	
  	
  A	
  renúncia	
  ao	
  exercício	
  do	
  direito	
  de	
  
queixa,	
  em	
  relação	
  a	
  um	
  dos	
  autores	
  do	
  crime,	
  a	
  todos	
  
se	
  estenderá.	
  
5.1- Renúncia ao direito de queixa 
-­‐  É	
  irretratável;	
  
-­‐  Apenas	
  o	
  6tular	
  do	
  direito	
  de	
  queixa	
  pode	
  renunciar;	
  
-­‐  Havendo	
  2	
  ou	
  mais	
  ví6mas,	
  a	
  renúncia	
  por	
  parte	
  de	
  
uma	
  NÃO	
  a6nge	
  o	
  direito	
  da	
  outra	
  oferecer	
  queixa.	
  
Renúncia pode ser: Expressa ou tácita 
Art.	
  50,	
  CPP.	
  	
  A	
  renúncia	
  expressa	
  constará	
  de	
  declaração	
  
assinada	
  pelo	
  ofendido,	
  por	
  seu	
  representante	
  legal	
  ou	
  
procurador	
  com	
  poderes	
  especiais.	
  	
  	
  
Art.	
  57,	
  CPP.	
  	
  A	
  renúncia	
  tácita	
  e	
  o	
  perdão	
  tácito	
  
admi6rão	
  todos	
  os	
  meios	
  de	
  prova.	
  
Renúncia	
  expressa	
  ou	
  tácita	
  do	
  direito	
  de	
  queixa	
  
	
  Art.	
  104,	
  CP	
  -­‐	
  O	
  direito	
  de	
  queixa	
  não	
  pode	
  ser	
  exercido	
  
quando	
  renunciado	
  expressa	
  ou	
  tacitamente.	
  	
  	
  	
  
	
  Parágrafo	
  único	
  -­‐	
  Importa	
  renúncia	
  tácita	
  ao	
  direito	
  de	
  
queixa	
  a	
  prá6ca	
  de	
  ato	
  incompa|vel	
  com	
  a	
  vontade	
  de	
  
exercê-­‐lo;	
  não	
  a	
  implica,	
  todavia,	
  o	
  fato	
  de	
  receber	
  o	
  
ofendido	
  a	
  indenização	
  do	
  dano	
  causado	
  pelo	
  crime.	
  	
  
Renúncia	
  expressa	
  ou	
  tácita	
  do	
  direito	
  de	
  queixa	
  
	
  Art.	
  104,	
  CP	
  -­‐	
  O	
  direito	
  de	
  queixa	
  não	
  pode	
  ser	
  
exercido	
  quando	
  renunciado	
  expressa	
  ou	
  tacitamente.	
  	
  	
  	
  
	
  Parágrafo	
  único	
  -­‐	
  Importa	
  renúncia	
  tácita	
  ao	
  direito	
  
de	
  queixa	
  a	
  prá6ca	
  de	
  ato	
  incompa|vel	
  com	
  a	
  
vontade	
  de	
  exercê-­‐lo;	
  não	
  a	
  implica,	
  todavia,	
  o	
  fato	
  
de	
  receber	
  o	
  ofendido	
  a	
  indenização	
  do	
  dano	
  
causado	
  pelo	
  crime.	
  	
  
Obs.: recebimento de indenização não implica 
em renúncia, salvo art. 74, parágrafo único, Lei 
9.099/95	
  
Art.	
  74,	
  Lei	
  9.099/95	
  (JECrim).	
  A	
  composição	
  dos	
  danos	
  
civis	
  será	
  reduzida	
  a	
  escrito	
  e,	
  homologada	
  pelo	
  Juiz	
  
mediante	
  sentença	
  irrecorrível,	
  terá	
  eficácia	
  de	
  |tulo	
  a	
  
ser	
  executado	
  no	
  juízo	
  civil	
  competente.	
  
	
  
Parágrafo	
  único.	
  Tratando-­‐se	
  de	
  ação	
  penal	
  de	
  inicia6va	
  
privada	
  ou	
  de	
  ação	
  penal	
  pública	
  condicionada	
  à	
  
representação,	
  o	
  acordo	
  homologado	
  acarreta	
  a	
  
renúncia	
  ao	
  direito	
  de	
  queixa	
  ou	
  representação.	
  
Obs.: recebimento de indenização não implicaem renúncia, salvo art. 74, parágrafo único, Lei 
9.099/95	
  
	
  
5.1- Renúncia ao direito de queixa 
-­‐  Ví6ma	
  entre	
  18	
  e	
  21	
  anos	
  tem	
  dupla	
  6tularidade	
  ?	
  
Art.	
  50,	
  CPP.	
  	
  A	
  renúncia	
  expressa	
  constará	
  de	
  
declaração	
  assinada	
  pelo	
  ofendido,	
  por	
  seu	
  
representante	
  legal	
  ou	
  procurador	
  com	
  poderes	
  
especiais.	
  
Parágrafo	
  único.	
  	
  A	
  renúncia	
  do	
  representante	
  legal	
  
do	
  menor	
  que	
  houver	
  completado	
  18	
  (dezoito)	
  anos	
  
não	
  privará	
  este	
  do	
  direito	
  de	
  queixa,	
  nem	
  a	
  renúncia	
  
do	
  úlNmo	
  excluirá	
  o	
  direito	
  do	
  primeiro.	
  
5.2- Perdão do ofendido 
•  É o ato pelo qual o querelante desiste do 
prosseguimento da ação penal privada em 
andamento 
•  Após o início da ação penal privada; 
•  Depende de aceitação do querelado 
Art.	
  107,	
  CP	
  -­‐	
  Ex6ngue-­‐se	
  a	
  punibilidade:	
  
V	
  -­‐	
  pela	
  renúncia	
  do	
  direito	
  de	
  queixa	
  ou	
  pelo	
  perdão	
  
aceito,	
  nos	
  crimes	
  de	
  ação	
  privada;	
  
-­‐	
  É	
  exclusivo	
  da	
  ação	
  penal	
  privada;	
  
-­‐	
  Se	
  concedido	
  a	
  um	
  dos	
  querelados,	
  a	
  todos	
  se	
  estende,	
  
mas	
  somente	
  ex6ngue	
  a	
  punibilidade	
  daqueles	
  que	
  o	
  
aceitarem.	
  
Art.	
  51,	
  CPP.	
  	
  O	
  perdão	
  concedido	
  a	
  um	
  dos	
  querelados	
  
aproveitará	
  a	
  todos,	
  sem	
  que	
  produza,	
  todavia,	
  efeito	
  
em	
  relação	
  ao	
  que	
  o	
  recusar.	
  
Obs1.:	
  Havendo	
  2	
  ou	
  mais	
  querelantes,	
  o	
  perdão	
  
oferecido	
  por	
  um	
  deles	
  NÃO	
  afeta	
  o	
  andamento	
  da	
  
ação	
  penal	
  dos	
  demais	
  querelantes.	
  
Obs.2:	
  O	
  perdão	
  pode	
  ser	
  feito	
  pessoalmente	
  ou	
  
por	
  procurador	
  com	
  poderes	
  especiais.	
  
Perdão	
  pelo	
  maior	
  de	
  18	
  e	
  menor	
  de	
  21	
  anos	
  
Art.	
  52,	
  CPP.	
  	
  Se	
  o	
  querelante	
  for	
  menor	
  de	
  21	
  e	
  maior	
  
de	
  18	
  anos,	
  o	
  direito	
  de	
  perdão	
  poderá	
  ser	
  exercido	
  por	
  
ele	
  ou	
  por	
  seu	
  representante	
  legal,	
  mas	
  o	
  perdão	
  
concedido	
  por	
  um,	
  havendo	
  oposição	
  do	
  outro,	
  não	
  
produzirá	
  efeito.	
  
Art.	
  5º,	
  CC.	
  A	
  menoridade	
  cessa	
  aos	
  dezoito	
  anos	
  
completos,	
  quando	
  a	
  pessoa	
  fica	
  habilitada	
  à	
  prá6ca	
  
de	
  todos	
  os	
  atos	
  da	
  vida	
  civil.	
  
	
  
Perdão	
  processual	
  ou	
  extraprocessual	
  
Processual	
  :	
  
Declaração	
  expressa	
  do	
  
querelante	
  nos	
  autos	
  
No6ficação	
  para	
  o	
  querelado	
  se	
  
manifestar	
  em	
  3	
  dias	
  (art.	
  58,	
  CPP)	
  
Silêncio	
  =	
  aceitação	
   Recusa	
  deve	
  ser	
  expressa	
  
nos	
  autos,	
  no	
  prazo	
  legal	
  
Perdão	
  processual	
  ou	
  extraprocessual	
  
Extraprocessual	
  
Expresso:	
  declaração	
  
assinada	
  pelo	
  querelante	
  
ou	
  procurador	
  com	
  
poderes	
  especiais	
  
Aceitação	
  do	
  requerado	
  
mediante	
  declaração	
  
escrita	
  (art.	
  59,	
  CPP)	
  
Tácito:	
  ato	
  incompa|vel	
  
com	
  a	
  intenção	
  de	
  
prosseguir	
  na	
  ação	
  
Aceitação	
  tácita	
  ou	
  
mediante	
  declaração	
  
escrita	
  
Art.	
  58,	
  CPP.	
  	
  Concedido	
  o	
  perdão,	
  mediante	
  
declaração	
  expressa	
  nos	
  autos,	
  o	
  querelado	
  será	
  
in6mado	
  a	
  dizer,	
  dentro	
  de	
  três	
  dias,	
  se	
  o	
  aceita,	
  
devendo,	
  ao	
  mesmo	
  tempo,	
  ser	
  cien6ficado	
  de	
  que	
  o	
  
seu	
  silêncio	
  importará	
  aceitação.	
  
Parágrafo	
  único.	
  	
  Aceito	
  o	
  perdão,	
  o	
  juiz	
  julgará	
  ex6nta	
  
a	
  punibilidade.	
  
	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  
Art.	
  59,	
  CPP.	
  	
  A	
  aceitação	
  do	
  perdão	
  fora	
  do	
  processo	
  
constará	
  de	
  declaração	
  assinada	
  pelo	
  querelado,	
  por	
  
seu	
  representante	
  legal	
  ou	
  procurador	
  com	
  poderes	
  
especiais.	
  
6- Retratação do agente 
•  É o ato pelo qual o agente reconhece o erro que 
cometeu e o denuncia à autoridade, retirando o 
que anteriormente havia dito. 
•  Só é cabível nos casos expressos em lei 
•  Não depende de aceitação da parte contrária 
•  Deve ser cabal e completa 
6- Retratação do agente 
Retratação	
  
Art.	
  143,	
  CP	
  -­‐	
  O	
  querelado	
  que,	
  antes	
  da	
  sentença,	
  se	
  
retrata	
  cabalmente	
  da	
  calúnia	
  ou	
  da	
  difamação,	
  fica	
  
isento	
  de	
  pena. 
Falso	
  testemunho	
  ou	
  falsa	
  perícia	
  
Art.	
  342,	
  CP.	
  Fazer	
  afirmação	
  falsa,	
  ou	
  negar	
  ou	
  calar	
  a	
  
verdade	
  como	
  testemunha,	
  perito,	
  contador,	
  tradutor	
  ou	
  
intérprete	
  em	
  processo	
  judicial,	
  ou	
  administra6vo,	
  
inquérito	
  policial,	
  ou	
  em	
  juízo	
  arbitral:	
  
Pena	
  -­‐	
  reclusão,	
  de	
  um	
  a	
  três	
  anos,	
  e	
  multa.	
  	
  
§	
  1º	
  As	
  penas	
  aumentam-­‐se	
  de	
  um	
  sexto	
  a	
  um	
  terço,	
  se	
  o	
  
crime	
  é	
  pra6cado	
  mediante	
  suborno	
  ou	
  se	
  come6do	
  com	
  o	
  
fim	
  de	
  obter	
  prova	
  des6nada	
  a	
  produzir	
  efeito	
  em	
  processo	
  
penal,	
  ou	
  em	
  processo	
  civil	
  em	
  que	
  for	
  parte	
  en6dade	
  da	
  
administração	
  pública	
  direta	
  ou	
  indireta.	
  
§	
  2º	
  O	
  fato	
  deixa	
  de	
  ser	
  punível	
  se,	
  antes	
  da	
  sentença	
  no	
  
processo	
  em	
  que	
  ocorreu	
  o	
  ilícito,	
  o	
  agente	
  se	
  retrata	
  ou	
  
declara	
  a	
  verdade. 
6- Retratação do agente 
•  Art. 143, CP 
•  Art. 26, Lei nº 5.250/67 (Antiga Lei de Imprensa) 
•  Art. 342, § 2º, CP 
Perdão	
  do	
  agente	
  	
  
	
  
-­‐  depende	
  de	
  aceitação	
  
da	
  ví6ma	
  
-­‐  é	
  ato	
  bilateral	
  
Retratação	
  	
  
	
  
-­‐  não	
  depende	
  de	
  
aceitação	
  da	
  ví6ma	
  	
  
-­‐  é	
  ato	
  unilateral	
  
Até	
  que	
  momento	
  pode	
  ocorrer	
  a	
  retratação	
  ?	
  
Até	
  a	
  sentença	
  de	
  1ª	
  instância	
  
E	
  no	
  procedimento	
  do	
  júri	
  ?	
  
1-­‐	
  até	
  a	
  decisão	
  de	
  pronúncia;	
  
	
  
2-­‐	
  até	
  a	
  decisão	
  dos	
  jurados	
  (com	
  exceção	
  da	
  
impronúncia	
  ou	
  absolvição	
  sumária);	
  
	
  
3-­‐	
  até	
  o	
  trânsito	
  em	
  julgado.	
  
7- Casamento do agente com a vítima; 
 8- Casamento da vítima com terceiro 
•  Revogados pela Lei nº 11.106/05 
9- Perdão judicial 
•  É a clemência do Estado para determinadas 
situações expressamente previstas em lei, 
deixando-se de aplicar a pena ao serem 
preenchidos certos requisitos objetivos e 
subjetivos. 
•  Não depende de aceitação do réu. 
9- Perdão judicial 
Hipóteses: 
•  Art. 121, § 5º, CP; art. 129, § 8º, CP; 
•  Art. 140, § 1º, I e II; art. 168-A, §3º, art. 176, par. ún., CP 
•  Art. 180, § 5º, CP; art. 242, par. ún., art. 249, § 2º, CP; 
•  Art. 337-A, § 2º, CP 
•  Art. 8º, LCP; art. 39, LCP 
•  Art. 326, § 1º, Lei 4.737/65 (Cód.

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