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Lógica de Predicados Sintaxe Semântica Lógica de Predicados Associar significados a símbolos sintáticos Como fica se agora existem variáveis, quantificadores, predicados, funções?? H=(∀x)(∃y)p(x,y) De que depende a interpretação da fórmula H? Interpretação Depende do predicado p Se I[p]= < (“menor que”), então I[p(x,y)]=T ⇔ I[x]<I[y] ⇔ xI < yI Interpretando informalmente os quantificadores, temos que I[H]= “para todo xI”, “existe um yI” tal que xI<yI I[H] é verdadeira ou falsa?? Interpretação Seguindo a interpretação... – Quais os xI e yI a ser considerados? – Ou seja, que domínio U de xI e yI? Se U =[0,∞) então I[H]=T “para todo xI”, xI∈U, “existe um yI”, yI∈U, tal que xI<yI E a interpretação J, com U=(-∞,0], J[p]= < , J[H]=??? Interpretação Falsa! Porque se xJ=0, não existe yJ tal que xJ,yJ ∈U e xJ<yJ Não é preciso ter as interpretações de xJ e yJ para se ter I[H] e J[H] Por quê?? Porque x e y não são símbolos livres em H Só precisamos definir a interpretação do símbolo livre p E se G=(∀x)p(x,y), J[G]=??? Interpretação Para determinar J[G]... dependemos de J[p] e J[y] y é um símbolo livre Se J[p] = ≤ e J[y]=-5 => J[G]= F “para todo xJ”, xJ∈(-∞,0], xJ≤-5 Porém, se yJ=0 => J[G]=T ... Dependemos do – Domínio de interpretação – Valor das interpretações dos símbolos livres Interpretação de variáveis e funções Extensão da interpretação proposicional Há interpretações para termos e expressões Se U é um conjunto não-vazio, uma interpretação I na Lógica de Predicados é uma função tal que: O domínio de I é o conjunto de símbolos de função, predicados e expressões Para toda variável x, se I[x]=xI, então xI∈U Para todo símbolo de função n-ário f, se I[f]=fI, então fI é uma função n-ária em U fI: Un U Interpretação de predicados, constantes e símbolos Analogamente, para todo símbolo de predicado n-ário p, se I[p]=pI, então pI é um predicado n-ário em U pI: Un {T,F} A interpretação de um predicado zero-ário (aridade=0) é igual à interpretação de seu símbolo Se I[P] = PI, então PI ∈ {T,F} A interpretação de uma função zero-ária (função de 0 argumentos) é igual à interpretação de uma constante Se I[b] = bI, então bI ∈ U Interpretação de fórmulas Se E é uma expressão, I uma interpretação sobre o domínio U. I[E] é dada por: Se E= false, I[E]=I[false]=F (o mesmo com true) Se E = f(t1,t2,...,tn) (um termo), então I[E]= I[f(t1,t2,...,tn)]=fI(tI1,tI2,...,tIn), onde I[f]=fI e para todo ti, I[ti]=tIi Se E = p(t1,t2,...,tn) (um átomo), então I[E]= I[p(t1,t2,...,tn)]=pI(tI1,tI2,...,tIn), onde I[p]=pI e para todo ti, I[ti]=tIi Interpretação de fórmulas Se H é uma fórmula e E=¬H, então I[E]=I[¬H]=T se I[H]=F e I[E]=I[¬H]=F se I[H]=T Se H e G são fórmulas, e E=(HvG), então I[E]=I[HvG]=T se I[H]=T e/ou I[G]=T e I[E]=I[HvG]=F se I[H]=F e I[G]=F Interpretação de expressões Dados H=(¬p(x,y,a,b)) r(f(x),g(y)) e G=p(x,y,a,b) (q(x,y)∧r(y,a)) A interpretação I, onde U=[0,∞) I[x]=3,I[y]=2,I[a]=0,I[b]=1 I[p(x,y,z,w)]=T ⇔ xI*yI>zI*wI I[q(x,y)]=T ⇔ xI<yI, I[r(x,y)]=T sse xI>yI I[f(x)]=xI+1, I[g(y)]=yI-2, Lembrar que I[x]=xI o objeto xI é o significado de x em I e xI∈N Interpretação de expressões – Tabela verdade As interpretações de f e g são elementos do domínio de I (N) As interpretações de H e G e dos átomos p(x,y,a,b), q(x,y) e r(y,a) são valores de verdade Sintaxe x y a b p(x,y,a,b) f(x) g(y) q(x,y) r(y,a) H G Semântica 3 2 0 1 T 4 0 F T T F H=(¬p(x,y,a,b)) r(f(x),g(y)) G= p(x,y,a,b) (q(x,y)∧r(y,a)) Domínio de Interpretação Seja I uma interpretação sobre N onde I[a]=25, I[b]=5, I[f(x,y)]=xI/yI I interpreta a constante “a” como 25 e a constante “b ” como 5 I interpreta “f” como a função divisão Então I[f(a,b)]=5, pois I[f]=fI, onde fI: U*U U Porém, se I[c]=0, I[f(x,c)] não está definida! => Se o domínio de I for N, I[f] não pode ser a função divisão Interpretação de fórmulas quantificadas Se H é uma fórmula, x uma variável e I uma interpretação sobre U I[(∀x)H]=T ⇔ ∀d∈U; <x ← d>I[H]=T I[(∀x)H]=F ⇔ ∃d∈U; <x ← d>I[H]=F I[(∃x)H] =T ⇔ ∃d∈U; <x ← d>I[H]=T I[(∃x)H] =F ⇔ ∀d∈U; <x ← d>I[H]=F Onde <x ← d> significa “interpretação de x como d” ou <x ← d>I[x]=d Exemplo 1 I é uma interpretação sobre o conjunto de alunos de CCO (aluno-CCO) tal que I[p(x)]=T ⇔ xI é rico H1= (∀x)p(x). O que significa dizer que I[H1]=T? I[H1]=T ⇔ I[(∀x)p(x)]=T ⇔ ∀d ∈ aluno-CCO; d é rico ⇔ ∀d ∈ aluno-CCO; pI(d)=T ⇔ ∀d ∈ aluno-CCO; <x ← d>I[p(x)]=T ∀d∈aluno-CCO, se x é interpretado como d Então p(x) é interpretado como T Exemplo 1 I[H1]=F? I[H1]=F (É falso que todo aluno de CCO é rico. Então existe algum aluno pobre?) ⇔ I[(∀x)p(x)]=F ⇔ ∃d ∈ aluno-CCO; d é pobre ⇔ ∃d ∈ aluno-CCO; pI(d)=F ⇔ ∃d ∈ aluno-CCO; <x ← d>I[p(x)]=F Nem todo aluno-CCO é rico ∃d ∈ aluno-CCO;<x ← d>I[p(x)]=F ∃d ∈ aluno-CCO, se x é interpretado como d Então p(x) é interpretado como F Exemplo 2 H2= (∃x)p(x). O que é I[H2]=T? I[H2]=T (Existe aluno de CCO que é rico) ⇔ I[(∃x)p(x)]=T ⇔ ∃d ∈ aluno-CCO; d é rico ⇔ ∃d ∈ aluno-CCO; pI(d)=T ⇔ ∃d ∈ aluno-CCO; <x ← d>I[p(x)]=T ∃d ∈ aluno-CCO, se x é interpretado como d Então p(x) é interpretado como T Exemplo 2 I[H2]=F? I[H2]=F (É falso que existe aluno de CCO que é rico. Então é falso que existe aluno rico, logo todo aluno é pobre) ⇔ I[(∃x)p(x)]=F ⇔ ∀d ∈ aluno-CCO; d é pobre ⇔ ∀d ∈ aluno-CCO; pI(d)=F ⇔ ∀d ∈ aluno-CCO; <x ← d>I[p(x)]=F Não existe aluno-CCO rico ∃d ∈ aluno-CCO;<x ← d>I[p(x)]=F ∀d∈aluno-CCO, se x é interpretado como d Então p(x) é interpretado como F Exemplo 3 Se I uma interpretação sobre N, tal que I[x]=3,I[a]=5, I[y]=4,I[f]=+,I[p]=< G=(∀x)p(x,y) “Para todo número natural x, x<4” I[G]=F ⇔ I[(∀x)p(x,y)]=F ⇔ ∃d ∈ N; <x ← d>I[p(x,y)]=F ⇔ ∃d ∈ N; d<4 é falso, que é verdadeira ⇔ I[G]=F é verdadeira A interpretação de G segundo I é falsa Exemplo 4 E=(∀x) (∃y)p(x,y) “Para todo natural x, existe outro natural y tal que x<y” I[E]=T ⇔ I[(∀x)(∃y)p(x,y)]=T ⇔ ∀d∈N; <x ← d>I[(∃y)p(x,y)]=T ⇔ ∀d∈N, ∃c∈N; <y ← c><x ← d>I[p(x,y)]=T ⇔ “∀d∈N, ∃c∈N; d<c é verdadeiro”, que é verdadeira ⇔ I[E]=T é verdadeira Exemplo 4 Supondo I[E]=F ⇔ I[(∀x) (∃y)p(x,y)]=F ⇔ ∃d∈N;<x ← d>I[(∃y)p(x,y)]=F ⇔ ∃d∈N, ∀c∈N;<y ← c><x ← d>I[p(x,y)]=F ⇔ ∃d∈N, ∀c∈N; d<c é falso ⇔ ∃d∈N, ∀c∈N; d>=c é verdadeira, que é falsa! (não existe um número maior que todos!) ⇔ I[E]=F é falso ⇔ I[E]=T Interpretação de conjunções de fórmulas quantificadas E1=E∧G anteriores I[E1]=F, pois I[G]=F e I[E]=T Resolve-se I[E] e I[G] primeiro Exemplo 5 I em Q* (racionais, exceto o zero) I[a]=1,I[b]=25,I[x]=13,I[y]=77,I[f]=/,I[p]=< H1= (∀x)p(x,y) I[H1]=T ⇔ I[(∀x)p(x,y)]=T ⇔ ∀d∈Q*, <x ← d>I[p(x,y)]=T (Depende da variável livre y) ⇔ “∀d∈Q*, d<77 é verdadeiro”, ou “d<77 é verdadeiro ∀d∈Q*”, que é falsa, pois é possível escolher d=80. ⇔ I[H1]=T é falsa ⇔ I[H1]=F Exemplo 5 Supondo I[H1]=F ⇔ I[(∀x)p(x,y)]=F ⇔ ∃d∈Q*, <x ← d>I[p(x,y)]=F ⇔ “∃d∈Q*, d<77 é falso”, ou “d<77 é falso para algum d∈Q*”, que é verdadeira! ⇔ I[H1]=F é verdadeira ⇔ I[H1]=F Exemplo 6 H2= (∃x)p(x,y) I[H2]=T ⇔ I[(∃x)p(x,y)]=T ⇔ ∃d∈Q*, <x ← d>I[p(x,y)]=T ⇔ “∃d∈Q*, d<77 é verdadeiro”, ou “d<77 é verdadeiro ∃d∈Q*”, que é verdadeira! ⇔ I[H2]=T é verdadeira ⇔ I[H2]=T Exemplo 6 Supondo I[H2]=F⇔ I[(∃x)p(x,y)]=F ⇔ ∀d∈Q*, <x ← d>I[p(x,y)]=F ⇔“∀d∈Q*, d<77 é falso”, ou “d<77 é falso para todo d∈Q*”, que é falsa! ⇔ I[H2]=F é falsa ⇔ I[H2]=T Exemplo 7 I em Q* (racionais, exceto o zero) I[a]=1,I[b]=25,I[x]=13,I[y]=77,I[f]=/,I[p]=< G=(∀x)(∃y)p(x,y) p(b,f(a,b)) Supondo I[G]=F ⇔ I[(∀x)(∃y)p(x,y) p(b,f(a,b))]=F ⇔ I[(∀x)(∃y)p(x,y)]=T e I[p(b,f(a,b))]= F I[p(b,f(a,b))] sse (25<(1/25)) que é falsa I[(∀x)(∃y)p(x,y)]=T ⇔ ∀d∈Q*, ∃c∈Q*; <y ← c><x ← d>I[p(x,y)]= T ⇔ “∀d∈Q*, ∃c∈Q*; d<c é verdadeiro”, que é verdadeira ⇔ I[(∀x)(∃y)p(x,y)]=T realmente Então I[G]=F realmente Não usamos I[x] e I[y] já que x e y estão ligadas em G Exemplo 8 H=(∀x)(∃y)p(x,y) p(f(a,b),b) Supondo I[H]=F ⇔ I[(∀x)(∃y)p(x,y) p(f(a,b),b)]=F ⇔ I[(∀x)(∃y)p(x,y)]=T e I[p(f(a,b),b)]= F Mas I[p(f(a,b),b)] sse ((1/25)<25) que é verdadeira e contradiz I[p(f(a,b),b)]= F que contradiz I[H]=F. Então I[H]=T Exemplo 9 I em Q* (racionais, exceto o zero) I[a]=1,I[b]=25,I[x]=13,I[y]=77,I[f]=/,I[p]=< H3= (∀x)(∃y)p(x,y) p(x,y) Existem ocorrências livres de x e y em H3 É preciso usar as interpretações I[x]=13 e I[y]=77 I[p(x,y)]=T => I[H3]=T Exemplo 10 H4= (∀x)((∃y)p(x,y) p(x,y)) Só y é livre em H4 É preciso usar a interpretação I[y]=77 I[H4]=F ⇔ I[(∀x)((∃y)p(x,y) p(x,y))]=F ⇔ ∃d∈Q*, <x ← d>I[(∃y)p(x,y) p(x,y)]=F (Implicação!) ⇔ ∃d∈Q*, <x ← d>I[(∃y)p(x,y)]=T e <x ← d> I[p(x,y))]=F ⇔ ∃d∈Q*, ∃c∈Q*<y ← c><x ← d>I[p(x,y)]=T e <x ←d>I[p(x,y))]=F ⇔ “∃d∈Q*,∃c∈Q*,(d<c) é verdadeiro e (d<77) é falso” (A afirmação é verdadeira. Basta fazer d=100 e c =200) I[H4]=F realmente Exercício I em Q* (racionais, exceto o zero) I[a]=1,I[b]=25,I[x]=13,I[y]=77,I[f]=/,I[p]=< E=(∀x)(∃y)p(x,y) p(f(a,b),x) Nos casos em que (1/25)<xI I[p(f(a,b),x)]=T, e temos uma contradição I[E]=T Nos casos em que (1/25)>=xI I[E]=F Slide 1 Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15 Slide 16 Slide 17 Slide 18 Slide 19 Slide 20 Slide 21 Slide 22 Slide 23 Slide 24 Slide 25 Slide 26 Slide 27 Slide 28 Slide 29 Slide 30 Slide 31
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