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Psicossomatização e Burnout

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FUNDAÇÃO DE ASSISTÊNCIA E EDUCAÇÃO – FAESA
FACULDADES INTEGRADAS ESPÍRITO-SANTESES
CURSO DE PSICOLOGIA
DALIANE HUBNER DE MATOS
HEMILI DE JESUS RODRIGUES
SÍNDROME DE BURNOUT EM PROFESSORES E O PROCESSO DE PSICOSSOMATIZAÇÃO
	
VITÓRIA
2015
DALIANE HUBNER DE MATOS
HEMILI DE JESUS RODRIGUES
SÍNDROME DE BURNOUT EM PROFESSORES E O PROCESSO DE PSICOSSOMATIZAÇÃO
 Projeto de Pesquisa do Trabalho de Conclusão de semestre do Curso de Psicologia apresentado às Faculdades Integredas Espírito-santeses, sob orientação do Profº Francisco de Assis Lima Filho.
VITÓRIA
2015
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	..........4
1.1 O PROBLEMA	5
1.2 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA	5
1.3 HIPÓTESE	6
1.4 OBJETIVOS	7
1.4.1 Geral..................................................................................................................................7
1.4.2 Específicos.........................................................................................................................7
1.5 JUSTIFICATIVA..................................................................................................................7
2 REVISÃO DE LITERATURA.............................................................................................7
3 METODOLOGIA................................................................................................................10
4 CRONOGRAMA.................................................................................................................11
REFERÊNCIAS......................................................................................................................12
1 INTRODUÇÃO
Os transtornos mentais, atualmente, são os principais responsáveis pelo afastamento do trabalho por longos períodos de tempo. São eles que conferem riscos para a manutenção da saúde mental, através do comportamento e da emoção. O trabalho tem um sentido fundamental na estruturação da identidade do indivíduo. É através dele que as pessoas têm a possibilidade de realização, de expressão de competências e de integração social. 
Diante dos impactos causados pelas mudanças de valores do mundo, moderno e globalizado, do processo de reestruturação produtiva - sucessivos processos de transformação nas empresas e indústrias, caracterizados pela desregulamentação e flexibilização do trabalho, fruto da Acumulação Flexível (pós-fordismo) e das novas tecnologias da Terceira Revolução Industrial - , iniciado nos anos 90, o perfil do trabalho e dos trabalhadores modificou-se para adaptar-se às inovações tecnológicas com os novos modelos gerenciais de qualidade estabelecidos. Juntamente com isso houve uma intensificação do trabalho, decorrente do aumento no ritmo, das responsabilidades e da complexidade das tarefas, trazendo também o aumento do desemprego, do trabalho informal, mudanças nas formas de trabalho e dos determinantes do processo saúde-doença. Estudos mostram que esse desequilíbrio na saúde do trabalhador pode acarretar o aumento nos índices de absenteísmo, gerando licenças médicas e a necessidade por parte da organização, de reposição de funcionários, transferências, novas contratações, novos treinamentos, entre outras despesas.
As doenças relacionadas ao trabalho são consideradas, pela OMS, como multifatoriais, tendo, por conseguinte multicausas, inclusive de fatores físicos, organizacionais, individuais e socioculturais (SOUSA, 2005). No Brasil, dados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) mostram que os transtornos mentais ocupam o terceiro lugar entre as causas de benefícios previdenciários de auxílio-doença, por incapacidade temporária ou definitiva para o trabalho (BRASIL, 2002). E apesar de não existirem estudos estatísticos suficientes que possam evidenciar esta realidade brasileira, a precarização das condições de trabalho, a diversidade de processos produtivos, a instabilidade econômica e social e o elevado desemprego nos alertam de que a incidência de doença psíquica vinculada ao trabalho não deve ser muito divergente do que é experimentado naqueles países, tornando a situação de vida e saúde do trabalhador brasileiro ainda mais crítica (SOUSA, 2005, p.17).
O trabalho com a doença e o sofrimento frequentemente são causas de estresse físico e psicológico, levando o profissional ao estresse ocupacional. O estresse é um dos problemas mais comuns que o ser humano enfrenta, caracterizado por um estado de tensão, ocasionando um desequilíbrio intenso no organismo, que pode desencadear diversas doenças graves (LIPP, 2001). O estresse ocupacional pode ser entendido como o resultado de relações complexas entre condições de trabalho, condições externas ao trabalho e características do trabalhador, nas quais a demanda das atividades excede as habilidades do trabalhador para enfrentá-las (MURPHY,1984). O indivíduo começa a perceber seu ambiente de trabalho como ameaçador, quando sua necessidade de realização pessoal e profissional, e/ou sua saúde física ou mental, prejudicam a interação desta com o trabalho e que este ambiente tenha demandas excessivas a ele, ou que ele não contenha recursos adequados para enfrentar tais situações (FRANÇA e RODRIGUES, 1997)
	
1.1 O PROBLEMA
A escola, como qualquer ambiente laboral, também sofreu a massificação da sociedade industrial moderna, cobrando dos docentes parâmetros de produtividade e eficiência empresarial (FRIGOTTO, 1999). Neste contexto, os professores, como trabalhadores, passaram a preocupar-se não só com suas funções docentes, mas também com questões baseadas no paradigma da civilização industrial, isto é, com sua carreira, sua segurança e seu salário (CARLOT-TO, 2002a). Esses profissionais passam a ter, além dessa sobrecarga, um tempo reduzido para a sua qualificação, comprometendo seu desenvolvimento e realização profissional. Frente a essas questões, fica evidente que na natureza do trabalho do docente existem diversos estressores que, se persistentes, podem levar à Síndrome de Burnout.
1.2 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA
O estresse no trabalho, a vulnerabilidade ao estresse, a não satisfação com o trabalho, a fadiga crônica, a ansiedade, parecem fazer-se acompanhar de um desconforto emocional significativo e podem aumentar a probabilidade de o indivíduo desenvolver problemas de comportamento. Seligmann-Silva (1986) ressalta as agressões dirigidas à mente pela vida laboral dos trabalhadores. Elas são confrontadas pelas fontes de vitalidade e saúde, representadas pelas resistências de natureza múltipla, individuais e coletivas, que funcionam como preservadoras da identidade, dos valores e da dignidade desses profissionais. A saúde mental pode ser caracterizada pelo equilíbrio desses fatores e quando há a quebra nesse equilíbrio há a geração de transtornos (GLINA e COL., 2001). 
 
1.3 HIPÓTESE
O estresse laboral ocorre de forma particularizada para os trabalhadores dos diferentes setores, pois cada indivíduo reage de forma particular aos eventos estressores (ARAÚJO e COL., 2005). Este enfrentamento são formas cognitivas, comportamentais e emocionais como os indivíduos administram situações estressantes São tentativas de preservação da saúde mental e física dos indivíduos afetados. É um processo dinâmico e não uma única reação faz parte de uma série de respostas que envolvem a interação do indivíduo com seu ambiente (STRAUB, 2005). Quando não se consegue lidar com essa tensão emocional, o corpo e a mente mostram sinais de alerta: sensação de desgaste físico e mental, falhas de memória, questionamentos sobre a própria competência, apatia e desinteresse por coisas que antes davam prazer (LIPP, 2004). É uma reação de defesa e adaptação frente a um agente estressor. Alguns autores tratam o estresse como uma Síndrome evolutiva, que possui três fases (LIPP e ROCHA, 2008; SELYE,1965):
a) alarme, fase positiva,na qual o indivíduo está mais atento, produtivo e motivado; fase de orientação e identificação do perigo;
b) resistência, período de adaptação do corpo à nova situação; fase de alerta prolongado, em que existe maior vulnerabilidade aos agentes de risco; quase-exaustão oscila entre equilíbrio e desequilíbrio emocional com predisposição a desenvolver doenças físicas, como gastrite, hipertensão arterial, diabetes melito, dentre outras; e
c) exaustão, término da resistência, seja pelo desaparecimento do agressor/estressor, seja pelo cansaço dos mecanismos de resistência; fase patológica na qual há o desencadeamento ou a potencialização de doenças, devido ao comprometimento do sistema imunológico destes indivíduos, tornando-os mais susceptíveis.
Costa e colaboradores (2003) afirmam que a fase de exaustão emocional é o que anuncia o primeiro sinal da Síndrome do Burnout, porém seu surgimento é progressivo e cumulativo, podendo levar até mesmo décadas para seu aparecimento (CASTRO e ZANELLI, 2007; RUDOW, 1999; França, 1987).
1.4 OBJETIVOS
1.4.1 Geral
Este estudo tem como objetivo compreender e clarificar o que é a síndrome de burnout, seus sintomas, tratamento e consequências, qual a relação dessa Síndrome com o trabalho dos professores e seu ambiente de trabalho.
1.4.2 Específicos
Apresentar considerações acerca dos principais fatores de risco para o desenvolvimento da Síndrome de Burnout entre os docentes, através da fundamentação teórica baseada na literatura, a fim de compreendê-los dentro de um processo de desgaste físico-emocional em decorrência da competitividade da sociedade contemporânea.
1.5 JUSTIFICATIVA
Levar ao conhecimento dos docentes e demais profissionais a importância de se atentar para essa síndrome, a qual vem causando prejuízo individual e profissional para as pessoas e também para as instituições escolares. 
2 REVISÃO DE LITERATURA 
A expressão inglesa Burnout designa aquilo que deixou de funcionar por exaustão de energia, esgotamento físico, psíquico e emocional, em decorrência da má adaptação do indivíduo a um trabalho altamente estressante e com grande carga tensional. O termo foi utilizado inicialmente por Brandley em 1969, mas tornou-se conhecido a partir dos artigos de Freudenberger de 1974, 1975 e 1979. Freudenberger associou o termo à estafa por estresse crônico (MASLACH e JACKSON, 1981). Podendo ser caracterizado também por estado de fadiga ou frustração causado pela dedicação excessiva e prolongada a uma causa. Pode ocorrer também pelo fato de a pessoa persistir na tentativa de alcançar uma meta ou preencher uma expectativa que é realisticamente impossível de conseguir naquele momento. Quanto mais se tenta, tanto mais o desgaste vai se desenvolvendo. Neste caso, o inevitável será um esvaziamento dos recursos do indivíduo, um desgaste de sua vitalidade, da energia e da habilidade de funcionamento (FRENDENBERGER e RICHELSON, 1981 apud LIPP, 2001, p. 225). É uma reação ao estresse ocupacional crônico, que está associado a uma Síndrome composta por comportamento de desilusão, exaustão e isolamento (FREUDENBERGER, 1974). Afeta principalmente os trabalhadores em contato direto com outras pessoas.
A Síndrome de Burnout possui sinais como: ceticismo, insensibilidade, despreocupação, desconforto, ansiedade e até mesmo do sentimento de divisão que um indivíduo sente entre o que pode fazer e o que efetivamente consegue fazer com outras pessoas. Geralmente as pessoas acometidas apresentam: insônia, fadiga, irritabilidade, tristeza, desinteresse, apatia, angústia, tremores e inquietação; caracterizando uma síndrome depressiva ou de ansiedade (MASLACH e LEITER, 2008; CODO, 1999). A associação de todos os sintomas preenche os critérios para o diagnóstico da Síndrome de Burnout (MENDES, 1995). A Síndrome de Burnout é classificada no inciso XII, sob o código Z73 (BRASIL, 2002). No Brasil, desde maio de 1996, as regulamentações da Previdência Social, consideram a Síndrome de Burnout como um dos “agentes patogênicos causadores de doenças profissionais”, no grupo das doenças consideradas de etiologia múltipla.
As manifestações de Burnout em professores são reações psicossomáticas e, segundo Rodrigues e Gasparini (1992), estas doenças são consequências da interação dos processos psicológicos e mentais e das funções somáticas e viscerais. Entre elas estão a relação com os alunos e seu baixo nível de motivação; ou o tipo de jornada de trabalho; sobrecarga de atividade laboral, referente não só ao número de horas de dedicação, como também a outros elementos, como a proporção aluno/professor, o sistema de horários, o nível de envolvimento com os alunos; inadequação entre formação e desenvolvimento profissional; clima organizacional e a coordenação com as demandas da administração, da supervisão e da estrutura do local de trabalho; além da baixa remuneração salarial (BURKE e COL., 1996; Byrne, 1991; MANASSERO e col., 1995; DOMÉNECH, 1995; FRIEDMAN, 1991,1995; CRANE e IWANICKI, 1986).
Carlotto (2002a) aponta que as mudanças no papel do professores podem estar ligadas à:
[...] a) evolução e a transformação dos agentes tradicionais de socialização (família, ambiente cotidiano e grupos sociais organizados), que, nos últimos anos, vêm renunciando às responsabilidades que antigamente vinham desempenhando no âmbito educativo, passando a exigir que as instituições escolares assumam esta responsabilidade; b) o papel tradicionalmente designado às instituições escolares, com respeito à transmissão de conhecimentos, viu-se seriamente modificado pelo aparecimento de novos agentes de socialização (meios de comunicação e consumo cultural de massas, etc.), que se converteram em fontes paralelas de informação e cultura; e c) o conflito que se instaura nas instituições quando se pretende definir qual é a função do professor, que valores, dentre os vigentes em nossa sociedade, o professor deve transmitir e quais deve questionar (CARLOTTO, 2002a, p. 22).
O surgimento dessa patologia entre os docentes afeta diretamente o ambiente escolar e irá interferir na obtenção dos objetivos pedagógicos. Pode ser percebida através de uma série de sintomas como a alienação, desumanização, apatia, insônia, gastrite, alterações menstruais, alergias, ucefaleia, palpitações, hipertensão arterial, uso abusivos de medicamentos e álcool. Estes sintomas acabam por acarretar conflitos sociais e familiares e problemas de saúde, levando ao aumento do absenteísmo e à intenção de abandonar a carreira de docência (CARLOTTO e PALAZZO, 2006; FARBER, 1999).
Os estudos a respeito das variáveis que podem levar ao surgimento da Síndrome de Burnout as dividem em três: demográficas (sexo, idade, estado civil e ter filhos), laborais e fatores estressantes. Relatos demonstram que as variáveis demográficas não são as que possuem maior poder preditivo e de associação com Burnout. É importante salientar que o profissional, ao dispor de tempo para o lazer, torna-se menos vulnerável ao Burnout (CARLOTTO, 2002b). Porém, Seligmann-Silva (1986) alerta para o fato de que normalmente os profissionais utilizam seu tempo de não trabalho para o descanso e isto não significa lazer. O lazer promove uma sensação de satisfação e bem-estar e propicia descanso e divertimento, além de agir como fator positivo para o desenvolvimento pessoal e social de cada indivíduo (MADSEN, 2002). Esses fatores estão em três níveis: micro, meso e macrossociais (CARLOTTO e PALAZZO, 2006; Woods, 1999; MASLACH e LEITER, 1997). Os fatores microssociais seriam aqueles situados dentro da atividade profissional, ou seja, comprometimento, relacionamentos profissionais, fatores de interação com os alunos e na relação com os pais pelas expectativas ao seu trabalho de docência. Os fatores intermediários envolvem as políticas institucionais, aspectos éticos, aspectos culturais do professor e dos alunos, e os macrossociais seriam todas as forças derivadas das tendências globais e políticas governamentais, podendo ser entendidos, de acordo com Carlotto e Palazzo (2006),como um novo paradigma estabelecido a partir da concepção de escola como empresa enquanto prestadora de serviços.
Ainda no contexto do trabalho docente, Silva e Carlloto (2003) destacam os seguintes fatores agravantes de estresse: as constantes mudanças ocorridas no sistema público de educação não raras vezes geram nesses profissionais sentimentos de mal-estar e impotência. O trabalho geralmente é realizado sob alguns fatores potencialmente estressores como: baixos salários, escassos recursos materiais e didáticos, classes superlotadas, tensão na relação com alunos, excesso de carga horária, inexpressiva participação nas políticas e no planejamento institucional e falta de segurança no contexto escolar. O professor, neste processo, se depara com a necessidade de desempenhar vários papéis, muitas vezes contraditórios, que lhe exigem manter o equilíbrio em várias situações. Exige-se que seja companheiro e amigo do aluno, lhe proporcione apoio para o seu desenvolvimento pessoal, mas ao final do curso adote um papel de julgamento, contrário ao anterior. Deve estimular a autonomia do aluno, mas ao mesmo tempo pede que se acomode às regras do grupo e da instituição. Algumas vezes é proposto que o professor atenda aos seus alunos individualmente e em outras ele tem que lidar com as políticas educacionais para as quais as necessidades sociais o direcionam, tornando professor e alunos submissos, a serviço das necessidades políticas e econômicas do momento (MERAZZI, 1983 apud CARLLOTO, 2002).
Ferenhof e Ferenhof (2002) baseados na obra de Nascimento (2001), afirmam que, tanto o psiquiatra quanto o psicólogo, ao invés de simplesmente afastarem os professores de suas funções, devem levar o docente a uma prática de reflexão continuada sobre o seu trabalho; na busca de possíveis soluções para problemas reais do seu cotidiano escolar; no desenvolvimento psicossocial do professor e na aquisição de níveis mais elaborados de autoconhecimento; no seu desenvolvimento potencial criativo e expressivo; no aprofundamento das relações, e no fortalecimento dos vínculos afetivos e sociais do grupo de trabalho.
3 METODOLOGIA
A metodologia empregada para o desenvolvimento deste projeto foi a pesquisa bibliográfica de natureza qualitativa, mediante busca eletrônica, na base de dados da Scientific Eletronic Library Online (SCIELO). A escolha das bases de dados deve-se ao fato de conterem o maior número de artigos relacionados a saúde, disponibilizados eletronicamente, o que possibilitou uma visão mais ampla das pesquisas realizadas. Como localizadores dos artigos, foram utilizados os descritos que tivessem uma relação mais próxima com a temática a ser estudada. Foram eles: estresse; condições de trabalho, esgotamento profissional; docentes e saúde do trabalhador, Síndrome de Burnout. Foram ainda utilizados como critérios de inclusão: Dissertações; artigos disponibilizados na íntegra; metodologia descrita com clareza e referência aos fatores que contribuem para o aparecimento da Síndrome de Burnout em docentes.
4 CRONOGRAMA
	IDENTIFICAÇÃO DA ETAPA
	INÍCIO (dd/mm/aaaa)
	TÉRMINO (dd/mm/aaaa)
	Revisão Bibliográfica
	20/03/2015
	25/03/2015
	Reunião com participantes da pesquisa
	27/03/2015
	03/04/2015
	Coleta de dados
	10/04/2015
	17/04/2015
	Análise dos dados
	24/04/2015
	01/05/2015
	Escrita e formatação do artigo
	08/05/2015
	19/06/2015
REFERÊNCIAS
CAMPOS, Simone; ALVES, Dalva. SÍNDROME DE BURNOUT: um estudo associado ao trabalho docente e a vivência de trabalhadores que sofrem desse transtorno. Revista Eletrônica Científica, 2007.
CARLOTTO, Mary. Síndrome de Burnout em Professores: Prevalência e Fatores Associados. Psicologia: Teoria e Pesquisa. Vol. 27 n. 4, pp. 403-410, 2011
VOLPATO, Ana Lúcia. O Imaginário Coletivo De Estudantes De Psicologia Sobre Distúrbios Psicossomáticos. 2014. 105 f. Dissertação (Dissertação de Mestrado) – Universidade Estadual Paulista, 2014.

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