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Direito Eleitoral p/ TREMG – Analista Judiciário área Judiciária. Teoria e exercícios comentados. Prof Daniel Mesquita – Aula 01 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 52 AULA 01: Alistamento eleitoral. SUMÁRIO PÁGINA 1. INTRODUÇÃO 2 2. CONCEITO DE ALISTAMENTO 2 3. OBRIGATORIEDADE, FACULTATIVIDADE E VEDAÇÃO DO ALISTAMENTO E DO VOTO 4 4. PROCEDIMENTO PARA O ALISTAMENTO 10 5. FISCALIZAÇÃO DO ALISTAMENTO 16 6. ADMINISTRAÇÃO E ACESSO ÀS INFORMAÇÕES DO CADASTRO ELEITORAL 17 7. DUPLICIDADE E PLURALIDADE 18 8. REVISÃO E 2ª VIA 23 9. TRANSFERÊNCIA 24 10. CANCELAMENTO E EXCLUSÃO 27 10.1. CAUSAS 28 10.1.1. INALISTÁVEIS 28 10.1.2. DOMICÍLIO ELEITORAL DIVERSO 29 10.1.3. SUSPENSÃO OU PERDA DOS DIREITOS POLÍTICOS 29 10.1.4. PLURALIDADE DE INSCRIÇÕES 29 10.1.5. FALECIMENTO 29 10.1.6. ABSTENÇÃO REITERADA 30 10.1.7. REVISÃO DO ELEITORADO 30 10.2. PROCEDIMENTO 31 11. REVISÃO DO ELEITORADO 33 12. RESUMO DA AULA 38 Direito Eleitoral p/ TREMG – Analista Judiciário área Judiciária. Teoria e exercícios comentados. Prof Daniel Mesquita – Aula 01 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 52 13. QUESTÕES 44 14. REFERÊNCIAS 48 15. ANEXO I – RESOLUÇÃO Nº 21.538 (REVISÃO DE ELEITORADO) 48 1. Introdução Iniciamos agora nossa aula 01 de direito eleitoral, do curso preparatório para o concurso de Analista Judiciário– Área Judiciária – do TREMG. Não me canso de dizer que o direito eleitoral é a disciplina fundamental para os concursos do TREMG. Afinal, como você vai trabalhar num tribunal eleitoral sem saber direito eleitoral? Nesta aula 01, abordaremos a matéria “Alistamento eleitoral: (Resolução TSE n.º 21.538/03, publicada no Diário da Justiça da União de 03 de novembro de 2003 e alterações posteriores); Ato e efeitos da inscrição, transferência e encerramento. Cancelamento e exclusão do eleitor; Revisão Eleitoral; Domicílio eleitoral.”. Essa resolução trata sobre alistamento. Não tem mistério! Não se esqueça que, ao final, você terá um resumo da aula e as questões tratadas ao longo dela. 2. Conceito de alistamento O alistamento eleitoral não é inédito para você que vem nos acompanhando desde a aula 00. Vimos em nossa aula inaugural que o alistamento eleitoral (AL) é uma condição de elegibilidade. Ele se traduz no processo por meio do qual o cidadão é qualificado e inscrito no rol de eleitores. Vimos também que não é possível o alistamento eleitoral do menor de 16 anos (a não ser que ele tenha 15 anos e venha a completar Direito Eleitoral p/ TREMG – Analista Judiciário área Judiciária. Teoria e exercícios comentados. Prof Daniel Mesquita – Aula 01 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 3 de 52 essa idade até a data da eleição). Vimos, ainda, que a Constituição veda o alistamento eleitoral dos estrangeiros e dos conscritos. Outra característica do alistamento que vimos é que o alistamento e o voto, no Brasil, são obrigatórios para os maiores de 18 anos e facultativos para os analfabetos, os maiores de setenta anos e os maiores de 16 e menores de 18 anos, considerando a data das eleições (art. 14, § 1º, da Constituição). Diferenciamos também a capacidade política do alistamento eleitoral. A primeira consiste no direito subjetivo de votar e ser votado, o segundo é a qualificação e a inscrição do eleitor, por meio dos quais ele adquire a primeira. Hoje, prosseguimos na análise desse importante instituto que significa o ingresso formal do cidadão na atividade política do país. Não há como iniciar o estudo de um instituto jurídico sem apresentar seu conceito. Observe que o núcleo do conceito de alistamento é um só: através dele se conquista a capacidade eleitoral. De acordo com Armando Antônio Sobreira Neto, “é o ato pelo qual o indivíduo se habilita, perante a Justiça Eleitoral, como eleitor e sujeito de direitos políticos, conquistando a capacidade eleitoral ativa (direito de votar).” (Direito eleitoral – teoria e prática, 2004). Noutro giro, abordando uma visão mais prática, entende Marcos Ramayana que o alistamento decorre de um procedimento administrativo cartorário que se perfaz pelo preenchimento do requerimento de alistamento eleitoral (ERA), na forma determinada pela Resolução nº 21.538/2003. A pessoa qualifica-se e inscreve-se como eleitor, passando a ter o atributo jurídico constitucional da cidadania, podendo votar, ou seja, exteriorizar sua capacidade eleitoral ativa. O alistamento possui 3 funções básicas: Organizar o eleitorado; Conhecer e declarar o direito ao sufrágio; Qualificar e inscrever o cidadão. Direito Eleitoral p/ TREMG – Analista Judiciário área Judiciária. Teoria e exercícios comentados. Prof Daniel Mesquita – Aula 01 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 4 de 52 Importante salientar, ainda, algumas regras fundamentais relacionadas ao alistamento eleitoral. A primeira delas é o que acabamos de mencionar: O alistamento é condição de elegibilidade (art. 14, §3º, III, CF). Não pode registrar candidatura quem não se alistar; O pretenso candidato a cargo eletivo proporcional ou majoritário deverá fazer prova de que se alistou no período não inferior a 1 ano na circunscrição em que pretende concorrer; Para constituir e registrar partido político, é necessário que todos seus membros fundadores sejam alistados (eleitores). As regras sobre alistamento eleitoral estão disciplinadas nos arts. 42 a 81 do Código Eleitoral, na Lei nº 7.444/85 e na Resolução nº 21.538/2003 do TSE. DICA: priorize o texto da referida Resolução, pois este condensou, incorporou e tornou congruentes diversos aspectos da matéria, facilitando a compreensão. 3. Obrigatoriedade, facultatividade e vedação do alistamento e do voto Como vimos, segundo o art. 14, §1º, I, CF, o alistamento eleitoral é OBRIGATÓRIO para os brasileiros natos e naturalizados, maiores de 18 anos, de ambos os sexos. Direito Eleitoral p/ TREMG – Analista Judiciário área Judiciária. Teoria e exercícios comentados. Prof Daniel Mesquita – Aula 01 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 5 de 52 OLHO ABERTO!!! Excepcionalmente, é permitido (= não haverá a exigência do pagamento da multa) ao brasileiro nato o alistamento tardio, com 19 anos de idade, desde que formule seu requerimento no prazo de 151 dias anteriores à data da eleição. Quanto ao brasileiro naturalizado, não existe exceção, já que deverá requerer seu alistamento eleitoral até 1 ano depois da aquisição da nacionalidade brasileira. Se alistar posteriormente, deverá pagar multa (art. 8º do CE e art. 15 da Res.TSE nº 21.538/03): Pelo mesmo dispositivo constitucional acima transcrito, concluímos que é FACULTATIVO o alistamento para os analfabetos, os maiores de 70 anos e os maiores de 16 e menores de 18 anos (art. 14, §1º, II, CF). Quanto aos INALISTÁVEIS, a Constituição Federal elenca 5 situações, além dos menores de 16 anos de idade: 1. Os estrangeiros (art. 14, §2º, CF); Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante: I - plebiscito; II - referendo; III - iniciativapopular. § 1º - O alistamento eleitoral e o voto são: I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos; II - facultativos para: a) os analfabetos; b) os maiores de setenta anos; c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos. § 2º - Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o período do serviço militar obrigatório, os conscritos. Art. 15. O brasileiro nato que não se alistar até os 19 anos ou o naturalizado que não se alistar até um ano depois de adquirida a nacionalidade brasileira incorrerá em multa imposta pelo juiz eleitoral e cobrada no ato da inscrição. Parágrafo único. Não se aplicará a pena ao não-alistado que requerer sua inscrição eleitoral até o centésimo qüinquagésimo primeiro dia anterior à eleição subseqüente à data em que completar 19 anos (Código Eleitoral, art. 8º c.c. a Lei nº 9.504/97, art. 91). Direito Eleitoral p/ TREMG – Analista Judiciário área Judiciária. Teoria e exercícios comentados. Prof Daniel Mesquita – Aula 01 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 6 de 52 2. Os conscritos (homens que estão prestando serviço militar obrigatório para as Forças Armadas), de acordo com o art. 14, §2º, CF; 3. Os que tenham perdido os direitos políticos em razão de cancelamento de naturalização por sentença transitada em julgada, por prática de atividade nociva ao interesse nacional (art. 15, I, CF); 4. Os que tenham perdido os direitos políticos em razão de aquisição de outra nacionalidade por naturalização voluntária, salvo nos casos de reconhecimento de nacionalidade originária ou de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em estado estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis (art. 12, §4º, II, “a” e “b”, CF); 5. Os que tenham seus direitos políticos suspensos, nos casos de: ● Incapacidade civil absoluta (art. 15, II, CF); ● Condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos (art. 15, III); ● Recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa (art. 15, IV, CF); e ● Improbidade administrativa (art. 15, V, CF). NÃO SE ESQUEÇA: Já informamos que o TSE admite o alistamento do menor de 16 anos, desde que complete esta idade até a data das eleições (art. 14 da Resolução nº 21.538/2003). Já que o voto é obrigatório, quais são as conseqüências para aqueles que deixam de votar? Vimos isso na nossa aula demonstrativa, mas CUIDADO, o Código Eleitoral também já foi superado nesse ponto! Segundo o art. 80 da Resolução TSE nº 21.538/2003, o eleitor que deixar de votar e não se justificar perante o juiz eleitoral até 60 Direito Eleitoral p/ TREMG – Analista Judiciário área Judiciária. Teoria e exercícios comentados. Prof Daniel Mesquita – Aula 01 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 7 de 52 dias após a realização da eleição incorrerá em multa imposta pelo juiz eleitoral. Para eleitor que se encontrar no exterior na data do pleito, o prazo é de 30 dias contados do seu retorno ao país. Percebeu? O prazo para o eleitor que não votou se justificar é de 60 dias e não de 30 como está no Código Eleitoral. Isso porque, a Lei nº 6.091/74 dispõe, em seu art. 16, que a justificativa da falta se dá em até 60 dias. Essa lei, por ser posterior ao Código Eleitoral, é a que prevalece, conforme o art. 80 da Resolução. Se o eleitor deixar de votar em 3 eleições consecutivas, terá sua inscrição cancelada. Sempre que alguém não votar em 3 eleições consecutivas a inscrição dele será cancelada? Não, se ele apresentou justificativa ao juiz eleitoral e essa justificativa foi acolhida, não há cancelamento. O pedido de justificação será sempre dirigido ao juiz eleitoral da zona de inscrição, podendo ser formulado na zona eleitoral em que se encontrar o eleitor, a qual providenciará sua remessa ao juízo competente. Também não há cancelamento se o faltoso efetuou o pagamento de multa. A fixação do valor da multa pelo não-exercício do voto será entre o mínimo de 3% e o máximo de 10% do valor utilizado como base de cálculo (base de cálculo = último valor fixado para a Ufir, multiplicado pelo fator 33,02). Todos estarão sujeitos ao cancelamento se não votarem por 3 eleições consecutivas? Não, ficam excluídos do cancelamento os eleitores que, por prerrogativa constitucional, não estejam obrigados ao exercício do voto. O alistando ou o eleitor que comprovar, na forma da lei, seu estado de pobreza, perante qualquer juízo eleitoral, ficará isento do pagamento da multa. IMPORTANTE você deve saber sobre a não aplicação da multa à pessoa portadora de deficiência que torne impossível ou Direito Eleitoral p/ TREMG – Analista Judiciário área Judiciária. Teoria e exercícios comentados. Prof Daniel Mesquita – Aula 01 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 8 de 52 demasiadamente oneroso o cumprimento das obrigações eleitorais, relativas ao alistamento e ao exercício de voto. 1) (FCC/TRE-AM/Analista Judiciário/2010) João completou 18 anos de idade; Juan é brasileiro naturalizado; Pedro tem 15 anos de idade e completará 16 anos na data do pleito; Paulo era analfabeto, mas deixou de sê-lo; e Manuel é português e está trabalhando em um empresa no Brasil. É facultativo o alistamento eleitoral de: (A) Juan e Paulo (B) Juan e Manuel (C) Juan e Pedro (D) Paulo (E) Pedro Com base no que foi visto, podemos analisar: o alistamento eleitoral de João é obrigatório, pois ele possui mais de 18 anos; o de Juan é obrigatório, pois ele é brasileiro naturalizado e a questão não especifica sua idade, situação em que se deve seguir a regra da obrigatoriedade; o de Pedro é facultativo, pois, embora ele tenha 15 anos, na data do pleito ele terá 16 anos, podendo alistar-se, por opção; o de Paulo é obrigatório, pois ele deixou de ser analfabeto, não sendo mais facultativo seu alistamento; por fim, Manuel é inalistável, em razão de ser estrangeiro. Portanto, resta claro que a resposta da questão é a letra E. 2) (CONSULPLAN/TRE-SC/Analista Judiciário/2008) O alistamento eleitoral é vedado aos: (A) Estrangeiros e analfabetos. (B) Analfabetos e menores de 16 anos. (C) Menores de 16 anos e conscritos, durante o período de serviço militar obrigatório. (D) Estrangeiros e militares aspirantes a oficiais. (E) Maiores de 70 anos e analfabetos. O item A está incorreto, pois os analfabetos não são inalistáveis, eles podem alistar-se facultativamente. O item B também está incorreto, pela mesma razão. O item D está errado porque os militares inalistáveis Questões de concurso Direito Eleitoral p/ TREMG – Analista Judiciário área Judiciária. Teoria e exercícios comentados. Prof Daniel Mesquita – Aula 01 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 9 de 52 são os conscritos e não os aspirantes a oficiais. Por último, a letra E está errada porque os maiores de 70 anos, assim como os analfabetos, podem alistar-se de forma facultativa. Logo, a resposta correta é a letra C. 3) (FCC/TRE-SP/Analista Judiciário/2006) Tício é brasileiro naturalizado, alfabetizado e tem 40 anos de idade. Paulus é brasileiro nato, tem 18 anos de idade, mas é analfabeto. Petrus é brasileiro nato, alfabetizado e tem 72 anos de idade. O alistamento eleitoral e o voto são (A) obrigatórios para Tício e facultativos para Paulus e Petrus. (B)facultativos para Tício e Paulus e obrigatórios para Petrus. (C) facultativos para Tício e Petrus e obrigatórios para Paulus. (D) obrigatórios para Tício, Paulus e Petrus. (E) facultativos para Tício, Paulus e Petrus. Como já estudamos, é fácil perceber que Tício deve alistar-se obrigatoriamente, por ser brasileiro, mesmo que naturalizado, maior de 18 anos de idade. Paulus pode alistar-se facultativamente, por ser analfabeto, assim como Petrus, mas este por ser maior de 70 anos de idade. Logo, a resposta correta é letra A. 4) (CONSULPLAN/TRE-RS/Técnico Administrativo/2008) Marque a alternativa INCORRETA: (com adaptações) a) Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o serviço militar obrigatório, os conscritos. b) De acordo com a Constituição da República Federativa do Brasil a lei que alterar o processo eleitoral só poderá entrar em vigor após um ano de sua publicação. e) São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos. O item A é moleza! Lembra das 5 situações de inalistáveis que a Constituição prevê? Essas são as duas primeiras situações. Por isso o item está correto. Com relação ao item B, a Constituição prevê no art. 16 que o processo eleitoral entrará em vigor na data da sua publicação, entretanto, a nova regra não será aplicada à eleição que ocorra até 1 ano da data de sua vigência. O item está errado, pois diz que a lei entra em vigor após um ano de sua publicação. Direito Eleitoral p/ TREMG – Analista Judiciário área Judiciária. Teoria e exercícios comentados. Prof Daniel Mesquita – Aula 01 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 10 de 52 A letra E tenta confundir a sua cabeça, mas não caia nessa. Aqueles que não podem se alistar não podem se eleger, pois o alistamento eleitoral é condição de elegibilidade. A Constituição informa também que o analfabeto é inelegível. Assim, são inelegíveis os inalistáveis e também os analfabetos: a questão está correta. Assim, a alternativa incorreta é a letra B. 4. Procedimento para o alistamento Para que a pessoa seja sujeito de direitos políticos e esteja habilitada ao exercício do sufrágio, faz-se necessário que requeira, perante o Cartório Eleitoral ou Posto de Alistamento do seu domicílio eleitoral, o respectivo alistamento. Não se admite requerimento de alistamento por procuração, esse ato é personalíssimo. O trabalhador pode se ausentar do trabalho para realizar alistamento? Por quanto tempo? Haverá prejuízo no salário? Para requerer o alistamento eleitoral ou a transferência de domicílio, o empregado das empresas privadas e os servidores públicos em geral poderão se ausentar do serviço, sem qualquer prejuízo do salário ou remuneração, por até 2 dias. Segundo o art. 42, parágrafo único, do Código Eleitoral, domicílio eleitoral é o lugar de residência ou moradia do requerente, e, verificado ter o alistando mais de uma, considerar-se-á domicílio qualquer delas. ATENÇÃO!!! O TSE já pacificou o entendimento de que o domicílio eleitoral não se confunde com o domicílio civil, já que aquele, mais flexível e elástico, identifica-se com a residência e o lugar onde o interessado tem vínculos (políticos, sociais, patrimoniais, negócios). Lembre-se que, para efeito de candidatura aos cargos eletivos, deve- se estar inscrito no domicílio em que se queira concorrer há pelo menos Direito Eleitoral p/ TREMG – Analista Judiciário área Judiciária. Teoria e exercícios comentados. Prof Daniel Mesquita – Aula 01 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 11 de 52 1 ano antes do pleito, valendo a data do requerimento para efeito dessa contagem. O procedimento para alistamento eleitoral, mediante processamento de dados, é dividido em 3 fases: qualificação, inscrição e deferimento: QUALIFICAÇÃO – ato pela qual a pessoa faz prova de que é alistável e que preenche todos os requisitos, inclusive idade mínima. O art. 13 da Resolução do TSE nº 21.538/2003 prevê que o requerente deve apresentar um dos seguintes documentos do qual se infira a nacionalidade brasileira: 1. Carteira de identidade ou carteira emitida pelos órgãos criados por lei federal, controladores do exercício profissional (ex: OAB); ou 2. Cerificado de quitação do serviço militar (OBS: a apresentação desse documento é obrigatória para maiores de 18 anos, do sexo masculino); ou 3. Certidão de nascimento ou casamento, extraída do Registro Civil; ou 4. Instrumento público do qual se infira, por direito, ter o requerente a idade mínima de 16 anos e do qual constem, também, os demais elementos necessários á sua qualificação. INSCRIÇÃO – Após comprovar que não há óbice ao alistamento, o serventuário do Cartório Eleitoral preenche um formulário oficial padronizado. Ao ato de preenchimento do Requerimento de Alistamento Eleitoral (RAE) chamamos de inscrição eleitoral. Esse requerimento serve para a entrada de dados, qualificando e inscrevendo o eleitor em uma determinada zona eleitoral (menor fração territorial dentro de uma circunscrição eleitoral). Mas será que o RAE é utilizado somente para o alistamento? Direito Eleitoral p/ TREMG – Analista Judiciário área Judiciária. Teoria e exercícios comentados. Prof Daniel Mesquita – Aula 01 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 12 de 52 Não, ele há 4 operações que podem ser realizadas como o Requerimento de Alistamento Eleitoral, quais sejam, o alistamento, a transferência, a revisão e a 2ª via. Alistamento (Operação 01); Transferência (Operação 03); Revisão (Operação 5); 2ª via (Operação 7). Apenas servidor da Justiça Eleitoral pode preencher o Requerimento de Alistamento Eleitoral, digitando as informações pessoais do eleitor. Além disso, o eleitor deverá estar presente no momento do preenchimento, pois a assinatura do requerimento ou a aposição da impressão digital do polegar será feita na presença do servidor da Justiça Eleitoral, que deverá atestar, de imediato, a satisfação dessa exigência. O número da inscrição eleitoral é composto de 12 algarismos, por Unidade da Federação, sendo os estados representados por 2 dígitos (ex: 01 – São Paulo, 02 – Minas Gerais, 28 – Exterior - ZZ) e os 2 dígitos finais são denominados verificadores. Confira a redação do art. 12 da Resolução nº 21.538: Art. 12. Os tribunais regionais eleitorais farão distribuir, observada a seqüência numérica fornecida pela Secretaria de Informática, às zonas eleitorais da respectiva circunscrição, séries de números de inscrição eleitoral, a serem utilizados na forma deste artigo. Parágrafo único. O número de inscrição compor-se-á de até 12 algarismos, por unidade da Federação, assim discriminados: a) os oito primeiros algarismos serão seqüenciados, desprezando-se, na emissão, os zeros à esquerda; b) os dois algarismos seguintes serão representativos da unidade da Federação de origem da inscrição, conforme códigos constantes da seguinte tabela: (...) c) os dois últimos algarismos constituirão dígitos verificadores, determinados com base no módulo 11, sendo o primeiro calculado sobre o número seqüencial e o último sobre o código da unidade da Federação seguido do primeiro dígito verificador. Direito Eleitoral p/ TREMG – Analista Judiciário área Judiciária. Teoria e exercícios comentados. Prof Daniel Mesquita – Aula 01 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br13 de 52 DEFERIMENTO - após a fase de inscrição, o Requerimento de Alistamento Eleitoral, devidamente instruído com a documentação pertinente, é encaminhado ao Juiz Eleitoral para decisão. Se o magistrado, sob fiscalização do Ministério Público Eleitoral e dos partidos políticos, verificar que não há vedação ao alistamento, assinará o documento e determinará que o título seja entregue ao eleitor, após a assinatura deste no Protocolo de Entrega do Título Eleitoral. Para você não se esquecer, apresentamos a seguinte sequência: Qualificação Inscrição Deferimento O é o documento solene e formal que comprova a condição de eleitor (capacidade eleitoral ativa), sendo emitido pela Justiça Eleitoral e, obrigatoriamente, por computador. Você sabe o que deve constar no título de eleitor? Dele devem constar, em espaços próprios: o nome do eleitor; a data do seu nascimento; a unidade da federação; o Município; a Zona e a Seção Eleitoral onde o leitor vota; o número da inscrição eleitoral; a data de emissão; a assinatura do Juiz Eleitoral (pode ser eletrônica); a assinatura do eleitor ou a impressão digital de seu polegar (se não souber assinar); se for o caso, a expressão “segunda via” (art. 23 da Resolução TSE nº 21.538/2003). Conforme preceitua o art. 26 da mencionada Resolução, o título eleitoral prova a quitação do eleitor para com a Justiça Eleitoral até a data de sua emissão. Nas hipóteses de alistamento, transferência, revisão e título eleitoral Direito Eleitoral p/ TREMG – Analista Judiciário área Judiciária. Teoria e exercícios comentados. Prof Daniel Mesquita – Aula 01 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 14 de 52 segunda via, a data da emissão do título será a de preenchimento do requerimento (art. 23, §2º da Resolução TSE nº 21.538/2003). A entrega do título é sempre pessoal, através de comprovação de documento oficial de identidade do eleitor. Juntamente com o título eleitoral, será emitido protocolo de entrega do título eleitoral (Pete). NOVIDADE!!! Título NET – Desde a data de 6 de julho de 2009, a Justiça Eleitoral passou a disponibilizar os serviços de alistamento, transferência ou revisão por meio da rede mundial de computadores. Os cidadãos podem iniciar, pela Internet, a postulação dos referidos serviços, bem como a atualização “on line” das obrigações eleitorais. Após efetuar o requerimento no meio virtual, o eleitor deverá comparecer ao Cartório Eleitoral ou Posto de Atendimento, com a documentação exigida, para concluir os serviços e receber o título. A fiscalização do procedimento de alistamento eleitoral incumbe aos partidos políticos, na pessoa de seus delegados (2 perante o TRE e até 3 em cada zona eleitoral), e ao Ministério Público Eleitoral, na pessoa do Promotor de Justiça Eleitoral. A eles a lei eleitoral outorgou legitimidade para impugnar o ato judicial que deferiu o pedido de alistamento eleitoral, no prazo de 10 dias, contados a partir da colocação da listagem contendo a relação das inscrições incluídas no cadastro eleitoral. Essa listagem é posta à disposição pelo Cartório Eleitoral nos dias 1º e 15 de cada mês ou no 1º dia útil seguinte a essas datas. No caso de indeferimento do pedido de alistamento, o próprio eleitor tem legitimidade para interpor recurso, no prazo de 5 dias, contados da data do despacho indeferitório. Assim, quanto às impugnações e recursos contra o alistamento, temos: Ato do juiz Impugnação/Recurso Legitimidade Prazo Direito Eleitoral p/ TREMG – Analista Judiciário área Judiciária. Teoria e exercícios comentados. Prof Daniel Mesquita – Aula 01 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 15 de 52 eleitoral Deferiu alistamento Impugnação Partido político ou MP 10 dias Indeferiu alistamento Recurso Próprio eleitor 5 dias Destaca-se que os partidos políticos e o Ministério Público possuem legitimidade para TODOS os recursos eleitorais, considerando a amplitude de suas fiscalizações e a garantia necessária do regime democrático. Além disso, as irregularidades verificadas por eles em todo o processo eleitoral devem ser encaminhadas ao juiz eleitoral. O alistamento eleitoral deve ser encerrado na data prevista em lei. ATENÇÃO!!! Nenhum alistamento ou pedido de transferência será admitido no período de 150 dias anteriores a qualquer eleição. Por fim, convém salientar que, se o brasileiro nato não se alistar até os 19 anos de idade, incorrerá em multa a ser arbitrada pelo Juiz Eleitoral e cobrada no ato da inscrição. Idêntica situação está sujeito o brasileiro naturalizado que não se alistar eleitor até 1 ano depois de requerida a nacionalidade brasileira. 5) (FCC/TRE-MG/Analista Judiciário/2005) Considere as proposições abaixo, relativas ao alistamento eleitoral. I – No momento da formalização do pedido de alistamento eleitoral, o requerente manifestará sua preferência sobre local de votação, dentre os estabelecidos para a zona eleitoral. II – No ano em que se realizarem as eleições, o menor que completar 16 anos entre o encerramento do prazo fixado para requerimento de inscrição eleitoral ou transferência e a data do pleito não poderá alistar- se. III – O analfabeto, que deixar de sê-lo, deverá requerer sua inscrição eleitoral, para não incorrer em multa. IV – A certidão de casamento, extraída do Registro Civil, é documento hábil para o alistamento. Questão de concurso Direito Eleitoral p/ TREMG – Analista Judiciário área Judiciária. Teoria e exercícios comentados. Prof Daniel Mesquita – Aula 01 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 16 de 52 Está correto o que contém APENAS em (A) I, III e IV. (B) II, III e IV. (C) II e IV. (D) III. (E) IV. Vamos à análise dos itens da questão. O item I está correto, pois, como vimos, faculta-se ao eleitor exercer uma preferência sobre o local de votação com a consulta e informação da relação de todas as seções que pertencem à zona eleitoral. O item II está incorreto, pois é possível o alistamento do menor de 16 anos, desde que complete essa idade até a data do pleito. O item III está certo, já que o analfabeto que deixa de sê- lo deve alistar-se obrigatoriamente, sob pena de multa. Por último, o item IV é correto, pois a certidão de casamento é documento hábil para requerer o alistamento eleitoral, conforme prevê o art. 13, “c”, Res. TSE nº 21.538/2003. Logo, a resposta certa é a letra A. 5. Fiscalização do alistamento Pela leitura do quadro acima fica fácil imaginar quem fiscaliza o alistamento: partidos políticos e Ministério Público Eleitoral. Incumbe aos partidos políticos fiscalizar todo o processo eleitoral, que se inicia com o alistamento e se finaliza com a diplomação dos eleitos. Idêntica atribuição cabe ao Ministério Público Eleitoral, que deverá, inclusive, denunciar as tentativas de fraudes e zelar pela intangibilidade do regime democrático. O Ministério Público e os partidos políticos podem receber notícias de tentativas de inscrições fraudulentas, encaminhando as irregularidades verificadas ao juiz eleitoral. Observe o que consta do art. 27 da Resolução do TSE nº 21.538/2003: Direito Eleitoral p/ TREMG – Analista Judiciário área Judiciária. Teoria e exercícios comentados. Prof Daniel Mesquita – Aula 01 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br17 de 52 De acordo com o que preceitua o art. 28 da Resolução do TSE nº 21.538/2003, os partidos políticos poderão manter até 2 delegados perante o TRE e até 3 delegados em cada zona eleitoral, que se revezarão, não sendo permitida a atuação simultânea de mais de um delegado de cada partido. Na zona eleitoral, os delegados serão credenciados pelo juiz eleitoral. Os delegados credenciados no TRE poderão representar o partido, na circunscrição, perante qualquer juízo eleitoral. O Ministério Público exerce a função de fiscal da ordem jurídica eleitoral, logo sua atuação se dá de forma obrigatória em todos os termos do processo eleitoral, inclusive nas questões dos procedimentos sobre alistamento eleitoral (primeira fase do processo eleitoral). 6. Administração e acesso às informações do cadastro eleitoral A execução dos serviços de processamento eletrônico de dados, na Justiça Eleitoral, será realizada por administração direta do TRE, em cada Art. 27. Os partidos políticos, por seus delegados, poderão: I - acompanhar os pedidos de alistamento, transferência, revisão, segunda via e quaisquer outros, até mesmo emissão e entrega de títulos eleitorais, previstos nesta resolução; II - requerer a exclusão de qualquer eleitor inscrito ilegalmente e assumir a defesa do eleitor cuja exclusão esteja sendo promovida; III - examinar, sem perturbação dos serviços e na presença dos servidores designados, os documentos relativos aos pedidos de alistamento, transferência, revisão, segunda via e revisão de eleitorado, deles podendo requerer, de forma fundamentada, cópia, sem ônus para a Justiça Eleitoral. Parágrafo único. Qualquer irregularidade determinante de cancelamento de inscrição deverá ser comunicada por escrito ao juiz eleitoral, que observará o procedimento estabelecido nos arts. 77 a 80 do Código Eleitoral. Direito Eleitoral p/ TREMG – Analista Judiciário área Judiciária. Teoria e exercícios comentados. Prof Daniel Mesquita – Aula 01 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 18 de 52 circunscrição, sob a orientação e supervisão do TSE e na conformidade de suas instruções. ATENÇÃO!!! O cadastro eleitoral e as informações resultantes de sua manutenção serão administrados, exclusivamente, pela Justiça Eleitoral As informações constantes do cadastro eleitoral serão acessíveis às instituições públicas e privadas e às pessoas físicas. Entretanto, em resguardo da privacidade do cidadão, não se fornecerão informações de caráter personalizado (= filiação, data de nascimento, profissão, estado civil, escolaridade, telefone e endereço), constantes do cadastro eleitoral (art. 29 da Resolução TSE nº 21.538/2003). Há hipóteses, contudo em que é possível o acesso às informações de caráter personalizado. Quais hipóteses seriam essas? A própria Resolução nº 21.538/2003 cuidou de especificar essas hipóteses, vejamos: ATENÇÃO!!! Os juízes e os tribunais eleitorais não fornecerão dados do cadastro de eleitores não pertencentes a sua jurisdição. O uso dos dados de natureza estatística do eleitorado ou de pleito eleitoral obriga a quem os tenha adquirido a citar a fonte e a assumir responsabilidade pela manipulação inadequada ou extrapolada das informações obtidas (art. 32 da Resolução TSE nº 21.538/2003). 7. Duplicidade e pluralidade O tema refere-se ao batimento ou cruzamento de informações constantes do cadastro eleitoral, evitando-se a emissão ou permanência a) pelo eleitor sobre seus dados pessoais; b) por autoridade judicial e pelo Ministério Público, vinculada a utilização das informações obtidas, exclusivamente, às respectivas atividades funcionais; c) por entidades autorizadas pelo Tribunal Superior Eleitoral, desde que exista reciprocidade de interesses (Lei nº 7.444/85, art. 4º). Direito Eleitoral p/ TREMG – Analista Judiciário área Judiciária. Teoria e exercícios comentados. Prof Daniel Mesquita – Aula 01 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 19 de 52 de mais de um título ou inscrição eleitoral. Esse procedimento é essencial para a lisura e a segurança do processo eleitoral, pois coíbe a existência de eleitores fantasmas ou eleitores que votam por várias vezes. O batimento ou cruzamento das informações constantes do cadastro eleitoral tem como objetivos: apurar possíveis duplicidades ou pluralidades de inscrições eleitorais; e identificar situações que exijam averiguação e será realizado pelo TSE, em âmbito nacional. Tamanha a importância do batimento que as operações de alistamento, transferência e revisão somente serão incluídas no cadastro ou efetivadas após submetidas a batimento. Se verificada uma inscrição agrupada em duplicidade ou pluralidade, ela ficará sujeita a apreciação e decisão de autoridade judiciária. O eleitor, de forma não rara, por vezes dirige-se à zona eleitoral para requerer nova inscrição, quando já detentor de outra(s) em circunscrições diversas. Cumpre verificar, por meio de procedimento administrativo cartorário, se o eleitor agiu de forma dolosa (a pedido do candidato) ou culposa, pois sua inscrição poderá ser fraudulenta e o eleitor responsabilizado criminalmente. Colocada à disposição a relação de eleitores agrupados, o juiz eleitoral fará publicar edital, pelo prazo de 3 dias, para conhecimento dos interessados. Todo eleitor que tiver sua inscrição não liberada em decorrência do cruzamento de informações deverá ser notificado para, se o desejar, requerer regularização de sua situação eleitoral, no prazo de 20 dias, contados da data de realização do batimento. Note quais são as providências que a autoridade judiciária deverá tomar após recebida a comunicação de coincidência: Direito Eleitoral p/ TREMG – Analista Judiciário área Judiciária. Teoria e exercícios comentados. Prof Daniel Mesquita – Aula 01 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 20 de 52 Não poderá ser objeto de transferência, revisão ou 2ª via, inscrição agrupada em duplicidade ou pluralidade. Encerrado o prazo para exame e decisão dos casos de duplicidade ou pluralidade, não existindo decisão de autoridade judiciária, a inscrição liberada passará a figurar como regular e a não-liberada como cancelada, caso exista no cadastro. Identificada situação em que um mesmo eleitor possua 2 ou mais inscrições liberadas ou regulares, agrupadas ou não pelo batimento, o cancelamento de uma ou mais delas deverá, preferencialmente, recair: 1. Na inscrição mais recente, efetuada contrariamente às instruções em vigor; 2. Na inscrição que não corresponda ao domicílio eleitoral do eleitor; 3. Naquela cujo título não haja sido entregue ao eleitor; Recebida a comunicação da coincidência, a autoridade judiciária deverá, de ofício e imediatamente: I - determinar sua autuação; II - determinar a regularização da situação da inscrição do eleitor que não possuir outra inscrição liberada, independentemente de requerimento, desde que constatado que o grupo é formado por pessoas distintas; III - determinar as diligências cabíveis quando não for possível identificar de pronto se a inscrição pertence ou não a um mesmo eleitor; IV - aguardar, sendo o caso, o comparecimento do eleitor ao cartório durante os 20 dias que lhe são facultados para requerer regularização de situaçãoeleitoral; V - comparecendo o eleitor ao cartório, orientá-lo, conforme o caso, a preencher o Requerimento para Regularização de Inscrição - RRI, ou a requerer, oportunamente, transferência, revisão ou segunda via; VI - determinar o cancelamento da(s) inscrição(ões) que comprovadamente pertença(m) a um mesmo eleitor, assegurando a cada eleitor apenas uma inscrição; VII - dar publicidade à decisão; VIII - promover a digitação da decisão; IX - adotar demais medidas cabíveis. Direito Eleitoral p/ TREMG – Analista Judiciário área Judiciária. Teoria e exercícios comentados. Prof Daniel Mesquita – Aula 01 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 21 de 52 4. Naquela cujo título não haja sido utilizado para o exercício do voto na última eleição; 5. Na mais antiga. 6) (FCC/TRE-AM/Analista Judiciário/2010) Identificada situação em que um mesmo eleitor possua 2 ou mais inscrições liberadas ou regulares, agrupadas ou não pelo batimento, o cancelamento de uma ou mais delas deverá, preferencialmente, recair: (A) Na inscrição mais recente, efetuada contrariamente às instruções em vigor. (B) Na inscrição que não corresponda ao domicílio eleitoral do eleitor. (C) Naquela cujo título não haja sido entregue ao eleitor. (D) Naquela cujo título não haja sido utilizado para exercício do voto na última eleição. (E) Na mais antiga. Perceba que a questão repete a letra da lei, ficando fácil de respondê-la. Conforme visto acima, fica óbvio que a resposta é a letra A. Diante da existência de um TRE em cada Estado e um TSE, quem tem a competência para sanar as duplicidades ou pluralidades de inscrições eleitorais (alistamentos)? O art. 41 da Resolução TSE nº 21.538/2003 responde a essa pergunta ao tratar da competência para essa decisão administrativa. No tocante às duplicidades, a competência é do juiz da zona eleitoral onde foi efetuada a inscrição mais recente. No caso das pluralidades, a competência será do: 1. Juiz da zona eleitoral – inscrições efetuadas em uma mesma zona eleitoral; 2. Corregedor regional eleitoral – inscrições efetuadas entre zonas eleitorais de uma mesma circunscrição; Questão de concurso Direito Eleitoral p/ TREMG – Analista Judiciário área Judiciária. Teoria e exercícios comentados. Prof Daniel Mesquita – Aula 01 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 22 de 52 3. Corregedor-geral (você viu na aula passada: é um dos Ministros do STJ que compõe o TSE) – inscrições efetuadas em zonas eleitorais de circunscrições diversas. A autoridade judiciária competente deverá se pronunciar quanto às situações de duplicidade e pluralidade detectadas pelo batimento em até 40 dias contados da data de realização do respectivo batimento. Das decisões do juiz eleitoral caberá recurso inominado ao corregedor regional no prazo de 3 dias (interposição e razões). E das decisões do corregedor regional caberá recurso inominado ao corregedor- geral eleitoral que atua no TSE, igualmente no prazo de 3 dias. Os legitimados para a interposição são eleitores, partidos políticos e Ministério Público. Sempre que o Ministério Público, por meio do promotor eleitoral que atua com o juiz eleitoral ou do procurador regional eleitoral que atua no TRE e com o corregedor regional, não recorrer, obrigatoriamente, deve emitir parecer. ATENÇÃO!!! O juiz eleitoral só poderá determinar a regularização, o cancelamento ou a suspensão de inscrição que pertença à sua jurisdição. A autoridade judiciária que tomar conhecimento de fato ensejador do cancelamento de inscrição liberada ou regular, ou da necessidade de regularização de inscrição não liberada, cancelada ou suspensa, efetuada em zona eleitoral diferente daquela em que tem jurisdição, deverá comunica-lo à autoridade judiciária competente, para medidas cabíveis, por intermédio da correspondente Corregedoria Regional. Na esfera penal, a competência para decidir a respeito das duplicidades e pluralidades será sempre do juiz eleitoral da zona onde foi efetuada a inscrição mais recente. Não sendo cogitada a ocorrência de ilícito penal eleitoral a ser apurado, os autos deverão ser arquivados na zona eleitoral onde o eleitor possuir inscrição regular. Qualquer eleitor, partido político ou Ministério Público poderá se dirigir formalmente ao juiz eleitoral, corregedor regional ou geral, no Direito Eleitoral p/ TREMG – Analista Judiciário área Judiciária. Teoria e exercícios comentados. Prof Daniel Mesquita – Aula 01 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 23 de 52 âmbito de suas respectivas competências, relatando fatos e indicando provas para pedir abertura de investigação com o fim de apurar irregularidade no alistamento eleitoral. Prezado aluno, se você chegou até aqui, não desista, estamos num ponto bem adiantado de nossa aula. Seguimos na análise do alistamento eleitoral e da Resolução nº 21.538. 8. Revisão e 2ª via Em que hipóteses ocorre a revisão de um título eleitoral? O Requerimento de Alistamento Eleitoral (RAE) será preenchido sob a operação “revisão” sempre que o eleitor: Necessitar alterar o lugar de votação no mesmo município; Mudar de endereço no mesmo município; Desejar retificar dados pessoais constantes do cadastro eleitoral (ex: nome, endereço, data de nascimento, nome dos pais, etc); ou Pretender regularizar situação de inscrição cancelada (ex: cancelamento por ter deixado de votar, sem justificação, a 3 eleições consecutivas, duplicidade, revisão de eleitorado, etc) A revisão do título não se confunde com o instituto da revisão eleitoral, que ocorre quando há denuncia fundamentada de fraude no alistamento de um município. Neste último, como veremos abaixo, o juiz eleitoral convoca todos os eleitores do município a comparecerem à revisão para confirmarem seus endereços. Aqui na revisão, por sua vez, é o próprio eleitor quem busca a justiça eleitoral para retificar as suas informações. E quando pode ser retirada a 2ª via de um título de eleitor? Direito Eleitoral p/ TREMG – Analista Judiciário área Judiciária. Teoria e exercícios comentados. Prof Daniel Mesquita – Aula 01 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 24 de 52 Quando não há qualquer alteração a ser feita no título e o eleitor o perdeu ou o extraviou, assim como em caso de inutilização ou dilaceração, o eleitor poderá solicitar pessoalmente ao juiz de seu domicílio eleitoral que se lhe expeça a 2ª via. É possível solicitar a 2ª via em zona eleitoral diversa, mas, nesse caso, deve o eleitor indicar se pretende receber o documento na zona eleitoral de origem ou naquela onde requereu. Na hipótese de “inutilização” ou “dilaceração”, o requerimento será instruído com a 1ª via do título. Ao receber o novo título, o eleitor deverá apor a assinatura ou a impressão digital de seu polegar, se não souber assinar, na presença do servidor da Justiça Eleitoral, que deverá atestar a satisfação dessa exigência, após comprovada a identidade do eleitor (art. 19, §2º, Resolução TSE nº 21.538/2003). ATENÇÃO!!! O direito de requerer 2ª via se encerra no mesmo prazo para alistamento e transferência? Não! O pedido de 2ª via pode ser feito em ano eleitoral até 10 dias antes da eleição! Sem o título de eleitor, é possível o exercício do direito de sufrágio? Sim, mesmo sem o título, o eleitor poderá votar regularmente aoapresentar outra documentação que o identifique perante a mesa receptora de votos. 9. Transferência O alistamento vincula o eleitor a determinada zona e seção eleitorais. A transferência é o instituto que o eleitor tem a sua disposição para informar mudança de domicílio eleitoral e solicitar ao Cartório Eleitoral a alterar a sua zona e seção eleitoral. Direito Eleitoral p/ TREMG – Analista Judiciário área Judiciária. Teoria e exercícios comentados. Prof Daniel Mesquita – Aula 01 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 25 de 52 Para o deferimento do pedido de transferência, o art. 18 da Resolução TSE nº 21.538/2003 exige: Entrada do requerimento no Cartório Eleitoral do novo domicílio até 151 dias antes da eleição; Transcurso de, pelo menos, 1 ano da inscrição ou da última transferência; Residência mínima de 3 meses no novo domicílio, declarada, sob as penas da lei, pelo próprio eleitor; e Prova de quitação com a Justiça Eleitoral E quais são os documentos que comprovam a quitação eleitoral? São eles: 1. Comprovantes de votação; 2. Justificativas eleitorais; 3. Certidão de quitação eleitoral expedida pelo Cartório Eleitoral onde estava inscrito; ou 4. Comprovação de pagamento de multa pelo não exercício do voto O juiz eleitoral, de ofício ou por provocação de partido político ou do Ministério Público (promotor eleitoral), deve promover diligências através da expedição de mandado de verificação nos locais indicados como domicílio eleitoral, acaso suspeite de fraude. ATENÇÃO!!! As exigências de transcurso de, pelo menos, 1 ano do alistamento ou da última transferência e de residência mínima de 3 meses no novo domicílio não se aplica à transferência de título eleitoral de servidor público civil, militar, autárquico, ou de membro de sua família, por motivo de remoção ou transferência. Ao requerer a transferência, o eleitor entregará ao servidor do Cartório Eleitoral o título antigo e a prova de quitação com a Justiça Eleitoral. Uma vez não comprovada a condição de eleitor ou a quitação Direito Eleitoral p/ TREMG – Analista Judiciário área Judiciária. Teoria e exercícios comentados. Prof Daniel Mesquita – Aula 01 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 26 de 52 para com a Justiça Eleitoral, caberá ao Juiz Eleitoral (do novo domicílio) fixar desde logo a multa a ser paga. Poderá o eleitor requerer transferência: 1. De um município para outro dentro do mesmo estado; 2. De um estado da federação para outro; 3. Do Brasil para o exterior (votação em embaixada ou consulado); e 4. Do exterior para o Brasil. Despachado o requerimento de transferência pelo juiz eleitoral e processado pelo cartório, o setor da Secretaria do TRE responsável pelos serviços de processamento de dados enviará ao cartório eleitoral, que as colocará à disposição dos partidos políticos, relações de inscrições atualizadas no cadastro, com os respectivos endereços (art. 18, §4º, Resolução TSE nº 21.538/2003). Em razão de indeferimento do pedido de transferência, caberá recurso no prazo de 5 dias, a contar do despacho judicial, para o TRE. Também é cabível recurso dos pedidos de transferência deferidos, por qualquer partido ou pelo Ministério Público, no prazo de 10 dias, contados da divulgação da listagem contendo a relação de inscrições atualizadas no cadastro, o que deverá ocorrer nos dias 1º e 15 de cada mês, ou no 1º dia útil seguinte, ainda que tenham sido exibidas ao requerente antes dessas datas e mesmo que os partidos não as consultem. Para esse fim, o cartório eleitoral providenciará relações contendo os pedidos indeferidos. ATENÇÃO!!! O eleitor em situação irregular poderá obter transferência de domicílio eleitoral? Quando o eleitor estiver em situação irregular (ex: cancelamento automático, perda e suspensão dos direitos políticos, coincidência com outro título, etc), não poderá requerer transferência, salvo após regularizar sua situação eleitoral. Direito Eleitoral p/ TREMG – Analista Judiciário área Judiciária. Teoria e exercícios comentados. Prof Daniel Mesquita – Aula 01 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 27 de 52 É possível a transferência com reutilização do número de inscrição cancelada? MUITO CUIDADO PRA ESSA PEGADINHA, MEUS AMIGOS!!! A Resolução nº 21.538 admite essa possibilidade, desde que comprovada a inexistência de outra inscrição liberada, não liberada, regular ou suspensa para o eleitor! Confira atentamente a redação do § 3º do art. 21: Informamos, por fim, que a transferência pode ocorrer em conjunto ou não com a retificação de dados. Não há alteração de número de inscrição no título quando da transferência. Além disso, fica consignado em campo próprio do título de eleitor a UF (=unidade da federação) anterior. 10. Cancelamento e exclusão Prezados amigos, estamos chegando na reta final de nossa aula! Esse é o penúltimo tópico! Além disso, meus caros, esse é o ponto mais importante de nossa aula, pois vem sendo cobrado em inúmeras provas! Por isso, força! § 2º É vedada a transferência de número de inscrição envolvida em coincidência, suspensa, cancelada automaticamente pelo sistema quando envolver situação de perda e suspensão de direitos políticos, cancelada por perda de direitos políticos (FASE 329) e por decisão de autoridade judiciária (FASE 450). § 3º Será admitida transferência com reutilização do número de inscrição cancelada pelos códigos FASE 019 – falecimento, 027 – duplicidade/pluralidade, 035 – deixou de votar em três eleições consecutivas e 469 – revisão de eleitorado, desde que comprovada a inexistência de outra inscrição liberada, não liberada, regular ou suspensa para o eleitor. § 4º Existindo mais de uma inscrição cancelada para o eleitor no cadastro, nas condições previstas no § 3º, deverá ser promovida, preferencialmente, a transferência daquela: I – que tenha sido utilizada para o exercício do voto no último pleito; II – que seja mais antiga. Direito Eleitoral p/ TREMG – Analista Judiciário área Judiciária. Teoria e exercícios comentados. Prof Daniel Mesquita – Aula 01 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 28 de 52 Para Pinto Ferreira, “o cancelamento se realiza quando a inscrição de que se trata deixa de existir, como nas hipóteses de pluralidade de inscrições, quando elas são canceladas, ou na de transferência do eleitor para outra zona ou circunscrição. A exclusão é feita contra o próprio eleitor, que deixa de ser eleitor, até que cesse o motivo da exclusão, quando poderá novamente pleitear e requerer a sua inscrição.” (Código Eleitoral Comentado, 1991). Pela definição doutrinária fica claro: CANCELAMENTO – Ataca a inscrição EXCLUSÃO – Ataca o próprio eleitor 10.1. Causas Segundo o art. 71 do Código Eleitoral, são causas de cancelamento e exclusão da inscrição eleitoral: 1. Inscrição de inalistável 2. Eleitor sem domicílio eleitoral na região da inscrição; 3. Suspensão ou perda de direitos políticos; 4. Pluralidade de inscrições; 5. Falecimento do eleitor; 6. Deixar de votar em 3 eleições consecutivas; 7. Revisão do eleitorado. A ocorrência de qualquer dessas causas acarretará a exclusão do eleitor, que poderá ser promovida de ofício, a requerimento de delegado de partido ou de qualquer eleitor. Vamosanalisar cada uma dessas hipóteses de cancelamento. 10.1.1. Inalistáveis Como vimos no início desta aula, de acordo com o art. 14, §2º, CF, não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o período de serviço militar obrigatório, os conscritos. Direito Eleitoral p/ TREMG – Analista Judiciário área Judiciária. Teoria e exercícios comentados. Prof Daniel Mesquita – Aula 01 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 29 de 52 Nessas situações, caso seja realizada inscrição eleitoral, esta será cancelada. 10.1.2. Domicílio eleitoral diverso Se o Juiz Eleitoral verificar que o eleitor não possui domicílio eleitoral na região na qual está inscrito, haverá o cancelamento da inscrição do eleitor em situação irregular, sem prejuízo de eventual apuração de responsabilidade penal, civil e administrativa. 10.1.3. Suspensão ou perda dos direitos políticos No caso de ser algum cidadão maior de 18 anos privado temporária ou definitivamente dos direitos políticos, a autoridade que impuser essa pena providenciará para que o fato seja comunicado ao Juiz Eleitoral ou ao TRE da circunscrição em que residir o réu. De posse das informações, caberá ao Juiz Eleitoral tomar as providências cabíveis para o cancelamento da respectiva inscrição eleitoral. 10.1.4. Pluralidade de inscrições Em decorrência do cadastramento eleitoral eletrônico unificado, é facilmente detectável a duplicidade ou pluralidade de inscrições. Atualmente, nenhum eleitor poderá estar registrado em mais de uma seção eleitoral, ou seja, possuir mais de um título de eleitor válido. Dessa forma, com a transferência ou revisão deferida, a inscrição eleitoral anterior deve ser imediatamente cancelada. 10.1.5. Falecimento Os oficiais de Registro Civil devem enviar, até o dia 15 de cada mês, ao juiz eleitoral da zona em que oficiarem, comunicação dos óbitos de cidadãos alistáveis, ocorridos no mês anterior, para cancelamento das inscrições. Direito Eleitoral p/ TREMG – Analista Judiciário área Judiciária. Teoria e exercícios comentados. Prof Daniel Mesquita – Aula 01 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 30 de 52 10.1.6. Abstenção reiterada O eleitor que deixar de votar em 3 eleições consecutivas, não justificar a ausência ou não pagar a multa por não ter votado, receberá como sanção o cancelamento de sua inscrição eleitoral. 10.1.7. Revisão do eleitorado Quando houver denúncia fundamentada de fraude no alistamento de uma zona ou município, o TRE deverá realizar correição, sob a responsabilidade da Corregedoria Regional Eleitoral. O eleitor que não comparecer á revisão terá a sua inscrição eleitoral cancelada de ofício. 7) (FCC/TRE-AM/Analista Judiciário/2010) NÃO é causa de cancelamento de inscrição: (A) Deixar o eleitor de votar em 3 eleições consecutivas. (B) A suspensão dos direitos políticos. (C) A perda dos direitos políticos. (D) O falecimento do eleitor. (E) A mudança de residência do eleitor para o exterior. Como já analisado anteriormente, a única hipótese que não se encontra no rol de causas de cancelamento de inscrição é a descrita na letra E, logo esta é a resposta da questão. 8) (CONSULPLAN/TRE-RS/Analista Judiciário – Área Judiciária/2008) Realizado o alistamento eleitoral pelo processo eletrônico de dados, será suspensa a inscrição do eleitor que não votar em 3 (três) eleições consecutivas. Essa questão está incorreta, porque a inscrição não será suspensa, mas cancelada. 9) (FCC/TRE-MG/Analista Judiciário/2005) NÃO é causa de cancelamento e de exclusão do eleitor: (A) a suspensão dos direitos políticos. (B) deixar de votar em 2 eleições consecutivas. Questões de concurso Direito Eleitoral p/ TREMG – Analista Judiciário área Judiciária. Teoria e exercícios comentados. Prof Daniel Mesquita – Aula 01 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 31 de 52 (C) a pluralidade de inscrição. (D) o falecimento do eleitor. (E) a perda dos direitos políticos. É possível perceber, com base no que já estudamos, que a resposta da questão é a letra B, pois o que acarreta o cancelamento e a exclusão do eleitor é a abstenção em 3 eleições consecutivas. 10.2. Procedimento O procedimento para o cancelamento ou exclusão da inscrição do cadastro eleitoral está previsto nos arts. 76 a 79 do Código Eleitoral. De acordo com Roberto Moreira de Almeida (Curso de Direito Eleitoral, 2011), é possível resumi-lo nas seguintes fases: 1. Comunicação à Justiça Eleitoral: qualquer irregularidade determinante da exclusão será comunicada por escrito e por iniciativa de qualquer interessado ao Juiz Eleitoral. Mas não se esqueça que o juiz eleitoral pode abrir o procedimento de ofício se tiver conhecimento de alguma das causas do cancelamento (art. 74 do Código Eleitoral); 2. Autuação: as petições ou representações serão autuadas com os documentos que a instruírem; 3. Publicação de edital: haverá de ser publicado edital, com prazo de 10 dias para ciência dos interessados, que poderão contestar dentro de 5 dias; 4. Instrução: se houver necessidade de dilação probatória, será deferido o prazo de 5 a 10 dias para tal fim; OBS: no caso de exclusão por falecimento, tratando-se de evento notório, serão dispensadas as formalidades de publicação do edital e instrução. 5. Decisão: deve o juiz decidir no prazo de 5 dias; Direito Eleitoral p/ TREMG – Analista Judiciário área Judiciária. Teoria e exercícios comentados. Prof Daniel Mesquita – Aula 01 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 32 de 52 6. Recurso: cabe recurso da decisão judicial para o TRE (veja o art. 80 do Código Eleitoral); 7. Providências cartorárias: determinado, por sentença, o cancelamento, o cartório tomará as seguintes providências: ● Retirará, da respectiva pasta, a folha de votação, registrará a ocorrência no local próprio para anotações e juntá-la-á ao processo de cancelamento; ● Registrará a ocorrência na coluna de observações do livro de inscrição; ● Excluirá dos fichários as respectivas fichas, colecionando-as à parte; ● Anotará, de forma sistemática, os claros abertos na pasta de votação para o oportuno preenchimento dos mesmos; ● Comunicará o cancelamento ao TRE para anotação no seu fichário. Não perca tempo tentando decorar todas as vírgulas dessa sequência, basta observar que é um procedimento lógico, com comunicação, publicação de edital, instrução – se necessária, decisão, recurso (em 3 dias, pelo eleitor ou seu partido) e efetivação da decisão pelo cartório eleitoral. Se você tiver isso em mente, você acertará todas as questões relativas ao procedimento do cancelamento da inscrição eleitoral. ATENÇÃO!!! Durante o processo e até a exclusão pode o eleitor votar validamente. ATENÇÃO!!! Após cancelada, é possível uma nova inscrição eleitoral? Sim. Segundo o art. 81 do Código Eleitoral, cessada a causa do cancelamento, o interessado poderá requerer novamente a sua qualificação e inscrição eleitoral. Art. 80. Da decisão do juiz eleitoral caberá recurso no prazo de 3 (três) dias, para o Tribunal Regional, interposto pelo excluendo ou por delegado de partido. Direito Eleitoral p/ TREMG – Analista Judiciário área Judiciária. Teoria e exercícios comentados. Prof Daniel Mesquita – Aula 01 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br33 de 52 10) (FCC/TRE-AC/Analista Judiciário/2010) A respeito do cancelamento e da exclusão de eleitores, pode-se afirmar que (A) a decisão do juiz eleitoral é irrecorrível. (B) cessada a causa do cancelamento, o interessado não poderá requerer a sua qualificação e inscrição. (C) durante o processo e até a exclusão pode o eleitor votar validamente. (D) a suspensão dos direitos políticos não é causa de cancelamento. (E) a exclusão de eleitor não pode ser determinada ex officio pelo Juiz Eleitoral, dependendo de requerimento de partido ou candidato. O item A está incorreto porque, como vimos, cabe recurso da decisão judicial de cancelamento para o TRE. A letra B também está errada, pois, cessada a causa do cancelamento, o interessado pode sim requerer nova qualificação e inscrição. O item C está incorreto em razão da suspensão dos direitos políticos ser uma das causas de cancelamento da inscrição eleitoral. Por fim, a letra E está incorreta porque, como vimos, o cancelamento pode realizar-se de ofício pelo juiz (dentro da sua jurisdição). Logo, a resposta correta é o item C. 11. Revisão do eleitorado Venha comigo para o último ponto da aula! Diante dos inúmeros detalhes dessa matéria, apresentaremos ao final desta aula um anexo com os dispositivos da Resolução nº 21.538 relativos à revisão do eleitorado. Quando houver denúncia fundamentada de fraude no alistamento de uma zona ou município, o TRE poderá determinar a realização de correição e, provada a fraude em proporção comprometedora, ordenará, comunicando a decisão ao TSE, a revisão do eleitorado, obedecidas as instruções e as instruções que subsidiariamente baixar, com o Questões de concurso Direito Eleitoral p/ TREMG – Analista Judiciário área Judiciária. Teoria e exercícios comentados. Prof Daniel Mesquita – Aula 01 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 34 de 52 cancelamento de ofício das inscrições correspondentes aos títulos que não forem apresentados à revisão. 11) (FCC/TRE-RN/Técnico Judiciário/2011) O procedimento da revisão do eleitorado tem por finalidade: (A) a verificação de fraudes no alistamento de uma zona eleitoral ou município, resultando, quando confirmada a existência de qualquer fraude, no cancelamento de ofício das inscrições eleitorais irregulares. (B) a verificação de fraudes no alistamento de uma zona eleitoral ou município, resultando, quando provada a fraude em proporção comprometedora, no cancelamento de ofício das inscrições eleitorais irregulares. (C) a contabilização do eleitorado em uma zona eleitoral ou município, sendo sempre realizado no ano anterior às eleições. (D) a contabilização do eleitorado em uma zona eleitoral ou município, sendo sempre realizado no mesmo ano em que realizadas as eleições. (E) a verificação de fraudes no alistamento de uma zona eleitoral ou município, resultando, quando provada a fraude em proporção de no mínimo 20% do eleitorado, no cancelamento de ofício das inscrições eleitorais irregulares. De início, descartamos os itens C e D, pois a revisão de eleitorado tem a finalidade de verificar fraudes no alistamento. Perceba a sutil diferença entre os itens A, B e E, por isso é muito importante saber exatamente o que está escrito no texto normativo. Segundo o art. 58, “caput”, da Res. TSE nº 21.538/2003, far-se-á revisão do eleitorado quando houver comprovada fraude em proporção comprometedora. Logo, a resposta correta é a letra B. LEVE ISSO PRA PROVA E NÃO SE ESQUEÇA, É MUITO IMPORTANTE: De acordo com o art. 58, §1º da Resolução TSE nº 21.538/2003, o TSE poderá determinar, de ofício, a realização de revisão eleitoral sempre que: 1. O total de transferências de eleitores ocorridas no ano em curso seja 10% superior ao do ano anterior; Questão de concurso Direito Eleitoral p/ TREMG – Analista Judiciário área Judiciária. Teoria e exercícios comentados. Prof Daniel Mesquita – Aula 01 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 35 de 52 2. O eleitorado for superior ao dobro da população entre 10 e 15 anos, somada à de idade superior a 70 anos do território daquele município; 3. O eleitorado for superior a 65% da população projetada para aquele ano pelo IBGE. Observe que esses dados refletem uma possibilidade de fraude no alistamento eleitoral de determinada localidade. Veja que isso já caiu em concurso e, com certeza, vai cair de novo. 12) (FCC/TRE-TO/Técnico Judiciário/2011) De acordo com a Resolução do TSE nº 21.538/2003, nas zonas eleitorais em que o total de transferência de eleitores ocorridas no ano em curso seja 10% superior ao do ano anterior, a determinação, de ofício, da revisão e correição dessas zonas eleitorais cabe ao: (A) Juiz Eleitoral (B) Procurador-Geral Eleitoral (C) Procurador Regional Eleitoral (D) TSE (E) TRE Como visto acima, a competência é do TSE, sendo a resposta correta a letra D. Segundo a Resolução TSE nº 21.490/2003, nos municípios em que a relação entre população e eleitorado for superior a 65% e menor ou igual a 80%, a revisão dar-se-á por meio de correição ordinária anual. ATENÇÃO!!! Pode haver revisão em ano eleitoral? NÃO será realizada revisão em ano eleitoral, salvo em casos excepcionais, devidamente autorizados pelo TSE. O TRE, por intermédio da Corregedoria Regional, inspecionará os serviços de revisão. A revisão deverá ser precedida de ampla divulgação, destinada a orientar o eleitor quanto aos locais e horários em que deverá se Questão de concurso Direito Eleitoral p/ TREMG – Analista Judiciário área Judiciária. Teoria e exercícios comentados. Prof Daniel Mesquita – Aula 01 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 36 de 52 apresentar, e processada em período estipulado pelo TRE, não inferior a 30 dias. De posse da listagem e do caderno de revisão, o juiz eleitoral deverá fazer publicar, com antecedência mínima de 5 dias do início do processo revisional, edital para dar conhecimento da revisão aos eleitores cadastrados no(s) município(s) ou zona(s), convocando-os a se apresentarem, pessoalmente, no cartório ou nos postos criados, em datas previamente especificadas, a fim de procederem às revisões de suas inscrições (art. 63 da Resolução). A prova de identidade só será admitida se feita pelo próprio eleitor mediante apresentação de um ou mais dos seguintes documentos: carteira de identidade ou carteira emitida pelos órgãos criados por lei federal, controladores do exercício profissional; certificado de quitação do serviço militar; certidão de nascimento ou casamento; ou instrumento público do qual se infira, por direito, ter o requerente a idade mínima de 16 anos e do qual constem, também, os demais elementos necessários à sua qualificação. A comprovação de domicílio poderá ser feita mediante um ou mais documentos dos quais infira ser o eleitor residente ou ter vínculo profissional, patrimonial ou comunitário no município a abonar a residência exigida. A revisão de eleitorado ficará submetida ao direto controle do juiz eleitoral e à fiscalização do representante do Ministério Público que oficiar perante o juízo. O juiz eleitoral deverá dar conhecimento aos partidos políticos da realização da revisão, facultando-lhes acompanhamento e fiscalização de todo o trabalho. O juiz eleitoral poderá requisitar diretamente às repartições públicas locais, observados os impedimentos legais, tantos auxiliaresquantos bastem para o desempenho dos trabalhos, bem como a utilização de instalações de prédios públicos (arts. 66 a 68 da Resolução 21.538). Direito Eleitoral p/ TREMG – Analista Judiciário área Judiciária. Teoria e exercícios comentados. Prof Daniel Mesquita – Aula 01 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 37 de 52 ATENÇÃO!!! Há possibilidade da revisão ser realizada mediante sistema informatizado (art. 70 da Resolução TSE nº 21.538/2003). Se o eleitor possuir mais de uma inscrição liberada ou regular no caderno de revisão, apenas uma delas poderá ser considerada revisada. Deverá(ão) ser formalmente recolhido(s) e inutilizado(s) o(s) título(s) encontrado(s) em poder do eleitor referente(s) à(s) inscrição(ões) que exigir(em) cancelamento. Compete ao TRE autorizar, excetuadas as hipótese em que o TSE pode agir de ofício (art. 58, §1º, Res. TSE nº 21.538/2003), a alteração do período e/ou da área abrangidos pela revisão, comunicando a decisão ao TSE. O que ocorrerá quando o juiz eleitoral concluir os trabalhos? Concluídos os trabalhos de revisão, ouvido o MP, o juiz eleitoral deverá determinar o cancelamento (a) das inscrições irregulares e (b) daquelas cujos eleitores não tenham comparecido, adotando as medidas legais cabíveis, em especial quanto às inscrições consideradas irregulares, situações de duplicidade ou pluralidade e indícios de ilícito penal a exigir apuração. OBS: O cancelamento das inscrições somente deverá ser efetivado no sistema após a homologação da revisão pelo TRE. A sentença de cancelamento deverá ser específica para cada município abrangido pela revisão e prolatada no prazo máximo de 10 dias contados da data do retorno dos autos ao MP, podendo o TRE fixar prazo inferior. Contra a sentença caberá, no prazo de 3 dias, contados da publicidade, recurso para o TRE. No recurso, os interessados deverão especificar a inscrição questionada, relatando fatos e fornecendo provas, indícios e circunstâncias ensejadoras da alteração pretendida. Transcorrido o prazo recursal, o juiz eleitoral fará minucioso relatório dos trabalhos desenvolvidos, que encaminhará, com os autos do processo de revisão, à Corregedoria Regional Eleitoral. Direito Eleitoral p/ TREMG – Analista Judiciário área Judiciária. Teoria e exercícios comentados. Prof Daniel Mesquita – Aula 01 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 38 de 52 IMPORTANTE: VEJA QUE A CORREGEDORIA REGIONAL ELEITORAL REVISA O TRABALHO DE REVISÃO DO JUIZ ELEITORAL!!! Apreciado o relatório e ouvido o MP, o corregedor regional eleitoral: 1. Indicará providências a serem tomadas, se verificar a ocorrência de vícios comprometedores à validade ou à eficácia dos trabalhos; 2. Submetê-lo-á ao TRE, para homologação, se entender pela regularidade dos trabalhos revisionais. Os recursos interpostos deverão ser remetidos, em autos apartados, à presidência do TRE. Não há previsão de recurso para o TSE. Esses são os principais aspectos da revisão do eleitorado que você deve saber para a prova de Analista do TREMG. Não deixe de ler com atenção o ANEXO I desta aula para relembrar e fixar alguns detalhes, como a atribuição de cada um dos órgãos da Justiça Eleitoral na revisão e, especialmente, em que hipóteses o TSE determina a revisão de ofício e em que hipóteses o TRE pode determinar a revisão. Vamos ao resumo da aula! 12. Resumo da aula Vamos ao resumo da aula! Vimos nessa aula 01 o conceito de alistamento eleitoral: procedimento através do qual se conquista a capacidade eleitoral. O alistamento possui 3 funções básicas: Organizar o eleitorado; Conhecer e declarar o direito ao sufrágio; Qualificar e inscrever o cidadão. O alistamento é condição de elegibilidade (art. 14, §3º, III, CF). Não pode registrar candidatura quem não se alistar; Direito Eleitoral p/ TREMG – Analista Judiciário área Judiciária. Teoria e exercícios comentados. Prof Daniel Mesquita – Aula 01 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 39 de 52 O pretenso candidato a cargo eletivo proporcional ou majoritário deverá fazer prova de que se alistou no período não inferior a 1 ano na circunscrição em que pretende concorrer; Para constituir e registrar partido político, é necessário que todos seus membros fundadores sejam alistados (eleitores). Não se esqueça do seguinte dispositivo constitucional: OLHO ABERTO!!! Excepcionalmente, é permitido (= não haverá a exigência do pagamento da multa) ao brasileiro nato o alistamento tardio, com 19 anos de idade, desde que formule seu requerimento no prazo de 151 dias anteriores à data da eleição. Quanto ao brasileiro naturalizado, não existe exceção, já que deverá requerer seu alistamento eleitoral até 1 ano depois da aquisição da nacionalidade brasileira. Se alistar posteriormente, deverá pagar multa (art. 8º do CE e art. 15 da Res.TSE nº 21.538/03). NÃO SE ESQUEÇA: Já informamos que o TSE admite o alistamento do menor de 16 anos, desde que complete esta idade até a data das eleições (art. 14 da Resolução nº 21.538/2003). Já que o voto é obrigatório, quais são as conseqüências para aqueles que deixam de votar? Segundo o art. 80 da Resolução TSE nº 21.538/2003, o eleitor que deixar de votar e não se justificar perante o juiz eleitoral até 60 Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante: I - plebiscito; II - referendo; III - iniciativa popular. § 1º - O alistamento eleitoral e o voto são: I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos; II - facultativos para: a) os analfabetos; b) os maiores de setenta anos; c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos. § 2º - Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o período do serviço militar obrigatório, os conscritos. Direito Eleitoral p/ TREMG – Analista Judiciário área Judiciária. Teoria e exercícios comentados. Prof Daniel Mesquita – Aula 01 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 40 de 52 dias após a realização da eleição incorrerá em multa imposta pelo juiz eleitoral. Para eleitor que se encontrar no exterior na data do pleito, o prazo é de 30 dias contados do seu retorno ao país. Se o eleitor deixar de votar em 3 eleições consecutivas, terá sua inscrição cancelada. ATENÇÃO!!! O TSE já pacificou o entendimento de que o domicílio eleitoral não se confunde com o domicílio civil, já que aquele, mais flexível e elástico, identifica-se com a residência e o lugar onde o interessado tem vínculos (políticos, sociais, patrimoniais, negócios). Lembre-se que, para efeito de candidatura aos cargos eletivos, deve- se estar inscrito no domicílio em que se queira concorrer há pelo menos 1 ano antes do pleito, valendo a data do requerimento para efeito dessa contagem. O procedimento para alistamento eleitoral, mediante processamento de dados, é dividido em 3 fases: qualificação, inscrição e deferimento. O é o documento solene e formal que comprova a condição de eleitor (capacidade eleitoral ativa), sendo emitido pela Justiça Eleitoral e, obrigatoriamente, por computador. A fiscalização do procedimento de alistamento eleitoral incumbe aos partidos políticos, na pessoa de seus delegados (2 perante o TRE e até 3 em cada zona eleitoral),
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