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Por Antônio Paulino da Costa Netto • ÁGUA Uma das mais importantes substâncias encontradas sobre a superfície da terra. Influência os tipos e a quantidade de vegetação de acordo com a sua disponibilidade:vegetação de acordo com a sua disponibilidade: Mesófilas Hidrófitas Higrófitas Xerófitas Mesófitas Crescem em solos bem drenados, e cujas folhas ficam expostas a ar moderadamente seco são plantas tropicais e temperadas. Hidrófitas crescem total ou parcialmente submersas em água, possuem estratégias distintas para suprir os seus órgãos de oxigênio e gás carbônico. Higrófitas são plantas terrestres de ambientes húmidos (várzeas e solos permanentementehúmidos (várzeas e solos permanentemente saturados com água). Xerófitas ocorrem preferencialmente em desertos, campinas secas e lugares rochosos, onde a água é geralmente escassa. PAPÉIS FISIOLÓGICOS DA ÁGUA 70 a 90% Massa Verde 5 a 15% Sementes Secas ao ar Água 50% Tecidos Lenhosos 70 a 95% Raízes, Caules e Folhas 90 a 95% Frutos Suculentos Tamponamento da temperatura Solvente UniversalSolvente Universal Reagente e Produto da FS Importância Fisiológicas Produto Final da Cadeia Respiratória da Água Reagente nas reações de Hidrólise e Ionização Afeta a Divisão Celular Afeta o Crescimento Celular Afeta a Absorção e o Transporte de Minerais Afeta a Translocação de Assimilados Dos vários papéis que a água exerce nas plantas alguns devem ser destacados: A) Constituinte do corpo da planta descreve a importância da água quantitativamente e qualitativamente. B) Solvente permite que gazes, minerais e outros solutos entrem nas células e se movam de um órgão para o outro. C) Reagente reagente ou substrato de vários processos como a Fotossíntese, Respiração, etc D) Turgescência papel essencial da água , que auxilia no alongamento e crescimento celular, abertura dos estômatos, translocação de assimilados, movimentos de folhas, flores e demais estruturas vegetais. E) Tamponamento da TemperaturaE) Tamponamento da Temperatura propriedade termoreguladora, pois tecidos que possuem grande quantidade de água não sofrem mudanças bruscas de temperatura. Há três mecanismos gerais para que a água se mova nas plantas: FLUXO DE MASSA, DIFUSÃO E OSMOSE. Em qualquer um dos casos, é necessário que haja MOVIMENTO DE ÁGUA NAS PLANTAS Em qualquer um dos casos, é necessário que haja entre os dois pontos uma diferença de energia livre das moléculas de água. Esta diferença de energia livre pode ter várias causas e se expressa em diferença de POTENCIAL HÍDRICO. Pressão Positiva • Proporciona um aumento de energia livre de todas as moléculas, movendo-as Pressão Negativa • Por tensão (ou sucção), haverá uma diminuição da energia livre de todas as FLUXO DE MASSA É o movimento da massa de água entre dois pontos em que há uma diferença de pressão hidrostática. moléculas, movendo-as para o ponto de menor energia livre. energia livre de todas as moléculas, movendo-as para o ponto onde não há tensão. • Nas plantas, a transpiração provoca uma pressão negativa nas folhas (tensão), que se propaga até as raízes e a solução do solo, resultando na absorção de solução por fluxo de massa. • Esse é o mecanismo responsável pela maior quantidade de água absorvida pelas plantas. • DIFUSÃO: O movimento por difusão resulta do movimento, ao acaso, de moléculas ou partículas coloidais, causado por sua própria energia cinética. É um processo termodinâmico operando em nível molecular, e que pode ocorrer simultaneamente com o fluxo de massa.com o fluxo de massa. • OSMOSE: É o movimento de entrada e saída de água nas células, considera que a água se move por difusão pelos poros das membranas celulares, na direção do potencial hídrico mais baixo. • O potencial hídrico do solo (ΨΨΨΨsolo) representa o estado energético da água no solo, e possui influência da textura, tipo de argila, teor de matéria orgânica, natureza e quantidade de íons absorvidos pelos colóides org. do solo. O POTENCIAL HÍDRICO • O potencial hídrico da plantas (ΨΨΨΨw), é uma medida da energia livre da água, onde: ΨΨΨΨw = ΨΨΨΨp + ΨΨΨΨs ΨΨΨΨp = potencial de pressão (turgescência) ΨΨΨΨs = potencial osmótico (presença de solutos) • O potencial de pressão (ΨΨΨΨp) é normalmente positivo (+), exceto em alguns momentos decorrentes de perda de água pelo xilema. • O potencial osmótico (ΨΨΨΨs) é normalmente negativo, pois expressa o efeito dos solutos, dissolvidos principalmente nos vacúolos.dissolvidos principalmente nos vacúolos. • O somatório dos componentes do potencial hídrico (ΨΨΨΨw) celular normalmente é negativo. • Este pode chegar a Zero, quando a célula estiver completamente túrgida. FLUXO DE ÁGUA NO SISTEMA SOLO-PLANTA-ATMOSFERA A) Movimento de Água do Solo para as Raízes • ΨΨΨΨw da raiz tem que ser MENOR que o ΨΨΨΨsolo A diferença de potencial fica mantida até se atingir um “valor crítico de ΨΨΨΨraiz” em que a absorção de água no solo para. MECANISMOS DE ABSORÇÃO E PERDA DE ÁGUA PELAS PLANTAS B) Movimento de Água através da Raízes • Admite-se que o movimento de água nas raízes acontece entre as células superficiais até o Xilema, por duas vias: • APOPLASTO Via espaços intercelulares e parede celular. • SIMPLASTO Via citoplasma, interligados por plasmodesmos. SECÇÃO TRANSVERSAL DE RAÍZ MOSTRANDO O CAMINHO DE ENTRADA DE ÁGUA E NUTRIENTES MOVIMENTO DE ÁGUA ATRAVÉS DO SISTEMA VASCULAR Xilema Transporte ascendente principalmente de água e sais minerais. Fluxo: Unidirecional. Composto principalmente por Vasos, Traqueídeos, Fibras e Células Parenquimatosas. Floema Transporte de fotosintetizados nas folhas Floema Transporte de fotosintetizados nas folhas e outras substâncias para os locais de armazenamento ou utilização em diversas partes do caule ou raiz. Fluxo: Pode ser Bi-direcional (nos dois sentidos). Composto principalmente por Tubos crivados, Placa Crivada e Células Companheiras. MOVIMENTO DA ÁGUA NO SISTEMA VASCULAR MOVIMENTO DA ÁGUA NO SISTEMA VASCULAR ΨΨΨΨ Xilema = -8 bares P = -8 bares -ΠΠΠΠ = -1 bar Pwgh = 1 bar ΨΨΨΨ Floema= -10 bares P = +6 bares -ΠΠΠΠ = -17 bares Pwgh = 1 bar Ψ= P - pi + P gh ΨΨΨΨ Xilema= -6 bares P = -5 bares -ΠΠΠΠ = -1 bar Pwgh = 0 ΨΨΨΨ Floema= -4 bares P = +5 bares -ΠΠΠΠ = -9 bar Pwgh = 0 Ψ= P - pi + Pwgh TRANSPIRAÇÃO • Processo Físico evaporação nas folhas ΨΨΨΨw causando o gradiente de potencial. • Este diferencial hidrostático resultante do fluxo de• Este diferencial hidrostático resultante do fluxo de água, mostra que esta se encontra sob tensão (pressão negativa). • A Transpiração é responsável por quase a totalidade do movimento de água através das plantas na maioria das condições. GUTAÇÃO • Ocorre quando as raízes estão em solo molhado e contendo altas concentrações de íons disponíveis e, as folhas estão expostas ao ar úmido. • A água entra via Xilema e é exsudada pelos hidatódios.hidatódios. Sal Gradiente Osmótico Entrada de água Pressão Positiva Movimento Passivo FISIOLOGIA DOS ESTÔMATOS Folhas Localização Flores Frutos Pecíolos São mais encontrados na Epiderme Inferior da folhasSão mais encontrados na Epiderme Inferior da folhas Composto pelas “Células Guardas” Possui paredes internas mais espessas Células Guardas Responsável pela Turgescência Possui Cloroplastos Funcionais Possui Plasmodesmos REGULAÇÃO DOS MOVIMENTOS ESTOMÁTICOS PELO AMBIENTE 1) CO2: Baixa pressão de CO2 provoca abertura dos estômatos e a alta o fechamento, independente da Luz 2) Luz: Tipicamente os estômatosse abrem na luz e se fecham no escuro. A abertura requer um mínimo de 500 Lux paraA abertura requer um mínimo de 500 Lux para acontecer. A abertura demora mais que o fechamento 3) Deficiência de água: Quando o ΨΨΨΨw diminui os estômatos se fecham. Este efeito predomina sobre baixos níveis de CO2. Normalmente este efeito é direto do potencial hídrico das próprias células guardas 4) Tempratura: Altas temperaturas (30 a 35 oC) em geral geram o fechamento estomático. Provavelmente isso se deve ao aumento da taxa respiratória que provoca um aumento da concentração de CO2 no interior da folha. 5) Pressão de Vapor: Um aumento da temperatura5) Pressão de Vapor: Um aumento da temperatura Umidade Relativa Transpiração causando a abertura estomática. Por exemplo: Com 100% de Umidade Relativa a planta pode transpirar se a temperatura da folha for maior que a temperatura do ar. ESTRESSE HÍDRICO ESTRESSE TEMPORÁRIO • Déficit de água no meio do dia. • Ocorrem em dias quentes e ESTRESSE DE LONGO PRAZO • Causados pela diminuição da disponibilidade de água no solo. • Ocorrem em dias quentes e ensolarados. • A perda de água excede a absorção • Afeta vários aspectos do crescimento de plantas, inclusive a anatomia, a morfologia, a fisiologia e a bioquímica. O crescimento e o desenvolvimento das plantas, é freqüentemente, mais reduzido por déficits hídricos do que por qualquer outro fator. • Uma conseqüência do estresse hídrico é a estagnação do crescimento vegetativo, que pode ser causada por vários fatores como: �Diminuição do crescimento celular, �Diminuição da taxa fotossintética, �Diminuição da área foliar,�Diminuição da área foliar, �Fechamento estomático, �Redução da respiração, �Redução da quantidade de material transportado, �Mudanças no metabolismo de carboidratos e proteínas. �FATORES CLIMÁTICOS • Ocorrência de veranicos, • Aumento dos períodos de déficit hídrico, • Aquecimento global. �FATORES EDÁFICOS FATORES QUE CONTRIBUEM PARA O ESTRESSE HÍDRICO �FATORES EDÁFICOS • Tipo de solo e relação entre CC e PMP, • Relação de disponibilidade de água entre dias e noites, • Restrição de latitudes e solos onde espécies comercialmente importantes possam ser cultivadas. Mapeamento mundial dos solos pela FAO: •10% solos aptos/favoráveis para agricultura; •90% solos limitantes para produção agrícola •25,4% - condições de déficit •25,4% - condições de déficit hídrico Anomalias climáticas e eventos significantes em 2006 www.ncdc.noaa.gov �FATORES ANATÔMICOS • Teor de suberização e lignificação da endoderme (faixa ou estrias de caspari), • Tamanho e condutância do sistema vascular (xilema e floema), • Espessura da camada de cutícula. �FATORES MORFOLÓGICOS • Área de exploração do sistema radicular, • Quantidade de pêlos radiculares (absorventes), • Quantidade, localização, distribuição e funcionamento dos estômatos. �FATORES FISIOLÓGICOS • Corrente transpiratória, • Eficiência no uso de água, • Quantidade de aquaporinas. �ESCAPE AO ESTRESSE HÍDRICO • Curtos ciclos de vida �TOLERÂNCIA AO ESTRESSE HÍDRICO Tolerância ao estresse, com ou sem redução ESTRATÉGIAS DAS PLANTAS SOB CONDIÇÕES DE ESTRESSE HÍDRICO Tolerância ao estresse, com ou sem redução da performance. I - Escape a dessecação; II - Tolerância a dessecação. �TOLERÂNCIA AO ESTRESSE HÍDRICO I - ESCAPE A DESSECAÇÃO - profundidade de distribuição do sistema radicular - alta resistência interna do transporte de água - redução da transpiração - abscissão foliar - espessura de cutícula - adequado controle estomático II - TOLERÂNCIA A DESSECAÇÃO - ajustamento osmótico PROFUNDIDADE DE DISTRIBUIÇÃO DO SISTEMA RADICULAR TEMPO DE SOBREVIVÊNCIA ENROLAMENTO DE FOLHAS STAYGREEN P R O D U T I V I D A D E P R O D U T I V I D A D E TRABALHO PARA GRUPOS MECANISMOS DE RESISTÊNCIA A SECA �MESÓFITAS �HIDRÓFITAS�HIDRÓFITAS �XERÓFITAS �HIGRÓFITAS
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