Buscar

Aula 11 - 2º semestre

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Aula 11
DOS ATOS UNILATERAIS. 
Promessa de recompensa
Gestão de negócios
Pagamento indevido
Enriquecimento sem causa
Prof. Dr. Alexandre Guerra
2
Direito romano
Fontes das obrigações:
1. Contrato
2. Quase-contrato (Gestão de negócios)
3. Delito
4. Quase-delito (crime culposo)
Critério adotado no Código Civil francês de 1804
Direito contemporâneo: 
Fontes das obrigações
1. Lei (fonte imediata ou mediata)
2. Contratos
3. Declarações unilaterais de vontade
4. Atos ilícitos (dolosos ou culposos)
3
Declarações unilaterais de vontade
CC/2002 refere como fontes das obrigações os “atos unilaterais”
Promessa de recompensa (artigos 854 a 860)
Gestão de negócios (artigos 861 a 875)
Pagamento indevido (artigos 876 a 883)
Enriquecimento sem causa (artigos 884 a 886)
4
DA PROMESSA DE RECOMPENSA
1. Conceito: “Art. 854. Aquele que, por anúncios públicos, se comprometer a recompensar, ou gratificar, a quem preencha certa condição, ou desempenhe certo serviço, contrai obrigação de cumprir o prometido.”
2. Natureza jurídica: 
1) oferta (a depender de recepção) e 2) NEGÓCIO JURÍDICO UNILATERAL vinculante para o ofertante desde que a torna pública
3. Encontro de animal, encontro de pessoa desaparecida ou fornecimento de informações para a captura de criminosos
4. Tutela da confiança e da expectativa legítima despertada no receptor
5. Requisitos: 
1) publicidade da promessa; 2) especificação da condição ou serviço a ser cumprido pelo recebedor e 3) indicação da recompensa ou gratificação por atos comissivos ou omissivos (recompensa a ser dada aos alunos que não faltarem a nenhuma aula do curso)
5
1. Promessa de recompensa deve ser séria para revestir-se de juridicidade (exigibilidade)
2. Publicidade deve dirigir-se a pessoas indeterminadas, sob pena de, se dirigir-se a pessoa certa, haver negócio jurídico bilateral
3. Programa de milhas? 
4. Fidelização de cartão de crédito ou de telefonia?
5. Exigibilidade da promessa
Art. 855. Quem quer que, nos termos do artigo antecedente, fizer o serviço, ou satisfizer a condição, ainda que não pelo interesse da promessa, poderá exigir a recompensa estipulada.
6. Legitimidade para receber independe da capacidade civil de quem o faz (exigível o cumprimento em favor do menor ou incapaz).
6
REVOGABILIDADE DA PROMESSA
Art. 856. Antes de prestado o serviço ou preenchida a condição, pode o promitente revogar a promessa, contanto que o faça com a mesma publicidade; se houver assinado prazo à execução da tarefa, entender-se-á que renuncia o arbítrio de retirar, durante ele, a oferta.
Parágrafo único. O candidato de boa-fé, que houver feito despesas, terá direito a reembolso.
Dever contratual de boa-fé (CC, art. 421, 422, 113)
Art. 857. Se o ato contemplado na promessa for praticado por mais de um indivíduo, terá direito à recompensa o que primeiro o executou.
Art. 858. Sendo simultânea a execução, a cada um tocará quinhão igual na recompensa; se esta não for divisível, conferir-se-á por sorteio, e o que obtiver a coisa dará ao outro o valor de seu quinhão.
7
PROMESSA FORMULADA EM CONCURSO PÚBLICO
1. Art. 859. Nos concursos que se abrirem com promessa pública de recompensa, é condição essencial, para valerem, a fixação de um prazo, observadas também as disposições dos parágrafos seguintes.
§ 1o A decisão da pessoa nomeada, nos anúncios, como juiz, obriga os interessados.
§ 2o Em falta de pessoa designada para julgar o mérito dos trabalhos que se apresentarem, entender-se-á que o promitente se reservou essa função.
§ 3o Se os trabalhos tiverem mérito igual, proceder-se-á de acordo com os arts. 857 e 858.
Art. 860. As obras premiadas, nos concursos de que trata o artigo antecedente, só ficarão pertencendo ao promitente, se assim for estipulado na publicação da promessa.
8
GESTÃO DE NEGÓCIO
1. Conceito: “Administração oficiosa de interesses alheios, sem procuração” (Clóvis Beviláqua)
2. Art. 861. Aquele que, sem autorização do interessado, intervém na gestão de negócio alheio, dirigi-lo-á segundo o interesse e a vontade presumível de seu dono, ficando responsável a este e às pessoas com que tratar.
3. Espírito altruísta
4. Para os romanos, era o considerado “quase-contrato”.
5. Distingue-se do mandato tácito (forma contratual que exige prévio consenso)
6. Contratação de pedreiro para reparar prédio de proprietário ausente para evitar sua ruína
7. Socorro de vítima de acidente, encaminhamento a hospital e depósito exigido pelo hospital realizado pelo gestor
9
1. GESTÃO REALIZADA CONTRA A VONTADE DO INTERESSADO
Art. 862. Se a gestão foi iniciada contra a vontade manifesta ou presumível do interessado, responderá o gestor até pelos casos fortuitos, não provando que teriam sobrevindo, ainda quando se houvesse abatido.(o correto seria astido)
Art. 863. No caso do artigo antecedente, se os prejuízos da gestão excederem o seu proveito, poderá o dono do negócio exigir que o gestor restitua as coisas ao estado anterior, ou o indenize da diferença.
2. REQUISITOS DA GESTÃO DE NEGÓCIOS: 
1) negócio alheio; 2) ausência de autorização do dono do negócio; 3) atuação do gestor no interesse e em atenção à vontade presumida do “dominus”; 4) atos de natureza unilateral; 5) intervenção do gestor motivada por necessidade ou utilidade e na intenção de trazer proveito para o dono
3. DEVER DE COMUNICAÇÃO DA ASSUNÇÃO DA GESTÃO PELO GESTOR AO BENEFICIADO
Art. 864. Tanto que se possa, comunicará o gestor ao dono do negócio a gestão que assumiu, aguardando-lhe a resposta, se da espera não resultar perigo.
10
1. DEVER DE DILIGÊNCIA QUE SE IMPÕE AO GESTOR
Art. 865. Enquanto o dono não providenciar, velará o gestor pelo negócio, até o levar a cabo, esperando, se aquele falecer durante a gestão, as instruções dos herdeiros, sem se descuidar, entretanto, das medidas que o caso reclame.
Art. 866. O gestor envidará toda sua diligência habitual na administração do negócio, ressarcindo ao dono o prejuízo resultante de qualquer culpa na gestão.
2. RESPONSABILIDADE DO GESTOR PELOS DANOS CAUSADOS POR AQUELE QUE LHE SUBSTITUIR
Art. 867. Se o gestor se fizer substituir por outrem, responderá pelas faltas do substituto, ainda que seja pessoa idônea, sem prejuízo da ação que a ele, ou ao dono do negócio, contra ela possa caber.
Parágrafo único. Havendo mais de um gestor, solidária será a sua responsabilidade.
3. RESPONSABILIDADE DO GESTOR POR DANOS DECORRENTE DE CASO FORTUITO QUANDO FIZER OPERAÇÕES ARRISCADAS
Art. 868. O gestor responde pelo caso fortuito quando fizer operações arriscadas, ainda que o dono costumasse fazê-las, ou quando preterir interesse deste em proveito de interesses seus.
Parágrafo único. Querendo o dono aproveitar-se da gestão, será obrigado a indenizar o gestor das despesas necessárias, que tiver feito, e dos prejuízos, que por motivo da gestão, houver sofrido.
11
1. RESPONSABILIDADE DO DONO DO NEGÓCIO PELAS OBRIGAÇÕES ASSUMIDAS PELO GESTOR
Art. 869. Se o negócio for utilmente administrado, cumprirá ao dono as obrigações contraídas em seu nome, reembolsando ao gestor as despesas necessárias ou úteis que houver feito, com os juros legais, desde o desembolso, respondendo ainda pelos prejuízos que este houver sofrido por causa da gestão.
§ 1o A utilidade, ou necessidade, da despesa, apreciar-se-á não pelo resultado obtido, mas segundo as circunstâncias da ocasião em que se fizerem.
§ 2o Vigora o disposto neste artigo, ainda quando o gestor, em erro quanto ao dono do negócio, der a outra pessoa as contas da gestão.
Art. 870. Aplica-se a disposição do artigo antecedente, quando a gestão se proponha a acudir a prejuízos iminentes, ou redunde em proveito do dono do negócio ou da coisa; mas a indenização ao gestor não excederá, em importância, as vantagens obtidas com a gestão.
12
1. GESTÃO DE NEGÓCIOS NA PRESTAÇÃO DE ALIMENTOS DEVIDOS POR TERCEIRO
Art. 871. Quando alguém, na ausência do indivíduo obrigado a alimentos, por ele os prestar a quem se devem, poder-lhes-á reaver do devedor a importância,ainda que este não ratifique o ato.
“Ratificação é o ato pelo qual o dono do negócio, ciente da gestão, aprova o comportamento do credor. Ela pode ser expressa ou tácita” (Carlos Roberto Gonçalves)
2. GESTÃO DE NEGÓCIOS E DESPESAS INCORRIDAS COM FUNERAL
Art. 872. Nas despesas do enterro, proporcionadas aos usos locais e à condição do falecido, feitas por terceiro, podem ser cobradas da pessoa que teria a obrigação de alimentar a que veio a falecer, ainda mesmo que esta não tenha deixado bens.
3. INEXISTÊNCIA DE DIREITO DE REGRESSO NA HIPÓTESE DE ALTRUÍSMO PURO DO GESTOR
Art. 872. Parágrafo único. Cessa o disposto neste artigo e no antecedente, em se provando que o gestor fez essas despesas com o simples intento de bem-fazer.
13
1. RATIFICAÇÃO DOS ATOS PRATICADOS PELO GESTOR DE NEGÓCIO E EFICÁCIA RETROATIVA
Art. 873. A ratificação pura e simples do dono do negócio retroage ao dia do começo da gestão, e produz todos os efeitos do mandato.
2. GESTÃO CONTRÁRIA AOS INTERESSES DO DONO DO NEGÓCIO
Art. 874. Se o dono do negócio, ou da coisa, desaprovar a gestão, considerando-a contrária aos seus interesses, vigorará o disposto nos arts. 862 e 863, salvo o estabelecido nos arts. 869 e 870.
3. GESTÃO DE NEGÓCIOS CONEXOS COM O DO GESTOR
Art. 875. Se os negócios alheios forem conexos ao do gestor, de tal arte que se não possam gerir separadamente, haver-se-á o gestor por sócio daquele cujos interesses agenciar de envolta com os seus.
Parágrafo único. No caso deste artigo, aquele em cujo benefício interveio o gestor só é obrigado na razão das vantagens que lograr.
14
DO PAGAMENTO INDEVIDO
Modo de enriquecimento sem causa (enriquecimento indevido)
Não se pode locupletar-se sem causa jurídica
Inexistência de regulamentação no CC de 1916
Espécies de pagamento indevido
Indébito objetivo: Pagamento de obrigação inexistente
Indébito subjetivo: Débito existe, mas engano ocorre por parte de quem paga (pagamento do sócio, com seu patrimônio, de dívida da sociedade)
Art. 876. Todo aquele que recebeu o que lhe não era devido fica obrigado a restituir; obrigação que incumbe àquele que recebe dívida condicional antes de cumprida a condição.
Art. 877. Àquele que voluntariamente pagou o indevido incumbe a prova de tê-lo feito por erro.
Art. 878. Aos frutos, acessões, benfeitorias e deteriorações sobrevindas à coisa dada em pagamento indevido, aplica-se o disposto neste Código sobre o possuidor de boa-fé ou de má-fé, conforme o caso.
15
DO PAGAMENTO INDEVIDO
Alienação de imóvel e proteção aos terceiros de boa-fé e má-fé
Art. 879. Se aquele que indevidamente recebeu um imóvel o tiver alienado em boa-fé, por título oneroso, responde somente pela quantia recebida; mas, se agiu de má-fé, além do valor do imóvel, responde por perdas e danos.
Parágrafo único. Se o imóvel foi alienado por título gratuito, ou se, alienado por título oneroso, o terceiro adquirente agiu de má-fé, cabe ao que pagou por erro o direito de reivindicação.
“Accipiens” e pagamento indevido
PRIMEIRA HIPÓTESE DE PAGAMENTO INDEVIDO QUE NÃO GERA DIREITO À REPETIÇÃO
Art. 880. Fica isento de restituir pagamento indevido aquele que, recebendo-o como parte de dívida verdadeira, inutilizou o título, deixou prescrever a pretensão ou abriu mão das garantias que asseguravam seu direito; mas aquele que pagou dispõe de ação regressiva contra o verdadeiro devedor e seu fiador.
16
Pagamento Indevido
Art. 881. Se o pagamento indevido tiver consistido no desempenho de obrigação de fazer ou para eximir-se da obrigação de não fazer, aquele que recebeu a prestação fica na obrigação de indenizar o que a cumpriu, na medida do lucro obtido.
SEGUNDA HIPÓTESE DE PAGAMENTO INDEVIDO SEM DIREITO À REPETIÇÃO
Art. 882. Não se pode repetir o que se pagou para solver dívida prescrita, ou cumprir obrigação judicialmente inexigível.
17
TERCEIRA HIPÓTESE DE PAGAMENTO INDEVIDO SEM DIREITO À REPETIÇÃO
Art. 883. Não terá direito à repetição aquele que deu alguma coisa para obter fim ilícito, imoral, ou proibido por lei.
Parágrafo único. No caso deste artigo, o que se deu reverterá em favor de estabelecimento local de beneficência, a critério do juiz.
GUERRA, Alexandre. O dano moral punitivo e a indenização social. A destinação de parte da indenização por danos morais punitivos em favor de instituições locais de beneficência, a critério judicial, como forma de evitar o enriquecimento ilícito da vítima. In: GUERRA, Alexandre; BENACCHIO, Marcelo (coords.). Responsabilidade civil bancária. São Paulo: Quartier Latin, 2012.
_______. Dano moral punitivo e indenização social. São Paulo: Letrado Informativo 97 do Instituto dos Advogados de São Paulo, p. 32-33.
MELO, Diogo Leonardo Machado de. A função punitiva da reparação dos danos morais... In: DELGADO, Mario Luiz; ALVES, Jonas Figueiredo (coords.). Novo Código Civil. Questões controvertidas. Responsabilidade civil. Vol. 5. São Paulo: Método, 2006.
AZEVEDO JUNIOR, José Osório. Juízo prudencial e dano moral. In: GUERRA, Alexandre; BENACCHIO, Marcelo (coords.). Responsabilidade civil bancária. São Paulo: Quartier Latin, 2012.
18
AMIL Assistência Médica S/A vs. J.A.G.
“PLANO DE SAÚDE. Pedido de cobertura para internação. Sentença que julgou procedente pedido feito pelo segurado, determinado que, por se tratar de situação de emergência, fosse dada a devida cobertura, ainda que dentro do prazo de carência, mantida. DANO MORAL. Caracterização em razão da peculiaridade de se cuidar de paciente acometido por infarto, com a recusa de atendimento e, consequentemente, procura de outro hospital em situação nitidamente aflitiva. DANO SOCIAL. Caracterização. Necessidade de se coibir prática de reiteradas recusas a cumprimento de contratos de seguro saúde, a propósito de hipóteses reiteradamente analisadas e decididas. Indenização com caráter expressamente punitivo, no valor de um milhão de reais que não se confunde com a destinada ao segurado, revertida ao Hospital das Clinicas de São Paulo. LITIGÃNCIA DE MÁ FÉ. Configuração pelo caráter protelatório do recurso. Aplicação de multa. Recurso da seguradora desprovido e do segurado provido em parte. 
(TJSP, 4ª Câmara de Direito Privado, AC n. 0027158-41.2010.8.26.0564, Rel. Des. Teixeira Leite, j., 18 de julho de 2013).
19
DO ENRIQUECIMENTO SEM CAUSA
Art. 884. Aquele que, sem justa causa, se enriquecer à custa de outrem, será obrigado a restituir o indevidamente auferido, feita a atualização dos valores monetários.
Parágrafo único. Se o enriquecimento tiver por objeto coisa determinada, quem a recebeu é obrigado a restituí-la, e, se a coisa não mais subsistir, a restituição se fará pelo valor do bem na época em que foi exigido.
Viver honestamente
Dar a cada um o que é seu 
Não causar danos a outrem
Art. 885. A restituição é devida, não só quando não tenha havido causa que justifique o enriquecimento, mas também se esta deixou de existir.
20
Ação “in rem verso”
Requisitos:
Enriquecimento do “accipiens”
Empobrecimento do “solvens” (desnecessário, Enunciado CJF)
Relação de causalidade entre enriquecimento e empobrecimento
Ausência de causa jurídica legal ou contratual que os justifique
Inexistência de ação específica a ser manejada pelo empobrecido
Art. 886. Não caberá a restituição por enriquecimento, se a lei conferir ao lesado outros meios para se ressarcir do prejuízo sofrido.
NANNI, Giovanni Ettore. Enriquecimento sem causa. Coleção Prof. Agostinho Alvim. São Paulo: Saraiva, 2011.
Prescrição da ação de enriquecimento sem causa: 3 anos
Prescrição do direito de pretender a devolução do pagamento indevido: 10 anos

Outros materiais