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*AULA 2
DIREITO CIVIL II
Profa. Dra. Edna Raquel Hogemann
AULA 28
*
*AULA 2
 
INADIMPLEMENTO DAS OBRIGAÇÕES E SUAS CONSEQÜÊNCIAS 
AULA 28
*
*AULA 2
CONTEÚDO DE NOSSA AULA
Unidade 6 – DO INDADIMPLEMENTO DAS OBRIGAÇÕES E SUAS CONSEQÜÊNCIAS
 6.5 Juros 
 6.5.1 Disposições gerais
 6.5.2 Juros moratórios e compensatórios no Código Civil
6.6 Clausula Penal
 6.6.1. Conceito, natureza jurídica, finalidades
*
*AULA 2
CASO CONCRETO 1
 
Marcelos, Carlos e Frederico, amigos inseparáveis, resolveram comprar um barco para as pescarias do fim-de-semana. Como o dinheiro que possuíam era insuficiente, conseguiram um empréstimo no valor de R$35.000,00 com o pai de Leonardo, o colega riquinho da turma. Sendo certo que ficou estaqbelecida uma cláusula pela qual, em caso de mora, para cada dia de atraso corresponderia um acréscimo de R$3,50 ao valor devido.
Ocorre que antes de começarem a pagar a dívida, durante uma pescaria, houve uma tremenda tempestade tropical que afundou o barco, vindo Carlos a morrer afogado. Impactado pela morte do amigo Frederico esquece de pagar a dívida. E assim, temos mais uma tragédia como caso concreto!...Oh dor!...
*
*AULA 2
Pergunta-se:
a) No tipo de obrigação assumida a quem recai o dever de ressarcir quando se configurar o adimplemento?
 b) Os herdeiros de Carlos, no caso, seus pais, devem alguma coisa, no caso da inadimplência existente?
*
*AULA 2
CASO CONCRETO 2
 
Antenor Bueno de Carvalho está a procura de um comprador para seu apartamento à vista. Eis que Evandro, seu vizinho, faz-lhe uma proposta irrecusável: dará seu carro, um Ford Focus, ano 2010, como sinal, para garantir o negócio, para que possa ter tempo de levantar um empréstimo no Banco Square Garden S.A. Para tal Evandro pede um prazo de duas semanas. 
Sabendo que o valor pedido pelo apartamento foi de R$350.000,00 e que o carro está avaliado em R$65.000,00, na medida em que Evandro consegue o empréstimo, mas descobre que o apartamento está em nome do sogro de Antenor que se recusa a concretizar o negócio, responda:
*
*AULA 2
a) Se o contrato não foi concluído por culpa de Antenor, como fica o sinal recebido?
b) E se o negócio fosse fechado, qual seria o valor do empréstimo a ser feito por Evandro?
c) E se fosse Evandro quem desistisse do negócio?
d) O caso apresentado trata de arras, a que outro instituto jurídico as arras se assemelham?
*
*AULA 2
QUESTÃO OBJETIVA
(OAB/RJ)Assinale a alternativa CORRETA:
a)	A nossa sistemática jurídica admite, em se tratando de arras confirmatórias, o direito expresso de arrependimento.;
b)	Realizada a pactuação de arras confirmatórias e, em não se concretizando o contrato definitivo, a nossa legislação faculta à parte prejudicada pleitear eventuais perdas e danos excedentes ao valor das arras.;
c)	Em se tratando de arras penitenciais, o exercício do direito de arrependimento pela parte que recebeu as arras, ocasionará apenas a devolução exata do valor recebido à título de arras.;
d)	A nossa sistemática jurídica, seguindo Direito Romano e embasada no princípio da "pacta sunt servanda", admite apenas as arras penitenciais.
*
*AULA 2
JUROS
De acordo com De Plácido e Silva :
 
“Juros, no sentido atual, são tecnicamente os frutos do capital, ou seja, os justos proventos ou recompensas que deles se tiram, consoante permissão e determinação da própria lei, sejam resultantes de uma
convenção ou exigíveis por faculdade inscrita em lei.”
*
*AULA 2
JUROS
Os juros de mora têm finalidade de desestimular o inadimplemento das obrigações. Não devem ser fixados em patamar extremamente baixo, de modo a que seja vantajosa para o devedor a discussão leviana do débito em juízo, ante a melhor remuneração do capital no mercado financeiro. Mas, por outro lado, não podem ser muito altos, inibindo até o devedor com direito discutível de pleitear a revisão da sua obrigação.
*
*AULA 2
JUROS
No antigo Código Civil de 1916, a taxa de juros de mora, quando não convencionada, era de 6% ao ano, conforme dispunha o artigo 1.062. 
Se convencionada, deveria observar o limite estabelecido pela Lei de Usura (Decreto nº 22.626, de 1933) a qual determinava que os juros convencionados pelas partes não poderiam ser "superiores ao dobro da taxa legal". Ou seja, não poderiam exceder o percentual de 12% ao ano.
Por essa razão, o limite de juros que poderiam ser cobrados em empréstimos entre empresas não financeiras, não poderia ultrapassar 12% ao ano.
*
*AULA 2
Com o advento do atual Código Civil, a disciplina de cobrança de juros moratórios sofreu alterações. Dispõe a este respeito o artigo 406:
 "Quando os juros moratórios não forem convencionados, ou o forem sem taxa estipulada, ou quando provierem de determinação da lei, serão fixados segundo a taxa que estiver em vigor para a mora do pagamento de impostos devidos à Fazenda Nacional."
*
*AULA 2
O artigo 406 do Código Civil determina que os juros moratórios legais "serão fixados segundo a taxa que estiver em vigor para a mora do pagamento de impostos devidos à Fazenda Nacional".
Tratando o dispositivo especificamente de juros moratórios, é evidente que a expressão "taxa que estiver em vigor" diz respeito à taxa de juros de mora, e não a qualquer outra. O artigo 161, § 1º, do Código Tributário Nacional, dispõe que:
 "se a lei não dispuser de modo diverso, os juros de mora são calculados à taxa de um por cento ao mês".
*
*AULA 2
O art. 406 trouxe, talvez, uma das mais polêmicas inovações experimentadas pelo ordenamento jurídico brasileiro, principalmente se interpretado após a revogação do § 3º do artigo 192 da Constituição Federal, a partir da Emenda Constitucional nº 40.
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*AULA 2
Isso porque a eliminação do limite de juros de 12 % ao ano do texto constitucional acirrou os debates acerca da possibilidade de utilização da taxa SELIC (Sistema Especial de Liquidação e Custódia), em detrimento da taxa de juros de mora de 1% ao mês prevista no §1º do artigo 161 do Código Tributário Nacional. 
*
*AULA 2
Entretanto, a despeito do afastamento do limite constitucional afeto aos juros, a aplicação da taxa SELIC que, vale lembrar, possui natureza híbrida, pois além de juros também é composta por fatores de correção monetária, parece beirar a insegurança jurídica, diante da impossibilidade de conhecimento prévio dos juros por contratantes ou litigantes, e mesmo por conta do caráter instável da espécie.
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*AULA 2
Uma das principais intenções do legislador ao incluir no texto legal previsão como a contida no artigo 406 é a de, garantindo ao credor a incidência de juros, já que, inexistindo estipulação expressa a lei encarrega-se de determinar o patamar de juros aplicável, evitar situações de imprevisibilidade, discussões sobre a justa taxa a ser utilizada ou imposições abusivas unilaterais, o que torna a utilização de qualquer espécie de taxa oscilante um verdadeiro contra-senso.
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*AULA 2
 O problema é que, se é possível defender que a eliminação do limite máximo constitucional aplicável aos juros moratórios poderá, por exemplo, emprestar às partes maior flexibilidade na estipulação de juros, ao menos no que tange aos contratos bilaterais paritários, com a consequente possibilidade de previsão de juros superiores aos de 1% ao mês em contrato, não se pode admitir que exatamente nos casos em que inexistir estipulação prévia de juros, restando ausente a convenção entre as partes sobre a taxa a ser utilizada, seja aplicado fator instável que impeça o conhecimento preliminar da possível oneração futura. 
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*AULA 2
A questão de taxa de juros convencionada pelas partes também não deixa de ser um assunto controverso. A discussão acerca deste tema é sobre a vigência da Lei de Usura (Decreto nº 22.626, de 1933).
Parte da doutrina afirma que a Lei de Usura foi revogada tacitamente pelo novo Código Civil. Estes doutrinadores fundamentam a revogação da Lei de Usura no fato do Código Civil de 2002 regular novamente por inteiro a matéria de juros. Neste caso, a taxa convencionada entre as partes de juros moratórios não possuirialimites, desde que tivessem sido livremente acordadas.
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*AULA 2
Entretanto, outra parte da doutrina afirma que a Lei de Usura não foi revogada pelo novo Código Civil. Neste caso, a taxa convencionada entre as partes de juros moratórios não poderia ser superior ao dobro da taxa legal.
Conforme exposto acima, a taxa de juros moratórios legais é de 1% ao mês, i.e. 12% ao ano. Desta forma, o limite para a taxa convencionada seria de 2% ao mês, ou 24% ao ano.
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*AULA 2
Fato é que não se pode afirmar categoricamente que a Lei da Usura foi revogada, ou que as partes possuem plena liberdade contratual no que diz respeito aos juros adotados.
Diante da posição predominante da doutrina e da tendência jurisprudencial, é possível concluir que a interpretação que se adequou melhor ao espírito do Código Civil em vigor é a de que a taxa de juros legais referida no seu artigo 406 é a de 1% ao mês, perfazendo o percentual de 12% ao ano.
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*AULA 2
CLASSIFICAÇÃO
Em relação à classificação dos juros em relação à sua origem, podem ser legais ou convencionais. 
A) Juros legais – são os juros determinados em lei. São estabelecidos exclusivamente por força legal, independente de qualquer manifestação de vontade das partes envolvidas. Serão sempre aplicados naquele determinado caso específico.
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*AULA 2
B) Juros convencionais - exigem o consentimento entre as partes que celebram determinado negócio jurídico, e reger-se-ão pela autonomia privada. Só poderão ser aplicados os juros convencionais quando as partes envolvidas já houverem acordado sobre tal, e nos limites da legislação.
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*AULA 2
Os juros compensatórios ou moratórios
Os juros também podem ser classificados levando-se em consideração o seu fundamento.
Juros compensatórios - Conforme a própria nomenclatura já sugere, os juros compensatórios visam compensar algo, ou seja, o credor ao adimplir a sua dívida com o devedor o faz acrescido de um “plus”, que visa remunerar o credor por ter cedido por determinado lapso temporal o seu capital a outrem. 
Pode-se conceituar "juros compensatórios" como o preço do uso do capital, que remunera o credor por ficar privado do capital, pagando o credor pelo risco de não o receber de volta. 
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*AULA 2
B) Juros moratórios - estão relacionados à mora do devedor. De certa forma, podem ser visto até sob um ponto de vista punitivo, uma vez que há um acréscimo pecuniário à obrigação por ter o devedor a inadimplido, descumprido ou protelado o seu cumprimento. Poderá incidir ainda no caso do cumprimento da obrigação de forma diversa do acordado pelas partes.
Os "juros moratórios" constituem indenização pelo prejuízo resultante do retardamento culposo.
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*AULA 2
 Em relação à sua incidência, os juros podem ser classificados em simples ou compostos. 
A primeira classificação refere-se aos juros linear, ou seja, aqueles que incidem tão somente sobre o capital. 
Já os juros compostos implicam na incidência dos juros sobre o capital acrescido dos juros. Essa incidência de juros sobre juros recebe a denominação de anatocismo.
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*AULA 2
Cláusula Penal
A cláusula penal, também denominada pena convencional ou multa contratual, é uma cláusula acessória – obrigação acessória – em que se pretende estipular uma consequência (ou‘sanção’) de ressarcimento de cunho econômico - geralmente é fixada em dinheiro, podendo configurar também na forma da entrega de uma coisa, na abstenção de um fato ou perda, em outro bem pecuniariamente estimável - no caso de inadimplemento da obrigação principal, como forma de evitá-lo.
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*AULA 2
 O nosso código civil permite a estipulação da cláusula penal juntamente à instauração da obrigação principal ou pode ser anexada em ato posterior, como define o disposto no Art. 409. 
Melhor dizendo, pode ser adotada no mesmo procedimento como uma das cláusulas iniciais ou itens da obrigação principal, ou pode ser ajuntada por via de diferente instrumento do original, podendo conferir adesão simultânea ou mesmo posterior. Indiferentemente do momento de adesão da cláusula, é imprescindível a sua fixação antes do inadimplemento da obrigação – deve ser anterior para que possa garantir suas disposições.
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*AULA 2
Limongi França afirma: “A cláusula penal é um pacto acessório ao contrato ou a outro ato jurídico, efetuado na mesma declaração ou declaração à parte, por meio do qual se estipula uma pena, em dinheiro ou outra utilidade, a ser cumprida pelo devedor ou por terceiro, cuja finalidade precípua é garantir, alternativa ou cumulativamente, conforme o caso, em benefício do credor ou de outrem, o fiel cumprimento da obrigação principal, bem assim, ordinariamente, constituir-se na pré-avaliação das perdas e danos e em punição do devedor inadimplente”(Teoria e prática da cláusula penal. São Paulo: Saraiva, 1988).
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*AULA 2
Ficamos por aqui! 
Não esqueça de ler o material didático para a próxima aula e de fazer os exercícios que estão na webaula.
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