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Aula 01 Alistamento eleitoral

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Direito Eleitoral p/ TREMG – Analista Judiciário 
área Judiciária. Teoria e exercícios comentados. 
Prof Daniel Mesquita – Aula 01 
 
 
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AULA 01: Alistamento eleitoral. 
 
 
SUMÁRIO PÁGINA 
1. INTRODUÇÃO 2 
2. CONCEITO DE ALISTAMENTO 2 
3. OBRIGATORIEDADE, FACULTATIVIDADE E VEDAÇÃO DO 
ALISTAMENTO E DO VOTO 4 
4. PROCEDIMENTO PARA O ALISTAMENTO 10 
5. FISCALIZAÇÃO DO ALISTAMENTO 16 
6. ADMINISTRAÇÃO E ACESSO ÀS INFORMAÇÕES DO CADASTRO 
ELEITORAL 17 
7. DUPLICIDADE E PLURALIDADE 18 
8. REVISÃO E 2ª VIA 23 
9. TRANSFERÊNCIA 24 
10. CANCELAMENTO E EXCLUSÃO 27 
10.1. CAUSAS 28 
10.1.1. INALISTÁVEIS 28 
10.1.2. DOMICÍLIO ELEITORAL DIVERSO 29 
10.1.3. SUSPENSÃO OU PERDA DOS DIREITOS POLÍTICOS 29 
10.1.4. PLURALIDADE DE INSCRIÇÕES 29 
10.1.5. FALECIMENTO 29 
10.1.6. ABSTENÇÃO REITERADA 30 
10.1.7. REVISÃO DO ELEITORADO 30 
10.2. PROCEDIMENTO 31 
11. REVISÃO DO ELEITORADO 33 
12. RESUMO DA AULA 38 
Direito Eleitoral p/ TREMG – Analista Judiciário 
área Judiciária. Teoria e exercícios comentados. 
Prof Daniel Mesquita – Aula 01 
 
 
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13. QUESTÕES 44 
14. REFERÊNCIAS 48 
15. ANEXO I – RESOLUÇÃO Nº 21.538 (REVISÃO DE ELEITORADO) 48 
 
1. Introdução 
 
Iniciamos agora nossa aula 01 de direito eleitoral, do curso 
preparatório para o concurso de Analista Judiciário– Área Judiciária – do 
TREMG. 
Não me canso de dizer que o direito eleitoral é a disciplina 
fundamental para os concursos do TREMG. Afinal, como você vai trabalhar 
num tribunal eleitoral sem saber direito eleitoral? 
Nesta aula 01, abordaremos a matéria “Alistamento eleitoral: 
(Resolução TSE n.º 21.538/03, publicada no Diário da Justiça da União de 
03 de novembro de 2003 e alterações posteriores); Ato e efeitos da 
inscrição, transferência e encerramento. Cancelamento e exclusão do 
eleitor; Revisão Eleitoral; Domicílio eleitoral.”. 
Essa resolução trata sobre alistamento. Não tem mistério! 
Não se esqueça que, ao final, você terá um resumo da aula e as 
questões tratadas ao longo dela. 
 
2. Conceito de alistamento 
 
O alistamento eleitoral não é inédito para você que vem nos 
acompanhando desde a aula 00. Vimos em nossa aula inaugural que o 
alistamento eleitoral (AL) é uma condição de elegibilidade. Ele se traduz 
no processo por meio do qual o cidadão é qualificado e inscrito no rol de 
eleitores. Vimos também que não é possível o alistamento eleitoral do 
menor de 16 anos (a não ser que ele tenha 15 anos e venha a completar 
Direito Eleitoral p/ TREMG – Analista Judiciário 
área Judiciária. Teoria e exercícios comentados. 
Prof Daniel Mesquita – Aula 01 
 
 
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essa idade até a data da eleição). Vimos, ainda, que a Constituição veda 
o alistamento eleitoral dos estrangeiros e dos conscritos. 
Outra característica do alistamento que vimos é que o alistamento e 
o voto, no Brasil, são obrigatórios para os maiores de 18 anos e 
facultativos para os analfabetos, os maiores de setenta anos e os 
maiores de 16 e menores de 18 anos, considerando a data das 
eleições (art. 14, § 1º, da Constituição). 
Diferenciamos também a capacidade política do alistamento eleitoral. 
A primeira consiste no direito subjetivo de votar e ser votado, o segundo 
é a qualificação e a inscrição do eleitor, por meio dos quais ele adquire a 
primeira. 
Hoje, prosseguimos na análise desse importante instituto que 
significa o ingresso formal do cidadão na atividade política do país. 
Não há como iniciar o estudo de um instituto jurídico sem apresentar 
seu conceito. Observe que o núcleo do conceito de alistamento é um só: 
através dele se conquista a capacidade eleitoral. 
De acordo com Armando Antônio Sobreira Neto, “é o ato pelo qual o 
indivíduo se habilita, perante a Justiça Eleitoral, como eleitor e sujeito de 
direitos políticos, conquistando a capacidade eleitoral ativa (direito de 
votar).” (Direito eleitoral – teoria e prática, 2004). 
Noutro giro, abordando uma visão mais prática, entende Marcos 
Ramayana que o alistamento decorre de um procedimento administrativo 
cartorário que se perfaz pelo preenchimento do requerimento de 
alistamento eleitoral (ERA), na forma determinada pela Resolução nº 
21.538/2003. A pessoa qualifica-se e inscreve-se como eleitor, passando 
a ter o atributo jurídico constitucional da cidadania, podendo votar, ou 
seja, exteriorizar sua capacidade eleitoral ativa. 
O alistamento possui 3 funções básicas: 
Organizar o eleitorado; 
Conhecer e declarar o direito ao 
sufrágio; 
Qualificar e inscrever o cidadão. 
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Importante salientar, ainda, algumas regras fundamentais 
relacionadas ao alistamento eleitoral. 
A primeira delas é o que acabamos de mencionar: 
 O alistamento é condição de elegibilidade (art. 14, §3º, III, 
CF). Não pode registrar candidatura quem não se alistar; 
 O pretenso candidato a cargo eletivo proporcional ou 
majoritário deverá fazer prova de que se alistou no período não 
inferior a 1 ano na circunscrição em que pretende concorrer; 
 Para constituir e registrar partido político, é necessário que 
todos seus membros fundadores sejam alistados (eleitores). 
 As regras sobre alistamento eleitoral estão disciplinadas nos arts. 
42 a 81 do Código Eleitoral, na Lei nº 7.444/85 e na Resolução nº 
21.538/2003 do TSE. 
DICA: priorize o texto da referida Resolução, pois este condensou, 
incorporou e tornou congruentes diversos aspectos da matéria, facilitando 
a compreensão. 
 
3. Obrigatoriedade, facultatividade e vedação do 
alistamento e do voto 
 
Como vimos, segundo o art. 14, §1º, I, CF, o alistamento eleitoral é 
OBRIGATÓRIO para os brasileiros natos e naturalizados, maiores de 18 
anos, de ambos os sexos. 
 
 
 
 
 
 
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OLHO ABERTO!!! Excepcionalmente, é permitido (= não haverá a 
exigência do pagamento da multa) ao brasileiro nato o alistamento tardio, 
com 19 anos de idade, desde que formule seu requerimento no prazo de 
151 dias anteriores à data da eleição. Quanto ao brasileiro naturalizado, 
não existe exceção, já que deverá requerer seu alistamento eleitoral até 1 
ano depois da aquisição da nacionalidade brasileira. Se alistar 
posteriormente, deverá pagar multa (art. 8º do CE e art. 15 da Res.TSE 
nº 21.538/03): 
 
 
 
 
 
Pelo mesmo dispositivo constitucional acima transcrito, concluímos 
que é FACULTATIVO o alistamento para os analfabetos, os maiores de 70 
anos e os maiores de 16 e menores de 18 anos (art. 14, §1º, II, CF). 
Quanto aos INALISTÁVEIS, a Constituição Federal elenca 5 situações, 
além dos menores de 16 anos de idade: 
1. Os estrangeiros (art. 14, §2º, CF); 
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto 
direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante: 
I - plebiscito; 
II - referendo; 
III - iniciativapopular. 
§ 1º - O alistamento eleitoral e o voto são: 
I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos; 
II - facultativos para: 
a) os analfabetos; 
b) os maiores de setenta anos; 
c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos. 
§ 2º - Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o 
período do serviço militar obrigatório, os conscritos. 
 
Art. 15. O brasileiro nato que não se alistar até os 19 anos ou o naturalizado que 
não se alistar até um ano depois de adquirida a nacionalidade brasileira 
incorrerá em multa imposta pelo juiz eleitoral e cobrada no ato da inscrição. 
Parágrafo único. Não se aplicará a pena ao não-alistado que requerer sua 
inscrição eleitoral até o centésimo qüinquagésimo primeiro dia anterior à eleição 
subseqüente à data em que completar 19 anos (Código Eleitoral, art. 8º c.c. a 
Lei nº 9.504/97, art. 91). 
 
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2. Os conscritos (homens que estão prestando serviço militar 
obrigatório para as Forças Armadas), de acordo com o art. 14, 
§2º, CF; 
3. Os que tenham perdido os direitos políticos em razão de 
cancelamento de naturalização por sentença transitada em 
julgada, por prática de atividade nociva ao interesse nacional 
(art. 15, I, CF); 
4. Os que tenham perdido os direitos políticos em razão de 
aquisição de outra nacionalidade por naturalização voluntária, 
salvo nos casos de reconhecimento de nacionalidade originária 
ou de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao 
brasileiro residente em estado estrangeiro, como condição para 
permanência em seu território ou para o exercício de direitos 
civis (art. 12, §4º, II, “a” e “b”, CF); 
5. Os que tenham seus direitos políticos suspensos, nos casos de: 
● Incapacidade civil absoluta (art. 15, II, CF); 
● Condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem 
seus efeitos (art. 15, III); 
● Recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação 
alternativa (art. 15, IV, CF); e 
● Improbidade administrativa (art. 15, V, CF). 
NÃO SE ESQUEÇA: Já informamos que o TSE admite o alistamento 
do menor de 16 anos, desde que complete esta idade até a data das 
eleições (art. 14 da Resolução nº 21.538/2003). 
Já que o voto é obrigatório, quais são as conseqüências para aqueles 
que deixam de votar? 
Vimos isso na nossa aula demonstrativa, mas CUIDADO, o Código 
Eleitoral também já foi superado nesse ponto! 
Segundo o art. 80 da Resolução TSE nº 21.538/2003, o eleitor que 
deixar de votar e não se justificar perante o juiz eleitoral até 60 
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dias após a realização da eleição incorrerá em multa imposta pelo juiz 
eleitoral. Para eleitor que se encontrar no exterior na data do pleito, o 
prazo é de 30 dias contados do seu retorno ao país. 
Percebeu? O prazo para o eleitor que não votou se justificar é de 60 
dias e não de 30 como está no Código Eleitoral. Isso porque, a Lei nº 
6.091/74 dispõe, em seu art. 16, que a justificativa da falta se dá em até 
60 dias. Essa lei, por ser posterior ao Código Eleitoral, é a que prevalece, 
conforme o art. 80 da Resolução. 
Se o eleitor deixar de votar em 3 eleições consecutivas, terá 
sua inscrição cancelada. 
Sempre que alguém não votar em 3 eleições consecutivas a inscrição 
dele será cancelada? 
Não, se ele apresentou justificativa ao juiz eleitoral e essa 
justificativa foi acolhida, não há cancelamento. O pedido de justificação 
será sempre dirigido ao juiz eleitoral da zona de inscrição, podendo ser 
formulado na zona eleitoral em que se encontrar o eleitor, a qual 
providenciará sua remessa ao juízo competente. 
Também não há cancelamento se o faltoso efetuou o pagamento de 
multa. A fixação do valor da multa pelo não-exercício do voto será entre o 
mínimo de 3% e o máximo de 10% do valor utilizado como base de 
cálculo (base de cálculo = último valor fixado para a Ufir, multiplicado 
pelo fator 33,02). 
Todos estarão sujeitos ao cancelamento se não votarem por 3 
eleições consecutivas? 
Não, ficam excluídos do cancelamento os eleitores que, por 
prerrogativa constitucional, não estejam obrigados ao exercício do voto. 
O alistando ou o eleitor que comprovar, na forma da lei, seu estado 
de pobreza, perante qualquer juízo eleitoral, ficará isento do pagamento 
da multa. 
IMPORTANTE você deve saber sobre a não aplicação da multa à 
pessoa portadora de deficiência que torne impossível ou 
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demasiadamente oneroso o cumprimento das obrigações eleitorais, 
relativas ao alistamento e ao exercício de voto. 
 
 
 
1) (FCC/TRE-AM/Analista Judiciário/2010) João completou 18 anos de 
idade; Juan é brasileiro naturalizado; Pedro tem 15 anos de idade e 
completará 16 anos na data do pleito; Paulo era analfabeto, mas deixou 
de sê-lo; e Manuel é português e está trabalhando em um empresa no 
Brasil. É facultativo o alistamento eleitoral de: 
(A) Juan e Paulo 
(B) Juan e Manuel 
(C) Juan e Pedro 
(D) Paulo 
(E) Pedro 
 
 Com base no que foi visto, podemos analisar: o alistamento 
eleitoral de João é obrigatório, pois ele possui mais de 18 anos; o de Juan 
é obrigatório, pois ele é brasileiro naturalizado e a questão não especifica 
sua idade, situação em que se deve seguir a regra da obrigatoriedade; o 
de Pedro é facultativo, pois, embora ele tenha 15 anos, na data do pleito 
ele terá 16 anos, podendo alistar-se, por opção; o de Paulo é obrigatório, 
pois ele deixou de ser analfabeto, não sendo mais facultativo seu 
alistamento; por fim, Manuel é inalistável, em razão de ser estrangeiro. 
Portanto, resta claro que a resposta da questão é a letra E. 
 
2) (CONSULPLAN/TRE-SC/Analista Judiciário/2008) O alistamento eleitoral 
é vedado aos: 
(A) Estrangeiros e analfabetos. 
(B) Analfabetos e menores de 16 anos. 
(C) Menores de 16 anos e conscritos, durante o período de serviço militar 
obrigatório. 
(D) Estrangeiros e militares aspirantes a oficiais. 
(E) Maiores de 70 anos e analfabetos. 
 
 O item A está incorreto, pois os analfabetos não são inalistáveis, 
eles podem alistar-se facultativamente. O item B também está incorreto, 
pela mesma razão. O item D está errado porque os militares inalistáveis 
Questões de 
concurso 
 
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são os conscritos e não os aspirantes a oficiais. Por último, a letra E está 
errada porque os maiores de 70 anos, assim como os analfabetos, podem 
alistar-se de forma facultativa. Logo, a resposta correta é a letra C. 
 
3) (FCC/TRE-SP/Analista Judiciário/2006) Tício é brasileiro naturalizado, 
alfabetizado e tem 40 anos de idade. Paulus é brasileiro nato, tem 18 
anos de idade, mas é analfabeto. Petrus é brasileiro nato, alfabetizado e 
tem 72 anos de idade. O alistamento eleitoral e o voto são 
(A) obrigatórios para Tício e facultativos para Paulus e Petrus. 
(B)facultativos para Tício e Paulus e obrigatórios para Petrus. 
(C) facultativos para Tício e Petrus e obrigatórios para Paulus. 
(D) obrigatórios para Tício, Paulus e Petrus. 
(E) facultativos para Tício, Paulus e Petrus. 
 
 Como já estudamos, é fácil perceber que Tício deve alistar-se 
obrigatoriamente, por ser brasileiro, mesmo que naturalizado, maior de 
18 anos de idade. Paulus pode alistar-se facultativamente, por ser 
analfabeto, assim como Petrus, mas este por ser maior de 70 anos de 
idade. Logo, a resposta correta é letra A. 
 
4) (CONSULPLAN/TRE-RS/Técnico Administrativo/2008) Marque a 
alternativa INCORRETA: (com adaptações) 
a) Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o 
serviço militar obrigatório, os conscritos. 
 b) De acordo com a Constituição da República Federativa do Brasil a lei 
que alterar o processo eleitoral só poderá entrar em vigor após um ano de 
sua publicação. 
e) São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos. 
 
O item A é moleza! Lembra das 5 situações de inalistáveis que a 
Constituição prevê? Essas são as duas primeiras situações. Por isso o item 
está correto. 
Com relação ao item B, a Constituição prevê no art. 16 que o 
processo eleitoral entrará em vigor na data da sua publicação, 
entretanto, a nova regra não será aplicada à eleição que ocorra até 1 
ano da data de sua vigência. O item está errado, pois diz que a lei entra 
em vigor após um ano de sua publicação. 
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A letra E tenta confundir a sua cabeça, mas não caia nessa. Aqueles 
que não podem se alistar não podem se eleger, pois o alistamento 
eleitoral é condição de elegibilidade. A Constituição informa também que 
o analfabeto é inelegível. Assim, são inelegíveis os inalistáveis e também 
os analfabetos: a questão está correta. 
Assim, a alternativa incorreta é a letra B. 
 
4. Procedimento para o alistamento 
 
 Para que a pessoa seja sujeito de direitos políticos e esteja 
habilitada ao exercício do sufrágio, faz-se necessário que requeira, 
perante o Cartório Eleitoral ou Posto de Alistamento do seu domicílio 
eleitoral, o respectivo alistamento. 
Não se admite requerimento de alistamento por procuração, 
esse ato é personalíssimo. 
O trabalhador pode se ausentar do trabalho para realizar 
alistamento? Por quanto tempo? Haverá prejuízo no salário? 
Para requerer o alistamento eleitoral ou a transferência de domicílio, 
o empregado das empresas privadas e os servidores públicos em geral 
poderão se ausentar do serviço, sem qualquer prejuízo do salário ou 
remuneração, por até 2 dias. 
Segundo o art. 42, parágrafo único, do Código Eleitoral, domicílio 
eleitoral é o lugar de residência ou moradia do requerente, e, verificado 
ter o alistando mais de uma, considerar-se-á domicílio qualquer delas. 
ATENÇÃO!!! O TSE já pacificou o entendimento de que o domicílio 
eleitoral não se confunde com o domicílio civil, já que aquele, mais 
flexível e elástico, identifica-se com a residência e o lugar onde o 
interessado tem vínculos (políticos, sociais, patrimoniais, negócios). 
Lembre-se que, para efeito de candidatura aos cargos eletivos, deve-
se estar inscrito no domicílio em que se queira concorrer há pelo menos 
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1 ano antes do pleito, valendo a data do requerimento para efeito 
dessa contagem. 
O procedimento para alistamento eleitoral, mediante processamento 
de dados, é dividido em 3 fases: qualificação, inscrição e deferimento: 
 QUALIFICAÇÃO – ato pela qual a pessoa faz prova de que é alistável 
e que preenche todos os requisitos, inclusive idade mínima. 
 O art. 13 da Resolução do TSE nº 21.538/2003 prevê que o 
requerente deve apresentar um dos seguintes documentos do qual se 
infira a nacionalidade brasileira: 
1. Carteira de identidade ou carteira emitida pelos órgãos criados 
por lei federal, controladores do exercício profissional (ex: OAB); 
ou 
2. Cerificado de quitação do serviço militar (OBS: a apresentação 
desse documento é obrigatória para maiores de 18 anos, do sexo 
masculino); ou 
3. Certidão de nascimento ou casamento, extraída do Registro Civil; 
ou 
4. Instrumento público do qual se infira, por direito, ter o 
requerente a idade mínima de 16 anos e do qual constem, 
também, os demais elementos necessários á sua qualificação. 
INSCRIÇÃO – Após comprovar que não há óbice ao alistamento, o 
serventuário do Cartório Eleitoral preenche um formulário oficial 
padronizado. Ao ato de preenchimento do Requerimento de 
Alistamento Eleitoral (RAE) chamamos de inscrição eleitoral. 
Esse requerimento serve para a entrada de dados, qualificando e 
inscrevendo o eleitor em uma determinada zona eleitoral (menor fração 
territorial dentro de uma circunscrição eleitoral). 
Mas será que o RAE é utilizado somente para o alistamento? 
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Não, ele há 4 operações que podem ser realizadas como o 
Requerimento de Alistamento Eleitoral, quais sejam, o alistamento, a 
transferência, a revisão e a 2ª via. 
Alistamento (Operação 01); 
Transferência (Operação 03); 
Revisão (Operação 5); 
2ª via (Operação 7). 
 
Apenas servidor da Justiça Eleitoral pode preencher o Requerimento 
de Alistamento Eleitoral, digitando as informações pessoais do eleitor. 
Além disso, o eleitor deverá estar presente no momento do 
preenchimento, pois a assinatura do requerimento ou a aposição da 
impressão digital do polegar será feita na presença do servidor da Justiça 
Eleitoral, que deverá atestar, de imediato, a satisfação dessa exigência. 
O número da inscrição eleitoral é composto de 12 algarismos, por 
Unidade da Federação, sendo os estados representados por 2 dígitos (ex: 
01 – São Paulo, 02 – Minas Gerais, 28 – Exterior - ZZ) e os 2 dígitos 
finais são denominados verificadores. Confira a redação do art. 12 da 
Resolução nº 21.538: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Art. 12. Os tribunais regionais eleitorais farão distribuir, observada a 
seqüência numérica fornecida pela Secretaria de Informática, às zonas 
eleitorais da respectiva circunscrição, séries de números de inscrição eleitoral, 
a serem utilizados na forma deste artigo. 
Parágrafo único. O número de inscrição compor-se-á de até 12 algarismos, 
por unidade da Federação, assim discriminados: 
a) os oito primeiros algarismos serão seqüenciados, desprezando-se, na 
emissão, os zeros à esquerda; 
b) os dois algarismos seguintes serão representativos da unidade da 
Federação de origem da inscrição, conforme códigos constantes da seguinte 
tabela: 
(...) 
c) os dois últimos algarismos constituirão dígitos verificadores, determinados 
com base no módulo 11, sendo o primeiro calculado sobre o número 
seqüencial e o último sobre o código da unidade da Federação seguido do 
primeiro dígito verificador. 
 
 
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DEFERIMENTO - após a fase de inscrição, o Requerimento de 
Alistamento Eleitoral, devidamente instruído com a documentação 
pertinente, é encaminhado ao Juiz Eleitoral para decisão. 
Se o magistrado, sob fiscalização do Ministério Público Eleitoral e dos 
partidos políticos, verificar que não há vedação ao alistamento, assinará o 
documento e determinará que o título seja entregue ao eleitor, após a 
assinatura deste no Protocolo de Entrega do Título Eleitoral. 
Para você não se esquecer, apresentamos a seguinte sequência: 
 
Qualificação Inscrição Deferimento 
 
O é o documento solene e formal que 
comprova a condição de eleitor (capacidade eleitoral ativa), sendo emitido 
pela Justiça Eleitoral e, obrigatoriamente, por computador. 
Você sabe o que deve constar no título de eleitor? Dele devem 
constar, em espaços próprios: 
 o nome do eleitor; 
 a data do seu nascimento; 
 a unidade da federação; 
 o Município; 
 a Zona e a Seção Eleitoral onde o leitor vota; 
 o número da inscrição eleitoral; 
 a data de emissão; 
 a assinatura do Juiz Eleitoral (pode ser eletrônica); 
 a assinatura do eleitor ou a impressão digital de seu polegar 
(se não souber assinar); 
 se for o caso, a expressão “segunda via” (art. 23 da Resolução 
TSE nº 21.538/2003). 
 Conforme preceitua o art. 26 da mencionada Resolução, o título 
eleitoral prova a quitação do eleitor para com a Justiça Eleitoral até a data 
de sua emissão. Nas hipóteses de alistamento, transferência, revisão e 
título eleitoral 
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segunda via, a data da emissão do título será a de preenchimento do 
requerimento (art. 23, §2º da Resolução TSE nº 21.538/2003). 
A entrega do título é sempre pessoal, através de comprovação de 
documento oficial de identidade do eleitor. Juntamente com o título 
eleitoral, será emitido protocolo de entrega do título eleitoral (Pete). 
NOVIDADE!!! Título NET – Desde a data de 6 de julho de 2009, a 
Justiça Eleitoral passou a disponibilizar os serviços de alistamento, 
transferência ou revisão por meio da rede mundial de computadores. Os 
cidadãos podem iniciar, pela Internet, a postulação dos referidos serviços, 
bem como a atualização “on line” das obrigações eleitorais. Após efetuar 
o requerimento no meio virtual, o eleitor deverá comparecer ao 
Cartório Eleitoral ou Posto de Atendimento, com a documentação 
exigida, para concluir os serviços e receber o título. 
A fiscalização do procedimento de alistamento eleitoral incumbe aos 
partidos políticos, na pessoa de seus delegados (2 perante o TRE e até 
3 em cada zona eleitoral), e ao Ministério Público Eleitoral, na pessoa 
do Promotor de Justiça Eleitoral. 
A eles a lei eleitoral outorgou legitimidade para impugnar o ato 
judicial que deferiu o pedido de alistamento eleitoral, no prazo de 10 
dias, contados a partir da colocação da listagem contendo a relação das 
inscrições incluídas no cadastro eleitoral. Essa listagem é posta à 
disposição pelo Cartório Eleitoral nos dias 1º e 15 de cada mês ou no 1º 
dia útil seguinte a essas datas. 
No caso de indeferimento do pedido de alistamento, o próprio 
eleitor tem legitimidade para interpor recurso, no prazo de 5 dias, 
contados da data do despacho indeferitório. 
Assim, quanto às impugnações e recursos contra o alistamento, 
temos: 
 
Ato do juiz Impugnação/Recurso Legitimidade Prazo 
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eleitoral 
Deferiu 
alistamento 
Impugnação Partido político 
ou MP 
10 dias 
Indeferiu 
alistamento 
Recurso Próprio eleitor 5 dias 
 
Destaca-se que os partidos políticos e o Ministério Público possuem 
legitimidade para TODOS os recursos eleitorais, considerando a amplitude 
de suas fiscalizações e a garantia necessária do regime democrático. Além 
disso, as irregularidades verificadas por eles em todo o processo eleitoral 
devem ser encaminhadas ao juiz eleitoral. 
O alistamento eleitoral deve ser encerrado na data prevista em lei. 
 ATENÇÃO!!! Nenhum alistamento ou pedido de transferência será 
admitido no período de 150 dias anteriores a qualquer eleição. 
 Por fim, convém salientar que, se o brasileiro nato não se alistar até 
os 19 anos de idade, incorrerá em multa a ser arbitrada pelo Juiz Eleitoral 
e cobrada no ato da inscrição. Idêntica situação está sujeito o brasileiro 
naturalizado que não se alistar eleitor até 1 ano depois de requerida a 
nacionalidade brasileira. 
 
 
 
 
5) (FCC/TRE-MG/Analista Judiciário/2005) Considere as proposições 
abaixo, relativas ao alistamento eleitoral. 
I – No momento da formalização do pedido de alistamento eleitoral, o 
requerente manifestará sua preferência sobre local de votação, dentre os 
estabelecidos para a zona eleitoral. 
II – No ano em que se realizarem as eleições, o menor que completar 16 
anos entre o encerramento do prazo fixado para requerimento de 
inscrição eleitoral ou transferência e a data do pleito não poderá alistar-
se. 
III – O analfabeto, que deixar de sê-lo, deverá requerer sua inscrição 
eleitoral, para não incorrer em multa. 
IV – A certidão de casamento, extraída do Registro Civil, é documento 
hábil para o alistamento. 
Questão de 
concurso 
 
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Está correto o que contém APENAS em 
(A) I, III e IV. 
(B) II, III e IV. 
(C) II e IV. 
(D) III. 
(E) IV. 
 
 Vamos à análise dos itens da questão. O item I está correto, pois, 
como vimos, faculta-se ao eleitor exercer uma preferência sobre o local 
de votação com a consulta e informação da relação de todas as seções 
que pertencem à zona eleitoral. O item II está incorreto, pois é possível o 
alistamento do menor de 16 anos, desde que complete essa idade até a 
data do pleito. O item III está certo, já que o analfabeto que deixa de sê-
lo deve alistar-se obrigatoriamente, sob pena de multa. Por último, o item 
IV é correto, pois a certidão de casamento é documento hábil para 
requerer o alistamento eleitoral, conforme prevê o art. 13, “c”, Res. TSE 
nº 21.538/2003. Logo, a resposta certa é a letra A. 
 
5. Fiscalização do alistamento 
 
 Pela leitura do quadro acima fica fácil imaginar quem fiscaliza o 
alistamento: partidos políticos e Ministério Público Eleitoral. 
Incumbe aos partidos políticos fiscalizar todo o processo eleitoral, 
que se inicia com o alistamento e se finaliza com a diplomação dos 
eleitos. Idêntica atribuição cabe ao Ministério Público Eleitoral, que 
deverá, inclusive, denunciar as tentativas de fraudes e zelar pela 
intangibilidade do regime democrático. O Ministério Público e os partidos 
políticos podem receber notícias de tentativas de inscrições fraudulentas, 
encaminhando as irregularidades verificadas ao juiz eleitoral. 
 Observe o que consta do art. 27 da Resolução do TSE nº 
21.538/2003: 
 
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 De acordo com o que preceitua o art. 28 da Resolução do TSE nº 
21.538/2003, os partidos políticos poderão manter até 2 delegados 
perante o TRE e até 3 delegados em cada zona eleitoral, que se 
revezarão, não sendo permitida a atuação simultânea de mais de um 
delegado de cada partido. Na zona eleitoral, os delegados serão 
credenciados pelo juiz eleitoral. Os delegados credenciados no TRE 
poderão representar o partido, na circunscrição, perante qualquer juízo 
eleitoral. 
O Ministério Público exerce a função de fiscal da ordem jurídica 
eleitoral, logo sua atuação se dá de forma obrigatória em todos os termos 
do processo eleitoral, inclusive nas questões dos procedimentos sobre 
alistamento eleitoral (primeira fase do processo eleitoral). 
 
6. Administração e acesso às informações do 
cadastro eleitoral 
 
 A execução dos serviços de processamento eletrônico de dados, na 
Justiça Eleitoral, será realizada por administração direta do TRE, em cada 
Art. 27. Os partidos políticos, por seus delegados, poderão: 
I - acompanhar os pedidos de alistamento, transferência, revisão, segunda via 
e quaisquer outros, até mesmo emissão e entrega de títulos eleitorais, 
previstos nesta resolução; 
II - requerer a exclusão de qualquer eleitor inscrito ilegalmente e assumir a 
defesa do eleitor cuja exclusão esteja sendo promovida; 
III - examinar, sem perturbação dos serviços e na presença dos servidores 
designados, os documentos relativos aos pedidos de alistamento, 
transferência, revisão, segunda via e revisão de eleitorado, deles podendo 
requerer, de forma fundamentada, cópia, sem ônus para a Justiça Eleitoral. 
Parágrafo único. Qualquer irregularidade determinante de cancelamento de 
inscrição deverá ser comunicada por escrito ao juiz eleitoral, que observará o 
procedimento estabelecido nos arts. 77 a 80 do Código Eleitoral. 
 
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circunscrição, sob a orientação e supervisão do TSE e na conformidade de 
suas instruções. 
ATENÇÃO!!! O cadastro eleitoral e as informações resultantes de sua 
manutenção serão administrados, exclusivamente, pela Justiça Eleitoral 
As informações constantes do cadastro eleitoral serão acessíveis às 
instituições públicas e privadas e às pessoas físicas. Entretanto, em 
resguardo da privacidade do cidadão, não se fornecerão informações de 
caráter personalizado (= filiação, data de nascimento, profissão, estado 
civil, escolaridade, telefone e endereço), constantes do cadastro eleitoral 
(art. 29 da Resolução TSE nº 21.538/2003). 
Há hipóteses, contudo em que é possível o acesso às informações de 
caráter personalizado. Quais hipóteses seriam essas? 
A própria Resolução nº 21.538/2003 cuidou de especificar essas 
hipóteses, vejamos: 
 
 
 
 
 
 
ATENÇÃO!!! Os juízes e os tribunais eleitorais não fornecerão dados 
do cadastro de eleitores não pertencentes a sua jurisdição. 
O uso dos dados de natureza estatística do eleitorado ou de pleito 
eleitoral obriga a quem os tenha adquirido a citar a fonte e a assumir 
responsabilidade pela manipulação inadequada ou extrapolada das 
informações obtidas (art. 32 da Resolução TSE nº 21.538/2003). 
 
7. Duplicidade e pluralidade 
 
 O tema refere-se ao batimento ou cruzamento de informações 
constantes do cadastro eleitoral, evitando-se a emissão ou permanência 
a) pelo eleitor sobre seus dados pessoais; 
b) por autoridade judicial e pelo Ministério Público, vinculada a utilização das 
informações obtidas, exclusivamente, às respectivas atividades funcionais; 
c) por entidades autorizadas pelo Tribunal Superior Eleitoral, desde que exista 
reciprocidade de interesses (Lei nº 7.444/85, art. 4º). 
 
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de mais de um título ou inscrição eleitoral. Esse procedimento é essencial 
para a lisura e a segurança do processo eleitoral, pois coíbe a existência 
de eleitores fantasmas ou eleitores que votam por várias vezes. 
 O batimento ou cruzamento das informações constantes do 
cadastro eleitoral tem como objetivos: 
 apurar possíveis duplicidades ou pluralidades de inscrições 
eleitorais; 
 e identificar situações que exijam averiguação e será 
realizado pelo TSE, em âmbito nacional. 
 Tamanha a importância do batimento que as operações de 
alistamento, transferência e revisão somente serão incluídas no cadastro 
ou efetivadas após submetidas a batimento. 
Se verificada uma inscrição agrupada em duplicidade ou pluralidade, 
ela ficará sujeita a apreciação e decisão de autoridade judiciária. 
 O eleitor, de forma não rara, por vezes dirige-se à zona eleitoral 
para requerer nova inscrição, quando já detentor de outra(s) em 
circunscrições diversas. Cumpre verificar, por meio de procedimento 
administrativo cartorário, se o eleitor agiu de forma dolosa (a pedido do 
candidato) ou culposa, pois sua inscrição poderá ser fraudulenta e o 
eleitor responsabilizado criminalmente. 
 Colocada à disposição a relação de eleitores agrupados, o juiz 
eleitoral fará publicar edital, pelo prazo de 3 dias, para conhecimento dos 
interessados. 
 Todo eleitor que tiver sua inscrição não liberada em decorrência do 
cruzamento de informações deverá ser notificado para, se o desejar, 
requerer regularização de sua situação eleitoral, no prazo de 20 dias, 
contados da data de realização do batimento. 
 Note quais são as providências que a autoridade judiciária deverá 
tomar após recebida a comunicação de coincidência: 
 
 
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Não poderá ser objeto de transferência, revisão ou 2ª via, inscrição 
agrupada em duplicidade ou pluralidade. 
Encerrado o prazo para exame e decisão dos casos de duplicidade ou 
pluralidade, não existindo decisão de autoridade judiciária, a inscrição 
liberada passará a figurar como regular e a não-liberada como cancelada, 
caso exista no cadastro. 
Identificada situação em que um mesmo eleitor possua 2 ou 
mais inscrições liberadas ou regulares, agrupadas ou não pelo 
batimento, o cancelamento de uma ou mais delas deverá, 
preferencialmente, recair: 
1. Na inscrição mais recente, efetuada contrariamente às instruções 
em vigor; 
2. Na inscrição que não corresponda ao domicílio eleitoral do 
eleitor; 
3. Naquela cujo título não haja sido entregue ao eleitor; 
Recebida a comunicação da coincidência, a autoridade judiciária deverá, de 
ofício e imediatamente: 
I - determinar sua autuação; 
II - determinar a regularização da situação da inscrição do eleitor que não 
possuir outra inscrição liberada, independentemente de requerimento, desde 
que constatado que o grupo é formado por pessoas distintas; 
III - determinar as diligências cabíveis quando não for possível identificar de 
pronto se a inscrição pertence ou não a um mesmo eleitor; 
IV - aguardar, sendo o caso, o comparecimento do eleitor ao cartório durante 
os 20 dias que lhe são facultados para requerer regularização de situaçãoeleitoral; 
V - comparecendo o eleitor ao cartório, orientá-lo, conforme o caso, a 
preencher o Requerimento para Regularização de Inscrição - RRI, ou a 
requerer, oportunamente, transferência, revisão ou segunda via; 
VI - determinar o cancelamento da(s) inscrição(ões) que comprovadamente 
pertença(m) a um mesmo eleitor, assegurando a cada eleitor apenas uma 
inscrição; 
VII - dar publicidade à decisão; 
VIII - promover a digitação da decisão; 
IX - adotar demais medidas cabíveis. 
 
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4. Naquela cujo título não haja sido utilizado para o exercício do 
voto na última eleição; 
5. Na mais antiga. 
 
 
6) (FCC/TRE-AM/Analista Judiciário/2010) Identificada situação em que 
um mesmo eleitor possua 2 ou mais inscrições liberadas ou regulares, 
agrupadas ou não pelo batimento, o cancelamento de uma ou mais delas 
deverá, preferencialmente, recair: 
(A) Na inscrição mais recente, efetuada contrariamente às instruções em 
vigor. 
(B) Na inscrição que não corresponda ao domicílio eleitoral do eleitor. 
(C) Naquela cujo título não haja sido entregue ao eleitor. 
(D) Naquela cujo título não haja sido utilizado para exercício do voto na 
última eleição. 
(E) Na mais antiga. 
 
 Perceba que a questão repete a letra da lei, ficando fácil de 
respondê-la. Conforme visto acima, fica óbvio que a resposta é a letra A. 
 Diante da existência de um TRE em cada Estado e um TSE, quem 
tem a competência para sanar as duplicidades ou pluralidades de 
inscrições eleitorais (alistamentos)? 
O art. 41 da Resolução TSE nº 21.538/2003 responde a essa 
pergunta ao tratar da competência para essa decisão administrativa. 
 No tocante às duplicidades, a competência é do juiz da zona 
eleitoral onde foi efetuada a inscrição mais recente. 
 No caso das pluralidades, a competência será do: 
1. Juiz da zona eleitoral – inscrições efetuadas em uma mesma 
zona eleitoral; 
2. Corregedor regional eleitoral – inscrições efetuadas entre 
zonas eleitorais de uma mesma circunscrição; 
Questão de 
concurso 
 
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3. Corregedor-geral (você viu na aula passada: é um dos 
Ministros do STJ que compõe o TSE) – inscrições efetuadas em 
zonas eleitorais de circunscrições diversas. 
 A autoridade judiciária competente deverá se pronunciar quanto às 
situações de duplicidade e pluralidade detectadas pelo batimento em até 
40 dias contados da data de realização do respectivo batimento. 
 Das decisões do juiz eleitoral caberá recurso inominado ao 
corregedor regional no prazo de 3 dias (interposição e razões). E das 
decisões do corregedor regional caberá recurso inominado ao corregedor-
geral eleitoral que atua no TSE, igualmente no prazo de 3 dias. 
 Os legitimados para a interposição são eleitores, partidos políticos e 
Ministério Público. Sempre que o Ministério Público, por meio do promotor 
eleitoral que atua com o juiz eleitoral ou do procurador regional eleitoral 
que atua no TRE e com o corregedor regional, não recorrer, 
obrigatoriamente, deve emitir parecer. 
ATENÇÃO!!! O juiz eleitoral só poderá determinar a regularização, o 
cancelamento ou a suspensão de inscrição que pertença à sua jurisdição. 
 A autoridade judiciária que tomar conhecimento de fato ensejador 
do cancelamento de inscrição liberada ou regular, ou da necessidade de 
regularização de inscrição não liberada, cancelada ou suspensa, efetuada 
em zona eleitoral diferente daquela em que tem jurisdição, deverá 
comunica-lo à autoridade judiciária competente, para medidas cabíveis, 
por intermédio da correspondente Corregedoria Regional. 
 Na esfera penal, a competência para decidir a respeito das 
duplicidades e pluralidades será sempre do juiz eleitoral da zona onde foi 
efetuada a inscrição mais recente. 
Não sendo cogitada a ocorrência de ilícito penal eleitoral a ser 
apurado, os autos deverão ser arquivados na zona eleitoral onde o eleitor 
possuir inscrição regular. 
Qualquer eleitor, partido político ou Ministério Público poderá se 
dirigir formalmente ao juiz eleitoral, corregedor regional ou geral, no 
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âmbito de suas respectivas competências, relatando fatos e indicando 
provas para pedir abertura de investigação com o fim de apurar 
irregularidade no alistamento eleitoral. 
Prezado aluno, se você chegou até aqui, não desista, estamos num 
ponto bem adiantado de nossa aula. Seguimos na análise do alistamento 
eleitoral e da Resolução nº 21.538. 
 
8. Revisão e 2ª via 
 
Em que hipóteses ocorre a revisão de um título eleitoral? 
O Requerimento de Alistamento Eleitoral (RAE) será preenchido sob 
a operação “revisão” sempre que o eleitor: 
 Necessitar alterar o lugar de votação no mesmo município; 
 Mudar de endereço no mesmo município; 
 Desejar retificar dados pessoais constantes do cadastro eleitoral 
(ex: nome, endereço, data de nascimento, nome dos pais, etc); 
ou 
 Pretender regularizar situação de inscrição cancelada (ex: 
cancelamento por ter deixado de votar, sem justificação, a 3 
eleições consecutivas, duplicidade, revisão de eleitorado, etc) 
 
A revisão do título não se confunde com o instituto da revisão 
eleitoral, que ocorre quando há denuncia fundamentada de fraude no 
alistamento de um município. Neste último, como veremos abaixo, o juiz 
eleitoral convoca todos os eleitores do município a comparecerem à 
revisão para confirmarem seus endereços. 
Aqui na revisão, por sua vez, é o próprio eleitor quem busca a justiça 
eleitoral para retificar as suas informações. 
E quando pode ser retirada a 2ª via de um título de eleitor? 
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Quando não há qualquer alteração a ser feita no título e o eleitor o 
perdeu ou o extraviou, assim como em caso de inutilização ou 
dilaceração, o eleitor poderá solicitar pessoalmente ao juiz de seu 
domicílio eleitoral que se lhe expeça a 2ª via. 
É possível solicitar a 2ª via em zona eleitoral diversa, mas, nesse 
caso, deve o eleitor indicar se pretende receber o documento na zona 
eleitoral de origem ou naquela onde requereu. 
Na hipótese de “inutilização” ou “dilaceração”, o requerimento será 
instruído com a 1ª via do título. 
Ao receber o novo título, o eleitor deverá apor a assinatura ou a 
impressão digital de seu polegar, se não souber assinar, na presença do 
servidor da Justiça Eleitoral, que deverá atestar a satisfação dessa 
exigência, após comprovada a identidade do eleitor (art. 19, §2º, 
Resolução TSE nº 21.538/2003). 
ATENÇÃO!!! O direito de requerer 2ª via se encerra no mesmo prazo 
para alistamento e transferência? 
Não! O pedido de 2ª via pode ser feito em ano eleitoral até 10 dias 
antes da eleição! 
Sem o título de eleitor, é possível o exercício do direito de sufrágio? 
Sim, mesmo sem o título, o eleitor poderá votar regularmente aoapresentar outra documentação que o identifique perante a mesa 
receptora de votos. 
 
9. Transferência 
 
O alistamento vincula o eleitor a determinada zona e seção eleitorais. 
A transferência é o instituto que o eleitor tem a sua disposição para 
informar mudança de domicílio eleitoral e solicitar ao Cartório Eleitoral a 
alterar a sua zona e seção eleitoral. 
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Para o deferimento do pedido de transferência, o art. 18 da 
Resolução TSE nº 21.538/2003 exige: 
 Entrada do requerimento no Cartório Eleitoral do novo domicílio 
até 151 dias antes da eleição; 
 Transcurso de, pelo menos, 1 ano da inscrição ou da última 
transferência; 
 Residência mínima de 3 meses no novo domicílio, declarada, sob 
as penas da lei, pelo próprio eleitor; e 
 Prova de quitação com a Justiça Eleitoral 
E quais são os documentos que comprovam a quitação eleitoral? 
São eles: 
1. Comprovantes de votação; 
2. Justificativas eleitorais; 
3. Certidão de quitação eleitoral expedida pelo Cartório Eleitoral 
onde estava inscrito; ou 
4. Comprovação de pagamento de multa pelo não exercício do voto 
O juiz eleitoral, de ofício ou por provocação de partido político ou do 
Ministério Público (promotor eleitoral), deve promover diligências através 
da expedição de mandado de verificação nos locais indicados como 
domicílio eleitoral, acaso suspeite de fraude. 
ATENÇÃO!!! As exigências de transcurso de, pelo menos, 1 ano do 
alistamento ou da última transferência e de residência mínima de 3 meses 
no novo domicílio não se aplica à transferência de título eleitoral de 
servidor público civil, militar, autárquico, ou de membro de sua família, 
por motivo de remoção ou transferência. 
Ao requerer a transferência, o eleitor entregará ao servidor do 
Cartório Eleitoral o título antigo e a prova de quitação com a Justiça 
Eleitoral. Uma vez não comprovada a condição de eleitor ou a quitação 
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para com a Justiça Eleitoral, caberá ao Juiz Eleitoral (do novo domicílio) 
fixar desde logo a multa a ser paga. 
Poderá o eleitor requerer transferência: 
1. De um município para outro dentro do mesmo estado; 
2. De um estado da federação para outro; 
3. Do Brasil para o exterior (votação em embaixada ou consulado); 
e 
4. Do exterior para o Brasil. 
Despachado o requerimento de transferência pelo juiz eleitoral e 
processado pelo cartório, o setor da Secretaria do TRE responsável pelos 
serviços de processamento de dados enviará ao cartório eleitoral, que as 
colocará à disposição dos partidos políticos, relações de inscrições 
atualizadas no cadastro, com os respectivos endereços (art. 18, §4º, 
Resolução TSE nº 21.538/2003). 
 Em razão de indeferimento do pedido de transferência, caberá 
recurso no prazo de 5 dias, a contar do despacho judicial, para o TRE. 
Também é cabível recurso dos pedidos de transferência deferidos, por 
qualquer partido ou pelo Ministério Público, no prazo de 10 dias, 
contados da divulgação da listagem contendo a relação de inscrições 
atualizadas no cadastro, o que deverá ocorrer nos dias 1º e 15 de cada 
mês, ou no 1º dia útil seguinte, ainda que tenham sido exibidas ao 
requerente antes dessas datas e mesmo que os partidos não as 
consultem. Para esse fim, o cartório eleitoral providenciará relações 
contendo os pedidos indeferidos. 
ATENÇÃO!!! O eleitor em situação irregular poderá obter 
transferência de domicílio eleitoral? Quando o eleitor estiver em situação 
irregular (ex: cancelamento automático, perda e suspensão dos direitos 
políticos, coincidência com outro título, etc), não poderá requerer 
transferência, salvo após regularizar sua situação eleitoral. 
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É possível a transferência com reutilização do número de inscrição 
cancelada? 
MUITO CUIDADO PRA ESSA PEGADINHA, MEUS AMIGOS!!! 
A Resolução nº 21.538 admite essa possibilidade, desde que 
comprovada a inexistência de outra inscrição liberada, não liberada, 
regular ou suspensa para o eleitor! 
Confira atentamente a redação do § 3º do art. 21: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Informamos, por fim, que a transferência pode ocorrer em conjunto 
ou não com a retificação de dados. Não há alteração de número de 
inscrição no título quando da transferência. Além disso, fica consignado 
em campo próprio do título de eleitor a UF (=unidade da federação) 
anterior. 
10. Cancelamento e exclusão 
 
Prezados amigos, estamos chegando na reta final de nossa aula! 
Esse é o penúltimo tópico! 
Além disso, meus caros, esse é o ponto mais importante de nossa 
aula, pois vem sendo cobrado em inúmeras provas! Por isso, força! 
§ 2º É vedada a transferência de número de inscrição envolvida em 
coincidência, suspensa, cancelada automaticamente pelo sistema quando 
envolver situação de perda e suspensão de direitos políticos, cancelada por 
perda de direitos políticos (FASE 329) e por decisão de autoridade judiciária 
(FASE 450). 
§ 3º Será admitida transferência com reutilização do número de 
inscrição cancelada pelos códigos FASE 019 – falecimento, 027 – 
duplicidade/pluralidade, 035 – deixou de votar em três eleições 
consecutivas e 469 – revisão de eleitorado, desde que comprovada a 
inexistência de outra inscrição liberada, não liberada, regular ou 
suspensa para o eleitor. 
§ 4º Existindo mais de uma inscrição cancelada para o eleitor no cadastro, 
nas condições previstas no § 3º, deverá ser promovida, preferencialmente, a 
transferência daquela: 
I – que tenha sido utilizada para o exercício do voto no último pleito; 
II – que seja mais antiga. 
 
 
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Para Pinto Ferreira, “o cancelamento se realiza quando a inscrição 
de que se trata deixa de existir, como nas hipóteses de pluralidade de 
inscrições, quando elas são canceladas, ou na de transferência do eleitor 
para outra zona ou circunscrição. A exclusão é feita contra o próprio 
eleitor, que deixa de ser eleitor, até que cesse o motivo da exclusão, 
quando poderá novamente pleitear e requerer a sua inscrição.” (Código 
Eleitoral Comentado, 1991). 
Pela definição doutrinária fica claro: 
CANCELAMENTO – Ataca a 
inscrição 
EXCLUSÃO – Ataca o próprio eleitor 
10.1. Causas 
Segundo o art. 71 do Código Eleitoral, são causas de cancelamento e 
exclusão da inscrição eleitoral: 
1. Inscrição de inalistável 
2. Eleitor sem domicílio eleitoral na região da inscrição; 
3. Suspensão ou perda de direitos políticos; 
4. Pluralidade de inscrições; 
5. Falecimento do eleitor; 
6. Deixar de votar em 3 eleições consecutivas; 
7. Revisão do eleitorado. 
 A ocorrência de qualquer dessas causas acarretará a exclusão do 
eleitor, que poderá ser promovida de ofício, a requerimento de delegado 
de partido ou de qualquer eleitor. 
 Vamosanalisar cada uma dessas hipóteses de cancelamento. 
10.1.1. Inalistáveis 
Como vimos no início desta aula, de acordo com o art. 14, §2º, CF, 
não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o período 
de serviço militar obrigatório, os conscritos. 
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 Nessas situações, caso seja realizada inscrição eleitoral, esta será 
cancelada. 
10.1.2. Domicílio eleitoral diverso 
Se o Juiz Eleitoral verificar que o eleitor não possui domicílio eleitoral 
na região na qual está inscrito, haverá o cancelamento da inscrição do 
eleitor em situação irregular, sem prejuízo de eventual apuração de 
responsabilidade penal, civil e administrativa. 
10.1.3. Suspensão ou perda dos direitos políticos 
 No caso de ser algum cidadão maior de 18 anos privado temporária 
ou definitivamente dos direitos políticos, a autoridade que impuser essa 
pena providenciará para que o fato seja comunicado ao Juiz Eleitoral ou 
ao TRE da circunscrição em que residir o réu. De posse das informações, 
caberá ao Juiz Eleitoral tomar as providências cabíveis para o 
cancelamento da respectiva inscrição eleitoral. 
10.1.4. Pluralidade de inscrições 
Em decorrência do cadastramento eleitoral eletrônico unificado, é 
facilmente detectável a duplicidade ou pluralidade de inscrições. 
Atualmente, nenhum eleitor poderá estar registrado em mais de uma 
seção eleitoral, ou seja, possuir mais de um título de eleitor válido. Dessa 
forma, com a transferência ou revisão deferida, a inscrição eleitoral 
anterior deve ser imediatamente cancelada. 
10.1.5. Falecimento 
Os oficiais de Registro Civil devem enviar, até o dia 15 de cada mês, 
ao juiz eleitoral da zona em que oficiarem, comunicação dos óbitos de 
cidadãos alistáveis, ocorridos no mês anterior, para cancelamento das 
inscrições. 
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10.1.6. Abstenção reiterada 
O eleitor que deixar de votar em 3 eleições consecutivas, não 
justificar a ausência ou não pagar a multa por não ter votado, receberá 
como sanção o cancelamento de sua inscrição eleitoral. 
10.1.7. Revisão do eleitorado 
Quando houver denúncia fundamentada de fraude no alistamento de 
uma zona ou município, o TRE deverá realizar correição, sob a 
responsabilidade da Corregedoria Regional Eleitoral. O eleitor que não 
comparecer á revisão terá a sua inscrição eleitoral cancelada de ofício. 
 
 
 
7) (FCC/TRE-AM/Analista Judiciário/2010) NÃO é causa de cancelamento 
de inscrição: 
(A) Deixar o eleitor de votar em 3 eleições consecutivas. 
(B) A suspensão dos direitos políticos. 
(C) A perda dos direitos políticos. 
(D) O falecimento do eleitor. 
(E) A mudança de residência do eleitor para o exterior. 
 
Como já analisado anteriormente, a única hipótese que não se 
encontra no rol de causas de cancelamento de inscrição é a descrita na 
letra E, logo esta é a resposta da questão. 
 
8) (CONSULPLAN/TRE-RS/Analista Judiciário – Área Judiciária/2008) 
Realizado o alistamento eleitoral pelo processo eletrônico de dados, será 
suspensa a inscrição do eleitor que não votar em 3 (três) eleições 
consecutivas. 
 
Essa questão está incorreta, porque a inscrição não será suspensa, 
mas cancelada. 
 
9) (FCC/TRE-MG/Analista Judiciário/2005) NÃO é causa de cancelamento 
e de exclusão do eleitor: 
(A) a suspensão dos direitos políticos. 
(B) deixar de votar em 2 eleições consecutivas. 
Questões de 
concurso 
 
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(C) a pluralidade de inscrição. 
(D) o falecimento do eleitor. 
(E) a perda dos direitos políticos. 
 
É possível perceber, com base no que já estudamos, que a resposta 
da questão é a letra B, pois o que acarreta o cancelamento e a exclusão 
do eleitor é a abstenção em 3 eleições consecutivas. 
 
10.2. Procedimento 
O procedimento para o cancelamento ou exclusão da inscrição do 
cadastro eleitoral está previsto nos arts. 76 a 79 do Código Eleitoral. De 
acordo com Roberto Moreira de Almeida (Curso de Direito Eleitoral, 
2011), é possível resumi-lo nas seguintes fases: 
1. Comunicação à Justiça Eleitoral: qualquer irregularidade 
determinante da exclusão será comunicada por escrito e por 
iniciativa de qualquer interessado ao Juiz Eleitoral. Mas não se 
esqueça que o juiz eleitoral pode abrir o procedimento de ofício 
se tiver conhecimento de alguma das causas do cancelamento 
(art. 74 do Código Eleitoral); 
2. Autuação: as petições ou representações serão autuadas com os 
documentos que a instruírem; 
3. Publicação de edital: haverá de ser publicado edital, com prazo 
de 10 dias para ciência dos interessados, que poderão contestar 
dentro de 5 dias; 
4. Instrução: se houver necessidade de dilação probatória, será 
deferido o prazo de 5 a 10 dias para tal fim; 
 OBS: no caso de exclusão por falecimento, tratando-se de evento 
notório, serão dispensadas as formalidades de publicação do edital e 
instrução. 
5. Decisão: deve o juiz decidir no prazo de 5 dias; 
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6. Recurso: cabe recurso da decisão judicial para o TRE (veja o art. 
80 do Código Eleitoral); 
 
 
 
7. Providências cartorárias: determinado, por sentença, o 
cancelamento, o cartório tomará as seguintes providências: 
 ● Retirará, da respectiva pasta, a folha de votação, registrará a 
ocorrência no local próprio para anotações e juntá-la-á ao processo 
de cancelamento; 
 ● Registrará a ocorrência na coluna de observações do livro de 
inscrição; 
 ● Excluirá dos fichários as respectivas fichas, colecionando-as à 
parte; 
 ● Anotará, de forma sistemática, os claros abertos na pasta de 
votação para o oportuno preenchimento dos mesmos; 
 ● Comunicará o cancelamento ao TRE para anotação no seu fichário. 
Não perca tempo tentando decorar todas as vírgulas dessa 
sequência, basta observar que é um procedimento lógico, com 
comunicação, publicação de edital, instrução – se necessária, decisão, 
recurso (em 3 dias, pelo eleitor ou seu partido) e efetivação da decisão 
pelo cartório eleitoral. Se você tiver isso em mente, você acertará todas 
as questões relativas ao procedimento do cancelamento da inscrição 
eleitoral. 
ATENÇÃO!!! Durante o processo e até a exclusão pode o eleitor votar 
validamente. 
ATENÇÃO!!! Após cancelada, é possível uma nova inscrição eleitoral? 
Sim. Segundo o art. 81 do Código Eleitoral, cessada a causa do 
cancelamento, o interessado poderá requerer novamente a sua 
qualificação e inscrição eleitoral. 
Art. 80. Da decisão do juiz eleitoral caberá recurso no prazo de 3 (três) dias, 
para o Tribunal Regional, interposto pelo excluendo ou por delegado de 
partido. 
 
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10) (FCC/TRE-AC/Analista Judiciário/2010) A respeito do cancelamento e 
da exclusão de eleitores, pode-se afirmar que 
(A) a decisão do juiz eleitoral é irrecorrível. 
(B) cessada a causa do cancelamento, o interessado não poderá requerer 
a sua qualificação e inscrição. 
(C) durante o processo e até a exclusão pode o eleitor votar validamente. 
(D) a suspensão dos direitos políticos não é causa de cancelamento. 
(E) a exclusão de eleitor não pode ser determinada ex officio pelo Juiz 
Eleitoral, dependendo de requerimento de partido ou candidato. 
 
 O item A está incorreto porque, como vimos, cabe recurso da 
decisão judicial de cancelamento para o TRE. A letra B também está 
errada, pois, cessada a causa do cancelamento, o interessado pode sim 
requerer nova qualificação e inscrição. O item C está incorreto em razão 
da suspensão dos direitos políticos ser uma das causas de cancelamento 
da inscrição eleitoral. Por fim, a letra E está incorreta porque, como 
vimos, o cancelamento pode realizar-se de ofício pelo juiz (dentro da sua 
jurisdição). Logo, a resposta correta é o item C. 
 
11. Revisão do eleitorado 
 
Venha comigo para o último ponto da aula! 
Diante dos inúmeros detalhes dessa matéria, apresentaremos ao 
final desta aula um anexo com os dispositivos da Resolução nº 21.538 
relativos à revisão do eleitorado. 
Quando houver denúncia fundamentada de fraude no alistamento de 
uma zona ou município, o TRE poderá determinar a realização de 
correição e, provada a fraude em proporção comprometedora, ordenará, 
comunicando a decisão ao TSE, a revisão do eleitorado, obedecidas as 
instruções e as instruções que subsidiariamente baixar, com o 
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cancelamento de ofício das inscrições correspondentes aos títulos que não 
forem apresentados à revisão. 
 
 
 
11) (FCC/TRE-RN/Técnico Judiciário/2011) O procedimento da revisão do 
eleitorado tem por finalidade: 
(A) a verificação de fraudes no alistamento de uma zona eleitoral ou 
município, resultando, quando confirmada a existência de qualquer 
fraude, no cancelamento de ofício das inscrições eleitorais irregulares. 
(B) a verificação de fraudes no alistamento de uma zona eleitoral ou 
município, resultando, quando provada a fraude em proporção 
comprometedora, no cancelamento de ofício das inscrições eleitorais 
irregulares. 
(C) a contabilização do eleitorado em uma zona eleitoral ou município, 
sendo sempre realizado no ano anterior às eleições. 
(D) a contabilização do eleitorado em uma zona eleitoral ou município, 
sendo sempre realizado no mesmo ano em que realizadas as eleições. 
(E) a verificação de fraudes no alistamento de uma zona eleitoral ou 
município, resultando, quando provada a fraude em proporção de no 
mínimo 20% do eleitorado, no cancelamento de ofício das inscrições 
eleitorais irregulares. 
 
De início, descartamos os itens C e D, pois a revisão de eleitorado 
tem a finalidade de verificar fraudes no alistamento. Perceba a sutil 
diferença entre os itens A, B e E, por isso é muito importante saber 
exatamente o que está escrito no texto normativo. Segundo o art. 58, 
“caput”, da Res. TSE nº 21.538/2003, far-se-á revisão do eleitorado 
quando houver comprovada fraude em proporção comprometedora. Logo, 
a resposta correta é a letra B. 
LEVE ISSO PRA PROVA E NÃO SE ESQUEÇA, É MUITO IMPORTANTE: 
De acordo com o art. 58, §1º da Resolução TSE nº 21.538/2003, o 
TSE poderá determinar, de ofício, a realização de revisão eleitoral sempre 
que: 
1. O total de transferências de eleitores ocorridas no ano em curso 
seja 10% superior ao do ano anterior; 
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2. O eleitorado for superior ao dobro da população entre 10 e 15 
anos, somada à de idade superior a 70 anos do território daquele 
município; 
3. O eleitorado for superior a 65% da população projetada para 
aquele ano pelo IBGE. 
Observe que esses dados refletem uma possibilidade de fraude no 
alistamento eleitoral de determinada localidade. 
Veja que isso já caiu em concurso e, com certeza, vai cair de novo. 
 
 
12) (FCC/TRE-TO/Técnico Judiciário/2011) De acordo com a Resolução do 
TSE nº 21.538/2003, nas zonas eleitorais em que o total de transferência 
de eleitores ocorridas no ano em curso seja 10% superior ao do ano 
anterior, a determinação, de ofício, da revisão e correição dessas zonas 
eleitorais cabe ao: 
(A) Juiz Eleitoral 
(B) Procurador-Geral Eleitoral 
(C) Procurador Regional Eleitoral 
(D) TSE 
(E) TRE 
 
 Como visto acima, a competência é do TSE, sendo a resposta 
correta a letra D. 
Segundo a Resolução TSE nº 21.490/2003, nos municípios em que a 
relação entre população e eleitorado for superior a 65% e menor ou igual 
a 80%, a revisão dar-se-á por meio de correição ordinária anual. 
ATENÇÃO!!! Pode haver revisão em ano eleitoral? NÃO será realizada 
revisão em ano eleitoral, salvo em casos excepcionais, devidamente 
autorizados pelo TSE. 
O TRE, por intermédio da Corregedoria Regional, inspecionará os 
serviços de revisão. 
A revisão deverá ser precedida de ampla divulgação, destinada a 
orientar o eleitor quanto aos locais e horários em que deverá se 
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apresentar, e processada em período estipulado pelo TRE, não inferior a 
30 dias. 
De posse da listagem e do caderno de revisão, o juiz eleitoral deverá 
fazer publicar, com antecedência mínima de 5 dias do início do processo 
revisional, edital para dar conhecimento da revisão aos eleitores 
cadastrados no(s) município(s) ou zona(s), convocando-os a se 
apresentarem, pessoalmente, no cartório ou nos postos criados, em datas 
previamente especificadas, a fim de procederem às revisões de suas 
inscrições (art. 63 da Resolução). 
A prova de identidade só será admitida se feita pelo próprio eleitor 
mediante apresentação de um ou mais dos seguintes documentos: 
carteira de identidade ou carteira emitida pelos órgãos criados por lei 
federal, controladores do exercício profissional; certificado de quitação do 
serviço militar; certidão de nascimento ou casamento; ou instrumento 
público do qual se infira, por direito, ter o requerente a idade mínima de 
16 anos e do qual constem, também, os demais elementos necessários à 
sua qualificação. 
A comprovação de domicílio poderá ser feita mediante um ou mais 
documentos dos quais infira ser o eleitor residente ou ter vínculo 
profissional, patrimonial ou comunitário no município a abonar a 
residência exigida. 
A revisão de eleitorado ficará submetida ao direto controle do juiz 
eleitoral e à fiscalização do representante do Ministério Público que oficiar 
perante o juízo. O juiz eleitoral deverá dar conhecimento aos partidos 
políticos da realização da revisão, facultando-lhes acompanhamento e 
fiscalização de todo o trabalho. 
O juiz eleitoral poderá requisitar diretamente às repartições públicas 
locais, observados os impedimentos legais, tantos auxiliaresquantos 
bastem para o desempenho dos trabalhos, bem como a utilização de 
instalações de prédios públicos (arts. 66 a 68 da Resolução 21.538). 
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ATENÇÃO!!! Há possibilidade da revisão ser realizada mediante 
sistema informatizado (art. 70 da Resolução TSE nº 21.538/2003). 
Se o eleitor possuir mais de uma inscrição liberada ou regular no 
caderno de revisão, apenas uma delas poderá ser considerada revisada. 
Deverá(ão) ser formalmente recolhido(s) e inutilizado(s) o(s) título(s) 
encontrado(s) em poder do eleitor referente(s) à(s) inscrição(ões) que 
exigir(em) cancelamento. 
Compete ao TRE autorizar, excetuadas as hipótese em que o TSE 
pode agir de ofício (art. 58, §1º, Res. TSE nº 21.538/2003), a alteração 
do período e/ou da área abrangidos pela revisão, comunicando a decisão 
ao TSE. 
O que ocorrerá quando o juiz eleitoral concluir os trabalhos? 
Concluídos os trabalhos de revisão, ouvido o MP, o juiz eleitoral 
deverá determinar o cancelamento (a) das inscrições irregulares e 
(b) daquelas cujos eleitores não tenham comparecido, adotando as 
medidas legais cabíveis, em especial quanto às inscrições consideradas 
irregulares, situações de duplicidade ou pluralidade e indícios de ilícito 
penal a exigir apuração. 
OBS: O cancelamento das inscrições somente deverá ser efetivado 
no sistema após a homologação da revisão pelo TRE. 
A sentença de cancelamento deverá ser específica para cada 
município abrangido pela revisão e prolatada no prazo máximo de 10 dias 
contados da data do retorno dos autos ao MP, podendo o TRE fixar prazo 
inferior. Contra a sentença caberá, no prazo de 3 dias, contados da 
publicidade, recurso para o TRE. No recurso, os interessados deverão 
especificar a inscrição questionada, relatando fatos e fornecendo provas, 
indícios e circunstâncias ensejadoras da alteração pretendida. 
Transcorrido o prazo recursal, o juiz eleitoral fará minucioso 
relatório dos trabalhos desenvolvidos, que encaminhará, com os autos 
do processo de revisão, à Corregedoria Regional Eleitoral. 
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IMPORTANTE: VEJA QUE A CORREGEDORIA REGIONAL ELEITORAL 
REVISA O TRABALHO DE REVISÃO DO JUIZ ELEITORAL!!! 
 Apreciado o relatório e ouvido o MP, o corregedor regional eleitoral: 
1. Indicará providências a serem tomadas, se verificar a ocorrência 
de vícios comprometedores à validade ou à eficácia dos 
trabalhos; 
2. Submetê-lo-á ao TRE, para homologação, se entender pela 
regularidade dos trabalhos revisionais. 
Os recursos interpostos deverão ser remetidos, em autos apartados, 
à presidência do TRE. Não há previsão de recurso para o TSE. 
Esses são os principais aspectos da revisão do eleitorado que você 
deve saber para a prova de Analista do TREMG. Não deixe de ler com 
atenção o ANEXO I desta aula para relembrar e fixar alguns detalhes, 
como a atribuição de cada um dos órgãos da Justiça Eleitoral na revisão 
e, especialmente, em que hipóteses o TSE determina a revisão de ofício e 
em que hipóteses o TRE pode determinar a revisão. 
Vamos ao resumo da aula! 
 
12. Resumo da aula 
 
Vamos ao resumo da aula! 
Vimos nessa aula 01 o conceito de alistamento eleitoral: 
procedimento através do qual se conquista a capacidade eleitoral. 
O alistamento possui 3 funções básicas: 
Organizar o eleitorado; 
Conhecer e declarar o direito ao sufrágio; 
Qualificar e inscrever o cidadão. 
 O alistamento é condição de elegibilidade (art. 14, §3º, III, 
CF). Não pode registrar candidatura quem não se alistar; 
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 O pretenso candidato a cargo eletivo proporcional ou 
majoritário deverá fazer prova de que se alistou no período 
não inferior a 1 ano na circunscrição em que pretende 
concorrer; 
 Para constituir e registrar partido político, é necessário que 
todos seus membros fundadores sejam alistados (eleitores). 
Não se esqueça do seguinte dispositivo constitucional: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OLHO ABERTO!!! Excepcionalmente, é permitido (= não haverá a 
exigência do pagamento da multa) ao brasileiro nato o alistamento tardio, 
com 19 anos de idade, desde que formule seu requerimento no prazo de 
151 dias anteriores à data da eleição. Quanto ao brasileiro naturalizado, 
não existe exceção, já que deverá requerer seu alistamento eleitoral até 1 
ano depois da aquisição da nacionalidade brasileira. Se alistar 
posteriormente, deverá pagar multa (art. 8º do CE e art. 15 da Res.TSE 
nº 21.538/03). 
NÃO SE ESQUEÇA: Já informamos que o TSE admite o alistamento 
do menor de 16 anos, desde que complete esta idade até a data das 
eleições (art. 14 da Resolução nº 21.538/2003). 
Já que o voto é obrigatório, quais são as conseqüências para aqueles 
que deixam de votar? 
Segundo o art. 80 da Resolução TSE nº 21.538/2003, o eleitor que 
deixar de votar e não se justificar perante o juiz eleitoral até 60 
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto 
direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante: 
I - plebiscito; 
II - referendo; 
III - iniciativa popular. 
§ 1º - O alistamento eleitoral e o voto são: 
I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos; 
II - facultativos para: 
a) os analfabetos; 
b) os maiores de setenta anos; 
c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos. 
§ 2º - Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o 
período do serviço militar obrigatório, os conscritos. 
 
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dias após a realização da eleição incorrerá em multa imposta pelo juiz 
eleitoral. Para eleitor que se encontrar no exterior na data do pleito, o 
prazo é de 30 dias contados do seu retorno ao país. 
Se o eleitor deixar de votar em 3 eleições consecutivas, terá sua 
inscrição cancelada. 
ATENÇÃO!!! O TSE já pacificou o entendimento de que o domicílio 
eleitoral não se confunde com o domicílio civil, já que aquele, mais 
flexível e elástico, identifica-se com a residência e o lugar onde o 
interessado tem vínculos (políticos, sociais, patrimoniais, negócios). 
Lembre-se que, para efeito de candidatura aos cargos eletivos, deve-
se estar inscrito no domicílio em que se queira concorrer há pelo menos 
1 ano antes do pleito, valendo a data do requerimento para efeito 
dessa contagem. 
 O procedimento para alistamento eleitoral, mediante processamento 
de dados, é dividido em 3 fases: qualificação, inscrição e deferimento. 
O é o documento solene e formal que 
comprova a condição de eleitor (capacidade eleitoral ativa), sendo emitido 
pela Justiça Eleitoral e, obrigatoriamente, por computador. 
A fiscalização do procedimento de alistamento eleitoral incumbe aos 
partidos políticos, na pessoa de seus delegados (2 perante o TRE e até 
3 em cada zona eleitoral),

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